26/03/2019

Fanfic "Arquivo X": Retornando para casa, Capítulo 6

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós 11ª temporada. Começa imediatamente após a cena final. Scully continua a ter forte ligação com Jackson e tem de lidar com os altos de baixos da gestação.
Data de início: 05/04/2018
Data de término: 03/07/2018
Classificação: 18 anos
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6° Capítulo

- Ele se foi, Dana. – Mulder abraçou-a carinhoso – Nós sabíamos que isso ia acontecer.
- Mas… – Scully começou a chorar – Fomos uma família.
- Ele sabe que pode voltar quando quiser.
- Será que ele vai voltar? – Scully chorou ainda mais.
- Meu amor, acalme-se. – Mulder acariciou as costas dela.
- Preciso me deitar. – Scully falou e afastou-se de Mulder.
Uma semana se passou.
Mulder estava deitado no sofá, quando ouviu Scully descer as escadas.
- Hei, querida. – ele falou, mas não obteve resposta – Tem torta na geladeira. Consegue comer agora?
- Mulder. – Scully falou baixo – Me ajuda.
Mulder ficou em pé como um raio e correu par ao lado de Scully.
- Estou com dor na parte inferior da barriga. – Scully falou – Muita dor. Precisamos…
Mulder não a deixou terminar. Ergueu-a em seus braços e, em minutos, estavam na estrada.
- Vai dar tudo certo, Dana. – Mulder repetia tentando ficar tranquilo e tranquilizar Scully.
- Mulder, desculpe. – Scully chorava com as mãos na barriga.
- Estamos chegando ao hospital. Vai dar tudo certo.
Mais tarde, a médica saia do quarto de Scully.
- Sr. Mulder, já pode entrar. Está tudo bem com a mamãe e o bebê. – a Dra. Sarkisian falou.
- Obrigado. – Mulder entrou no quarto – Hei, Scully.
- Oi, Mulder. – Scully respondeu e sorriu fracamente.
- Como se sente?
- Eu estou bem. – Scully respondeu esticando a mão para segurar a de Mulder.
- A médica vai te segurar aqui por uns dias. – Mulder sentou na cadeira ao lado e apertou a mão dela.
- E você vai para casa. – Scully ordenou.
- Talvez quando amanhecer, Dana. Estou cansado para dirigir.
- Mulder, eu sonhei com ele.
- Por isso, tece cólica?
- Talvez.
- Como foi o sonho?
- William me disse que estava bem e voltaria logo. Está com saudades.
- Ok. – Mulder sorriu e soltou a mão de Scully – Quer alguma coisa?
- Não.
Mulder começou a acariciar o ventre de Scully.
- Como está linda!
- Mulder… É tão bom ter você aqui.
- É bom estar com você. Sempre.
- Se eu estiver melhor amanhã, você me ajuda a ir para casa?
- Fugir do hospital? Legal! – Mulder riu.
- Mulder, vai para casa. Eu preciso de roupas.
- Depois, Scully. Estou com sono. – Mulder ajeitou-se na cadeira – Boa noite!
Pela manhã, Mulder saiu do quarto e estava no corredor quando viu um rosto familiar.
Seguiu o garoto loiro e colocou a mão no ombro dele.
- O que está fazendo aqui?
- Senhor, eu não sei do que está falando.
- Você resolve assumir a forma do garoto que idealizamos como filho e acha que não vou te reconhecer?
- Como? O senhor deve estar me confundindo.
- Você não vai ver a Scully.
- Senhor?
- Pare de fingir, Jackson.
O moço assumiu sua forma original e falou:
- Eu só quero vê-la e falar com ela.
- Só por cima do meu cadáver.
- Mulder, por favor.
- Eu a fiz dormir há pouco. Não vai acordá-la.
- Eu senti quando ela sentiu dor. Como está a Dana? E a bebê?
- Estão bem. Agora, você vem comigo. – Mulder pegou-o pelo braço.
- Sim, senhor. – William deixou-se ser levado.
- Vejo que encontrou seu pai. – a enfermeira falou para William.
- Sim, obrigado, enfermeira. – Mulder respondeu.
- Desculpe, Mulder. – William falou – Está difícil manter uma só aparência.
Ao chegar ao carro, Mulder falou:
- Lembre de nossos exercícios. Pense em algo bom.
- Só isso?
- Você em que relaxar. Quero você original.
- Então, volte a me chamar pelo meu nome: William.
- Concentre-se, Will.
William concentrou-se e voltou ao normal.
- Obrigado.
- Agora, entre no carro. – Mulder ordenou.
William obedeceu. Entrou no carro e jogou a mochila no banco de trás.
- Eu nunca obedeci a ninguém como a você, Mulder. Você tem poder sobre mim.
