27/08/2009

Fanfic Arquivo X: Shows de Amor

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013. As canções são interpretadas por Cher e Diana Krall.
Sinopse: Pós PMP. POV Scully.
------------------------------------------------------------------------------------------------Eu ainda não acredito. Mulder dançou comigo. Oh, como ele dança bem. Levou-me com delicadeza. Estou encantada e apaixonada.
Dançamos a música “Walking in Memphis” e o resto do show ficamos abraçados embalados pela voz da cantora Cher. O Grande Mutato foi levado para o palco e lá ficou até o final.
De vez em quando, eu ouvia Mulder cantarolar alguns trechos das músicas em meu ouvido.
Juro que tentei manter a racionalidade, mas não consegui, deixei o momento me levar.
Quando nos sentamos novamente, Mulder passou seu braço da minha cintura para meus ombros e eu me aconcheguei no corpo dele. Encostei minha cabeça em seu ombro. Agora tocava “If I could turn back time” e eu pensava que se eu pudesse voltar no tempo já teria ficado com ele dessa maneira.
A última música que tocou foi “I got you, babe”.
Saímos de mãos dadas e fomos para o carro. O Mutato ficou lá, afinal não tínhamos provas contra ele.
Entramos no carro e Mulder deu partida. Ele sorriu timidamente. Olhava-me de rabo de olho. Já, eu estava absorta em pensamentos, mas podia perceber as atitudes dele.
- Mulder, vamos tomar café da manhã juntos quando chegarmos em DC?
- Eu queria jantar e dançar mais um pouco, Scully. Você se importa?
- Tudo bem, mas eu não vi nada nessa estrada. Quanto tempo temos de viagem?
- Mais algumas horas. Você deve estar cansada.
- E você também. Deixe-me dirigir.
- Scully, - Mulder pôs a mão no meu joelho – eu aguento. Está tudo bem. Descanse um pouco. Assim que eu achar um hotel, terá uma cama confortável para dormir.
Eu sabia que ele não ficaria com a mão no meu joelho durante muito tempo. Assim que acabou de falar, tirou a mão de lá e voltou a dirigir.
Suspirei. Ele percebeu, mas não teve nenhuma reação. Ambos sabíamos que estávamos flertando e isso ocorria desde meu câncer. Eu o venero. Eu o adoro. Eu o amo.
Estava ficando com sono e fechei os olhos. Adormeci e sonhei com Mulder. Nós estávamos namorando, parecendo dois adolescentes.
Acordei e olhei em volta. Não sabia onde estava. Parecia um quarto de hotel. Era aconchegante e rústico. Onde eu estava? Cadê o Mulder? Sentei na cama. Era de casal. Identifiquei como sendo um bilhete.
“Querida, fui buscar as crianças no acampamento que terminou antes esse ano. Estarei de volta o mais rápido que eu puder.”
Sorri e virei o papel. No verso tinha outra mensagem:
“Scully,
Desculpe a brincadeira, mas não aguentei.
Eu não quis te acordar, então cumpri o prometido: quando eu encontrasse um hotel, você teria uma cama para descansar.
Estou na sala dessa ótima pousada. Encontre-me lá.
Mulder.”
Eu me levantei, tomei um rápido banho e vesti uma roupa quente e confortável.
Encontrei Mulder sentado num belo sofá na sala de estar da pousada rústica. Ele usava uma calça jeans preta e uma blusa de lã azul.
- Dormiu bem, Scully?
- Quanto tempo eu dormi? – eu me sentei ao lado dele.
- Cinco horas. Chegamos aqui há duas horas.
- Que horas são?
- Quatro horas da manhã.
- Onde estamos?
- Virgínia.
- Perto de casa. Você está cansado.
- Eu estou bem, Scully. Vou ficar te devendo o café em DC, embora o café do hotel deva ser bom.
- Não importa, mas eu já entendi uma coisa.
- Fale.
- Não me diga que só alugou um quarto?
- Sim. Era o mínimo que eu podia fazer por você. Estou sem sono. Volte a dormir. Eu te chamo.
- Venha comigo, Mulder, por favor. – falei levantando do sofá – Venha fazer-me companhia.
- Está bom. Eu vou. – Mulder se levantou e acabou indo comigo.
Chegando lá, ele disse que precisava de um bom banho e entrou no chuveiro.
Fiquei sentada na cama. Ainda sentia a mão de Mulder na minha cintura. Não percebi a hora que ele saiu do banheiro.
- Um dólar por seus pensamentos, Scully. – ele falou passando a mão em meus cabelos. Assustei-me e ele continuou: - Estava sonhando acordada, é?
- Mulder, o que posso fazer para te agradecer pela noite maravilhosa que você me proporcionou?
Ele sentou ao meu lado. Ele estava usando a mesma roupa de antes, seus cabelos estavam úmidos e a barba começava a aparecer. Estava pensativo.
- Agora sou eu quem dá um dólar pelos pensamentos alheios. – falei acariciando o rosto dele.
- Você já me agradeceu. Aliás, não precisa agradecer por nada.
- Preciso sim. Já fazia tempo que eu não dançava ou ouvia uma boa música ao vivo.
- Sabe como você me agradeceu? Você sorriu. Sorriu. Pude ter o prazer de ver um de teus raros sorrisos.
- Oh, Mulder. – num impulso dei-lhe um selinho nos lábios, mas logo me arrependi - Desculpe-me.
