30/11/2018

Fanfic "Arquivo X": Nada Acontece por Acaso, Capítulo 18


Título: Nada Acontece por Acaso

Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Nota: A fanfic é antiga.
Classificação: 14 anos
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18° Capítulo

- Bom, a Helga tem uma notícia para te dar, William. – Kathy foi direta.
- Querido, – Helga começou – o Bob e a Nancy…
- O que houve? – o menino estava exasperado.
- Eles sofreram um acidente durante a viagem deles. – Helga continuou com a voz embargada.
- Durante a fuga? – William deixou as lágrimas correrem pelo seu rostinho infantil.
- É, meu amor. – Kathy pegou a mão do menino – Eles tiveram um motivo para isso.
- Sim. E… Não. Kathy? Will? Helga? É o que estou pensando? – o menino ficou desesperado.
- William, eles não resistiram. Infelizmente, amigão. Eu sinto muito. – Will falou acariciando o braço do menino.
Helga não parava de chorar e abraçou o menino que fitava o nada. Kathy estava chorando também e Will estava apoiando o pequeno.
- Eu sabia. – o menino sussurrou e beijou a testa de Helga.
- Bebê, meu pai foi buscá-los e vai levá-los para Des Moines. O velório está sendo preparado e o enterro também. Eu vou para casa amanhã cedo. Quer vir comigo? – Helga retribuiu o carinho.
- Não. Eu estou confuso e eu não era filho deles de verdade. Sinto como se estivesse invadindo a privacidade deles. – William falou sentando reto entre as mulheres.
- Mas, bebê… - Helga tentou falar, mas Will fez sinal para ela parar de falar.
- William, vamos tomar um banho? Vem comigo. – Will pegou o menino no colo. William deitou a cabeça no ombro do mais velho.
Kathy viu o marido subir as escadas com o menino no colo.
- O Will vai cuidar do pequeno. Vou instalar você aqui embaixo. Tudo bem?
- Sim, Kathy. Obrigada por tudo. O William sempre se sentiu um estranho na casa.
- O Will pediu para você não mais falar, porque o pequeno está muito frágil. Eles vão conversar durante o banho. Vou pegar as malas no carro. Por quê não toma um banho também e descansa?
- Obrigada, Kathy. E o William? Se ele não quiser ir, fica conosco como sempre.
As amigas saíram da casa, foram ao carro e pegaram as malas. Ao retornarem, Kathy indicou o quarto à moça e subiu com as malas do William. Entrou em seu quarto e viu Samantha assistindo televisão.
- Oi, Sam.
- Oi, mamãe. Olha o Barney!
- Legal. Cadê o papai?
- Banhinho no Will.
- Obrigada. – Kathy pôs as malas no chão e bateu na porta do banheiro – Amor, já trouxe as malas do William.
- Eu já pego. – ele disse abrindo a porta – Dê-me a azul, onde está a escova e a pasta de dentes. Preciso do pijaminha e da toalha também.
Kathy pegou tudo e entregou par ao marido. O casal trocou um rápido beijo.
- Ele está bem, amor?
- Mais ou menos, Kathy.
- Vou descer e fazer uma sopa para nós.
- Ok. Daqui a pouco levo as crianças.
- Certo.
XxX
Todos jantaram em silêncio. Kathy contou o que ocorreu para Samantha e Ariadne, pois seu marido falou que elas deviam lidar com a morte.
- Todos instalados? – Scully sussurrou para Mulder ao chegar ao sótão.
- Acho que sim. A Ariadne dormiu e no nosso quarto tem duas crianças.
- Amor, vou tomar um banho e arrumar o sofá do nosso quarto para o William.
- Já arrumei, Scully.
- Acho que será um noite difícil, Mulder. – ele se sentou ao lado dele.
- Vá tomar seu banho. Já deixei sua camisola, penhoar e toalha no nosso banheiro. Depois, eu vou.
- O que você tem?
- Nada.
- Você não consegue mais esconder nada de mim. Agora, podemos conversar.
- O William me falou algumas coisas.
- Tal como?
- Ele me falou que eu, à vezes, ajo como se eu fosse outra pessoa.
