11/01/2018

Fanfic "Arquivo X": Libertação Total, Capítulo 3

Título: Libertação Total
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data: Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.

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3º Capítulo

- Mãe, o que queria me dizer? Estou sozinho, doente, cansado. Eu acho que nunca te falei direito, mas digo agora. Eu te amo muito. Não acredito que eu seja filho daquele cara. Bom, logo vou estar contigo, com minha irmã e com meu pai. – Mulder levantou-se de onde estava e dirigiu-se ao carro de Skinner – Estou pronto. Vamos embora?
- Você está bem, Mulder? – Skinner perguntou.
- Estou com um pouco de dor de cabeça, cansado. Queria agradecê-lo por tudo, senhor.
- É para isso que servem os amigos.
- Obrigado. – disse Mulder tocando o ombro de Skinner – Cadê Scully e a Maggie?
- Com os Pistoleiros, na van.
- Vou chamá-las.
- Vai sim. Eu vou aquecer o motor do carro, pois está muito frio.
Mulder dirigiu-se até a van e bateu no vidro. Byers abriu a porta.
- Oi. Vim buscar minha sogra e minha mulher. Posso levá-las? – Mulder tentou sorrir.
- Vem aqui. – disse Dana abrindo os braços. Ela estava chorando.
Mulder entrou no carro e foi aninhar-se no colo da namorada.
- Vamos deixa-los a sós. – disse Langly.
- Não podemos deixar Skinner perceber nada. – Frohike o repreendeu – Vamos ficar bem aqui.
- Já vamos embora. – Dana disse enxugando as lágrimas – Anjo, vamos lá. – acariciou a cabeça de Mulder.
- Vamos? – Mulder disse levantando-se do colo de Dana – Vou indo para o carro do Skinner – e dirigindo-se aos Pistoleiros, falou – Obrigado, amigos.
- Não tem de quê, Mulder. – respondeu Byers – Estaremos sempre prontos a ajudar.
- Obrigado. – Mulder disse descendo da van.
Margareth desceu logo depois, pegou no braço de Fox e encaminharam-se até o carro de Skinner.
- Fox, se você não se incomodar eu vou passar o resto do dia com vocês. Tudo bem?
- Tudo. Obrigado, Maggie. Cadê a Dana? Ela não vem?
- Ela já vem, Fox.
Mulder abriu a porta do carro para a Senhora Scully. Minutos depois, ele entrava no carro acompanhado por Scully.
- Scully, - começou Skinner – podemos ir?
- Sim, senhor. – respondeu Scully enquanto cobria Mulder com o sobretudo dele – Vamos para a casa de Mulder.
- Tudo bem.
Durante o trajeto de volta, Walter Skinner perguntou à Dana:
- Scully, você precisa descansar. Não quer tirar uma folga?
- Sim, eu estou exausta, mas não quero tirar folga, Skinner.
Mulder que tinha o olhar fixo na paisagem da estrada, voltou-se para Scully e a repreendeu:
- Scully, não faz assim. Obedeça ao Skinner. Tenho certeza de que a Maggie vai concordar. Você precisa descansar. Não é justo eu ficar em casa e você trabalhar em dobro.
- Fox, deixe a Dana decidir. Vamos, minha filha, pense melhor. – Maggie aconselhou.
- O que me diz, Scully? – perguntou Skinner.
- Eu preciso trabalhar para ocupar minha cabeça, mas isso não quer dizer que não estou pensando em me afastar uns dias.
- Eu já dei duas semanas de folga para o Mulder. – disse Skinner tentando convencê-la.
- Vou pensar, senhor. – Scully respondeu tentando terminar a conversa.
- Quero uma resposta, agente Scully. – Skinner insistiu.
- Tudo bem. Eu sei. Mas preciso pensar. – Dana respondeu.
- Filha, – a Senhora Scully começou – acate o que seu chefe sugeriu.
- Mãe, preciso pensar. Mulder, o que acha?
- Eu já disse. – Mulder respondeu sem olhá-la.
