06/01/2023

Fanfic "Arquivo X": O que importa para nós

 

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: POV Scully. Pós-Sexta Extinção. O que será que Mulder aprendeu lendo os pensamentos de Scully? O que Scully pensará quando Mulder contar sobre o “sonho” durante o coma?

Data de início: 06/09/2021

Data de término: 22/09/2021

Classificação etária: 14 anos

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Faz meio dia que fui ver Mulder e dar a notícia da morte de Diana Fowley. Eu esperava uma outra reação dele.

Eu estou aqui, olhando o nosso porão vazio. Fiquei dias sem ver o Mulder. Ainda mais porque fiquei confusa. Vi coisas que não consigo explicar e sei que ele leu meus pensamentos.

Será que sabe quanto eu o amo? Sobre o que ele sonhou durante o período em que esteve fora do ar?

Resolvo ir novamente ao apartamento de Mulder. Fecho nosso escritório e vou direto ao estacionamento.

Levei um almoço saboroso para nós. Encontrei um Mulder muito quieto. Ele falou pouco enquanto comíamos.

- Hei. Gostou do almocinho? – perguntei acariciando o braço dele.

- Sim. Estou contente por ter te corrompido. Fugir no meio do expediente, hein, Agente Scully? – Mulder sorriu e, em seguida, bocejou.

- Está cansado, né?

- Sim. Eu ainda não voltei ao meu sono normal.

- Ou não dormir? Ou dormir pouco? – Scully falou – Eu vou te ensinar a dormir um pouco melhor.

- Scully, eu estou nas suas mãos. – Mulder falou – Preciso te contar muitas coisas.

- Você se lembra do que leu… Do que leu na minha mente? – comecei a ter dúvidas se realmente queria saber.

- O que descobriu na África. O seu dilema interno de acreditar ou não, Scully, até nos meus sonhos, você me fala a verdade, me desafiam, me chacoalha.

- Mulder, do que você se lembra?

- De um sonho louco, fruto do coma e de tudo o que foi feito.

- Influência do artefato?

- Também.

- O que sonhou?

- Com uma vida perfeita, com a Samantha por perto.

- E eu?

- Você me mostrou a verdade, a realidade.

- Eu não estava na sua vida perfeita? Na sua vida dos sonhos?

Mulder olhou-me com uma expressão meio extasiada meio amargurada. Sabia que eu não queria saber mais nada. Levantei do sofá e comecei a recolher as sobras do almoço.

- Scully… Espera.

- Está tudo bem, Mulder. Vou limpar tudo e voltar ao trabalho.

- Scully, por favor. A última coisa que quero é te machucar.

- E tão ruim assim? – eu parei o que estava fazendo e o olhei.

- Senta aqui. – Mulder pediu – Por favor, sente-se aqui.

Eu obedeci. Larguei o que tinha na mão na mesinha de centro e olhei meu parceiro.

- Eu não sei se estou preparada para isso.

- No sonho, eu casei com a Diana. – Mulder falou sem rodeios. Fiquei estupefata. Ele percebeu, mas continuou: – Tivemos filhos. Via a vida perfeita até ficar viúvo. Eu cheguei a ver meu leito de morte. O Canceroso estava lá também. Só que quem me abriu os olhos foi você. Minha amiga, minha pedra fundamental.

- Eu… Ah… – fiquei sem palavras.

- E sei que você se declarou em pensamento para mim. – Mulder ficou em pé na minha frente e segurou minhas mãos nas dele – Só não sei o que se passou na sua cabeça ao não me beijar hoje pela manhã. Eu já não lia mais mentes. Achei que fosse um convite, um sinal verde, mas você me deixou na vontade.

- Mulder… Eu achei que isso poderia aumentar a tua pressão no crânio. – eu falei olhando-o – É mais do que um sinal verde. Eu… Ah, Mulder, eu te amo.

- Eu sei. Eu também te amo. – Mulder segurou meu rosto com as mãos. – Quer esperar um momento mais…

Eu não o deixei terminar a frase. Eu beijei o Mulder e que beijo! Nossas línguas se encontraram com uma fúria enorme.

Nós nos separamos sem ar. Mulder voltou a sentar no sofá e me levou com ele.

- Mulder, eu não quero outra coisa. – eu me aninhei no colo dele – Só temos que ir com calma.

- Tá bom. – Mulder bocejou.

- Quer deitar?

- Só se você estiver comigo.

Eu me preocupei com ele ter ficado cansado rápido, então, fiz uma note mental de observá-lo.

- Mulder, você me promete contar sobre qualquer coisa que sentir? – eu o olhei e beijei a testa dele – Estou te achando meio quente. Está com dor?

- Não. Estou quente por você. – Mulder me apertou em seus braços.

- Ah, Mulder… Não podemos abusar. Você passou por uma cirurgia de grande porte e de forma não muito correta.

- Fica comigo?

- Sim.

- Estou pensando em ir visitar minha mãe. Ela estava chateada por tudo o que aconteceu.

- Eu vou com você. Não quero você dirigindo, muito menos à noite.