- Parece que estamos deixando algo transparecer.
- Por quê?
- Há alguns dias, eu estava pensando no nosso filho e ele entrou no escritório. Começou a falar que ele sentia falta da mãe verdadeira dele. Que sonhara com ela, mas não lembrava de seu rosto.
- Dana, calma. Sem ilusões.
- Eu que deveria te dizer isso.
- Estamos cansados, lindinha. Vá tomar banho que eu já vou.
Scully levantou e beijou-lhe a testa.
- Eu te espero no quarto.
XxX
Katherine saiu do banheiro e encontrou William vendo televisão ao lado de Samantha que dormia.
- Hei, meu amor.
- Hei, Kathy. A Sam dormiu.
- Eu vi. O Will já subiu?
- Não ainda.
- Vou levar a Sam par ao berço. – ela pegou a filha no colo – Já volto. – levou a menina para o quarto dela. Vi que Ariadne dormia descoberta. Ajeitou a filha na cama e subiu ao sótão. Encontrou o marido dormindo no sofá – Acorde, bebê. Acorde e vem dormir na cama.
- Oi. – ele acordou e levantou do sofá – Vou tomar um banho antes de deitar. As meninas dormiram?
- Sim, amor. O William está acordado.
- E a Helga?
- Ainda não a vi.
Enquanto Will foi tomar banho, Kathy foi ver Helga.
- Kathy, entre. – Helga estava no celular – Ok. Obrigada. – a moça desligou o telefone.
- Helga, você pode usar o telefone da sala.
- Kathy, o celular é melhor para andar e fazer as coisas.
- Você está bem?
- Estou. Obrigada por tudo, Kathy.
- Querida, você está em casa.
Will bateu à porta e abriu-a.
- Oi, Helga. Oi, Kathy.
- Oi, Will. – Helga respondeu – Podemos falar um pouco?
- Sim. – Will falou consternado.
- Estarei no quarto. – Kathy falou e saiu.
- Helga, conversei com o William e ele me disse algumas coisas que precisamos discutir. Como psicólogos e família dele.
- É, Will, o nosso pequeno tem algumas questões importantes. – Helga sentou na cama acompanhada pelo professor e amigo – Já havia passado por testes de QI e identificação de gênios. Passou por vários instrumentos. Ele se deu bem em tudo, mas o os pais adotivos nunca deram o devido valor para isso.
- Ele tem um dom.
- Eu apliquei outros testes nele, mas não sei analisar. Parece ter telecinesia.
- Depois analisamos juntos. Você tem todo o potencial para analisar as coisas das quais te falei. Sobre o meu trabalho anterior. Mas, agora, descanse.
- Vou tentar. Obrigada. Boa noite, Will.
- Boa noite. – William saiu do quarto e subiu as escadas. Olhou Ariadne e Samantha, que dormiam. Ao entrar em seu quarto, viu a esposa sentada no sofá com William em seu colo. Sorriu e sussurrou – Tudo bem?
- Tudo. – ela devolveu o sorriso – Ele acabou de fechar os olhinhos.
- Essa cena é linda, querida. Podemos mudar a chavinha?
- Sim, Mulder. Eu também pensei nisso. Em ficar com o nosso bebê no colo. Foi o único modo que encontrei do William acalmar.
- Precisa de alguma coisa?
- Não, Mulder. Só que você vá descansar. Amanhã, você dará aula logo cedo.
- Não vem deitar? Ele já está ressonando.
- Quero coloca-lo no sofá, mas tenho medo de acordá-lo.
- Eu te ajudo. – Mulder pegou o menino nos braços e Scully arrumou os lençóis no sofá.
- Pode deitá-lo, Mulder. – Scully ajeitou o travesseiro e observou o marido depositá-lo no sofá – Devagar. Sem acordá-lo.
Mulder ajeitou o menino delicadamente e beijou-lhe a testa. Scully cobriu-o e também beijou-lhe a testa. Fez o sinal da cruz na testa do menino.
- Boa noite, papai e mamãe. – William falou em sono.
O casal entreolhou-se espantado.
- Vamos dormir, amor. – Mulder pegou a esposa pela mão e foram deitar.
XxX
Parecia que Mulder havia acabado de fechar os olhos quando ouviu passos no quarto. Acendeu o abajur e viu Scully andando.
- Lindinha, o que foi?
- Um sonho estranho, Mulder.
- Quer contar? – ele sentou na cama.
