14/01/2023

Fanfic "Power Rangers MMPR": O reencontro de Tommy e Kimberly, Capítulo 10

 

Sinopse: Kimberly será voluntária em uma casa de repouso que acolhe idosos. Uma residente é alguém de seu passado e ela pode reuni-la com seu ex-namorado, Tommy. Mas a vida de Kimberly também está de pernas para o ar: seu ex-marido sequestro a filha que tiveram. O que será da nossa heroína? Kimberly enfrentou tantos monstros no seu tempo de Power Ranger, mas não é fácil enfrentar o que se tornou a sua vida. Tommy está separado e afastado de sua família. Será que nosso casal preferido irá reencontrar seu caminho? Juntos ou separados? Jason e sua família estão ao lado deles nessa jornada de reencontro.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

Classificação: 18 anos

Data de início: 11/08/2020

Data de término: 21/01/2021

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10º Capítulo

 

Tommy chegou à casa de Kimberly e abriu a porta com a chave que ela emprestou.

Encontrou Kimberly sentada entre papéis, com o notebook e o celular próximos a ela.

- Hei, Kim.

- Oi, Tommy. – ela disse sem olhá-lo.

- Kimberly Ann Hart, o que houve? – Tommy aproximou-se dela e colocou a mão no ombro dela. Sabia que algo estava errado – Eu estou aqui. Sóbrio. Eu te conheço. O que aconteceu?

- Eu preciso chorar. – Kimberly olhou-o com os olhos cheios de lágrimas.

Tommy deu um jeito de sentar no sofá e a puxou para seus braços.

- Chora, princesa. Eu estou aqui.

Kimberly chorava alto e soluçava. Tommy acariciava os cabelos da amiga.

Quando ela acalmou, olhou Tommy e falou:

- Preciso falar sobre minha filha.

- Estou te ouvindo, Kim. Eu não estou bêbado.

- Eu sei. – Kimberly olhou o amigo nos olhos – Vou começar do final da história. Sua mãe me perguntou da Aurora incontáveis vezes. Ela achava que era nossa filha. Muitas vezes, eu comentei como tudo aconteceu e ela sempre me consolou.

- Minha mãe guardou fotos de revistas. Ainda não fui buscar as coisas dela.

- Eu vou pegar amanhã à tarde, Tommy. E também queria te pedir esses recortes.

- Claro, Kim.

- Desde a minha separação, o meu ex podia visitar a menina quando quisesse. Não fiz objeção. No começo, pegava por meio período. Passou pegar para um final de semana. Viajou com a filha. Um dia, pegou-a e levou para a Disney. Sem me avisar! Fiquei louca tentando localizar minha filha. Até que, três dias depois, o meu ex me ligou e disse que tinha esquecido de avisar. Isso não aconteceu uma vez só. Então, comecei a preparar uma malinha melhor nessas saídas com o pai. Uma noite… – ela parou de falar.

- Kim, está tudo bem. – Tommy pegou as mãos dela – No seu tempo.

- Uma noite, ele apareceu, com a mãe dele a tiracolo. Disse que iam visitar uma pessoa e ele a devolveria logo. Eu fiz uma malinha com uma troca de roupa e um pijaminha. Fiquei na sala esperando que eles retornassem. Na madrugada, adormeci no sofá. Acordei com um telefonema do meu padrasto. – Kimberly recomeçou a chorar.

Tommy abraçou-a novamente e trouxe-a para sentar no seu colo.

- Kim, eu sei que está doendo, mas falar é bom.

Entre lágrimas e soluços, Kimberly continuou:

- A Aurora havia sido levada para a França em um avião particular. Ao passar na imigração, ela fez perguntas ao pai, falou de mim e do meu padrasto. O agente de imigração não os deixou passar, porque entendeu o que a menina falava. Não sei bem o que aconteceu, mas entraram na França e viajaram pela Europa de carro.

- Como você se sentiu?

- Arrasada.

- Você estava sozinha?

- Sim. O Jason foi para a Flórida dois dias depois. Não lembro se a Vic estava grávida da Rebecca ou se a pequena já tinha nascido. Ele me ajudou, mas brigou muito comigo. Disse que eu era irresponsável, uma péssima mãe.

- Você não é nada disso, Kim. – Tommy beijou a testa dela.

