01/04/2019

Fanfic "Arquivo X": Retornando para casa, Capítulo 12


Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Pós 11ª temporada. Começa imediatamente após a cena final. Scully continua a ter forte ligação com Jackson e tem de lidar com os altos de baixos da gestação.
Data de início: 05/04/2018
Data de término: 03/07/2018
Classificação: 18 anos
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12° Capítulo

Receber os pais da namorada do filho da namorada do filho mais velho deixou Mulder e Scully ansiosos.
O almoço transcorreu bem. O casal tinha uma má impressão do moço, mas tudo tinha se resolvido.
Terminado o almoço, Maddie foi embora com os pais.
À tarde, enquanto Scully descansava, Mulder e William assistiam à um filme na televisão. Pai e filho estavam abraçados no sofá e comiam pipoca.
- Você sabe quanto eu sonhei com essa cena? – Mulder perguntou.
- Sim. Quando entrei na sua cabeça, eu vi.
- Você não tem mudado sua aparência ultimamente. Estou orgulhoso do seu esforço.
- Obrigado, pai. – William deitou mais no ombro de Mulder – Eu queria muito te dar esse presente.
- Obrigado, William. – Mulder beijou a cabeça do moço – Eu sinto como se eu fosse seu pai, cara.
- E você é meu pai. Nada vai mudar o que você sente por mim ou o que eu sinto por você. – William declarou.
- Eu te amo tanto, William. – Mulder falou abraçando o filho com força – Estou feliz que você esteja conosco.
- Eu também estou muito feliz. – William bocejou.
- Por que não vai dormir um pouco?
- Só se for no seu colo, papai. Estou regredindo um pouco.
- Nós deixamos que você dormisse conosco algumas noites. Você está carente e nós também. Acho que ainda te enxergamos como criança.
- Papai?
- Sim.
- Eu queria muito visitar o túmulo dos meus pais.
- Eu posso te levar.
- Eu…
- Pode ir sozinho, mas sem fugir. Avise-nos e vá. Mas, não agora. A Scully não está muito bem.
- Eu sei. Ela está chateada com o comentário da mãe da Maddie.
- A terapeuta está trabalhando isso com a Scully. Não á fácil para ela enfrentar o mundo, grávida, na idade dela. Aliás, na nossa idade. É uma coisa muito incomum.
- Eu estou feliz de ter uma irmãzinha.
- Eu sonhei com uma menina, William. Devia ser ruiva, porque eu não distinguia a cor do cabelo dela.
- Você é daltônico também?
- Sou. Como também? Meu problema de visão atual é por causa da idade.
- Eu também sou daltônico! – William exclamou.
- Meu filho, já te disse para não tentar procurar características parecidas conosco. – Scully falou descendo as escadas.
- Mamãe! Tenho o mesmo defeito que o papai! – William comemorou.
- William! – Scully repreendeu-o.
- Ok. – William sentou-se reto no sofá e sua expressão mudou.
- Sem birra, William. – Scully sentou-se na poltrona próxima ao sofá.
- Eu sinto que sou seu filho. Sou seu bebê, Dana. Seu primogênito. – o moço tinha lágrimas nos olhos – Você me amou tanto. E eu amo você tão intensamente…
- Você é nosso filho adotivo, Will. – Scully insistiu – Temos que acreditar na história que inventamos.
- Não vou fazer isso. – o moço começou a chorar – Eu sou filho de Dana Scully e Fox Mulder. Meu nome é William Scully Mulder e fui gestado por você.
- Hei, Will. Está tudo bem. – Mulder abraçou-o – A Scully e eu conversamos contigo sobre o que contaríamos às pessoas. Ela está cera sobre acreditarmos na história que contamos.
- Nós combinamos, querido. – Scully falou – E estou bem mexida com tudo isso. Não quero mais viver uma mentira. Quero uma família de verdade.
- E eu não faço parte dela? – Will falou angustiado.
- Faz sim, meu filho. – Scully falou amorosa – Só não torne as coisas mais difíceis. Em pouco tempo, você vai cair no mundo de novo e nós ficaremos tristes. Eu vou sofrer muito de novo.
- Eu te amo! – William gritou – Porra! Eu amo vocês dois pra caralho. Não explicar por quê, mas eu amo vocês. – ele ficou em pé – Será que não entendem o quanto eu mudei? O quanto eu aprendi entrando na sua cabeça, Dana? O quanto eu aprendi na sua mente, Mulder? Eu aprendi muito com vocês dois. Vocês sabem o quanto essa criança gerada por vocês me venera e me ensina? Pro inferno! Eu me senti seguro e amado! Por vocês! Meus pais!
