30/01/2018

Fanfic "Power Rangers": Sonhos Realizados, Capítulo 20

Título: Sonhos Realizados
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Sinopse: Uma festa reaproxima Tommy e Kimberly.
Nota: Totalmente Universo Alternativo.
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

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20º Capítulo

- Entre.
- Kim?
- Oi, Tommy.
- Podemos conversar?
- Sim.
Tommy entrou e fechou a porta. Sentou-se na cama frente a frente com Kimberly.
- Tenho que perguntar uma coisa.
- Fale, Tommy.
- Você teve ciúmes da Katherine?
- Sim.
- Antes ou depois da Flórida?
- Nos dois momentos. Antes, erámos amigas, mas não gostava das investidas dela. Era uma coisa de autoafirmação. Depois, por causa de tudo que já te falei.
- Eu preciso te contar sobre os momentos que ela passou a meu lado. O Jason sabe de alguma coisa, mas é tudo muito pessoal.
- Conte-me, por favor. Somos amigos e eu quero entender sua cabeça e seu coração de novo.
- Sabe como é um garoto adotado. A certa altura da vida, quer procurar sua família verdadeira. Eu soube sobre meus pais. Morreram em um acidente.
- Sinto muito.
- Descobri que tinha um irmão. Ele morava numa reserva indígena com um tutor. Um sábio índio que me falou sobre muitas coisas. Mas, algum tempo depois, eu soube que meu irmão tinha ficado doente. Cheguei a tempo do enterro dele. – Tommy falou com os olhos cheios de lágrimas.
- Tommy, eu sinto muito. – Kim abraçou-o carinhosa e deixou-o chorar em seu colo – Chora, chora. Handsome, eu sinto tanto.
- Obrigado. – Tommy separou-se de Kimberly assim que se sentiu pronto – A Kat esteve a meu lado nesse processo todo.
- Entendo. Perdi muito da sua vida.
- E eu, da sua. Meus pais, mesmo tristes, apoiaram-me a procurar a verdade.
- Quer continuar?
- Preciso. – Tommy deitou a cabeça no colo da amiga e deixou o chinelo no chão antes de acertar o corpo na cama – Posso ficar assim? Sinto-me…
- Protegido. Seguro.
- Ainda me conhece bem, Kim. Só na sua frente eu me mostro fraco.
- Com uma diferença: o cabelo curto. – Kim riu acariciando a cabeça dele.
- Meu pai teve um infarto. Mamãe e eu ficamos sem chão. A Kat esteve comigo e com mamãe o tempo todo. Cuidou de nós.
- Entendo.
- Kim, eu gostaria de ter dividido isso com você antes. Eu gostaria de ter tido você do meu lado.
- Tudo bem, Tommy. – Kim bagunçou o cabelo dele.
- Tem algo que quer dividir comigo?
- Não me ocorre nada.
- E seu pai?
- Casou também. Está com filhos pequenos.
- E seu irmão?
- Está bem. No exército.
- E sua avó?
- Com quase 100 anos, lúdica e condenando-me pelas minhas ações.
- E a ginástica?
- Está bem.
- Com muita dor? – Tommy sentou na cama.
- Estou.
- Você me permite te tocar e fazer uma boa massagem?
- Você ficará a vontade?
- Se você estiver a vontade, eu ficarei, Kim.
- Certo. Por favor.
Kimberly deitou e deixou Tommy começar a massagem. Seu corpo doía e ela chorava de dor cada vez que ele tentava relaxar seus músculos. A Sra. Oliver entrou no quarto.
- O que foi? – ela perguntou fechando o robe.
- A Kim está com dor e acho que não estou ajudando. Devo ter piorado. – Tommy respondeu massageando a panturrilha dela.
- Filha, acalme-se. – Jane sentou na cama – Tommy, para um pouco. – vendo o filho obedecer, continuou – Querida, você tem treinado muito e eu sei da sua dor, mas é a primeira vez que você chora desesperada desse jeito.