- Assim que consegui, mais ou menos, um mês depois, eu fui para a França. A polícia de lá me fez várias perguntas, com a da Flórida. Contei a mesma história inúmeras vezes.

- Sinto muito você ter passado por isso sozinha.

- Procurei minha filha junto com a polícia até completar um ano do sumiço.

- Ela sumiu em 19 de julho de 2017. Eu me lembro como se fosse hoje. Eu te vi na televisão chorando e eu quis fazer isso. – Tommy apertou-a mais contra seu corpo.

- Obrigada, Tommy.

- Quer continuar?

- Procurei de todas as formas na França. Voltei para a Flórida. Em 2018, retornei à França para receber a notícia de que ela devia estar morta. A policial sugeriu que eu engravidasse de novo para esquecer a Aurora. – Kimberly recomeçou a chorar copiosamente.

Depois de muito chorar, Kimberly dormiu. Tommy pegou-a no colo e levou-a para o quarto. Beijou a cabeça dela e colocou-a na cama.

Amanheceu. Kimberly acordou desorientada.

- Hei, luz do sol. – Tommy entrou no quarto – Você dormiu e eu te trouxe para cima.

- Que horas são?

- Quinze para as seis.

- Oi, Tommy. – Kimberly sentou na cama – Estou um pouco confusa.

- Tudo bem, Kim. – Tommy sentou na beirada da cama – Estávamos conversando e você adormeceu.

- Eu chorei até dormir. – Kimberly falou e foi recebida nos braços de Tommy – Vou chorar mais.

- Hei. Estou aqui para isso, Kim. Detesto te ver chorar, mas você precisa. – Tommy acariciava as costas da amiga enquanto ela chorava.

- Tommy, eu não terminei de te contar sobre a Aurora.

- Chore comigo, meu amor. – Tommy disse aumentando a força no abraço – Estou aqui para você.

Quando Kimberly se acalmou, Tommy pegou o rosto dela entre suas mãos.

- Tommy, eu nunca me descontrolei desse jeito.

- Está tudo bem, Kim. – Tommy beijou as lágrimas que corriam pelas bochechas de Kimberly – Eu estou aqui, meu amor.

Aos poucos, Kimberly foi parando de chorar.

- Vou tomar banho e fazer café para nós. – Kim falou e acariciou os braços de Tommy – Conversamos mais à noite?

- Quando quiser.

Algum tempo depois, Tommy e Kimberly tomavam café da manhã juntos.

- Kim, como planejou seu dia?

- Tenho um paciente às dez. À tarde, vou à casa de repouso.

- Hoje, não é teu dia lá. Hoje é quinta-feira.

- Tommy, eu vou buscar as coisas da sua mãe e a direção me chamou para uma conversa.

- Quer que eu vá com você?

- Não, Tommy. Você está de luto e o pouco que te conheço me diz que ainda não é a hora de voltar lá.

- Eu vou te buscar, Kim.

- Tommy, não se preocupe.

- Eu quero te buscar. Agora cedo, vou ao cartório, resolver umas papeladas. Quer almoçar fora?

- Eu vou pedir alguma coisa ou comer na rua. Se vier para almoçar em casa, posso cozinhar.

- Apesar de que não sei quanto tempo vou levar resolvendo as coisas.

- Tommy, você tem meu celular. Me liga se vier.

- O jantar é por minha conta. Vou cozinhar para você.

- Você está se despedindo, Tommy?

- Mais ou menos. Pretendo ir embora na segunda, mas volto na quinta.

- Por quê?

- Preciso resolver as coisas da casa de meus pais. Os inquilinos foram embora e tenho que abrir o sótão. Sabe que ainda tem coisas de meus pais lá?

- Eu te ajudo, Tommy.

- Você já tem feito muito. Vou colocar meu afilhado para ajudar.

- Tá bom. – Kimberly ficou em pé e começou a organizar a cozinha.

- Kim, hei. – Tommy abraçou-a – Não fique chateada. Eu sou grato por ter cuidado de mim, segurando minha mão quando precisei e ser a melhor amiga que eu poderia ter.

- Está tudo bem, Tommy. – Kimberly falou – Eu estou sensível.

- Essa é a minha garota! – Tommy olhou-a profundamente.

- Ô, piranha. – Mike entrou na cozinha.

 

Continua…


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