08/11/2018

Fanfic "Arquivo X": Nada Acontece por Acaso, Capítulo 1


Título: Nada Acontece por Acaso
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós The Truth.
Nota: A fanfic é antiga. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Classificação: 14 anos
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
1° Capítulo

William Van De Kamp era uma criança séria. Não sorria nunca. Gostava de estudar. Desde bebê ficava quieto brincando com seus bichinhos e cubos.
Iria completar sete anos no próximo dia 20 de maio e ele achava que o mês se arrastava para passar.
- William. – Nancy chamou.
- Sim, senhora. – o garoto apareceu no alto da escada.
- Saia de seu quarto. Vá passear um pouco. Seu pai está no celeiro.
- Não, senhora. Preciso estudar.
- William, nós vamos à igreja.
- Não quero ir.
- William, você não tem querer.
- O que foi, Nancy? – Bob entrou em casa.
- O William acha que pode fazer o que quer. Ele não quer sair do quarto nem ir à igreja. Bob, eu não aguento mais.
- Nancy, acalme-se. Vou conversar com ele.
Bob subiu as escadas e levou o garoto para o quarto. Sentaram-se na cama.
- O que está acontecendo, William?
- Senhor, eu só quero estudar. Eu não quero ir à igreja.
- E não quer nem trabalhar comigo?
- Prefiro estudar, senhor.
- William, você não tem diálogo de uma criança de sua idade. Sabemos que é muito inteligente, gosta de livros e aprendeu a falar, ler, escrever e fazer contas muito cedo. Temos orgulho de você. Acredite.
- Às vezes, penso que não sou filho dos senhores.
- William…
- Se o senhor necessita de ajuda no celeiro, eu irei auxiliá-lo.
- Não utilize essa linguagem. Eu não gosto.
- Eu não me sinto à vontade para falar com os senhores de outra forma.
- Tudo bem. Desça somente na hora do jantar. Não precisa ir à igreja, mas terá de lavar toda a louça e juntar as roupas sujas.
- Sim, senhor. Será tudo feito. Mais alguma coisa?
- Varra seu quarto e durma após terminar tudo.
- Certo, senhor. Vou continuar estudando até a hora do jantar.
Bob desceu as escadas e foi à cozinha.
- Nancy, liberei o William de ir à igreja.
- Você não podia fazer isso, Bob.
- Ouça, querida, dei tarefas a ele.
- Ele está rebelde. Aos sete anos!
- Ele me disse que pensa que não é nosso filho esses dias.
- Não sei o que dizer.
- Devíamos ter lhe contado a verdade.
- Não sei…
XxX
Ariadne era uma garota precoce. Aos quatro anos, já sabia ler e fazer as operações matemáticas básicas. Vive em Roswell, numa bela mansão, com seus pais e sua irmã de dois anos, Samantha. Seus pais são professores na Universidade de Roswell.
- Ariadne Sarkisian LaPierre, vem já aqui. A Senhora Lasky falou que você a dispensou.
- Oi, mamãe. – a garota adentrou a casa correndo pela porta da cozinha.
- Cadê a Sam?
- Está dormindo, mamãe.
- Seu pai ainda está no trabalho. Não deveriam ficar sozinhas. – a mãe ralhou com a menina – Ari, vou arrumar as compras e, depois, vamos ver o papai no trabalho dele.
- Tá. Vou prender a Blue, o George e o Brutus.
- Isso mesmo, querida. – Kathy riu vendo a menina correr atrás dos cachorros.
Assim que a menina terminou de prender os cachorros, voltou para a cozinha e falou:
- Pronto, mamãe. Quer ajuda?
- Não, meu amor. Obrigada. Espere que eu vou te dar um banho.
- Desculpe, mamãe. Fui uma feia por ter mandado a Senhora Lasky para a casa dela.
- Tudo bem. Que não se repita.
- Tá, mamãe.
Kathy arrumou a cozinha e levou a filha para o andar de cima. Deu um bom banho nela e vestiu-a com um conjunto azul de saia e camiseta.
Observou a menina. Ruiva, olhos verdes, pequenas sardas, mais alta que as garotas de sua idade. Ela não tinha um diálogo de criança. Parecia conhecer os medos e o passado de seus pais.
- Mamãe, você está bem? – Ariadne passou a mãozinha no rosto da mãe enxugando uma lágrima furtiva.
- Desculpe, filhinha. Vamos pegar a Sam e ver o papai.
- Amanhã, o tio Gibson vem?
- Acho que sim. Bom, desce e espere-me na sala.
Katherine sentou na cama e começou a lembrar de um tempo do qual deveria esquecer. O tempo em que ela era Dana Katherine Scully. As lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sentia saudades desse tempo, mas, agora, também era feliz. Ficou pensativa até que ouviu a filha mais nova chorar. Foi até o quarto e pegou-a.
