10/01/2018

Fanfic "Arquivo X": Libertação Total, Capítulo 2

Título: Libertação Total
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data: Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.

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2° Capítulo

- Dana. – a Senhora Scully abriu a porta para a filha.
- Mamãe? O que faz aqui? – Dana disse entrando e fechando a porta.
- Achei que precisasse de mim, querida.
- E preciso, mãe.
- Eu vim para passar a noite com você. – disse Margareth enquanto Dana jogava-se no sofá.
- Estou exausta, mamãe.
Maggie aproximou-se da filha, sentou-se na poltrona e disse:
- Estou aqui, meu amor.
- Mãe, eu não quero conversar agora. Desculpe.
- Está tudo bem. Você jantou?
- Sim. Fiz sopa para o Mulder. Jantamos juntos.
- Vou montar aquela caminha dobrável ao lado da sua cama.
- Não, mamãe. Durma na minha cama, junto comigo. Como nos velhos tempos. Estou carente.
- Está bem, minha menininha.
- Já jantou, mamãe?
- Já. Com seu irmão.
- Mamãe, vou tomar um banho e, depois, vou deitar. A senhora sabe que costumo demorar no banho, por isso, pode ir dormir.
- Não estou com sono. E, depois, se você quiser conversar, estarei disponível.
- Mãe, – disse Scully levantando-se do sofá – se o Mulder ligar converse com ele. Depois, eu falo com ele.
Dana foi tomar banho e, logo depois, foi de roupão para o quarto. Encontrou a mãe arrumando suas gavetas.
- Mamãe, obrigada. – Dana sorriu para a mãe.
- Está frio. Estou procurando algo quente para você vestir. Parece que eu achei. – disse Margareth apontando dois pijamas brancos com listras azuis, cada um com um nome bordado – Anjinho e Lindinha.
- Eu posso explicar, mamãe. Nosso presente de um mês de namoro. Ele quis deixar aqui.
Maggie riu e saiu do quarto para verificar se a porta estava fechada. Dana ficou no quarto vestindo-se, guardou as roupas que estavam fora da gaveta, apagou a luz do quarto, acendeu o abajur e deitou em sua cama. Logo, sua mãe também estava deitada ao seu lado.
- Quero conversar. – disse Dana à mãe.
- Estou ouvindo, filha.
- Mamãe, preciso de carinho e não estou conseguindo suprir a carência do Mulder.
- Eu posso suprir a sua. Venha. – disse Maggie abrindo os braços para receber a filha, que se aninhou no colo aconchegante da mãe.
Quando Dana estava quase pegando no sono, o telefone tocou.
- Alô? – Maggie atendeu.
- Senhora Scully? – Mulder respondeu.
- Oi, Fox. Como você está, filho?
Scully despertou e olhou para a mãe. Implorava com o olhar para falar com ele.
- Eu dormi um pouco. Liguei para dar boa noite à Dana.
- Tudo bem, querido. Ela está aqui do meu lado. Mas, antes de passar para ela, você tem que me convencer que está bem.
- Estou sim, senhora. E ela?
- Ela mesma vai te responder. – Maggie passou o telefone para a filha.
- Anjinho, eu estou bem. – Scully falou ao pegar o telefone.
- Liguei para não perder o costume. Queria te dar boa noite, lindinha.
- Boa noite! Vê se dorme mais, viu?
- A Maggie está ouvindo?
- Sim.
- O que ela deve estar pensando dos nossos apelidos carinhosos?
- Tudo lindo.
- Vou fingir que acredito.
- Você é quem sabe, Mulder. – Scully riu.
- Te amo.
- Eu também.
- Tô carente, lindinha. Quero colo. – Mulder choramingou.
- Eu também, anjinho. Vá dormir, querido.- Você também. Tchau.
- Tchau. – Dana desligou e entregou o telefone para a mãe, que o colocou de volta no criado mudo.
- Agora, vamos dormir. – Maggie disse abraçando a filha. As duas dormiram logo.
Na manhã seguinte, Maggie foi a primeira a acordar. Olhou para a filha dormindo a seu lado. Dana dormia tranquilamente, mas sabia que ela estava cansada, triste e com medo. O que será que se passava na cabeça dela? O que seu coração sentia? Margareth acariciou a cabeça da filha e virou-se para ver o relógio. Faltavam quinze minutos para as seis horas da manhã. Levantou-se e foi lavar o rosto.
Scully acordou alguns minutos depois. Levantou da cama e foi procurar a mãe. Encontrou Maggie preparando o café.
- Bom dia, mamãe. – disse sentando-se em uma das cadeiras da mesa da cozinha.
- Bom dia, Dana. Dormiu bem?
- Sim. Estou um pouco mais descansada. E a senhora?
- Muito bem. Estava com saudades de ter minha menininha dormindo ao meu lado.
- Eu também estava com saudades.
- Café ou chá?
- Mamãe, deixa que eu me sirvo. – Dana disse levantando da cadeira.
- Ah, querida, eu preparei tudo para facilitar a tua vida. Não faça assim.
- Tudo bem, mamãe. Dê-me um abraço.
As duas se abraçaram e, quando se separaram, tomaram café da manhã. Ao terminarem a refeição, foram se preparar para sair.