- Tá. Depois conversamos, senhor. – Dana terminou a conversa. Estava irritada, não queria deixar o trabalho, nem Mulder sozinho, mas Skinner tinha razão, estava exausta e precisava se preparar para a inseminação artificial.
Algum tempo depois, chegaram em frente ao prédio de Mulder.
- Obrigado, Skinner. – Mulder agradeceu tocando o braço do chefe.
- Disponha sempre. Vá descansar.
- Obrigado mais uma vez. – Mulder saiu do carro levando o sobretudo na mão. Maggie o acompanhou.
- Eu aceito sua proposta, Skinner. – Scully disse abrindo a porta do carro – Quer ficar conosco?
- Não. Vou trabalhar. Descanse, Scully.
- Sim. Obrigado, senhor. – saiu e fechou a porta do carro.
Skinner seguiu para o FBI e Maggie, Dana e Fox entraram no prédio.
Scully abriu a porta do apartamento e deu passagem à mãe e à Mulder. Entrou, fechou a porta e percebeu que Mulder havia ido direto para o sofá.
- Mamãe, eu não aguento vê-lo desse jeito.
- Vá cuidar dele, meu amor. Eu vou até a cozinha preparar algo para o almoço.
- Tome cuidado, mãe. A cozinha está uma bagunça.
A Senhora Scully sorriu a abraçou a filha.
- Está tudo bem. – Maggie separou-se da filha e foi para a cozinha.
Dana foi até a mesinha de centro e lá se sentou.
- Mulder, o que posso fazer por você? – Scully falou baixinho.
- Fique ao meu lado.
- Quer uma massagem?
- Sim, eu quero, mas... Você está de saia. Isso me dá outras ideias...
- Não tem problema. – Dana sorriu – Você esqueceu que uma parte do seu armário é minha?
- Dana, vem aqui um momento, filha. – Maggie chamou.
- Já volto, anjinho. – Scully levantou-se da mesinha e foi até a cozinha – Diga, mãe.
- Aproxime-se. Não vou falar alto.
Scully obedeceu.
- O que foi, mãe?
- Não pude deixar de ouvir sua conversa. Vocês já dormiram juntos? – Maggie quase sussurrava.
- Na mesma cama, sim. Aliás, muitas vezes.
- Não foi isso que eu perguntei, Dana.
- Talvez, mamãe.
- Estão caminhando para isso, né?
- Mãe, somos adultos responsáveis.
- Ok. Já entendi. Volte para a sala. O Fox precisa de você.
A agente voltou para a sala pensando nas perguntas feitas pela mãe. Sentia-se uma adolescente.
- Mulder, vou trocar de roupa. – Dana disse indo para o quarto. Chegando lá, abriu a sua parte do armário e pegou camiseta, calça jeans, meia e tênis. Trocou de roupa e voltou para a sala – Estou de volta, anjinho. Quer sua massagem agora?
- Espera. – disse Mulder sentando-se no sofá – Agora, quem vai trocar de roupa sou eu. Eu te espero no quarto. – levantou-se do sofá e foi para o quarto.
Scully foi até a cozinha onde Maggie preparava uma sopa de macarrão com legumes.
- Mamãe, quer ajuda?
- Não, filha. Já achei tudo. E o Fox?
- Trocando de roupa. Estou devendo uma massagem para ele. Por isso, tive que pôr calça comprida. O Mulder não gosta que eu faça massagem nele de saia...
- Não precisa explicar mais nada.
- Eu vou vê-lo e fazê-lo relaxar.
- Juízo, hein? – Maggie falou com um sorriso irônico.
- Tá bom, mamãe. – Scully saiu da cozinha e encaminhou-se para o quarto.
A porta estava fechada. Dana bateu e falou:
- Sou eu, anjinho.
- Entre.
Ela obedeceu, entrou no cômodo e encontrou Mulder deitado na cama de bruços, vestindo apenas uma calça jeans surrada. Sorriu e falou:
- Senhor Estranho, quer sua massagem agora?
- Oh, sim, Senhorita Katherine. Será que poderia começar pelas costas hoje?
- Sim, senhor. – Scully disse sentando ao lado de seu amado na cama – Chega pra lá. – Mulder obedeceu, Dana ajoelhou-se e começou a massagear os músculos tensos das costas dele.