- Oi, Sam. O que foi? Vamos trocar de roupa e ver seu lindo papai? – Kathy trocou a filha, pegou a cadeira de bebê e a bolsa da criança. Desceu as escadas e falou – Ariadne, vamos?
- Claro, mamãe. Precisa de ajuda?
- Pegue o carrinho de sua irmã. – a mãe disse abrindo a porta e dirigindo-se ao carro.
- Pronto. – a menina veio empurrando o carrinho de bebê.
- Espere. – Kathy ajeitou Samantha na cadeirinha no banco de trás. Fechou o carrinho e colocou-o no porta-malas juntamente com a bolsa do bebê – Entre no carro, Ari. – pegou Ariadne no colo e colocou-a ao lado de Sam. – Espere-me, querida. Mamãe já volta, Sam.
Voltou para casa, pegou a bolsa e as chaves.
Dirigiu até a Universidade. Passeou com as filhas pelo jardim do campus e, depois, entrou no prédio de Psicologia. Chegou à sala do Professor William Sarkisian LaPierre. Bateu na porta e abriu-a.
- William?
- Entre, Kathy.
- Vamos, meninas. – Kathy sussurrou para as filhas.
Ariadne entrou correndo e, logo depois, Kathy entrou com o carrinho de Samantha.
- Minhas princesas! – William pegou Ariadne no colo. Kathy trouxe Samantha – Oi, Ari!
- Oi, amor. – Kathy beijou-lhe os lábios – Atrapalhamos você?
- Não. Desce, Ari. – ele colocou a garota no chão – Venha, Sam.
A menor pulou no colo do pai.
- Kathy, preciso falar com você… a sós.
- Tudo bem. Viemos te buscar.
- Vamos para casa então. Vou no meu carro e levarei a Ariadne.
- Garotas, papai quer todas nós em casa. – anunciou Kathy e abaixando a voz – Amor, eu te vejo em casa.
- Ari, quer vir comigo? – William perguntou.
- Claro, papai.
- Sam, vai com a mamãe. Papai te vê em casa. – Will entregou a filha para a esposa – Kathy, passe no seu departamento e entregue sua carta de licença. Já redigi e é preciso. Sabes o motivo. – ele entregou uma pasta a ela.
- O que vou dizer?
- Nada. É só entregar. Conversamos em casa.
Enquanto William saia com Ariadne, Katherine levou Samantha e entregou a carta para sua chefe.
Kathy chegou em casa e encontrou seu marido fazendo o jantar.
- Fox Mulder, o que aconteceu?
- Dana, a Samantha está em seu colo. – ele alertou.
- Ela só tem dois anos e ainda nem fala. Mal anda. – Scully argumentou.
- Preguiçosa do papai, vem no meu colo. Vou colocá-la no cercadinho. – Mulder pegou a filha e levou-a para sala. Colocou-a no cercado junto com os brinquedinhos dela. Voltou à cozinha e falou – Ajude-me a terminar o jantar e depois falamos.
- Aconteceu alguma coisa, Mulder? Não esconda de mim.
- Ajude-me aqui e eu vou adiantar o assunto.
- Eu faço a salada e cozinho umas batatas.
- Estou preparando a carne e pus a lasanha no forno.
- Cadê a Ariadne?
- Desenhando no quarto.
- Tudo bem.
- Estou com medo, querida.
- Por que, Fox?
- Hoje, o Gibson me avisou que dois alunos da Universidade morreram de Hanta Virus.
- Como?
- Não sei.
- Hanta Virus?
- Sim.
- Amor, estou assustada.
- Olha, as aulas vão ser suspensas mais cedo ou mais tarde. Pedi que entregasse sua carta de licença para te deixar aqui, no laboratório de casa, para pesquisar.
- E as nossas filhas?
- Ficarão bem. O Gibson me disse que haverá uma feira em Des Moines e terá uma demonstração de polinização de plantação de milho…
- Transgênico?
- É.
- Mulder, eu não posso acreditar.
- Pois é.
- Mulder, hoje, eu estive mergulhada em minhas lembranças.
- Eu também. Pouco antes de vocês chegarem. Acho que está na hora de contarmos nossa história para a Ariadne.
- E para a Sam também.
- Ela anda muito preguiçosa.
- Ela é manhosa. Fala com os brinquedos, anda no cercadinho e no berço.
- Eu sei.
- Querido, a Ariadne não conversa como uma criança.
- Eu sei.
- Anda, Mulder. Fale. Você é o psicólogo da casa e da minha vida.
- Mama. Papa. – Samantha gritou e riu.
O casal olhou para a sala e viu Ariadne ensinando a irmã com seus desenhos.
- Muito bem, Sam. Esta é você.
- Sam. – a bebê ria.
- Agora, A-RI-AD-NE.
-‘Adne.
- Não, querida. – a menina disse e corrigiu – Ariadne.
- ‘Adne.
- Hei, Ariadne. – o pai chamou – A Samantha fala?
- Fala, papai. – Ariadne falou.
- Papa. – a bebê riu.
- Safadinha. – a mãe sorriu – Estamos aqui na cozinha.
- Viu? Dana, elas convivem somente com adultos.
- Tenho medo da escola.
- Olha, vamos comer e, depois, nosso quarto nos espera.
- Pensei que não ia dizer isso hoje, Mulder. – ela o olhou maliciosa.
- Sexo também pode fazer parte da nossa noite.
O casal gargalhou.

A família jantou feliz.

Continua…

Nenhum comentário:

Postar um comentário