Scully vestiu um conjunto de blazer e saia pretos, sapatos de salto alto preto e um sobretudo da mesma cor. Maggie preferiu usar uma calça social, camisa, sapatos e um grosso casaco preto.
Por volta das 06h45, mãe e filha já estavam a caminho do apartamento de Mulder. Ao chegar lá, encontraram Skinner e os Pistoleiros Solitários.
- Bom dia, Scully. – cumprimentou Skinner.
- Bom dia, senhor. – respondeu Scully saindo do carro acompanhada por Maggie.
- Como vai, Senhora Scully? – Skinner apertou a mão de Maggie.
- Bem, obrigada. – Maggie respondeu.
- Meninos, como vocês estão? – disse Scully a Frohike, Langly e Byers.
- Oi. – Frohike respondeu – Bem.
- E o Mulder? Como está? – perguntou Langly.
- Não quisemos chamá-lo antes de você chegar. – completou Byers.
- Vou buscá-lo. – Dana disse – Alguém quer vir comigo?
Ninguém respondeu e ela entrou no prédio. Entrou no apartamento com a sua cópia da chave.
“Acho que Mulder ainda não levantou.” – pensou enquanto adentrava o apartamento. Dirigiu-se ao quarto e encontrou Mulder sentado na cama, usando terno, gravata e calçando os sapatos.
- Oi, Dana. Achou que eu ainda estivesse deitado?
- Oi, Mulder. – Dana disse sentando ao lado dele e beijando-lhe o rosto. Ele, por sua vez, beijou-lhe levemente os lábios – Aproveite agora para me dar beijinhos e me chamar de lindinha.
- Tudo bem, lindinha. Já entendi. Quem está lá embaixo?
- Minha mãe, Skinner e os Pistoleiros.
- Tá bom, lindinha. Vamos então?
- Vamos. – Scully beijou-lhe rapidamente os lábios – Você tomou café? Comeu alguma coisa?
- Sim.
- Dormiu pelo menos um pouco?
- Sim, lindinha.
- Então, vamos, anjinho.
Mulder levantou da cama e pegou na mão de Scully, que o guiou até a sala. Fox apanhou as chaves, a carteira e o sobretudo, que Dana pegou e acertou no braço dela.
O casal saiu do apartamento abraçado, pegou o elevador e, antes de abrir a porta do prédio, trocaram um rápido beijo.
- Anjinho, eu saio primeiro, mas vou segurar sua mão o tempo todo.
Mulder assentiu e segurou a porta aberta. Scully saiu primeiro seguida pelo parceiro, que apertava a mão dela.
- Oi, Fox. – disse Maggie aproximando-se do casal que descia as escadas da frente do prédio.
Mulder largou a mão de Scully e abraçou Margareth, que retribuiu carinhosamente o abraço, pois ele começou a chorar copiosamente.
- Está tudo bem, querido, tudo bem. Estou aqui. – Maggie tentava acalmá-lo.
- Obrigado, Maggie. – Mulder disse separando-se da sogra. Dirigiu-se a Skinner: – Senhor, obrigado por ter vindo.
Skinner abraçou o amigo e falou:
 - Sinto muito, Mulder.
- Obrigado, chefe. – disse Mulder separando-se e tocando o ombro de Skinner.
Os Pistoleiros Solitários aproximaram-se de Mulder, que recebeu um aperto de mão de Frohike, um abraço de Langly e Byers tocou-lhe o braço. Ao se separarem, Mulder dirigiu-se à Scully, que o esperava em frente a porta traseira do carro de Skinner.
- Nós vamos com o Skinner. Você se importa?
- Não, Scully, não me importo. – Mulder viu os Pistoleiros Solitários entrarem no furgão e Maggie ajeitar-se no banco da frente ao lado de Skinner.
- Entre. – Scully disse para Mulder, que a obedeceu. Logo depois, ela entrou ao lado dele.
- Podemos ir? – Skinner falou olhando no retrovisor.
- Sim. – Scully respondeu à Skinner e pegou na mão de Mulder.
Skinner pôs o carro em movimento. Mulder encostou a cabeça no ombro de Scully, que o cobriu com o sobretudo.
- Mulder, está tudo bem? – Dana soltou a mão dele e o abraçou.
- Não estou bem. Minha cabeça está doendo. – disse Fox no ouvido de Dana, que começou a acariciar seu cabelo.
Skinner parou em um farol e observou o casal abraçado pelo espelho. Pensou que ainda teria problemas, pois Mulder e Scully estavam muito próximos.
O resto da viagem transcorreu tranquilamente.
Ao chegarem ao cemitério, Skinner percebendo que Mulder tinha o olhar perdido, disse:
- Mulder, posso falar com você?
- Sim, senhor.
- Vamos, mamãe. – disse Scully descendo do carro seguida pela mãe.
- Mulder, você precisa de um tempo. Fique de licença o tempo que quiser.
- Obrigado, Skinner. Posso pedir que você libere a Scully também?
- Por quê?
- Ela tem sido o meu apoio. Está exausta.
- Tudo bem.
- Obrigado. Vamos? – Mulder abriu a porta e desceu do carro. Skinner saiu do veículo logo em seguida.
Foi realizado o enterro de Teena Mulder e uma pequena homenagem para Samantha. Ao final da cerimônia, Mulder quis ficar sozinho ao lado da sepultura.

Continua...

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