- Não, amor, dorme.
- Só se você voltar. Cuidado para não acordar o William.
- Dorme, Mulder.
- Volta pra cama, por favor.
Scully obedeceu e abraçou o marido com força.
- Dorme, Mulder. Eu vou tentar relaxar.
XxX
Amanheceu. A chuva caia insistentemente. Will acordou com o despertador. Desligou-o e levantou-se. Deixou Kathy dormindo. Foi ao banheiro, fez sua higiene matinal e voltou ao quarto. Vestiu-se. Desceu as escadas, foi à cozinha, arrumou a mesa e pôs água no fogo. Logo, ouviu Samantha chamar. Subiu e pegou a filha no colo.
- Princesa, volte a dormir. – ele embalou-a com carinho – O papai vai trabalhar e a mamãe precisa descansar.
- Tá. – a menina fechou os olhos e deitou a cabeça no peito do pai.
Assim que ele sentiu que a menina havia pegado no sono, recolocou-a no berço. Saiu do quarto e deu de encontro com a esposa.
- Bom dia, meu amor.
- Bom dia.
O casal trocou um selinho.
- Todo mundo ainda dorme, querido?
- Sim.
- Vou ver a Helga.
Kathy foi ao quarto de Helga.
- Bom dia, Kathy.
- Bom dia. Tudo bem?
- Tudo, Kathy. Eu vou pegar o avião daqui a algumas horas.
- Eu te levo ao aeroporto.
- Você acha bom levar o William comigo?
- Não sei. Ele não quis ir. Podemos levá-lo depois.
- Bom, eu só reservei a minha passagem.
- Ok. Daqui uma hora, saímos para o aeroporto. Tome um banho quente e venha tomar café.
- Certo. Obrigada.
XxX
Will ouviu passinhos no quarto das filhas. Entrou novamente e viu Ariadne acordada.
- Bom dia, Ariadne.
- Bom dia, papai.
- Vá tomar  banho e arrume-se para ir para a escola. Rápido.
- Vou com você?
- Sim. Acordou cedo.
- Tá. – a menina foi ao banheiro.
Will saiu e foi ao seu quarto. Pegou William em seus braços e teve um deja vú. Colocou-o em sua cama, ajeitou-o e cobriu-o. Desceu e falou para a esposa:
- A Ariadne está acordada. Vou levá-la comigo.
- E a Sam?
- Dormindo. Você pode levá-la?
- Posso. Vou deixar a Helga no aeroporto e, depois, eu levo a pequena.
- Mandei a Ariadne tomar banho e…
- Amor, vou lá separar um roupa para ela e vesti-la. – Kathy subiu as escadas e foi vestir a filha.
- Mamãe, você vai trabalhar? – Ariadne falou enquanto a mãe a arrumava.
- A mamãe vai ficar em casa. Vou trabalhar mais tarde.
- Certo, mamãe.
- Vai tomar café com o papai enquanto eu arrumo sua mochila.
- Tá. – a garota beijou a mãe e desceu.
Kathy arrumou o quarto das filhas e arrumou a mochila de Ariadne. Quando saiu do quarto, encontrou o marido.
- Vim te falar tchau, amor. A Ariadne está pronta para sair.
- A mochila. – ela entregou ao marido.
- E também não podia sair sem te dar um beijo.
O casal abraçou-se e trocou um beijo apaixonado.
- Eu te vejo mais tarde, meu amor. – Kathy falou derretida.
Depois que Will saiu, Kathy acordou Samantha, deu-lhe banho e café.
Helga acordou William, colocou no banho e vestiu-o. Depois juntaram-se à Kathy e Samantha. Após o café da manhã, Kathy deixou Helga no aeroporto e levou as crianças para a escola.
XxX
Na hora do almoço, Kathy foi ao escritório do marido
- Will?
- Hei, Kathy. – ele levantou os olhos. Parecia cansado.
- Tudo bem?
- Tudo. Só cansado de corrigir trabalhos e mais trabalhos.
- Almoça comigo?
- Dê-me dez minutos. E a Helga?
- Já chegou em casa. O enterro será depois de amanhã.
- E o William?
- Está bem. Pediu à Elizabeth para atendê-lo?
- Não. A Lucy Baxter vai atendê-lo. Ela estuda o luto e vai ajudá-lo a encarar melhor o momento.
- Certo. – ela se sentou em frente ao marido – Viajamos com ele, né?
- Sim.
- Darei as aulas da tarde e levo as crianças para casa.
- É. Vou sair mais tarde hoje. Preciso terminar isso aqui.
- Vamos almoçar, querido. Preciso relaxar e você também.