- Scully, não há porque desculpar-se. Só perca mais uma vez a racionalidade. Deixe-me te beijar.
- Não.
- Não te entendo.
- Você está com sono. Não sabe está o que está falando.
- Sei sim.
- É atração física?
- Sim.
- Só?
- Não. É paixão.
- Paixão acaba.
- É amor. Eu te amo, Scully.
- Eu também, Mulder. – eu respondi olhando para o chão.
- Dana, - ele puxou minha mão delicadamente – eu sabia disso. Eu vou saber esperar por você. Quando estiver pronta, eu estarei aqui.
- Obrigada. Vem, Mulder. – tirei meu sapato, deitei na cama e cobri-me – Descanse um pouco. Faça-me companhia, por favor.
- Com prazer, Scully. – Mulder deitou ao meu lado – Posso te abraçar?
- Sim. Venha, garotão. – eu disse aconchegando-o a meu corpo.
Adormecemos e só acordamos às oito horas da manhã.
- Dormiu bem?
- Como um menino, Scully.
- Vamos tomar café? Você me prometeu.
- Prometi...
- Eu exijo café da manhã no quarto.
- Tudo bem. Vou pedir. Quer algo em especial?
- Não. Confio no seu gosto, Mulder.
Ele pegou o telefone e ligou para a cozinha para pedir nosso café da manhã.
Uma semana depois, eu li no jornal que a Cher iria se apresentar em Washington, DC. Fui trabalhar. Chegando ao FBI, Mulder estava sorridente. Entrei na nossa sala.
- Bom dia, Mulder. – eu sorri.
- Bom dia, Scully. Já leu o jornal hoje?
- Sim. – eu me sentei à sua frente, acertei a saia e cruzei as pernas – Por quê? Algum caso novo?
- Não. Eu apenas gostaria de saber se você leu o roteiro para o fim de semana?
- Sim. Tem shows muito interessantes, Mulder.
- Você gostaria de ir comigo ao show da Cher?
- Adoraria, Mulder.
- É perto de sua casa.
- Sim, Mulder. É uma casa noturna muito boa e bem frequentada.
- Georgetown é o bairro dos bons shows.
- Mulder, você gosta de Diana Krall?
- Sim.
- Eu também. Semana que vem haverá um show dela na mesma casa. Quer ir comigo?
- Eu te levo, Scully.
- Tudo bem. Obrigada, Mulder. Vamos trabalhar? – eu sorri.
- É um prazer vê-la sorrindo.
Ai, ai... Ele sorriu para mim e estava com uma voz muito sexy.
O dia seguiu tranqüilo.
A quinta-feira terminou. Na sexta, combinamos o horário. Finalmente, o sábado chegou.
Mulder não se atrasou para chegar ao trabalho. Marcamos que ele iria me buscar às sete horas da noite. Ele chegou a meu apartamento na hora combinada.
Ele usava uma calça preta social e uma camisa da mangas compridas azul clara. Eu estava usando um vestido azul marinho até os joelhos e com meia manga, um sapato social combinando. Minha maquilagem era clara, meus anéis e brincos também eram discretos.
- Oi, você está pronta? – ele sorriu parado na porta.
- Sim, estou. Já podemos ir.
- Você se importa se formos à pé?
- Não. Deixa-me pegar meu casaco e minha bolsa. Entra um pouco.
- Obrigado, mas vou te esperar aqui fora.
- Eu não demoro. – respondi indo pegar a minha bolsa e meu casaco que estavam no sofá. Voltei para a porta, apaguei as luzes e sai. Fechei a porta e pedi à ele para segurar minha bolsa assim eu poderia vestir o casaco, mas ele não pegou e, sim, ajudou-me a vestir o casaco.
- Obrigada, Mulder.
- Não me agradeça, Scully. Vamos indo?
- Sim. Você já preparou a noite?
Mulder pegou minha mão e começou a andar. Eu o acompanhei até o elevador.
- Scully, nós vamos jantar e depois vamos assistir ao show, que começa às 19 horas.
Entramos no elevador. Continuamos de mãos dadas. Saímos do prédio. Caminhamos durante quinze minutos. Adentramos no restaurante e o mâitre nos levou para uma mesa da qual estávamos a alguns metros do palco e tínhamos uma boa visão do mesmo.
Era um bonito local. No jornal, dizia ser uma casa de show aconchegante, mas pude perceber que era um restaurante de cozinha internacional de pequeno porte, que costumava promover apresentações de artistas de todos os tipos. Desde mágicos até cantores e cantoras consagrados. As fotos pelas paredes mostravam isso. Eu estava maravilhada. Mulder percebeu isso e chamou-me:
- Scully, gostou do lugar? Da mesa?
- Sim, está perfeito.
Ele puxou a cadeira para eu me sentar. Sentou-se ao meu lado. Nossas pernas estavam se tocando.
Pegamos o cardápio que estava em cima da mesa assim que chegamos.
- Pronta para pedir, Scully?
- Estou indecisa, Mulder. O que você sugere?
- Este salmão grelhado com legumes parece-me bom. O que acha?
- Eu adoro salmão. Excelente. E um vinho branco seco cairia bem, Mulder. – eu sorri.
Mulder chamou o garçom e fez o pedido. Logo, estávamos jantando. Trocávamos olhares furtivos e conversávamos sobre futilidades, embalados pelo som ambiente e a luz baixa contribuía para o clima.
O salão era iluminado por pequenas lâmpadas instaladas no teto e por alguns abajures de parede. O palco ainda estava apagado. Ao lado do palco, havia uma pequena pista de dança. Entre as mesas também era possível dançar.
