21/01/2023

Fanfic "Arquivo X": Viver o presente

 

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: POV Mulder. 7ª temporada. Mulder está na casa da mãe e passa mal. Scully vem em seu socorro.

Data de início: 22/09/2022

Data de término: 14/10/2022

Classificação etária: 18 anos

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Algo incomum aconteceu. Minha mãe me convidou para jantar. Não somos tão próximos, mas eu a amo.

Avisei Scully que iria viajar e fui para a casa de minha mãe.

Jantamos juntos, conversamos. Achei estranho, mas confesso que foi muito agradável.

Dormi na casa de minha mãe. Consegui dormir sem remédio, nem para dor de cabeça, nem calmante.

Foram quatro dias de paz e convivência. Resolvi voltar numa segunda-feira, mas a dor de cabeça não me deixou levantar da cama.

Minha deve ter ligado para Scully. Eu só soube quando acordei e as duas estavam fazendo compressas para baixar minha temperatura.

- Mamãe? – eu falei.

- Fox, o que está sentindo? – ela me respondeu e sentou na cama.

- Frio.

- Mulder, sou eu. – ouvi Scully me chamar – Você está com febre. Sua mãe me chamou.

- Oi, Scully. – eu falei e fechei os olhos – Estou com uma crise de enxaqueca.

- Vai passar. – mamãe me acariciou o rosto.

- Vou te medicar. – Scully falou e eu apaguei.

Só acordei à noite e minha mãe estava cochilando sentada na poltrona.

- Mãe? – chamei baixinho para não a assustar.

- Oi, Fox. – ela acordou e me olhou – Como se sente?

- Estou bem. Por que a senhora não vai se deitar?

- Fox, você nunca ficou doente dessa forma. Nem criança.

- Eu estou bem. Deve ser cansaço.

- A Dana está na cozinha e resolveu lavar roupa.

- Que horas são?

- Oito da noite, meu filho. – mamãe pegou minha mão – Você está melhor?

- Sim.

- Oi. – Scully entrou no quarto – A sopa está pronta. Só estou em dúvida se o pão está no ponto.

- Eu vou ver. – mamãe saiu do quarto.

- O que houve, Mulder? – Scully sentou na cama – Quer me contar?

- Desde quando minha mãe te trata pelo primeiro nome?

- Mulder, sua mãe me ligou desesperada. Você ardia em febre e não acordava. O que você está sentindo?

- Eu estou bem. Talvez cansado.

- Mulder, eu quero que você descanse. Vou ficar essa noite por aqui. Quer comer aqui ou lá embaixo conosco?

- Eu acho que fico por aqui. – eu estava um pouco tonto, mesmo deitado.

- Já subo então. Tente ficar acordado. – ela me deu um beijinho na testa.

A dor já não estava forte. Eu sabia que isso fazia parte do quadro da doença neurológica. Eu não queria que ninguém soubesse. Fiz uma nota mental de ligar para meu médico.

Scully voltou com um prato de sopa, um copo de água e pão.

- Quer ajuda para comer, Mulder?

- Sim. Assim, você vai treinando para ser mãe.

- Own. – Scully sentou na cama e me deu um selinho – Meu Mulder é mesmo um meninão. Será que você está pronto para ser pai?

- Não sei. Hei, Scully, eu já estou bem, só quero ser mimado. Estou carente.

- Eu vou te alimentar. Você é tão bobo, mas eu te amo. – ela ficou brincando comigo, enquanto me dava sopa na boca.

Scully e eu estamos tentando ter um relacionamento. Marcamos a inseminação artificial para o próximo mês.

Eu sabia que ia me recriminar depois, mas eu pedi:

- Fica comigo essa noite?

- Mulder, eu vou embora amanhã. Se você estiver melhor e quiser, me segue.

- Dorme aqui do meu lado?

- Mulder, nós não contamos para ninguém sobre nós.

- Minha mãe não vai ligar. Somos adultos.

- Você comeu bem. Fica sentado aí até eu voltar.

Eu a vi sair do quarto. Como amo essa mulher!

Acho que cochilei. Acordei com Scully me fazendo deitar e me beijando a bochecha.

- Dorme, Mulder. Vou terminar de estender a roupa e venho ficar com você.

- Eu te espero.

- Nada disso. Deita. – ela se sentou na cama e começou a embalar – Quero que feche os olhos e volte a dormir.

- Você vai ficar?

- Sim. Grudada em você.

- E minha mãe?

- Está preocupada com você, mas está bem. Dorme, Mulder. – Scully me beijou os cabelos – Dorme. Vai te fazer bem.

Eu dormi nos braços dela. Só acordei quando ouvi minha mãe:

- Dana, ele dormiu?

- Mais ou menos. Por que a senhora não vai se deitar?

- Estou preocupada com o Fox.

- Façamos assim: vou ajeitá-lo na cama e a senhora fica com ele. Depois, trocamos.

- Obrigada, Dana. – Teena sorriu agradecida e aliviada.

Só sei que acordei no dia seguinte muito melhor, mas não quis voltar com Scully. Fiquei mais um pouco com minha mãe e fui ver meu médico.

O prognóstico, como eu sabia, não era muito bom.

Voltei para casa no início da noite. Pus os pés em casa e meu celular tocou.

- Mulder.

- Hei. Já está em casa? – Scully perguntou.

- Acabei de chegar.

- Scully, descanse. Eu já te dei muito trabalho.

- Mas sou eu que estou carente agora. – ela me falou dengosa. Este era um novo lado de Dana Scully, que estava amando conhecer – Em vinte minutos, estou aí.

Eu não pude responder. Ela já havia desligado. Então, guardei todos meus exames e dei uma arrumada na sala e no quarto.

Scully bateu à porta e eu abri. Não deu tempo de respirar. A boca de Scully estava na minha e minhas mãos viajaram pelo corpo dela.

Só sei que fechei a porta de alguma forma e nós transamos no sofá. Foi algo rápido e visceral.

Saciados, eu a coloquei no meu colo.

- Oi. – eu falei rouco.

- Oi, Mulder. – ela mordeu meu bíceps – Estava louca para te ter de novo dentro de mim.

- E se eu estiver com uma virose?

- Mulder, estamos ambos carentes e sexo é bom para animar.

- O que meus vizinhos devem achar?

- Que somos dois tarados.

- Como está sua mãe?

- Bem. E não é assunto pra termos no pós-sexo.

- Tá bom. – Scully beijou o rosto do parceiro – Eu fiquei preocupada.

- O que é mais importante que está tudo bem. Nós estamos juntos e vamos ter um filho. – Mulder acariciou as costas nuas da parceira – Eu te amo.

- Também te amo.

O casal ficou abraçado e, assim, adormeceu. O momento presente era importante e deveria ser vivenciado.

 

Fim

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