Continua…

29/11/2018

Fanfic "Arquivo X": Nada Acontece por Acaso, Capítulo 17


Título: Nada Acontece por Acaso

Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Nota: A fanfic é antiga.
Classificação: 14 anos
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17° Capítulo

- Alô? – Helga atendeu ao telefone da recepção do Laboratório.
- Filha, tudo bem?
- Tudo, mamãe. E a senhora?
- Desculpe te ligar na Universidade, mas aconteceu uma coisa horrível.
- O papai está bem?
- Sim, Helga. Estamos bem. Estou falando sobre a Nancy e o Bob.
- Eles querem que o William volte?
- Não. Eles sofreram um acidente de carro.
- Onde? Como?
- Nos arredores de Michigan. Ficamos sabendo por que eles carregavam o nosso telefone junto aos telefones de emergência. E…
- Diga, mãe.
- Eles não resistiram, Helga. Eles morreram.
- O quê?
- Eles sofreram um acidente de carro. O Bob morreu a caminho do hospital e a Nancy algumas horas depois.
- Mãe, que horror!
- Dê a notícia ao William. Os corpos vão para Des Moines. Seu pai foi fazer o reconhecimento e liberar os corpos.
- Quando foi?
- De madrugada. Filha, tenho que ir agora. Depois falamos, ok?
- Ok.
- Tchau.
- Tchau. – Helga desligou o telefone chocada.
- Tudo bem, Helga? – Clare preocupou-se.
- Estou legal. – Helga falou respirando fundo – Preciso falar com o Sr. LaPierre.
- Vou avisá-lo. – Clare ligou para o ramal do professor – Professor LaPierre, a Srta. Strauss precisa conversar com o senhor. Parece urgente. Ok. – desligou e virou-se para Helga – Ele está te esperando.
- Obrigada. – Helga dirigiu-se à sala do professor. Bateu à porta.
- Entre. – Will respondeu.
- Com licença. – Helga entrou na sala.
- Sente-se, Helga. Tenho só vinte minutos.
- Eu sei, Will. Preciso de ajuda. Acabei de receber uma péssima notícia por telefone. – a moça se sentou em uma das cadeiras.
- Diga. Se eu puder ajudá-la.
- Os pais adotivos do William faleceram esta madrugada.
- Como, Helga?
- Acidente de carro.
- Eles estavam viajando, né? O que houve?
- Não sei. É uma história estranha, Will. Meu pai foi reconhecer os corpos e eu terei de viajar. Eu ainda não dei a notícia para o William. Nem sei como fazer isso. Eu não tenho condições de falar com ele. Tenho medo de chegar desse jeito e assustá-lo.
- Helga, eu vou te ajudar. Farei o que estiver no meu alcance. Leve-o para ficar em casa.
- Certo. Vou tentar pegar um voo noturno ou na madrugada. Preciso ajudar meus pais. Obrigada, Will. Não sei se consigo agradecer tudo o que está fazendo por mim e pelo William.
- Você não quer dar a notícia o mais rápido possível?
- Não. Preciso de ajuda para falar com ele.
- Ok. Mas não se pode deixá-lo no escuro.
- Certo, Will. Vou para a aula da Kathy. Depois, conversamos.
- Helga, eu levo o Will para casa. Vá arrumar suas coisas e venha para nossa casa.
- Tudo bem. Vou levar as coisinhas dele. Não sei se é bom levá-lo junto.
- Veremos. – Will abraçou-a.
XxX