Mulder levantou-se e abraçou o jovem com carinho e força e disse:
- Filho, acalme-se. Nós pensávamos em você como nosso filho. Foi assim por anos a fio. De repente, descobrimos a verdade. Foi um choque. Esse é um assunto delicado que vamos tratar juntos na terapia.
Scully chorava sentada na poltrona, sem falar nada. Mulder continuou a apaziguar o coração do filho:
- Você foi desejado demais pela sua mãe e por seus pais adotivos. Você é muito amado. Então, pare com isso.
- Desculpe. – William sussurrou.
- Vá pedir desculpas à sua mãe. – determinou Mulder.
William saiu do abraço do pai e ajoelhou-se em frente à Scully.
- Desculpe, mamãe. Perdão. – Will falou sincero.
- Você não enxerga seu lugar aqui. – Scully falou – E eu tenho tentado fazê-lo enxergar da minha maneira. – ela soluçou.
- Está tudo bem. – William beijou-lhe a testa – Eu estou errado.
- William, vá para seu quarto. – Mulder falou austero.
O moço olhou-o com ternura e obedeceu em silêncio.
- Dana Katherine, o que foi isso? – Mulder falou sentando no braço da poltrona e abraçando a esposa.
- Bobagem. – Scully ainda chorava.
- Eu o sinto como meu filho. O William é nosso filho agora.
- Uma enfermeira achou que você era o pai do William. Que ele fosse só seu filho.
- Eu sei, Dana. Mas, isso agora passou.
- Estou confusa, Mulder.
- É normal, meu amor. Tem que conversar com sua terapeuta.
- Estou muito instável com a gravidez.
- Estou aqui, Dana.
- Ah, Fox. – Scully começou a chorar novamente – O que seria de mim sem você?
- Eu te amo. – Mulder beijou-a na cabeça – Quer descansar mais um pouco?
- Estou nauseada. Vou ficar grudada com você para ver se passa.
- Scully, você está passando por um carrossel de emoções. Acabou colocando suas ideias para fora com o William. Está tudo bem. – Mulder acariciava as costas de Scully – Está tudo bem. Relaxa.
Mais tarde naquele dia, Mulder ouviu um barulho na cozinha. Ele havia cochilado ao lado de Scully no sofá. Levantou-se e foi até lá. Encontrou William preparando o jantar.
- Desculpe, pai. Estou tentando me redimir.
- O que fez? Está um cheiro maravilhoso. – Mulder sorriu.
- Pedi uma comidinha diferente. Temos uma burrata de limão siciliano e pizza de espinafre.
- Então, vamos colocar os pratos na mesa e acordar a Scully.
- Papai, obrigado pelo esforço e…
- Parou, William. Eu fiz o que tinha de fazer.
- Que cheiro maravilhoso é esse? – Scully entrou na cozinha.
- Comidinha que o delivery entregou, mamãe. – William sorriu – Burrata de limão siciliano e pizza de espinafre.
- E um bom vinho branco? – Scully salivou.
- Não, senhora. – Mulder falou – Posso fazer uma limonada muito gostosa.
- Papai, posso competir contigo? – Will colocou a mão no braço de Mulder.
- Diga algo melhor que a minha limonada. – Mulder desafiou.
- Aprendi a fazer soda italiana com maçã verde e limão. – William falou carinhoso e beijou o braço do pai – E temos todos os ingredientes.
- Mação verde ajuda com os meus enjoos, é hipotensora e diurética. – Scully sentou-se à mesa – O limão também ajuda meu estômago, previne gripes e resfriados, abaixa o nível de açúcar no sangue, é eficaz contra transtornos do cérebro e sistema nervoso.
- É cicatrizante também. – William acrescentou – Eu aprendi a fazer na fazenda.
- Ok, filho. Você ganhou. – Mulder sorriu – Quero experimentar.
A família jantou alegremente.
Dois meses depois, William chegou da escola e encontrou Scully sentada no sofá.
- Oi, mamãe. – ele sorriu, mas logo ficou preocupado ao perceber que Scully estava chorando – O que houve? – William colocou a mochila no chão e aproximou-se.
- Oi, Will. – ela falou chorosa.
- O que foi? Está sentindo alguma coisa?
- O Mulder e eu tivemos uma discussão e ele saiu.