- Tudo bem. Eu posso ir de ônibus ou trem. Sei que, nesse momento, não é bom ter a luz dos faróis no rosto. Posso viajar durante o dia?

- Mulder… – eu não queria perdê-lo de vista – Vamos juntos?

- Queria ir sozinho, Scully – ele me beijou delicadamente e me convenceu.

Abraçados, fomos para o quarto e deitamos. Eu senti Mulder relaxar e dormir. Fiquei acariciando as costas dele até que adormeci também.

Acordei com Mulder me beijando da cabeça aos pés.

- Hum. Muito bom dia. – eu falei contente.

- Estou indo muito rápido?

- Sim. – eu falei e acariciei os cabelos dele – Acabamos de nos declarar.

- Quando você estiver pronta, Scully. – Mulder me beijou.

- Eu realmente te agradeço, Mulder. Sou a mulher mais sortuda do mundo por estar nos seus braços.

- Scully, eu te amo há tanto tempo que, esperar mais um tempo, não faz diferença.

Eu me derreti. Nós nos beijamos vorazmente e ficamos agarrados.

- Mulder, eu tenho de levantar e ir trabalhar.

- Eu vou para a casa da minha mãe. Durante o dia. E dirigindo devagar.

- Cuidado, Mulder.

- Vamos ficar sem nos ver mais uns dias. Vou morrer de saudades.

- Ah, Mulder… – eu beijei o peito dele.

XxX

Passado uns dias, eu estava na casa de minha mãe. Estávamos limpando a sala de estar e conversando:

- Como o Fox está?

- Está bem, mamãe.

- Recuperou-se bem?

- Sim. Já não o percebo mais com dor nem amuado.

- Isso é bom, Dana.

- Mas eu não deixo de me preocupar.

- Claro. Desde quando estão juntos?

- Mamãe, nós…

- Vocês estão finalmente em um relacionamento. Eu fico muito feliz. Desde quando?

- Há algumas semanas. Não estamos contando.

- É um namoro?

- Não sei, mãe.

- É um casamento não-oficial. – Maggie riu espanando a estante.

- Mãe!

- Ele volta quando da casa da mãe dele? Ele tem ido bastante vê-la. Isso é bom.

- Deve estar na estrada agora. Ainda não o quero dirigindo à noite.

- Chame-o para jantar.

- Vou ligar para ele.

Eu peguei o celular e disquei o número tão conhecido.

- Hei, luz do sol. – Mulder me atendeu.

- Oi, Mulder.

- Lindinha, estou chegando em DC.

- Mamãe te chamou para o jantar de domingo. Estamos terminando de limpar a casa.

- Hum… Jantar na casa da sogra? Estou indo. Vamos dormir por aí?

- Mulder!

- Sei que não temos dormido juntos direto, mas contigo eu durmo, pelo menos, seis horas.

- Tudo bem. Estamos te esperando. – desliguei.

Eu olhei minha mãe, que sorria de orelha a orelha. Não resisti e gargalhei.

Algum tempo depois, Mulder chegou e nós nos beijamos loucamente assim que ele entrou na casa de mamãe.

- Oi. – ele me olhou apaixonado, quase como se fosse a primeira vez que nós nos víamos.

- Oi. – eu respondi. Fico surpresa de como ele tem essa capacidade de me olhar apaixonado depois de tanto tempo – Mamãe está radiante por você ter aceitado vir.

- Fox? – mamãe o chamou vindo da cozinha – Bem-vindo, querido. – ela o abraçou contente.

- Oi, Sra. Scully. Obrigado pelo convite.

- Como você precisasse de um. – mamãe beijou a bochecha dele – Dana, mostre ao Fox onde colocar a mochila.

Mamãe voltou para a cozinha e eu falei:

- Mulder, ouviu minha mãe. Vamos guardar tuas coisas.

- A Maggie sabe de nós dois?

- Sim. Ela é mãe e sabe de tudo.

- E?

- Está feliz por nós.

- Sua mãe acha que já estávamos juntos há tempos, né?

- Sim. Vem comigo. – eu o peguei pela mão e subimos as escadas.

Quando voltamos, mamãe já tinha posto a mesa.

- Que bom que desceram. Lavem as mãos e vamos comer.

Nós jantamos conversando e mamãe estava muito alegre. Mulder e eu estávamos muito à vontade.

Depois do jantar, eu fiquei abraçado com Mulder no sofá da sala. Uma garrafa de vinho aberta e mamãe já havia ido descansar. Estávamos sozinhos.

- Scully, sua mãe é fantástica.

- Ela quer que eu te leve para cama hoje.

- Hoje não. – Mulder beijou minha testa – Eu sei ser romântico.

- Ah, meu amor.

- Scully, eu vou ser tudo o que quiser, o que você precisar que eu seja. Sei que aí dentro você tem fantasias. Eu quero fazer tudo.

Eu me emocionei e o beijei languidamente.

Estar nos braços de Mulder foi algo que sempre desejei, mas faltava coragem.

Nós nos amamos e isso é tudo o que importa para nós.

 

Fim

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