31/12/2020

O que foi 2020?


Comecei 2020 dizendo para mim mesma: "Esse será o ano da sua vida! Você vai realizar seus sonhos!"
Mas não foi bem assim. Porém, não posso reclamar. Foi realmente o ano da minha vida!

Janeiro, comecei a concretizar um desses sonhos: cursar a faculdade de Museologia. As aulas começaram em fevereiro eu passe pelos dois semestres, com notas boas e tenho uma turma muito legal!

Em março, as coisas começaram a ficar estranhas. Fui chamada de negacionista recentemente por uma colega que me elogiou por mudar de ideia sobre a pandemia. Bem no início, eu pedia calma para as pessoas e pedia para esperar para ver. Eu passei pela epidemia de H1N1, em um trabalho que me fez enxergar e aprender sobre os exageros e notícias falsas que podem ser geradas por uma doença. Conforme fomos entendendo o que estava acontecendo e ouvindo os especialistas, eu fui tomando as precauções devidas. Até entrei em teletrabalho por minha conta. 

Diversos problemas foram causados por essa nova forma de trabalho, ainda não estão superados, mas vamos levando como dá.

Só que tive um projeto maravilhoso, no qual fui muito bem acolhida pela equipe e tenho orgulho de ter visto o resultado. Trabalhei com outro grupo, que dá um duro danado para me aguentar, mas é um grupo muito querido.

Voltando aos estudos, fiz cursos maravilhosos, assisti à palestras de outros lugares desse Brasil e tenho um monte de certificados legais para colocar no currículo.

Desde dezembro/2019, eu vinha planejando a viagem dos meus sonhos, recheada com um concerto lindo bem no dia do meu aniversário, mas, com a pandemia, fui vendo o sonho ruir. Tudo cancelado. Até a minha companhia nessa viagem desistiu. Mas eu não! O sonho não acabou, foi apenas adiado por mais um tempinho. Quem sabe será minha viagem de formatura?

De março até agora, estou em casa, com ocasionais saídas, mas mantendo a quarentena e a neura (que já existia) de higienizar tudo.

Mas nesse período de confinamento, pude assistir a concertos maravilhosos, ao vivo, com e sem a compra de ingressos. Os do Josh Groban já foram relatados na publicação disponível em: https://mundoparticularrosa.blogspot.com/2020/12/o-meu-ano-de-2020-com-josh-groban.html. (Há a versão em inglês para os amigos de outros países)

Como também publiquei aqui, fiz várias visitas virtuais à museus e centros culturais do mundo. Aprendi muito e realizei sonhos antigos. Visitei o Hermitage, na Rússia, e a Casa de Cora Coralina, que são meus favoritos.

Participei de atividades online de toda forma. Reclamava do Zoom e do Meet do trabalho - nao aguentava mais - mas encarava um Zoom com palestra sobre Museologia e Turismo.

Tive a oportunidade de assistir as divas Fafá de Belém e Mari Belém ao vivo, assistir lives com meus artistas favoritos e participar de diversas Comic Con, mundo afora. Assisti todos os painéis possíveis de Power Rangers!!! Vi David Yost, Jason David Frank e Amy Jo Johnson falando ao vivo e respondendo perguntas dos fãs. É outra coisa ver ao vivo! Mesmo que pela tela do computador! Ou da televisão!

Foi o ano no qual o meu ídolo e as minhas ídolas se comunicaram comigo. Eu me senti poderosíssima! Uma subcelebridade! A lista é curta, mas Liz Callaway curtiu meu tweet sobre um de seus vídeos; falei com a Fafá e a Mari Belém em uma live, além da Mari me seguir no Twitter (a melhor rede social do mundo!!!); e, lógico, Josh Groban falou comigo duas vezes no chat do Youtube (esse é o motivo de eu amar um chat do Youtube).

Tivemos que usar máscaras. Comprei algumas maravilhosas de pequenos, médios e grandes fornecedores.

Nesse período, também divulguei diversas empresas para comprar sem sair de casa. Não recebi nada de nenhuma delas. Só consumi, aprovei o serviço, o produto e divulguei.

