26/06/2022

O problema dos apelidos pejorativos


 Muitas pessoas me pedem para desabafar nas redes sociais nem no meu blog. Mas tenho que fazê-lo.

Cheguei em um momento que quero salvar todos, mas não consigo nem salvar a mim mesma.

Na sexta-feira, passei por situações de invisibilidade e preconceito estrutural no meu trabalho. Preconceito legitimado pelos que mandam no bagulho.

No meio da confusão, ouvi meus queridos apelidos e a famosa fala: "Ela não trabalha, é uma vagabunda."

Não consigo mais fazer o que eu aprendi com a minha avó de agradecer as ofensas e desarmar os autores da ofensa. 

O que consigo fazer é chamar pessoas para me cercar e servir de testemunha.

Mas o que me trouxe aqui, em um domingo à noite, não foi essa situação. Foi a pergunta de uma das minha leitoras adolescentes. Ela me enviou uma mensagem perguntando o que fazer quando um apelido que ela não gosta pega.

Respondi que pegou exatamente pelo fato dela não gostar que a chamem de determinado apelido. Não foi um bom movimento.

Depois da resposta, eu lembrei que uma das colegas idosas do trabalho disse a outra, quando interpelada sobre o motivo de não gostar de mim: "Por quê? Você gosta? É porque não trabalha com ela. Já viu como ela é gorda, como se veste, como anda? Sabia que ela não tem família? Ela não trabalha."

Lembrando disso, recordei que essa idosa que começou com um dos apelidos mais pesados que tenho dentro do meu trabalho.

Então, escrevi para minha leitora que ela devia comunicar à professora / ao professor e o núcleo familiar sobre o que vem ocorrendo. Em caso de não adiantar, pedir para falar com a coordenação, direção ou alguém que for autoridade maior na escola. Além de registrar, seja por e-mail, um diário, um vídeo, um áudio. O registro é importante.

Coloquei-me à disposição para ouvi-la sempre que necessário também.

Depois de eu escrever tudo isso par aminha leitora, fui fazer minha Grobaniterapia, que foi o que me acalmou e me deu mais dois dias de vida!!!

Passado algum tempo, recebi um manifesto no meu e-mail. A adolescente escreveu sobre o problema dos apelidos pejorativos.

Não é aquele amor, querida, lindinha, amore, amoreco etc. que ouvimos diariamente. (Apesar que até esses apelidos já deram processos de assédio) São coisas bem mais pesadas e outros termos considerados leves, mas em contextos de preconceito, discurso de ódio e afins. Aqueles que trazem e acompanham o sentimento de vergonha, culpa, impotência, incompetência, entre outros.

Eu tenho muito orgulho de ter uma turma bem jovem que utiliza meu blog como zona segura e ferramenta de lazer. São comprometidas com uma sociedade melhor, um mundo mais justo e com mais vida.

No texto, dois pontos me chamaram a atenção:

1 - Ela elencou todos os nomes pelo qual é chamada, os contextos e seus sentimentos. Um texto tão maduro, tão profundo, tão crítico, que me emocionou. Foi enviado por aplicativo de mensagens para amigos, amigas, professoras, professores e família. 

2 - Utilizou uma pesquisa recente e inovadora que relaciona problemas de saúde com situações de assédio e bullying. Eu sofro isso e não tem mais o que fazer para melhorar, só esperar o inevitável. No caso da jovem, ela também já tem problemas de saúde aparecendo em consequência do apelido.

Tive que comparar, porque sofro diariamente isso no meu trabalho e em outros âmbitos da minha vida o preconceito em diversas manifestações. 

Mas os apelidos pejorativos são um grande problema. Mesmo que indiretamente, ouvimos e sabemos que estão falando sobre nós. São nomes e expressões que passam a te denominar e invariavelmente substituíram seu nome.

O nome faz parte da identidade e vem da ancestralidade. Por isso, venho por meio dessa confusão que virou essa publicação pedir que respeitem as pessoas e não repitam esses fatos. Tentem se corrigir e chamar as pessoas pelo nome de batismo, pelo nome que recebeu da família, por sua identidade, por seu nome escolhido.

Apelidos podem ser utilizados quando já se tem uma intimidade construída e são carinhosos. Se for pejorativo, por favor, não o utilizem.

Ficou claro ou ainda é preciso desenhar que toda a pessoa humana deve ser respeitada?

25/06/2022

#6 - As Desolações do Recanto do Demônio, Livro VI da série "O Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", Ransom Riggs

 Cheguei ao último volume dessa série.

Uma leitura dark, mas gostei do desfecho.

Qual será que foi o destino de Jacob Portman, Noor e seus amigos? Tem que ler para saber.

Posso adiantar que neste último livro da série, Jacob e Noor voltam ao lugar onde a história começou: na casa de Abe Portman, o avô de Jake. E o melhor: não sabem como chegaram lá, nem como saíram da fenda de V.

Lutas, aventuras, lágrimas e um caminho tortuoso para combater o irmão do mal da Srta. Peregrine, Caul.

O Recanto do Demônio, fenda que se tornou o lar das crianças e de sua ymbryne, tem sido assolado por desolações, pragas em forma de chuva de cinzas, sangue, ossos e outras coisitas mais.

Caul está mais perigoso do que nunca e com um exército de peculiares viciados em ambro e novos etéreos.

Há uma profecia para se cumprir e é preciso localizar os peculiares citados nela. Noor é uma delas. Mas e os demais?

Uma corrida contra o tempo para localizar os outros peculiares da profecia e reunir as outras ymbrynes.

Tudo está em risco. Como nossos amigos se sairão? Tem de ler a série!!!

Eu não os li na sequência, mas recomendo que seja feito, para não perder o fio da história.

Pode-se ler um trecho do sexto e último livro no link:

https://www.intrinseca.com.br/upload/livros/PRIMEIROCAP-AS%20DESOLA%C3%87%C3%95ES%20DO%20RECANTO%20DO%20DEM%C3%94NIO-.pdf

Vale muito a leitura!!!

04/06/2022

Pinacoteca do Estado de São Paulo está ouvindo os seus públicos

 Como as instituições fazem para ouvir os anseios, desejos e sugestões de seus públicos? Fazendo pesquisas!

Assim, a Pinacoteca do Estado de São Paulo está consultando o público sobre a inauguração de um novo espaço, com novas experiências e atividades. Por isso, está convidando todas as pessoas que desejarem contribuir para ajudar a pensar sobre o tema.

Basta responder ao questinário online disponível em: https://compendium.com.br/pesquisa/index.php/553859?lang=pt-BR

É um formulário virtual, com tempo de preenchimento aproximado de 10 minutos e devem ser respondidos até o final para serem computados.

Assim, você também pode ajudar a Pinacoteca a projetar ações futuras, inscrever-se para receber novidades e concorrer a brindes.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail pesquisas@tomaraeducacaoecultura.com.br

Importante observar que o questionário pode ser respondido por celular ou por computador, mas é melhor visualizado e tem uma navegabilidade mais fácil pelo computador.

Participe também!!!