14/01/2018

Fanfic "Arquivo X": Libertação Total, Capítulo 7

Título: Libertação Total
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data: Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.

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7° Capítulo

A semana se arrastou. Dana Scully estava aflita, pois não aguentava mais ficar sem falar com Mulder. Tentou o celular várias vezes, mas estava desligado.
Já, Fox Mulder limpou a casa de campo da família, organizou os pertences e verificou os documentos.
Era sábado. Mulder acordou, fez as malas, agasalhou-se bem e voltou para Washington, D.C.
Foi direto para o apartamento de Scully. Quando lá chegou, abriu a porta com sua própria chave.
- Mamãe, vai sair? – disse Scully entrando na sala usando uma camisola longa, de mangas compridas, azul. Ao ver Mulder, correu e pulou no colo dele. Colocou suas pernas em volta do quadril dele, que a segurou.
Ele beijou-a com paixão. Quando se separam em busca de ar, Mulder falou:
- Nossa, Scully. – exclamou Mulder encostando-se na porta – Não precisa pular em cima de mim.
- Desculpe, Mulder. – Scully desceu do colo dele, mas continuou abraçada à ele – Senti saudades.
- Eu também. – disse Fox beijando o topo da cabeça de Dana. Viu que Maggie aproximava-se – Oi, Maggie. Como vai?
- Estou bem Fox. E você?
- Melhor agora, Maggie. – ele sorriu.
- Você viu tudo, mamãe? – Dana perguntou embaraçada.
- Sim, querida. – Margareth sorriu – Não se preocupe. Por que não volta para o quarto.
- Estou um pouco tonta. Vou me deitar um pouco. – Scully separou-se de Mulder e disse – Estou te esperando no quarto.
- Está bem, Scully. – Mulder a viu desaparecer no corredor.
- Fox, eu gostaria de conversar com você. – disse Maggie sentando-se em uma das poltronas da sala.
Mulder arrumou suas malas ao lado da mesa de jantar, tirou o casaco e juntou-se à sogra.
- Aconteceu alguma coisa, Maggie? – Mulder estava preocupado.
- Aconteceu, sim. – Maggie estava apreensiva – A Dana está tomando uma carga maior de hormônios e isso a tem afetado muito. Você pôde ver isso.
- Sim. Ela nunca tinha pulado no meu colo desse jeito. Desculpe, Maggie.
- Exato, meu filho. Está com os hormônios à flor da pele. Mas, ela não tem se sentido muito bem.
- Fale, por favor, Maggie. – Fox estava nervoso e preocupado.
- Ontem, a Dana me ligou e pediu ajuda. Ela estava com muita tontura e cansada. Pediu para eu ficar com ela.
- Foi por isso que ela me ligou?
- Também. Ela estava com saudades, filho. – Maggie sorriu.
- Posso vê-la agora? – Mulder sorriu de volta.
- Sim. Não a deixe sair da cama. – a Senhora Scully recomendou.
- Tudo bem. Pode deixar. – Mulder levantou do sofá e dirigiu-se ao quarto.
Scully estava deitada com os olhos fechados, coberta com um edredom florido. O quarto estava a meia luz, somente um abajur aceso. A porta estava entreaberta.
Mulder adentrou o quarto silenciosamente. Aproximou-se da cama e acariciando os cabelos ruivos, chamou:
- Scully, está acordada?
- Estou, Mulder. – Dana sussurrou abrindo os olhos.
- Você me assustou. Quer conversar a respeito?
- Quero. – Scully sussurrou.
- Estou te escutando.
- Fica comigo.
Mulder afastou-se da cama, tirou a blusa de moletom, ficando apenas com a calça jeans e a camiseta de mangas compridas. Retirou os sapatos também. Voltou para a cama, deitou-se e apoiou a cabeça em sua mão.
- Estou aqui.
- Mulder, posso deitar no seu colo? – disse Scully virando-se de frente para ele.
- Pode. – Mulder sentou-se na cama, encostou em um travesseiro escorado na cabeceira de cama – Vem. – ela sentou-se entre as pernas dele, abraçou-o pela cintura e encostou a cabeça em seu peito – Confortável, Scully? – ele a envolveu com os braços fortes. Scully assentiu e Mulder continuou – Você quer conversar? Estou aqui.
- Sua voz é música para meus ouvidos.
- Eu fiquei assustado com você hoje.
- Mulder, são efeitos colaterais dos hormônios.