- Que massagem maravilhosa! Sobe para os ombros.
- Já vou. Primeiro, vou resolver a tensão das costas, depois dos ombros e pescoço.
- Lindinha, e nos meus pés?
- À noite, eu faço.
- Por quê?
- Porque te dá sono, anjinho.
Scully subiu as mãos em direção aos ombros de Mulder. Massageou delicadamente e perguntou:
- Acha que nossos apelidos carinhosos são bonitinhos?
- Não combina conosco, Dana.
- Mas, eu gosto da nossa brincadeirinha. A massagista e o cliente. É sexy. Você não gosta, anjinho?
- É lógico que eu gosto, lindinha. Fui eu quem a inventei, não é mesmo?
- Mentiroso! – disse Scully dando um pequeno tapa no ombro de Mulder – Eu que inventei a Senhorita Katherine e o Senhor Estranho.
- Eu sempre fui estranho.
- E Katherine é meu nome do meio. – Dana parou a massagem – Agora pro chão. – disse autoritária.
Mulder obedeceu. Sabia que Scully gostava que ele sentasse no chão, enquanto ela ficava sentada na cama, para facilitar a massagem no pescoço dele. Sentou-se entre as pernas dela, que já havia se ajeitado na cama.
A massagem começou no pescoço, subiu para a nuca e cabeça. Logo, Fox fechou os olhos, aproveitando a sensação de prazer causada pelas mão quentes da parceira.
- Estou no céu, lindinha. Você tem mãos de fada.
- Obrigada, meu amor.
- Eu quero conversar.
- Estou te escutando.
- Sinto-me leve, livre de algumas culpas. A minha irmã me livrou. Minha mãe está num lugar melhor, longe do sofrimento e da dor.
- Sei que você se sente livre em relação à Samantha, mas não tenho certeza de que não está se culpando pela morte de sua mãe.
- Scully, preciso fazer duas coisas para me reconectar com minha mãe. Preciso viajar.
- Quando?
- Amanhã, talvez. Eu preciso ir sozinho.
- Mulder, – Scully parou de massagear o pescoço dele – eu quero ir com você.
Fox não respondeu e Dana continuou:
- Por que quer ir sozinho?
- Eu preciso ficar sozinho e você vai começar o tratamento...
- E? O que, Mulder?
- Nada. – Mulder respondeu, mas pensou que quase contara que estava doente e não tinha cura.
- Tudo bem. Vamos almoçar? Mamãe fez sopa. – Scully olhou o relógio e completou – Já passa da uma da tarde.
Fox levantou-se do chão, pegou uma camiseta e um chinelo. Percebeu que o chinelo de Dana ainda estava no armário. Olhou para a parceira que continuava sentada no mesmo local.
- Você subiu na minha cama de tênis?
Scully riu e respondeu:
- Desculpe, Mulder.
- Não faz mal. Mas ponha seu chinelo, quero você relaxada.
- Eu não quero pôr meu chinelinho, eu vou ficar com meu tênis. Você se importa?
- Não, minha linda. Vamos para a sala. – Mulder calçou os chinelos e vestiu a camiseta. Abriu a porta do quarto e esperou Scully vir ao seu encontro. Abraçou-a e caminharam até chegar na sala.
Maggie já havia arrumado a mesa para o almoço e trazia a panela de sopa.
- Eu já ia chamá-los.
- Que cheiro maravilhoso, Senhora Scully.
- Obrigado, Fox. Vamos almoçar?
- Sim, Maggie. – Mulder respondeu soltando Scully e puxando a cadeira para ela sentar.
- Obrigado, anjinho. – Dana sentou-se.
Mulder puxou uma cadeira para Maggie e disse:
- Sente-se. Deixe-me servi-las.
- Querido, obrigada. – a Senhora Scully abraçou o genro.
- Não tem de quê, sogrinha querida.
Mulder serviu às mulheres e, depois, serviu-se. Sentou-se em frente à elas e almoçaram tranquilamente.
Após acabarem de comer, Scully foi lavar a louça enquanto a mãe ajudava Mulder a arrumar a sala.

Continua...

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