15/01/2018

Fanfic "Arquivo X": Libertação Total, Capítulo 8

Título: Libertação Total
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data: Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.
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8º Capítulo

Algumas horas depois...
- Adorei, Mulder, adorei. Pena que mamãe foi embora. – Dana disse entrando no apartamento dela acompanhada por Fox.
- É, mas a Maggie estava cansada. – Mulder fechou a porta.
- Ai, ai... – Scully sentou-se no sofá e tirou os sapatos.
- Está com dor nos pés? – Mulder disse tirando o casaco e juntando-se à amada no sofá – Quer uma massagem?
- Quero, meu anjo. A sua, eu continuo devendo, né? – disse Scully colocando o pé no colo de Mulder, que massageou os pés dela – O que queria me contar?
- Está naquele envelope que eu trouxe do carro.
- Tá bom. Agora, é sua vez de falar. Estou escutando.
Mulder parou a massagem, levantou do sofá e foi até a mesa de jantar pegar o envelope. Voltou para o sofá e colocou o envelope na mesinha de centro. Sentou ao lado de Scully e falou:
- Antes de te mostrar, eu quero saber se você vai ter muito ciúmes. – Mulder disse tomando as mãos de Scully entre as suas.
- Eu tenho muito ciúmes de você, Mulder. Mas são apenas documentos, não é? – Scully estava intrigada. Procurou os olhos do parceiro tentando entender o que ele queria dizer. Retirou suas mãos da dele e continuou falando enquanto pegava o envelope – Posso abrir?
- Eu prefiro abrir. Você se importa?
- Não, Mulder. – ela passou o envelope para Mulder, que o abriu e logo entregou um envelope a ela – Uma carta. Bom, antes de abri-la o que tem a dizer?
Mulder ajeitou-se no sofá e começou a falar:
- Esta carta eu recebi no fim de um de meus relacionamentos. Veja o remetente, Dana.
- Phoebe Green. – Scully leu em voz alta – Agora, entendi o porquê falou sobre ciúmes. Já tive muito ciúmes dela, mas agora você é meu. – sorriu maliciosamente.
- É, minha linda. – devolveu o sorriso – bom, você quer ler ou... Prefere que eu te conte?
Scully abriu o envelope, retirou a folha de dentro e leu o conteúdo. Ao fim, exclamou:
- Que ordinária! Disse que só porque você fazia psicologia se achava no direito de analisá-la.
- Foi o que eu te falei. A Phoebe nunca quis conversar. Eu estava cego de paixão, mas eu nunca a amei. Ela queria apenas sexo e eu também. Só que um dia, eu perguntei o que ela pensava da vida, do nosso namoro...
- Deixa-me ver se eu entendi, Mulder. – Dana encostou-se no sofá – Você terminou o relacionamento com ela, porque ela não quis conversar?
- Não simplifique assim, Dana. Vou contar com detalhes. Você aguenta? – Mulder perguntou e a mulher assentiu afirmativamente e Mulder a acolheu em seu colo – Nós estávamos nus na minha cama. A Phoebe tinha mania de andar nua pelo quarto, mas naquela noite algo nos inquietava. Eu estava coberto com um lençol, sentado na cama, fumando e ela não parava de se virar na cama. Reclamou que não tinha sono e tentou se jogar no meu colo novamente. Eu a repeli e perguntei o que ela pensava da vida, casamento, filhos, amor verdadeiro e não apenas sexo. Perguntei se ela acreditava que a vida era um conjunto de coisas, ações e sentimentos. Ela se ofendeu.
- Como?
- É, Scully. Ela ficou ofendida com a minha pergunta. Disse que eu não me importava com ela e não precisava mais procurá-la. Eu rebati o que a Phoebe disse reclamando que ela nunca havia me dito o que ela precisava. Então, ela se vestiu e saiu do meu quarto. No dia seguinte, quando cheguei no quarto, esta carta estava embaixo da porta. Eu li, reli, chorei e decorei esta carta.