- Mulder, eu não imaginava que esse lugar existisse.
- Que sorte a nossa, não é?
- É verdade. Eu amei esse lugar. Tenho certeza que vou querer voltar.
- E vamos voltar todas as vezes que você quiser. Semana que vem, nós viremos ver a Diana Krall.
- Sim. Lógico, se você estiver disposto a me acompanhar.
- Claro. Não perderia por nada. – Mulder sorriu para mim.
Terminamos de jantar. Pedimos outra garrafa de vinho.
A banda começava a se aquecer. A apresentação iria se iniciar.
- Mulder, promete puxar-me para dançar à La Elvis Presley novamente?
- Prometo.
- E você está gostando da noite?
- Tenho uma ótima companhia, uma comida divina, um bom vinho e um ótimo show para começar. O que mais posso querer?
- Esperava que você me dissesse.
- Bom, nunca tive um encontro mágico como esse.
- Nem eu tive um encontro como esse.
- Então, é um encontro? – brinquei colocando a mão na coxa dele. Ele segurou minha mão e assim ficamos.
- Você não havia percebido? Você é ingênua, Scully. – ele devolveu a brincadeira.
- Dana, por favor. Já que é um encontro, chame-me de Dana. A Dana é uma mulher ingênua, desprotegida, romântica e carente. A Scully é a mulher que você conhece muito bem.
- Depois falamos sobre isso, Dana.
A cantora Cher subiu ao palco e iniciou cantando “I found someone”. Nossas mãos estavam unidas.
Quatro ou cinco músicas depois, alguns casais rodopiavam pela pista de dança. Eu inclinei minha cabeça e lancei:
- Mulder, estou louca para dançar.
- Eu também, mas lembre-se do que te prometi.
Estava tocando “Just like Jesse James”. Logo após, começaram os acordes de nossa música: “Walking in Memphis”.
Parecia um sonho. Mulder levantou-se e à La Elvis tirou-me pra dançar. Passou o braço esquerdo pela minha cintura e com a direita segurou minha mão. Nossos corpos uniram-se e dançamos novamente no ritmo da música. Algumas vezes, nos separávamos e ele me girava e voltava a colar nossos corpos. De vez em quando, ele sussurrava alguns versos em meu ouvido:
“(...)
Then I was walking in Memphis
I’m walking with my feet ten feet of Beale
Walking in Memphis
But do I really feel the way I feel
Saw the ghost of Elvis
On Union Avenue
Followed him up to the gates of Graceland
Then I watched him walk right through
Now security they did not see him
They just hovered round his tomb
But there’s a pretty little thing
(…)”
A próxima música era “Gypsies, Tramps and Thieves”. Continuamos dançando. Agora, ele me conduzia segurando minhas duas mãos num dois pra lá, dois pra cá e rodopios intermináveis. Estava nas nuvens. Depois, tocou “Love can build a bridge”, “I got you babe”, “Dov’è L’Amore”,...
- Nossa, essa música é rápida e a letra é bonita. – eu comentei extasiada. Mulder tinha as mãos em meus quadris e estávamos um pouco distantes. Nós não parávamos de dançar.
- É. Você já encontrou o seu amor, não é?
- Acho que sim, Mulder.
..., “Heart of Stone”, “Believe”, “Love and Understanding”, “Strong Enough”, “All or Nothing”, “If I could turn back time” e outras músicas que eu não lembro dos nomes.
Continuamos dançando e eu pensava que nós ainda não havíamos nos beijado direito. Ainda éramos bons e velhos amigos. Os melhores amigos. Eu não tomaria a iniciativa de novo, queria que ele tomasse a decisão.
Voltamos a sentar depois de dançar uma música bem agitada.
Estávamos tomando vinho e assistindo o show, que já estava no fim.
A última música foi “The shoop shoop song”, tema do filme “Minha mãe é uma sereia”.
- Dana, você conhece essa música? – Mulder perguntou com os lábios próximos ao meu ouvido.
- Sim e suponho que você também, não é? – alfinetei sorrindo.
- Claro. Um filme com a Cher fazendo a mãe da Winona Ryder.
- E da Cristina Ricci, que era criança assim como a Winona. Eu assisti a esse filme com a Missy e o Charlie escondidos da mamãe, do papai e do Bill.
- A Winona Ryder queria beijar um seminarista.
- Mulder. – eu chamei a atenção dele.
- Vejo que ela não era a única a querer beijar alguém. Eu estou louco para beijar uma linda garotinha. Será que ela permitirá? – sua voz era sedutora.
- Com certeza. – eu passei a língua em meus lábios e deixei a boca entreaberta.
Mulder segurou uma de minhas mãos e enlaçou meus ombros. Aproximou-se sorrindo e olhando diretamente em meus olhos. O beijo começou com um selinho e estávamos de olhos abertos. Um procurando a permissão do outro para aprofundar o beijo. Logo, o beijo tornou-se profundo e nós fechamos os olhos.
O refrão da música nos embalava.
O show terminou.
Mulder foi pagar a conta enquanto eu vestia o casaco e pegava minha bolsa.
Desde o fim do beijo não trocamos uma só palavra. Nós apenas nos olhávamos, nos acariciando e sorrindo sinceramente.