Will pegou as filhas e William.
- Crianças, vamos para casa?
- Cadê a Helga? – William estava exasperado – Queria tanto chegar em casa.
- William, ela vai demorar um pouquinho. Enquanto isso, você fica comigo. – William pegou-o pela mão – Amigão, você vai para casa. Só vem por enquanto ficar conosco, ok?
Ariadne e Samantha caminhavam alegres próximas do pai.
- Papai, cadê a mamãe? – Ariadne perguntou.
- Está dando aula.
- Ainda?
- Sim. A mamãe vai chegar mais tarde hoje.
- Tá.
Will abriu o carro e acomodou as três crianças no banco traseiro. Começou a dirigir e falou:
- Eu vou levá-los direto para casa, certo?
- Ah, papai. – Sam reclamou – Qué pilulito.
- Hoje não, Samantha. Mas, eu deixo você assistir o Barney na minha televisão.
- E eu, papai? – Ariadne quis saber.
- Você pode brincar com o William.
- Quero ver televisão no meu quarto. – Ariadne respondeu – O William vem junto.
- Tá bom. – Will suspirou.
- William, como a Kathy vai voltar para casa? – William quis saber. Estava muito preocupado.
- Ela veio com o carro dela.
- Legal. – William disse olhando a paisagem.
Chegando em casa, tirou as crianças do carro, colocou-as dentro de casa, guardou o carro e entrando em casa ordenou:
- Ariadne, banho agora. Samantha, vem comigo. – e virando para o menino, falou suave – William, o que você quer fazer?
- Posso ficar na janela? – o menino pediu.
- Pode, William. Já volto. Meninas, vamos.
Ariadne foi tomar banho enquanto o pai dava banho em Samantha. Após terminar, colocou o pijama na menor e deixou o da maior na cama dela.
- Ariadne, acabe logo esse banho. – Will falou.
- Tô terminando.
- Mais cinco minutos e nenhum segundo a mais.
Will levou Samantha para o quarto dele e colocou-a sentada entre almofadas. Ligou a televisão e falou:
- Fique quietinha aí, hein, Sammy?
- Tá. Te amo.
- Eu também te amo, bebê. – Will beijou-lhe a cabecinha e saiu do quarto. Voltou para ver se Ariadne já tinha terminado o banho e encontrou a menina assistindo televisão, já de pijama, no quarto.
- O que está vendo, Ari?
- As meninas coloridas, papai.
- Posso trazer o William?
- Pode, papai.
Will desceu as escadas e viu o pequeno sentado próximo à janela da sala.
- William? A Ariadne está vendo “Meninas Superpoderosas” e a Samantha, o Barney. Quer ver televisão com uma delas?
- Não. Quero ir para casa. – o menino começou a chorar. – Estou com o peito apertado. Onde está a Helga?
- Oh, meu anjo. Eu estou aqui. Quer tomar um banhinho para relaxar? Seu pijama está lá no quarto. A Kathy e a Helga já já chegam por aqui, amigão.
- Obrigado. – William suspirou e viu o carro de Kathy entrando na garagem – Elas chegaram.
Logo, as mulheres entraram na casa.
- Oi, amor. Oi, William. – Kathy abriu a porta.
Helga entrou em silêncio e o menino correu para abraçá-la.
- Oi, amor. Vamos conversar com ele, com calma. – Will falou abraçando a esposa – Vamos sentar.
Todos se acomodaram na sala de visitas.