- A dor é muito grande, Sra. Oliver, mas já vai passar. – Kim respondeu soluçando.
- Quer um analgésico? – Jane perguntou acariciando a cabeça de Kimberly.
- Não posso. – Kim segurou a mão da Sra. Oliver – Meus músculos estão cansados e estou com o corpo dolorido.
- Fica calma, filha. – Jane levantou-se e disse saindo do quarto – Já volto.
Tommy sentou-se na cabeceira da cama. Colocou a cabeça de Kimberly em seu colo e começou a afagar os cabelos dela. Em pouco tempo, o choro cessou e Kimberly dormiu.
Jane Oliver voltou e viu a cena.
- Tommy, coloque a bolsa de água quente nas pernas dela.
- Tudo bem, mamãe. – Tommy levantou-se, acertou a moça na cama e foi até a mãe. Pegou a bolsa de água quente e voltou para colocar nas pernas de Kim. Cobriu-a e beijou-lhe o rosto. Apagou os abajures e sussurrou: – Dorme bem.
Tommy saiu do quarto e fechou a porta.
- Tommy, ela falou alguma coisa?
- Disse que estava com dor. Mamãe, eu nunca a vi desse jeito. Eu odeio vê-la em dor.
- Filho, cuide dela. Amanhã, veremos se ela está melhor.
- Vamos esperar. Boa noite, mãe. – Tommy beijou o rosto da mãe e eles foram dormir.
Amanheceu. Kimberly acordou com menos dor. A Sra. Oliver entrou no quarto.
- Bom dia, Kim.
- Bom dia, Sra. Oliver.
- Está melhor?
- Estou, obrigada.
- Conte-me o que está acontecendo. – a mulher mais velha sentou-se na cama ao lado da mais nova.
- Tenho treinado bastante e o treino é muito rigoroso. A automassagem não alivia mais. Não posso tomar nada por causa do doping. Mas, apesar de ter sentido dor, a massagem do Tommy e a água quente deixaram-me muito melhor. – Kim sorriu.
- Querida, precisa de alguma coisa?
- Não, obrigada. Só um banho e estarei revigorada.
- Kimberly, meu filho está ansioso. Vocês vão para Costa dos Arrecifes juntos?
- Sim. – Kim corou – Um dia apenas para conhecer a casa dele.
- Você vai adorar o lugar.
Kimberly abraçou a Sra. Oliver carinhosa.
- Obrigada.
Em pouco tempo, Kimberly descia para tomar café com os Olivers.
- Bom dia. – Kimberly saudou-os.
- Bom dia, Kimberly. – John Oliver sorriu.
- Bom revê-lo, Sr. Oliver. – Kim retribuiu o sorriso.
- Bom dia, Kim. – Tommy admirou-a. ela vestia uma calça jeans, uma camisa rosa sobre uma regata branca – Pronta para um passeio longo?
- Sim, Tommy. – Kim sorriu ao vê-lo admirá-la. Pareciam ter voltado no tempo. Ele vestia calça jeans preta, regata branca sob uma camisa branca aberta – Combinamos nossas roupas.
- É o que parece. – a Sra. Oliver falou colocando uma xícara para Kimberly na mesa – Sente-se. Vamos tomar café.
Os quatro tomaram o desjejum animadamente.
- Papai, mamãe, vamos para minha casa. À noite, mais tardar amanhã, estamos de volta. – Tommy anunciou – Levarei a Kim para conhecer minha casa.
- Que bom, filho. – John estava feliz – Kimberly, é muito bom tê-la conosco e vê-la tão animada.
- É verdade. – Jane apoiou – Você está bem feliz hoje.
- Estou com vocês. – Kimberly falou sorridente – Obrigada por tudo.
- Bom, vamos? – Tommy disse levantando-se da mesa.
- Sim. – Kimberly terminou o café.
- Vão. Tenham um bom passeio. – Jane sorriu.
- Divirtam-se. – John falou.
Kimberly seguiu Tommy até a sala.
- Pegue suas coisas, Kim.
- Tommy, eu…
- Kim, pegue sua mala. Quer buscar algo em casa?