Quando saímos do restaurante, ele ofereceu-me o braço e eu aceitei.
- Adorei o lugar, Dana. Semana que vem, voltamos. – ele disse enquanto caminhávamos de volta para minha casa.
- Você promete, Mulder?
- Sim. Tudo que você quiser, lindinha.
- Obrigada. Eu vou cobrar, hein? – eu estava sorrindo.
Chegamos ao meu prédio.
- Mulder, quer subir? – perguntei olhando por cima do ombro dele.
- Que lugar comum, Scully? – ele brincou.
- Não é assim que terminam os encontros? – eu devolvi.
- Tá, vou aceitar seu convite se você antes me der um beijinho.
Eu subi no primeiro degrau e beijei-lhe os lábios rapidamente.
Fomos para meu apartamento. Não queria fazer amor com ele hoje. Ainda não estava pronta para ele, mas ele havia prometido esperar por mim. O primeiro passo já foi dado. A sorte está lançada.
Tirei meu casaco e meus sapatos enquanto Mulder sentava no sofá.
- Quer um café, Mulder? – perguntei tirando minhas meias.
- Não, obrigado, Dana.
- Vou ao meu quarto, já volto.
Fui ao meu quarto, pendurei meu casaco, guardei meu sapato e as meias. Peguei o meu chinelo de banho e voltei para a sala. Juntei-me à Mulder.
- Voltou a ser a Scully que eu conheço?
- Só se você quiser, Mulder, mas vai ser difícil distinguir as duas. Estou oscilando entre elas hoje.
- Eu quero te dizer uma coisa, Dana.
- Estou ouvindo.
- Queria agradecer você por tudo, por estar viva.
- Mulder, eu só estou viva por sua causa. Você me salvou. Eu te amo demais. – eu disse deitando minha cabeça no ombro dele – Eu só quero esperar mais um tempo para entregar-me totalmente à você.
- Eu posso esperar quanto tempo for preciso. Mas, eu estou louco para te beijar de novo.
Eu sorri, ele se aproximou e começou a me beijar. Separamo-nos algum tempo depois ofegantes.
- Dana, eu posso esperar anos por você, mas só farei isso se puder te beijar dessa maneira pelo menos umas três vezes por dia.
- Assim como um remédio?
- Falando em remédio, você ainda toma os seus?
- Não. Já faz algum tempo que estou liberada. Sei por que perguntou, por causa do vinho, não é?
- É, lindinha. Foi por isso, sim. – ele falou pensativo.
- O que foi, Mulder? – eu perguntei acariciando sua cabeça.
- Quando vai contar à sua mãe?
- Vamos esperar, Mulder querido.
- Minha linda, a sua mãe sempre torceu por nós.
- Deixa-a continuar torcendo. É uma alegria para minha mãe.
- Seu irmão Bill não iria gostar, não é?
- Não. Mas a Missy iria amar. Sabe, Mulder, as mulheres da família Scully apaixonaram-se por você.
- Só uma conseguiu levar-me para casa.
- Mulder, elas sempre me empurravam para você. – eu senti lágrimas picando meus olhos.
- Vem, Dana, vem. Chora. Vai te fazer bem. – ele me puxou para deitar no colo dele. Eu deitei minha cabeça no peito dele e sentei-me em seu colo. Comecei a chorar copiosamente – A Melissa não queria te ver chorando, mas você precisa desabafar.
- Sinto falta dela. – eu falava entre lágrimas e soluços – Nunca mais vou ouvi-la dizendo: “Aquele seu parceiro é lindo, um deus grego ou romano,como quiser, Dana.”, e eu respondia: “Mulder é bem apessoado, bem apanhado.”
- Obrigado à vocês duas. Vocês são lindas. – ele me beijou a testa – Reze para Melissa e diga que eu estou agradecido por me elogiar.
- Ela dizia o que eu pensava, mas eu não dava o braço a torcer.
- Sabe, eu gostava muito da Melissa, apesar de não conhecê-la bem. Queria que ela fosse nossa madrinha, caso algum dia nos casássemos.
- Missy iria adora sua ideia.
- Ela deve estar adorando, afinal, aonde quer que ela esteja, está te protegendo. A Melissa olha por nós.
- Lindas palavras, Mulder. – eu o beijei emocionada.
- Bom, está tarde. Vou indo para casa, Dana. Você precisa descansar. Eu te ligo.
- Agora, foi você quem caiu num lugar comum! – eu gargalhei – Tudo bem. Almoça comigo amanhã?
- Você não vai almoçar com sua mãe?
- Vou. Estou te convidando para ir comigo. Aceita?
- Obrigado pelo convite, mas não posso aceitar. É um almoço de família e seu irmão não vai muito com a minha cara.
- Eu e mamãe vamos almoçar sozinhas. Ela vai adorar se você for. Aceita vai... – eu precisava convencê-lo.
- E se ela desconfiar que estamos juntos?
- Eu nego até o fim como já fiz outras vezes.
- Eu te ajudo.
- Então, você vai?
- A que horas te pego? – Mulder assentiu afirmativamente.
- Às dez horas da manhã está bom?
- Claro. Mais tarde, eu te vejo. – ele empurrou-me delicadamente do colo dele, levantou-se e foi em direção à porta.
- Hei, Mulder! – eu disse fingindo decepção – Não está esquecendo-se de nada?
- Só se você vier aqui, minha lindinha. – ele abriu os braços para mim e eu voei para abraçá-lo.
Nós nos beijamos e ele murmurou um tímido “Até amanhã.”

