14/01/2018

Fanfic "Arquivo X": Libertação Total, Capítulo 6

Título: Libertação Total
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data: Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.
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6° Capítulo

- Oi, Fox. Desculpe. – Maggie disse baixando os olhos.
- Nada, Maggie. – Mulder disse acertando Scully em seu colo – Sente-se aqui pertinho.
- Há quanto tempo vocês estão juntos de verdade? – Maggie sentou-se na poltrona ao lado do sofá.
- Ela não quer que eu conte, mas…
- Eu não vou contar nada para ela, Fox.
- Desde o primeiro dia, Senhora Scully.
- O que? Não me contou nada? – Maggie ficou surpresa com a revelação.
Dana ajeitou-se no colo de Fox, mas não acordou.
- Nós éramos jovens. Vou contar-lhe q história, mas, antes, vou levá-la para o quarto. – Mulder levantou-se do sofá, pegou Scully no colo, com cuidado para não acordá-la e levou-a para o quarto. Logo, voltou para a sala e sentou-se novamente no sofá – Posso começar, Senhora Scully?
- Sim, Fox. Estou preparada, meu querido. Só estou surpresa por vocês nunca terem comentado nada.
- Fomos discretos o tempo todo. Até agora. Como disse, éramos jovens. Na primeira noite, ela dormiu com o namorado…
- Ethan era o nome dele. Eles terminaram logo depois da Dana ter ingresso nos Arquivos X. – Maggie o interrompeu.
- Depois, no nosso primeiro caso, descobrimos três marcas nas costas das vítimas…
- Ela me contou. Picadas de mosquito, mas… Continue, Fox. Desculpe ficar te interrompendo.
- Imagina. Assim, posso encurtar a história e ir direto ao ponto. Mas, ela só descobriu que eram picadas de mosquito quando foi até meu quarto. – Mulder respirou fundo – No meio da noite. Ela usava apena um penhoar por cima da roupa íntima. Pediu para eu olhar o que era. Estava assustada. Quando eu disse que não era nada, ela me abraçou aliviada, tremia muito por causa do susto. Eu retribui o abraço.
- Imediatamente?
- Não. Demorou alguns segundos para minha mente processar o que estava acontecendo. Perguntei se ela estava bem, pois tremia bastante. Separamo-nos e eu a fiz sentar numa cadeira. Peguei um copo d’água e trouxe para ela. E aí,…
- Fox, você não está sendo detalhista. Faltava luz, não é?
- Sim, faltava. Eu tinha uma vela para iluminar o ambiente.
- Continue, querido.
- Ela continuava tremendo, mas agora era de vergonha. Mal nos conhecíamos e ela se abriu dessa forma, sabe? Lágrimas enchiam os olhos dela, mas ela lutava para não chorar na minha frente. Ofereci meus braços e ela aceitou.
- Oh, meu Deus! O que mais?
Mulder sorriu e continuou:
- Eu ofereci meus braços e minha amizade, mas a atração física entre nós era inegável desde que ela entrou na minha sala. Abraçamo-nos fortemente e, em segundos, estávamos trocando nosso primeiro beijo e foi um beijo quente. Perdão, Senhora Scully.
- Estou assustada. Ela nunca me contou nada sobre o beijo. Sempre negou tudo.
- Fizemos um pacto de silêncio. E eu nem sempre consegui disfarçar o que sinto pela Dana.
- Eu entendi, Fox. E quando vocês começaram a namorar efetivamente?
- No Ano Novo. Trocamos um beijinho à meia noite.
- Tradição, não é? – Maggie riu.
- Eu me empolguei contando a história, mas nós somos agentes do FBI, não podemos nos envolver romanticamente, mas estamos levando o relacionamento à frente, de forma velada.
- Sabe, meu filho, eu tenho boas recordações do meu tempo de jovem. Adoro histórias românticas.
- Tudo bem. Pode perguntar o que quiser saber.
- Ah, Fox, desculpe, preciso saber de mais uma coisa.
- Diga.
- Você já leu o diário dela?
- Algumas partes. Mas diário é uma coisa complicada. É muito pessoal.
- Tudo bem. Ela mantém coisas bem secretas naquele livro.
- Como psicólogo, eu a encorajo a escrever, já que ela não verbaliza muito os sentimentos.