- Daqui a pouco, ele deve voltar. Não consegue falar com ele?
- Não. – Scully enxugou as lágrimas – Fica comigo um pouco?
- Claro, mãe. – William deitou a cabeça no ombro de Scully e abraçou-a – Está bom assim?
- William, você é um filho de ouro.
- O Mulder vai voltar logo.
- Ele corre demais na estrada. – Scully soluçou.
- Mamãe, acalme-se. A Sam está muito agitada. Você deve estar dolorida.
- Estou enjoada.
- Respira fundo. Quer água?
- Não.
- Não parou nada no estômago hoje?
- Não.
- Ah, mamãe. – William desvencilhou-se do abraço – Vamos ao hospital agora. Eu dirijo.
- Não, Will. – Scully sufocou outro soluço – Acalme sua irmã.
- Ok. – William respirou fundo e colocou as duas mãos na barriga de Scully.
- Faça com que ela pare um pouco, por favor. Está pressionando meu estômago. – Scully falou.
- Hei, meu docinho. Você ouviu a mamãe. Você não tem culpa dela estar passando mal. Mas, você se mexendo dessa forma, está deixando-a desconfortável. Vai dormir um pouquinho, querida. – William suspirou – Eu sei, meu amor. Já já o papai está de volta, Sam. Vamos fazer assim: você dorme um pouquinho e, quando acordar, papai já estará aqui.
Aos poucos, a bebê foi se acalmando.
- Obrigada, Will. – Scully pegou as mãos do moço e beijou-as.
- Ela parou?
- Sim. – Scully sorriu – Sente o movimento dela?
- Espera aí! – William sorriu de volta – Você falou ela!
- Sim. Na ultrassonografia de hoje, confirmamos que é uma menina. – Scully sorriu.
- Então, vamos dar uma festa! – William exclamou e ouviu a porta abrir – Oi, papai.
Mulder estava com o semblante fechado.
- Hei, Mulder. – Scully ofereceu um sorriso.
Mulder nada disse. Apenas aproximou-se do sofá e desabou nele.
- Eu guardar minha mochila e vou tomar banho. – William falou e deixou o casal sozinho.
- Fui ao túmulo de meus pais. – Mulder falou com a voz embargada.
- Ah, Mulder! – Scully abriu os braços e recebeu-o com carinho – Desculpe pela nossa briga.
- Estou um velho chato mesmo.
- Mas eu não quero você enfiado no FBI.
- Tudo bem.
- Você voou na estrada, não é?
- Sim.
- Não deveria, né, Mulder?
- Scully, como pode ser tão boa assim?
- Porque eu te amo, Fox William.
- Oi! – o moço falou do alto da escada.
- Não te chamei. – Scully respondeu.
- Ah… Foi mal! – William riu.
- Nosso menino está ligado na nossa conversa. – Mulder beijou o pescoço de Scully.
- Por que não toma um banho, coloca uma roupa confortável e vem ficar comigo? – Scully perguntou.
- Ok. – Mulder beijou-a rapidamente nos lábios.
Logo, Mulder e Scully estavam abraçados no sofá.
- Estou ficando com fome. Meu estômago está vazio… – Scully começou a falar e viu Mulder pegar algo da mesa de centro – O que é?
- Bolacha salgada, baby. – Mulder sorriu e ofereceu-lhe o pacotinho.
- Obrigada. – Scully começou a comer devagar.
- Sabia que estava escondendo algo. Passou o dia enjoada?
- Sim.
- Ah, Scully. Perdoe-me.
- Está tudo bem. Cadê o Will que não desceu?
- Falando com a Maddie pelo computador.
- Sexo virtual…
- Hei, Dana Katherine! Lembra de nossas conversas picantes por telefone? – Mulder riu.
- Se lembro! Mulder, eu preciso te contar uma coisa. – Scully colocou-se sentada e parou de comer.
- O que há? – Mulder ofereceu água gelada para a esposa.
- Obrigada. – Scully tomou dois goles e devolveu o copo.
- Diga-me tudo.
- Eu fui ao médico hoje.
- Está tudo bem, né?
- Sim. Mulder, deixe-me contar tudo, ok?
- Ok.
- Fiz uma ultrassonografia e…
- O que há?
- Sei que você sonhou com uma menina, eu também sonhei e o William só fala em uma menina…
- Scully? – Mulder colocou as mãos na barriga dela.
- Mulder, nós teremos uma filha. – Scully declarou emocionada.
Mulder beijou-a apaixonado. O casal estava muito feliz com a notícia.
- Então, já podemos escolher o nome? – Mulder perguntou.
- Sim, meu amor. – Scully sorriu.
- Mamãe, a Sam está mais calma? – disse William descendo a escada.
- William? O que falou? – Mulder perguntou.

Continua…

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