Mamãe adorou a ideia de Mulder almoçar e passar o domingo conosco. Acho que ela não desconfiou de nada, embora quase nos pegou num beijo quente no jardim. Talvez, tenha percebido, pois estava muito alegre, mas nada comentou.
Depois, ele me deixou em casa.

A semana demorou a passar. Tivemos muito trabalho a fazer. Somente burocracia e nada mais. Trabalhamos até no sábado de manhã. Relatórios e mais relatórios para fazer.
- Scully, ainda quer sair hoje à noite? – ele me perguntou digitando o último relatório.
- Quero sim. Eu adoro essa cantora. Você não quer ir, Mulder? Se não quiser, eu te entendo.
- Você não entendeu, Scully. Estou preocupado com você. Nós vamos, porque estou louco para ouvir “When I look in your eyes”. – Mulder sorriu para mim e colocou a impressora para funcionar – Está muito cansada?
- Eu estou bem, Mulder.
- Se está bem, eu passo na sua casa no mesmo horário.
- Está bom, Mulder. Não se atrase, hein? – eu desliguei meu laptop e comecei a arrumar minha bolsa. Levantei-me e continuei: - Tem certeza que quer ir?
- Tenho. Espere-me, Scully. Eu te levo para casa. Esqueci que estava sem carro.
- É verdade, mas preciso ficar sozinha, caminhar um pouco. Vejo você mais tarde.
- Tudo bem. Às 6h30min estarei em sua casa.
Ele pegou as folhas na impressora, colocou na pasta referente e sorriu para mim.
- Quer que eu leve os seus relatórios para o Skinner?
- Obrigada, Mulder, mas eu iria levá-los agora.
- Eu os levo. – ele arrancou as pastas de minhas mãos – Então, até mais tarde.
Eu segurei seu braço e falei:
- Dê-me as chaves do carro. Mudei de ideia.
- Estão no bolso do meu casaco. Vá para o carro e leve minha pasta, por favor.
Em pouco tempo, estávamos rodando pela cidade. Mulder deixou-me em casa e seguiu para o apartamento dele.