- Quando viaja, querido?
- Vou ficar esta noite por aqui e viajo amanhã.
- Está muito cansado para dirigir?
- Não.
- Pode me levar para casa? A Dana ficará em boas mãos.
- Sim, eu levo a senhora.
- Obrigada, meu filho. Vou pegar minha bolsa.
Algum tempo depois, Mulder estava de volta. Scully continuava dormindo tranquilamente. Então, ele resolveu relaxar. Tirou o casaco, os sapatos e deitou-se no sofá do quarto de Scully. Fechou os olhos e dormiu. Só acordou com Scully embalando-o.
- Oi, anjinho. – sorriu Dana.
- Oi, lindinha. Sou seu bebê?
- É o homem da minha vida. Cadê mamãe?
- Eu a levei para casa. Ela estava exausta.
- Bom, temos a noite inteira para nós. Você viaja amanhã?
- Sim, Dana. Preciso ir sozinho.
- Eu já entendi, Mulder. Agora, relaxa. Quer dormir mais?
- Obrigado, querida. Que horas são?
- Já passa das seis da tarde.
- Estou com fome.
- Vamos pedir pizza?
- Tá, Scully.
- O de sempre?
- Sim, lindinha.
- Que refrigerante?
- Não, ainda tem cerveja.
- Tá bom, amor. Mas vou pedir um diet, porque não posso beber.
- Esqueci, Dana.
- Não tem problema, Mulder. Vou fazer o pedido.
O casal jantou assistindo televisão.
- Mulder, vamos dormir? – Dana falou bocejando. Ela havia deitado numa almofada que estava em cima das pernas do parceiro.
- Vamos sim. – Mulder acariciou o braço de Scully – Mas, está tão bom…
- Eu sei. Está tão bom, mas eu estou com o sono atrasado. Preciso descansar na cama. Amanhã, estarei novinha em folha.
- Tá bom. Vai indo pra cama que eu já vou.
- Não demora, hein? Preciso de você, sentir o seu calor, abraçar você, sentir teu cheiro. – Dana levantou do colo de Fox, sorriu e trocaram um beijinho – Vem logo, tá, meu anjo?
- Já vou. – disse Mulder indo desligar a televisão.
Scully levantou-se do sofá e aproximou-se dele. Tocou-lhe o rosto e foi para o quarto.
Mulder apagou a luz da sala, verificou a porta se estava fechada, verificou as janelas e foi para o quarto. Encontrou Scully escovando os cabelos ruivos. Ela usava o pijama que foi presente de um mês de namoro.
- O seu pijama está no banheiro. – Dana disse guardando a escova de cabelo na cômoda e foi deitar na cama.
- Obrigado, Scully. Já volto. – disse Mulder entrando no banheiro. Poucos minutos depois, estava de volta ao quarto. Sentou-se na cama, ajeitou o pijama e deitou-se – Prontinho, já estou aqui para você.
Dana virou-se para ficar de frente para o homem deitado ao seu lado.
- Me abraça, Mulder. – pediu Scully.
Mulder abraçou-a e falou:
- Boa noite, lindinha.
- Boa noite, anjinho. – Scully beijou-lhe os lábios delicadamente.
O casal dormiu. Na manhã seguinte, Dana foi a primeira a acordar. Eram seis da manhã. A luz do sol entrava pelas frestas da persiana do quarto. Estava de costas para Mulder, que tinha seu braço sobre a cintura dela. Era cedo para levantar e também não queria quebrar o contato mágico com Mulder. Resolveu aproveitar o calor que seu companheiro lhe transmitia. Não queria que o momento acabasse. Ficou absorta em pensamentos, que foram interrompidos, pois Mulder retirou o braço da cintura dela e virou-se para o outro lado. Lamentou que o contato foi quebrado. Então, virou-se e abraçou-o por trás. Beijou o pescoço dele, que não acordou. Continuou perdida em pensamentos, principalmente na aceitação da pequena fuga de Mulder em poucas horas. Ele se mexeu novamente na cama, mas não acordou. Scully percebeu que Mulder estava muito inquieto e entendeu que ele estava tendo um pesadelo. Então, resolveu chamá-lo suavemente:
- Mulder? – não obteve resposta – Mulder, acorde. Vamos, acorde. – passou a mão na testa dele.
Aos poucos, Mulder foi acordando e fixando o olhar em Scully. Estava assustado.