- Você me disse que não a amava. Mas você a procurou...
- Eu nunca a amei, mas fui apaixonado por ela. Quando a revi, o sentimento veio à tona novamente.
- Eu entendi, Mulder. Tudo bem. Só não diminui o ciúme que tive dela. – Dana acariciou o rosto aflito de Fox – Você decorou a carta?
- Memória fotográfica, lembra?
- Ela me deixa com raiva. – Dana confessou – Sei que já faz tempo, mas ela se achava melhor que você. Eu não aceito isso.
- Se eu soubesse...
- E o outro episódio? Acho que sei quem é. É a outra, né? Não é a Bambi, nem a White.
- Não. Para você, é algo pior.
- Pior que pegar você na cama com outra, Mulder?
- Sim, há, Scully.
- Fox... – Dana ergueu uma sobrancelha.
- Ela mesma. Você está certa.
- Mulder, – Scully olhou profundamente dele – não acredito que é quem estou pensando.
- Sim. – Mulder fez com que Scully saísse de seu colo, pegou o envelope novamente e tirou de lá duas folhas de papel – Veja, Scully. – entregou a ela os papeis.
Scully leu atentamente aos papeis. Eram duas certidões: uma de casamento e outra de divórcio. Respirou e perguntou:
- Você quer falar sobre isso?
- Não sei. Mas, acho que devo. Agora, somos um casal e eu nunca te falei da minha história com ela.
- Quer falar, Mulder?
- Não sei. Ela está morta e não pode mais se defender.
- Não pense em dizer o nome dessa vadia. Ela me enjoa. Só de pensar nela, meu estômago já está embrulhado. – Dana disse passando a mão sobre a barriga.
- Desculpe. Não queria te deixar assim. – os olhos de Mulder estavam rasos d’água. Ele colocou a mão sobre as de Scully.
- É só maneira de falar, meu amor. Eu fico doente só de lembrar o que ela fez com você. Tem mais?
Mulder afastou as mãos das de Scully e abaixou a cabeça. Tentou controlar-se, mas não conseguiu. As lágrimas escorriam por seu rosto livremente. Scully aproximou-se e trouxe a cabeça de Mulder para seu ombro.
- Eu estou te escutando, Mulder. O que te deixou desse jeito?
- Nós éramos jovens. – Mulder abraçou-a com força – Eu...
- E a Diana. Tudo bem, querido. Continue.
- Nós nos casamos em segredo. Pouquíssima gente sabia, mas ela queria mais de mim. Isso acabou com a nossa relação. Achei que estava pronto pra falar...
- Tudo bem, Mulder. – Scully acariciou as costas de Mulder.
- Não quero mais falar sobre isso.
- Tudo bem, meu anjo. – Scully falou suave – E sobre a separação?
- Um mês e meio depois. A anulação só ocorreu um ano depois.
- Pronto. Se quiser continuar, estarei aqui.
- Obrigado, minha linda.
- De nada, meu anjo. Sabe o que eu quero?
- Talvez. – ele se separou dela.
- Quero te fazer aquela massagem que eu prometi. Você precisa dormir.
- eu ainda não terminei de massagear seus pés, Dana.
- Não faz mal. Venha comigo. – Scully levantou do sofá e foi para o quarto. Chegando lá, acertou o vestido e sentou-se nos pés da cama. Esperou por Mulder, que chegou alguns minutos depois – Você demorou, meu amor. Deite-se, querido.
Mulder aproximou-se de Scully e beijou-a com sofreguidão. Ao se separarem, ele a obedeceu. Deitou-se e colocaram os dois pés ao alcance de Scully, que começou a massagear o pé direito dele. Logo depois, pegou o esquerdo. Ela percebeu que Mulder havia dormido e estava bem tranquilo. Acertou o vestido e deitou-se ao lado dele.
- Não gosto que você faça massagem em mim de saia. – Mulder falou sonolento – Isso me dá ideias maliciosas.
- Fingido. Durma bem, meu anjinho. – Dana beijou-lhe a testa e encostou a cabeça no tórax dele.
O casal dormiu o resto da tarde abraçados com a esperança de ficarem assim para o resto da vida.
“O amor é a libertação total das almas.” (A.D.)


Fim

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