Seis horas. A campainha tocou. Eu estava quase pronta. Mulder olhou-me divertido, pois eu estava de roupão, mas maquilada e com o cabelo arrumado.
- Entre, Mulder. Eu não te esperava tão cedo.
- Desculpe. – ele entrou e fechou a porta enquanto eu ia para o quarto.
Vesti um vestido preto, sem mangas e uns quatro dedos abaixo do joelho. Calcei uma sandália preta de salto e voltei.
- Não está esquecendo-se de nada, Dana?
Sim, eu estava. Beijei-o ardentemente. Quando nos separamos, eu o olhei de cima a baixo. Ele trajava um terno azul marinho, camisa branca, gravata de um azul mais claro que o terno e sapatos pretos.
- Não queria chegar tão cedo, mas não agüentava mais ficar lá em casa esperando a hora passar.
- Vamos mais cedo hoje?
- Você quer?
- Sim. Já estou pronta.
- Então, pegue um casaco quente, pois lá fora está bem frio, Dana.
- Eu separei um xale de lã. Esquenta bem.
- Vamos? – Mulder foi para a porta enquanto eu colocava o xale nas costas, pegava minha bolsa e juntava-me à ele.
Fomos à pé. Mulder já tinha feito reserva no restaurante. Ficamos na mesma mesa e pedimos o mesmo prato.
O show começou às nove horas em ponto. Diana Krall iniciou a apresentação cantando “Garden in the rain”. Estávamos de mãos dadas. Agora, quem cantarolava trechos das canções era eu.
Depois tocou “Baby Baby All the Time”, “You’re Looking at Me”, “Boulevard of Broken Dreams”, “Let’s Fall in Love”, “That Old Feeling”, “Just the Way You Are”, “Lost Minds”,…
- Está gostando? – eu perguntei beijando a bochecha de Mulder.
- Sim, mas ela não cantou as músicas que mais gosto. – ele disse e logo depois uma melodia suave começou: - “The Best Thing for You”, Dana.
- Gosta dessa? – eu sorri vendo os olhos dele brilharem junto com um lindo sorriso de menino.
- Sim. Gosto também de “When I Look in Your Eyes”, “How Deep is the Ocean (How High is the Sky)”e “I Miss You So”.
- São lindas, meu amor. Eu adoro “Just the Way You Are”, “You’re Looking at Me”, “A Case of You”… são tantas.