- Tudo bem, querida.
- Mulder, você já percebeu que sempre estamos discutindo nossa relação? E minha mãe agora participa da conversa?
- Scully, escute-me, eu gosto de conversar. Quando você melhorar, vou te contar dois episódios da minha vida onde faltou conversas como as nossas. Sabe, se nós não conversássemos e se a Maggie não nos desse conselhos, tenho certeza de que já teríamos nos separado. Não por falta de amor, mas porque necessito saber o que se passa com você, na sua cabeça, no seu coração, os seus segredos, suas fantasias. Embora eu te conheça bem, ainda não entrei em alguns compartimentos da sua vida. Assim como você não sabe de tudo sobre mim.
- Sabemos tudo ou quase tudo um do outro, Mulder. São apenas detalhes, meu querido.
- Também acho, mas, com o tempo, podemos revelar os detalhes ou não. É isso o que quero dizer. Tudo é aprendizado.
- Eu nunca pensei que você fosse me dizer algo parecido. Você não acabou de defender sua tese sobre me conhecer.
- Não preciso de banca para saber que te conheço bem e te amo muito. Sabe que se a participação de sua mãe na nossa vida é muito importante. Ela te conhece muito bem.
- E ela sempre torceu por nós. Não consegui esconder nosso relacionamento dela. Sabe, eu cansei de não me abrir. Preciso, de vez em quando, abrir meu coração para alguém. E você tem sido o meu confidente por muito tempo.
- É o que eu chamo de libertação. Nós aliviamos nossas preocupações e medos juntos. Não tenha medo de me contar alguma coisa, Scully.
- Eu sei.
- Você está melhor, querida?
- Sim, amor, eu estou bem.
- Sabe, Scully, estou cansado dessa frase.
- Ao seu lado eu sempre fico bem.
- Eu pensei em voltar, te levar para almoçar, mas cheguei e te encontrei desse jeito.
- Eu te juro. Já melhorei, Mulder. – Scully falou ajeitando-se no colo de Mulder – Adoro ficar no seu colo.
O quarto ficou em silêncio, que foi interrompido por Maggie:
- Trouxe chá, Dana. – entrou no quarto com a xícara – Desculpe se interrompi.
- Obrigada, mamãe. – Dana continuava na mesma posição, embora Mulder estivesse desconfortável com a situação.
- Vou deixar no criado mudo, filha. – Maggie colocou a xícara no móvel e saiu do quarto.
- Ainda está tonta? – Mulder passou a mão na cabeça de Scully.
- Não. – Scully saiu do colo de Mulder e sentou-se na beirada da cama para tomar chá – Estou bem melhor. Podemos almoçar fora?
- Sim. Se estiver disposta, claro. Vamos os três.
- Tudo bem, anjinho. Tomar meu chá e entrar de cabeça no chuveiro. Por que não vai descansar?
- Estou sendo dispensado? – Mulder brincou. Tinha em seu rosto um sorriso de criança, seus olhos brilhavam olhando sua amada. Engatinhou até ela – Você não quer minha companhia, Dana? – mordiscou o ombro dela.
- Mulder! – ela riu alto.
- Tenho uma reclamação. – Mulder beijou-lhe a nuca – Você ainda não me deixou te beijar. Nem demonstrar o quanto senti sua falta.
_ Oh, coitadinho, – Scully falou sorrindo – faço isso depois. Quero ficar cheirosinha primeiro. Só para você.
- Tudo bem, linda. Estarei na sala. – Mulder saiu do quarto.
Na sala, Maggie conversava com o genro:
- Filho, quer conversar?
- Maggie, eu não descobri nada demais. Serviu para eu passar o tempo e lidar com o luto.
- Pelo menos, relaxou?
- Deu para fugir da realidade, Maggie.
Logo, Dana entrou na sala usando um vestido preto, gola canoa, mangas compridas, meia calça cor da pele e um sapato preto de salto alto. Os cabelos ruivos estavam úmidos e com brilho. Usava brincos de ouro com uma pedra azul. Sua maquiagem era composta por um batom vermelho e uma sombra cinza.
- Lindinha! – Mulder foi abraçá-la – Você está linda! Senti saudades.
- Eu também, anjinho.
O casal beijou-se com paixão. Maggie os observava emocionada.
Fox e Dana separaram-se vermelhos e sorrindo.
- Vamos almoçar, meus filhos. – Maggie falou feliz.

Continua...

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