Fanfic "Arquivo X": O Mistério do Madeleine West, Capítulo 23

Título: O Mistério do Madeleine West

Autora: Rosa Maria Lancellotti

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Um navio, uma fórmula, um perfume e um staff superanimado. Onde Mulder e Scully se encaixam? Leia e verá!

Timeline: Onde você quiser.

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23º Capítulo

- Mulder, quero conversar com você. Precisamos resolver nossa situação. – Scully disse pegando a colher para saborear a sobremesa.

- Se quiser, podemos ir à um lugar mais sossegado.

- Sem segundas intenções?

- Eu prometo. – Mulder falou sério.

- Obrigada.

- Eu deixarei as coisas acontecerem.

- Tudo bem. Quero que tudo seja especial.

- E seu regime? – Mulder perguntou vendo-a comer um apetitoso e cremoso pudim de chocolate com calda de caramelo.

- Não preciso disso. Quero viver. É só não pensar que vou engordar. Sabedoria chinesa.

Terminaram de jantar e foram ao deck da piscina. Sentaram-se numa espreguiçadeira dupla. Scully deitou no tórax de Mulder, que segurou-a pela cintura.

- Scully, você é perfeita.

- O que pensava?

- Senhorita convencida, eu beijei você…

- Achei que essa fase já havia sido superada.

- Superei, mas está difícil não te beijar de novo.

- Como sempre.

- Somos heróis. Resistimos ao desejo.

- Somos perfeitos juntos, Mulder.

- Continuamos amigos?

- Amigos não se beijam.

- É. Eu sei.

- Eu tenho certeza que, mesmo trocando beijos, continuaremos amigos.

- O que fazer agora?

- Olhar o céu estrelado no teu colo.

- Está lindo, né?

- Divino.

- Deixe-me ver se ainda lembro das aulas das quais não fugi.

- Astronomia?

- Sim. Eu devia ter uns nove anos.

- Também conheço as estrelas.

- Ursa Menor, Dragão, Ursa Maior e Cão de Caça.

- Fique quieto. Quero ficar com você.

- Hei, Scully. Ainda não falamos…

- Nem vamos falar. Você me conhece e eu te conheço.

- Amanhã, quero ir à piscina. Quero te ver em trajes mínimos.

- Nós vamos.

- Sonharei com isso.

- Mulder, amigos não trocam carinhos íntimos. Nossa intimidade vai além disso.

- Verdade, Scully. Eu te amo e nada vai mudar isso. Nada vai mudar o que sinto por você. Nem se você não me amar do mesmo jeito que te amo.

- Eu não estou para gritar aos quatro ventos o que sinto por você. Assumir publicamente é assustador.

- Certo. Eu aceito qualquer coisa, desde que eu esteja a seu lado.

- Pareço uma adolescente, mas eu sofri algumas decepções e fiz coisas que você nem imagina.

- Eu fui casado. Casamento anulado alguns meses depois por erro de pessoa.

- Você nunca me falou sobre isso.

- Acho que temos medo desse campo dos sentimentos. Não precisamos falar sobre isso, não é mesmo?

- Não, não precisamos.

- Quer voltar para a cabine?

- Não. Quero ir à biblioteca e pegar alguma coisa para ler antes de dormir.

- Vamos então?

Scully levantou e esperou por Mulder. Caminharam de mãos dadas e foram à biblioteca. Ela pegou um romance e ele, um livro sobre atividade ufológica na região que estavam visitando.

- Você não muda, Mulder. – Dana beijou-lhe a bochecha.

- Estou surpreso com você. – Mulder abraçou-a.

O casal saiu da biblioteca e voltaram para a cabine.

Mulder sentou-se à mesa e começou a comparar os mapas do livro com os do navio. Scully preparou-se para dormir e sentou na cama para ler.

Algum tempo depois, Scully chamou:

- Mulder?

- Diga. – ele respondeu sem olhá-la.

- Olhe para mim.

Ele demandou e ambos sorriram.

- Scully, você está linda! Eu acho melhor eu ficar longe de você hoje.

- Por que? – ela fechou o livro.

- Estou cheio de segundas, terceiras, quartas, quintas, milhões de intenções.

- Quer esfriar o clima? O Skinner leu o relatório preliminar e não gostou.

- Ele nos juntou. Ele facilitou as coisas entre nós. Deixe-o surtar.

- Você não vem deitar? – Scully colocou o livro no criado mudo.

- Vou sim. Vou trocar de roupa. – Mulder foi ao banheiro e colocou seu pijama. Quando voltou, Scully já havia apagado a luz e os abajures estavam acesos.

- Estou louca por uma cerveja. – Scully falou manhosa.

- Ok. Podemos tomar uma antes de dormir. – Mulder disse pegando duas cervejas no frigobar. Ele sentou-se na cama e olhou a parceira – Fale.

- Eu queria te falar tantas coisas. Pedir tantas coisas. – Scully falou bebendo um gole da garrafa.

- Estarei sempre aqui. Sempre do seu lado. – Mulder também bebeu um pouco de sua cerveja.

- Amanhã, vamos à piscina. Já falamos sobre o final de semana, mas acho que quero mudar de planos. – Scully falou olhando Mulder intensamente.

- Piscina bem cedo, Scully.

- Sim, meu amor. Depois, podemos tomar banho…

- Juntos? – Mulder elevou as sobrancelhas.

- Mulder! – Scully riu – Depois, vamos tomar café. Então, podemos caminhar e ir ao solarium. Temos a tarde livre. Chegaremos à Ilha Três Marias por voltas das 22 horas.

- Teremos o dia todo, Scully. Podemos almoçar e dormir um pouco, certo?

- Claro.

- A que horas temos de voltar para o navio?

- O navio sairá às oito da manhã.

- Certo.

- E o retorno iniciará. E não sei se estou preparada para voltar.

Os agentes terminaram a cerveja em silêncio e deitaram lado a lado.

Continua...