O show terminou e nós saímos satisfeitos.
- Eu adorei, Dana, adorei mesmo.
- Eu tenho o CD. Se você quiser ouvir...
- Tudo bem.
Eu me enrolei no xale. A noite estava realmente muito fria. Mulder nada disse, apenas tirou o paletó e colocou-o nos meus ombros.
- E você, Mulder? – eu perguntei olhando para ele.
- Não vou sentir frio. – ele disse me abraçando e voltando a caminhar – Eu te avisei que estava frio.
- Eu sei, amor. Vamos para casa.

Chegamos à minha casa. Troquei de roupa e Mulder também. Eu usava meu pijama de seda azul e ele, um de flanela.
Sentamo-nos no sofá e começamos a conversar sobre o nosso relacionamento.
Chegamos a uma conclusão: continuaremos amantes, mas só contaríamos daqui uns quatro ou cinco anos.

Fim

25/08/2009

Encontro de Fãs do Tiago Leifert

Divulgando... Com autorização da minha amiga Ana Paula!

Encontro de Fãs do Tiago Leifert:

Nós do Fã Clube Tiago Leifert estamos Organizando um Encontro de Fãs... O Encontro é um intuito de Reunir o Maior Número de admiradores do Tiago... Gravaremos um Video em Homenagem a Ele... Dizendo o Quando Gostamos dele e de Seu Trabalho.
Haverá também a Entrega das Carteirinhas do Fã Clube... Basta se Inscrever... Lembrando que a Carteirinha é Totalmente Grátis...
Espero que Possa contar com Vocês!!