- Não, obrigada. Tenho tudo o que preciso na mala que trouxe.
Alguns minutos depois, os amigos seguiam para Costa dos Arrecifes.
- Tommy, estou curiosa.
- Você é curiosa.
- Desculpe. Eu tive um sonho e uma voz me disse que o poder estava voltando.
- Um sábio me disse uma vez que o falcão só voltaria a voar com a garça a seu lado.
- O que…
- Kim, você me fez visitar meus pais com mais frequência do que nos últimos anos. Estou retomando alguns sonhos.
- No meu sonho, a garça retomava seu rumo com o falcão como guia.
- Estou te ajudando?
- E como. Tommy, você sempre guiou minha vida, mesmo distante. Esse sonho foi estranho.
- Você verá o Centro de Comando do Dinos.
- A Kira falou que foi destruído.
- Mas nós o reconstruímos. – Tommy estacionou – Aqui é o CyberSpace da Hayley.
- Finalmente.
Kimberly entrou no lugar e observou-o atenta. Logo, Trent veio cumprimentá-los.
- Dr. Oliver, é bom revê-lo. – Trent abraçou-o.
- Obrigado. Cadê a Hayley? – Tommy perguntou.
- Está no escritório falando com meu pai. – Trent respondeu – Acomodem-se.
- Obrigado. – Tommy bateu no braço do moço.
- Com licença. – Trent foi atender alguns clientes.
Logo, Hayley veio acompanhada por Anton Mercer.
- Tommy! – Hayley veio abraçá-lo.
- Hayley! – Tommy abraçou-a – Quais são as novidades?
- Mercer vai abrir um café na escola e quer que seja uma filial minha. – Hayley falou feliz.
- Hayley, esta é… - Tommy começou.
- Kimberly Hart. – Hayley disse.
- Sim. Muito prazer, Hayley. – Kim sorriu.
- Ouvi muito sobre você. – Hayley disse apertando a mão da ginasta.
Anton abraçou os amigos e sentaram-se em um dos sofás.
- Que bons ventos a trazem aqui? – Hayley perguntou.
- Meu amigo, Tommy. – Kim disse.
- Gostaria de conhecer o lugar? – Hayley ofereceu.
- Sim. – Kim acompanhou-a – Assim os meninos podem conversar.
As duas mulheres passeavam pelo estabelecimento.
- Olha, eu não quero ser indiscreta…
- Pode falar, Hayley. – Kim sorriu.
- Você fará o Tommy feliz?
- Ele é feliz. Somos amigos e já resolvemos sobre o passado.
- Kim! – Tommy chamou-a e viu as mulheres voltarem.
- Tommy, o que foi? – Kimberly disse sorrindo.
- Jason está de férias. Vem me visitar esta noite. Preciso ir ao supermercado. Vem comigo?
- Claro, Tommy.
Tommy pegou Kimberly pela mão e despediram-se de todos.
Anoiteceu e os amigos reuniram-se na Valencia Road.
- Tommy, você está levando a Kim passear pela cidade? – Jason riu.
- Mais ou menos. Ela ainda não me mostrou lá embaixo ainda! – Kimberly respondeu.
- Essa menina! – Tommy riu.
A campainha tocou. Era Kira e Conner.
- Prima! – Kira voou para abraçar Kimberly.
- Kira! – Kimberly abraçou-a feliz.
- Oi, Dr. O. – Conner disse.
- Alguém se lembrou de mim. – Tommy alfinetou.
- Desculpe. – Kira envergonhou-se – Boa noite, Dr. Oliver, Jason, Emily.
- Muito bem. Eu os eduquei. – Tommy riu – Sentem-se.
A conversa ficou animada e só terminou tarde da noite. Jason e Emily foram para a Alameda dos Anjos e Conner e Kira para suas casas.
- Tommy, acho que essa é a hora.
- Vamos lá? – Tommy apertou a boca do dinossauro e o chão se abriu.
- Estou emocionada!
- Vamos descer?
- Sim.
- Dê-me sua mão. – Tommy ofereceu a mão à Kimberly.
- Claro. – Kim segurou a mão de Tommy com força e desceram as escadas juntos.

Continua...

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