Quando isso terminar, eu serei a mesma pessoa, Talvez, bem pior. Mais egoísta. Mais fechada. Mas com meus sonhos realizados. Eu sou uma contradição sem fim! 

Realmente, não tenho o que reclamar. 2020 foi o ano da minha vida! 

Eu sei que muitas mortes aconteceram, muitas pessoas perderam seus empregos, muitos estão sofrendo, temos um desgoverno etc etc etc. Mas sou grata por tudo que aprendi, ganhei e perdi. Tudo é uma lição.

Há alguns anos, a troca de ano significa a troca de folhinha. A passagem de 2020 para 2021 não será diferente. A pandemia continua aí. Não sabemos como será, mas vamos esperançar, como ensina o Mestre Paulo Freire.

30/12/2020

Fanfic "Arquivo X": Sozinhos nunca mais

 Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Pós “Em Busca da Verdade”.

Data de início: 11/10/2019

Data de término: 31/10/2019

Classificação: 16 anos

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Mulder cochilou na cadeira, no corredor do hospital, do lado de fora do quarto de Scully. Acordou com Maggie Scully colocando a mão no ombro dele.

- Fox, por que não vai descansar? Já é tarde.

- Obrigado, Sra. Scully. – Mulder sorriu – Como ela está?

- Bem.

- Posso vê-la?

- Claro, Fox. Estou indo para casa.

- Seu filho vai te levar?

- Sim. Fique tranquilo.

- Ok. – Mulder ajeitou as coisas.

- Ouça, filho. – Maggie abraçou-o – Você é um homem bom e cuida demais de minha filha. Eu te quero muito bem.

- Eu também gosto muito da senhora.

- Fox, eu quero que você me obedeça. Vá dar um beijinho na Dana e vá para casa.

- Farei isso. Obrigado. – Mulder sorriu.

Maggie beijou a testa dele e acompanhou o filho mais velho.

Mulder entrou no quarto e viu Scully sentada na cama.

- Hei! – ele falou.

- Estava te esperando. – Scully abriu os braços – Preciso de um abraço.

Mulder aproximou-se e abraçou-a carinhoso.

- Você está melhor. Logo, sairá daqui.

- Mulder, você me salvou de novo. – Scully apertou-o em seus braços – Precisamos comemorar. Tipo um encontro…

- Posso saber com quem vai sair? – Mulder afastou-se levemente de Scully com um leve sorriso.

- Com você, seu bobo. – ela sorriu.

- Oh… – Mulder brincou.

- Agora, eu quero que vá para casa, tome um banho e descanse. – Scully acariciou o rosto de Mulder – Faz isso por mim?

- Acho que posso fazer, mas, antes, vou te colocar na cama.

Mulder ajeitou Scully na cama e esperou que ela fechasse os olhos.

- Agora, vai, Mulder. – Scully sorriu, de olhos fechados.

- Você está me enganando, Dana Scully? – Mulder vestiu o paletó e beijou a testa dela – Dorme.

XxX

Alguns dias depois, Scully estava na casa de sua mãe.

- Filha, o Fox não veio te ver.

- O Bill foi grosseiro com ele. Assim, que meu irmão voltar para casa, o Mulder ficará mais confortável em vir. Porém, já quero voltar a trabalhar.

- Por que vocês querem que esse cara venha aqui? – Bill entrou na sala – É um covarde.

- Cale a boca, Bill. – Dana falou.

- O que ele fez para você o defender tanto, Dana?

- Eu o amo! – Dana disparou.

Maggie fuzilou o filho com o olhar.

- Dana, você está louca! Ele não serve para você. – Bill disparou.

- Para, Bill. – Maggie falou brava.

- Bill, você não tem o direito de se meter na minha vida. – Dana ajeitou-se no sofá – Não te interessa nada sobre o meu relacionamento com o meu parceiro.

Bill saiu da casa bravo com a irmã.

- Dana, quer falar sobre isso? – Maggie perguntou.

- Não. – Scully deitou a cabeça no ombro da mãe.