Data: 26 de Setembro de 2009 (Sábado)
Local: Parque Ibirapuera (Oca)
Horário: A partir das 15:00Hs

Conto Com Vocês...
Lembrando que quem for terá uma Surpresa...Só Não Conto o que é!

OBS: Quem se interessar pela camiseta do Fã Clube: R$ 17,00, a entrega será no Dia do Encontro ou Via SEDEX

Para mais Informações falar com Ana Paula:
E-mail e MSN: ana_paula_fogaca@hotmail.com

Para se Tornar um Membro do Fã Clube Basta Enviar:
Nome Completo:
Data de Nascimento:
E respoder: "Porque você é Fã do Tiago Leifert"
Para o Seguinte E-mail: tiagoleifertfaclube@hotmail.com

23/08/2009

Relatório de Campo - Aniversário do Arquivo X Brasil - !4 anos

Numa manhã fria e chuvosa de domingo, típica de Forks, quer dizer, São Paulo, o pessoal mais animado que eu conheço se reuniu para comemorar os 14 anos do Arquivo X Brasil.
Fomos ao Parque da Água Branca e concorremos com a Feira de Turismo Rural, que ocorria no mesmo local.
Como a chuva veio com a toda sua força e tivemos que procurar um quiosque coberto para nos abrigar.
A festa foi muito boa. Rever os amigos, brincar, rir muito e ganhar novos amigos.
Tivemos a presença ilustre da Dany Nascimento, vencedora do Concurso do novo Banner do Arquivo X Brasil. Parabéns, Dany!
Tivemos momentos memoráveis, cenas e frases inesquecíveis, tais como: (Aviso: piadas internas)
- Quintino estava com o Mulder na cintura;
- Quintino no gesto de cavalheiro levou a minha cesta de piquenique pelo parque todo e acho que gostou de passear com ela;
- Flavinha disse que quer ser uma galinha na próxima encarnação.
Uma imagem vale mais do mil palavras, então abaixo publico as fotos:





15/08/2009

Piquenique de 14 anos do Arquivo X Brasil

Divulgando o evento...

Agosto é o mês de aniversário do Arquivo-X Brasil, e mais uma vez o CIRCASP vai fazer a feXta!!!

Esse ano vamos inovar. Ao invés da tradicional festa com bolo, bexiga e brigadeiro vamos nos reunir em um super pic nic no Parque da Água Branca em São Paulo.

Mas tenham calma... as guloseimas e a bagunça características de uma super festa também estarão presentes!

Excers amigos preparem-se para participar de uma super gincana de aniversário, com direito a várias risadas e muitos prêmios.

Então fiquem ligados e marquem nas agendas:

Pic Nic Excer - 14 Anos do Arquivo-X Brasil - CIRCASP
Dia : 23/08/2009
Horário : 10:00 hrs
Local : Parque da Água Branca
Av. Professor Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca
(próximo ao Shopping West Plaza e Estação Barra Funda do Metrô)
Ingresso : 1 prato de doce ou salgado + 1 refrigerante ou suco

Os que não conhecem o parque não precisam se preocupar, pois a Coordenação irá marcar um ponto de encontro para que todos possam ir juntos.. assim a feXta começa antes!

E não se esqueçam de levar as máquinas fotográficas, vamos registrar todos os momentos!!!

Contamos com a participação de todos, afinal a festa é de vocês também!!!

Agente Especial Crixscully
Membro da Equipe de Apoio do CIRCASP
Centro de Interação Regional Capital São Paulo (SP)
ARQUIVO-X BRASIL
A Maior Comunidade Excer da América Latina
http://www.ArquivoXBrasil.org.br

01/08/2009

Dica

Meu tio chegou em casa com uma novidade: há uma site onde um gênio descobre, através de nossas respostas, em qual personagem estamos pensando! Na maioria das vezes, dá certo!
O endereço é: en.akinator.com
Divirtam-se!