Continua…

28/11/2018

SALVEM AS LIVRARIAS!!!

Resultado de imagem para livrosQueridos leitores,
Queridas leitoras,

Vamos aderir a mais um movimento do bem em defesa das Livrarias do Brasil?

Pois bem! Recebi um comunicado de duas editoras pedindo ajuda. Então! Vamos ajudá-las!

Recebi uma linda "Carta de Amor aos Livros", escrita por Luiz Schwarcz, editor da Companhia das Letras, e o #DesafioDasLivrarias, lançado por Marcos da Veiga Pereira, sócio diretor da Editora Sextante e presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros.

Eu, como leitora compulsiva, não poderia deixar de atender aos pedidos de duas das editoras da qual sou consumidora.

O livro físico está vivendo dias muito difíceis neste país, alerta Schwarcz. A proposta da Companhia das Letras é dar livros de presente de final de ano, espalhar mensagens positivas sobre os livros, divulgar as frases de efeito de seus livros preferidos nas redes sociais e divulgar seus títulos amados. Vamos levantar de novo um mercado tão importante! Vamos escrever sobre o nosso amor ao livros!

A proposta da Editora Sextante é ir a uma livraria, comprar um livro, tirar uma foto portando a sua nova aquisição dentro da livraria e publicar nas redes sociais com a hashtag #DesafiodasLivrarias. Na publicação, desafie pelo menos três amigos a fazerem o mesmo.

Saliento que não somos contra os livros digitais, mas o livro físico, em papel, gera muitos empregos (editores, tradutores, desenhistas, etc, etc, etc) e é muito importante para inúmeras pessoas.

Você, meu amigo leitor, minha amiga leitora, pode ajudar? Sei que sim! Muitos de vocês visitam este blog pelas dicas de livros que faço. Conto com vocês para salvarmos as livrarias de nosso país! Pode aderir à uma ou outra proposta (ou às duas). O importante é participar e mostrar a nossa força! Bora lá!

Abaixo, podem conferir os textos que estão divulgados e o apelo feito pelas editoras. 


Resultado de imagem para companhia das letrasEditora Companhia das Letras

"Cartas de amor aos livros

O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.

As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos— gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.

Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.

Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.

Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.

Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer. Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver. Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.

Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro."

(Luiz Schwarcz é editor da Companhia das Letras e autor de "Linguagem de Sinais", entre outros. - Disponível em https://mailchi.mp/companhiadasletras/cartasdeamoraoslivros-geral?e=95a5917fe4)


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Editora Sextante

"#DesafioDasLivrarias

Ler te faz viajar sem precisar sair do lugar. Então, que tal apoiar as livrarias e comprar um livro? Apaixonado por livros, Marcos da Veiga Pereira, sócio diretor da Editora Sextante e presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), lançou a campanha#DesafiodasLivrarias. E você está convidado a participar!

Vá a uma livraria, compre um livro, poste nas redes sociais com #DesafiodasLivrarias e desafie pelo menos três amigos a fazerem o mesmo.

Nós desafiamos você a participar e lutar pelas livrarias do Brasil!"

(Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?utm_campaign=desafiodaslivrarias&utm_medium=email&utm_source=RD+Station&v=HsyIDkSILrw)

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