- Querido, você teve um pesadelo? – Scully sussurrou. Mulder afirmou com a cabeça – Bom dia, querida.
- Bom dia, amor. Está bem?
- Sim, estou bem.
- Ainda é cedo. Quer tomar café na cama?
- Não, Scully, mas vou tomar café da manhã com você. Depois, vou viajar.
- Tudo bem, querido. Você não vai me contar seu pesadelo?
- Não quero falar sobre isso.
- Vamos, fale. Falar ajuda a diminuir o tormento.
- Eu sei, mas eu não quero abrir.
- Tudo bem, mas saiba que eu estarei sempre disposta a te socorrer. Pode correr sempre para minha cama.
- Eu sei disso. Sempre faço isso, eu só não quero contar o que eu sonhei.
- Tá, Mulder. Vou fazer nosso café.
- Não. – Mulder a abraçou forte – É muito cedo. Você mesma me falou, Scully.
- Anjinho, dorme mais um pouco. Estarei aqui. Descanse, afinal você vai dirigir muito tempo. Se não quiser, posso ter outras ideias.
Mulder riu e abraçou Scully.
- Quero ficar pertinho de você.
- Eu já imagino para onde você vai. – Scully recebeu um olhar intrigado de Mulder – Não vou atrás de você. Fique sossegado, meu amor.
- Querida, vem cá. – Mulder disse sentando-se na cama e trazendo-a para seu colo – Seu que você não vai atrás de mim. Confio em você, Scully.
- Mulder, você volta logo?
- Sim.
- Promete?
- Eu vou tentar voltar o mais rápido possível.
- Volta sim. Quero você a meu lado quando fizer a inseminação.
- Vou tentar, meu amor. Mas, agora, vou tomar um banho.
Scully saiu do colo dele e levantou da cama. Após sua higiene, foi para a cozinha. Mulder saiu da cama e dirigiu-se ao banheiro a fim de tomar banho.
Logo, o casal estava na cozinha tomando café da manhã. Ambos estavam sérios e em silêncio.
- Está tudo bem? – Mulder quebrou o silêncio. Sabia que não obteria resposta e continuou – Fale, vamos lá, Scully. – Não obteve resposta – Eu prometo que volto em uma semana. Volto a tempo. Eu te juro, Dana Katherine Scully. Eu estou prometendo. Preciso ir para procurar uns documentos importantes para mim.
- Eu sei, Mulder. Você volta logo?
- Já te disse que sim, lindinha. – Fox consultou o relógio – São passa das sete horas da manhã. Eu já vou.
- Eu desço com você, Mulder. Só preciso pegar meu casaco e colocar um sapato. Espera?
- Claro, Scully. – Mulder sorriu e beijou-a.
Scully vestiu seu sobretudo sobre o pijama, calçou meias e tênis. E voltou para a cozinha. Olhou Mulder e viu que ele usava uma calça jeans preta e uma camisa.
- Vai ficar lindo em você. – Dana entregou a ele uma blusa de lã azul-petróleo – Vista. Está frio lá fora. Aliás, está frigidíssimo. Imagina a temperatura na estrada!
Mulder sorriu e agradeceu:
- Obrigado, meu amor. Mas, será mesmo necessário eu vestir?
- Meu garotinho, eu estou te ordenando. – Scully entrou na brincadeira e pegou-o pela mão, levando-o para a sala.
Mulder sorriu e parou no meio do cômodo.
- A Maggie que fez? – disse vestindo a blusa.
- Obra minha e da minha mãe. Ficou pronto ontem. E está lindo em você.
Mulder abraçou a mulher à sua frente.
- Estou bem quentinho agora, querida. – Fox aproximou seus lábios dos dela e iniciaram um beijo de tirar o fôlego. Separaram-se e Mulder foi pegar suas malas. Saiu do apartamento acompanhado por Scully. Quando chegaram ao térreo, despediram-se com um beijo singelo.
Mulder entrou no carro e abriu a janela. Dana chegou perto do automóvel e disse:
- Cuida na estrada.
- OK.
- Liga pra mim, Mulder?
- Você sabe que não vou ligar dessa vez, né? – Mulder riu irônico.
- Eu sei. – Scully sorriu – Mas não custa perguntar, né, meu anjinho lindo?
- É, minha lindinha. Vai sentir a minha falta?
- Já estou sentindo.
- Agora, entra. Está frio. Tchau, Scully.

- Tchau, Mulder. – Scully beijou-o pela janela. Depois, voltou para frente da porta do prédio, de onde viu o carro partir.

Continua...

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