- Não falou com o Fox hoje?

- Não. Falei com ele quando sai do hospital. Ele me recomendou descansar o tempo que meu médico mandou. – Scully riu – Ele sabe que eu não vou ficar descansando.

- Dana, chame-o para jantar hoje. Seu irmão vai demorar pra se acalmar. – Maggie sorriu – Eu acho uma boa ideia que ele venha jantar.

- Vou ligar para ele. Já são cinco horas. Vou tirá-lo do porão. – Scully pegou o celular e discou.

- Mulder.

- Hei, sou eu.

- Você está bem?

- Estou bem. Mamãe está te convidando para jantar.

- Estou indo para casa.

- Tenho certeza de que, se for para casa, vai comer bobagem. Mamãe está te intimando a vir. Então, venha para cá. – Scully desligou.

- Ele vem, Dana?

- A senhora ouviu. Eu mandei que ele viesse.

Mãe e filha riram.

XxX

Uma hora depois, Mulder chegava à casa de Maggie Scully.

- Oi, Fox. Acabei de colocar a mesa. – Maggie abraçou-o.

- Hei, Sra. Scully. Sua filha me convidou…

- Ela está na sala de jantar te esperando, filho. – Maggie sorriu – Entre, entre.

Mulder encontrou Scully colocando os pratos deliciosos, preparados pela mãe, na mesa. Ela usava um vestido branco, com uma delicada estampa de flores e borboletas. Sorriu ao ver como ela estava linda.

- Hei. – Mulder falou suave.

- Que bom que chegou! – Scully colocou uma travessa na mesa – Pode me ajudar a pegar os copos no armário, por favor.

- Mas…

- Estamos sozinhas. Você é o único homem na casa. Preciso dos copos de vinho que mamãe guarda no alto.

- E qual a ocasião?

- Nossa comemoração. – Scully sorriu.

- Fox, vá lavar as mãos e fique à vontade. – Maggie falou entrando na sala – Está em casa, meu filho.

- Obrigado.

Logo, os três jantavam e conversavam tranquilamente. Depois do jantar, Mulder e Scully foram para a varanda.

- Quero voltar a trabalhar. – Scully falou.

- Você está bem. Pode voltar quando quiser. Eu sinto muito a sua falta.

- E eu? Tenho brigado só com meu irmão. – Scully gargalhou – Também sinto sua falta. Volto na segunda.

- Será muito bem-vinda. – Mulder abraçou-a carinhoso – Vou para casa. Até segunda.

- Não vá. – Scully aconchegou-se ao corpo do parceiro – Fique mais.

- Estou cansado. Amanhã, nós nos falamos. Vou só dar um abraço em sua mãe. – Mulder beijou a bochecha de Scully – Preciso realmente ir.

- Ah… Tá bom. – Scully suspirou.

XxX

Na segunda-feira, Scully chegou cedo ao FBI. Encontrou Mulder enfiado nos arquivos.

- Bom dia, Mulder. – Scully sorriu.

- Bom dia, luz do sol. – Mulder olhou-a e sorriu – Pronta para um dos meus casos loucos?

- Sempre. Espero não me arrepender.

- Ah… Deixaram uma encomenda para você. – ele apontou para a mesa.

Em cima da mesa, havia um buquê de flores.

- Ah, Mulder… – Scully falou emocionada e pegou as flores – Você sempre me surpreende.

- Bem vinda de volta. – Mulder sorriu – Para hoje, temos trabalho burocrático acumulado.

- Sabia! – Scully abraçou o parceiro – Obrigada!

XxX

A semana passou muito rápido.

No sábado, Mulder e Scully retornavam de um caso.

Mulder sabia que a parceira não iria admitir, mas estava mais cansada que o normal. Por isso, fez de tudo para deixá-la confortável.

- Chegamos. – Mulder parou em frente ao prédio de Scully.

- Se eu disser que não estou pronta para ficar sozinha, você acredita?

- Podemos jantar juntos. O que quer que eu peça ou vá buscar?

- Pensei em cozinhar…

- Se não estiver cansada…

- Mulder, só sobre comigo. – Scully demandou descendo do carro.