- Não seja cínico. Diga-me o que você quer. – Mulder deu partida no carro.
- Voltar a existir. Ter uma vida. Controlar meus poderes. Ver a Dana. – William bocejou.
- Descanse. Quando chegarmos em casa, você vai tomar um bom banho e dormir. Voltaremos ao hospital mais tarde.
- E a Dana?
- Ela precisa de descanso também.
- Vocês brigaram?
- Digamos que nós não temos nos falado por sua causa.
- Você tem sido forte para ela.
- Isso. E pode parar a análise, mocinho.
- Cara, você é fodástico. Eu adoraria ser seu filho de verdade.
- Acho que… Obrigado. – Mulder suspirou – Você poderia ter avisado que ia embora.
- Fiz merda, eu sei.
- A Dana ficou vários dias no quarto sozinha. Chorando de novo por você.
- Eu vim para ficar agora.
- Duvido.
- Mulder, é sério. Quero voltar a existir.
- Não é fácil assim.
- Você passou por isso.
- Três vezes. Não foi fácil reaver meus documentos e voltar ao mundo dos vivos.
- Mulder, eu me lembrei de você. De estar no seu colo horas depois de nascido. E de seu rosto nas fotos que a Dana me mostrava. Lembro de ouvir tua voz, longe, mas era tua voz.
- William, eu gostaria de não falar sobre isso agora.
- Desculpe.
- William, eu vou descansar um pouco. – Mulder estacionou na frente da casa – Pode vir comigo, se quiser.
- Depois de um banho, posso me deitar na sua cama?
- Claro. – Mulder sorriu.
Pouco tempo depois, Mulder estava deitado em seu quarto.
- Mulder? – William apareceu na porta do quarto.
- Vem deitar. – Mulder bateu na cama.
- Obrigado. – William deitou-se e ajeitou-se na cama.
- Eu me sinto seu pai. – Mulder declarou ao ver o moço deitar a seu lado.
- E eu quero que você seja meu pai. – o moço respondeu abraçando Mulder.
- Dorme, meu filho. Eu estarei aqui. – Mulder ajeitou o moço a seu lado e dormiram.
William acordou com Mulder falando ao telefone e acariciando a cabeça dele.
- Mais tarde, estarei aí. E vou levar uma surpresa. – Mulder suspirou – Chocolate não. Deixa você enjoada. É algo melhor. – mais uma pausa – Tá bom, Scully. Eu te amo.
Mulder desligou o celular e olhou William:
- Oi.
- Oi, Mulder. A Dana está bem?
- Sim. Louca pra sair do hospital.
- E eu sou a surpresa?
- Isso mesmo, William.
- Podemos conversar agora?
- Desculpe pela forma como te tratei.
- Eu entendi tudo. Quero pedir uma coisa.
- O que?
- Posso ter uma conversa de filho para pai?
- Pode. Claro! – Mulder continuou acariciando a cabeça do jovem.
- Eu estou com outra namorada. – William declarou esperando uma reprovação de Mulder, como ele nem se manifestou, Will continuou – É a Maddie, irmã de uma das minhas ex.
- Ela que me deu a dica para te encontrar.
- A Maddie é um doce.
- Você tem que respeitá-la.
- Eu fui um canalha até agora.
- Filho, você gosta dela?
- Gosto.
- Bom, namore, tenha cuidado, use proteção e trate-a bem. Deixe-me pensar o que um pai deve falar para um filho.
- Você e a Dana brigaram por minha causa?
- A Scully ficou dois dias reclusa, chorando e muito enjoada. Depois, ela ficou irritada, porque eu não quis falar muito sobre você. Mas, não foi uma briga. Falamos pouco durante esses dias.
- Ela se sentia mal quando estava me esperando?
- Eu preciso te dizer que eu não acompanhei a gestação no início. – Mulder contou a história da vida dele para William.
- Puta que pariu! Que história foda! – William exclamou.
- Se fosse em outros tempos, eu ficaria puto e corrigiria teu palavreado.
- Mulder, você e a Dana são as pessoas mais legais da face da Terra.
- Fico melhor, hein? – Mulder beijou a testa do moço – Eu adoraria ser seu pai.
- Eu não aceito que seja seu… irmão. – William fez cara de nojo – Quero que seja meu pai. Você não pode me adotar?
- Não é tão simples.
- Quer que eu peça à Dana?
- Vamos conversar a respeito, mas assim que a Scully estiver melhor.
- Vai passar a noite com ela no hospital?
- Eu gostaria, mas podemos fazer a noite dos meninos. – Mulder riu.
- Posso dirigir?
- Não. – Mulder ficou sério – Só quando existir novamente.
- E você vai me ajudar?
- Sim. Eu vou. Agora, vamos ver a Scully.

Continua…

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