Mulder acompanhou a parceira até o apartamento em silêncio. Olhou-a guardando as coisas dela pela casa e ficou ao lado da porta.

Logo, Scully olhou o parceiro e sorriu.

- Está em casa. – Mulder sorriu de volta.

- Fique. – Scully pediu.

- Eu estou aqui.

- Vá tomar um banho. Relaxe. Enquanto isso, vou pensar em um negocinho para comermos.

- Scully…

- Eu não estou pronta para ficar sozinha.

- O que está acontecendo contigo?

- Não posso querer meu melhor amigo a meu lado? – Scully sentou pesadamente no sofá.

Mulder sentou ao lado dela cauteloso.

- Eu estou aqui.

- Ah, Mulder… – Scully começou a chorar.

Mulder abraçou-a e beijou a cabeça dela.

- Por que não vai tomar um banho e trocar de roupa? Eu vou pedir algo para comermos enquanto isso.

- E você?

- Vou tomar um banho logo em seguida, doc.

Mulder já de banho tomado, usando um conjunto de moletom, estava confortavelmente instalado no sofá. Assim que o pedido havia sido entregue, arrumou a mesa de centro para o jantar.

Scully entrou sem fazer barulho. Viu um Mulder relaxado em sua sala.

- Demorei?

- Não. – Mulder sorriu – Vem comer.

Os parceiros jantaram juntos e em silêncio. Cada um perdido em seus pensamentos.

- Mulder, eu te devo tanto. – Scully começou.

- Não deve nada, Scully. Eu que devo a minha vida a você. – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto dela – Eu estou no escuro aqui. O que está acontecendo?

- Eu… Mulder… – Scully não conseguia concatenar os pensamentos.

- Se você não me disser, eu não vou saber o que está acontecendo. Eu não tenho o poder de adivinhar pensamentos ainda. – Mulder acariciou o rosto dela.

- Eu achei que iria morrer. – Scully confessou.

- Eu achei que iria te perder. – Mulder também confessou.

- E nós não nos perdemos. – Scully falou e, antevendo a ação de Mulder, fechou os olhos.

Mulder beijou delicadamente os lábios da parceira. Quando se separaram, Scully sorriu.

- Scully…

- Não fale. Só me beije, Mulder.

O casal voltou a se beijar delicadamente.

- Scully, você não sabe o quanto eu me segurei para não te beijar e te levar…

- Mulder, eu sempre esperei você tomar a iniciativa. Ah, Mulder… – Scully derreteu-se nos braços do parceiro.

- Hei, Scully. – Mulder aconchegou-a mais a seu corpo.

- Fica?

- Claro. Não vou sair daqui.

- Não fique longe de mim. – Scully segurou-se mais forte em Mulder.

- O que foi, Scully? Não faz assim comigo. – Mulder colocou-a em seu colo – Conte-me tudo.

- Quero ficar nos seus braços. Não quero mais me sentir sozinha.

- Você não está sozinha. Eu estou com você. Deixe-me fechar a casa e apagar as luzes. Ainda vou dar uma ajeitada aqui na sala. Não vou demorar mais que dez minutos.

- Você não existe, Mulder. – Scully beijou-o delicada – Eu te espero no quarto.

- Vestida?

- Quem sabe não… – Scully saiu do colo dele e beijou-o.

- Não me tente, Scully. – Mulder puxou-a para um novo beijo – Eu já vou.

Mulder viu Scully ir para a cozinha, enquanto ele apagava as luzes, fechava as janelas e verificava a porta. Encontrou Scully lavando a louça.

- Hei, ruiva. Trabalhos domésticos são preliminares para sexo. – Mulder brincou.

- Eu bem que queria, mas estou muito cansada.

- Então, vou te ajudar a dormir. Venha. – Mulder puxou-a pela mão e apagou a luz da cozinha.

Depois de terem se preparado para dormir, Mulder beijou Scully languidamente. Assim que relaxaram, dormiram tranquilamente. Não se sentiriam sozinhos nunca mais.

 

Fim