28/11/2018

Fanfic "Arquivo X": Nada Acontece por Acaso, Capítulo 16


Título: Nada Acontece por Acaso

Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Nota: A fanfic é antiga.
Classificação: 14 anos
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16° Capítulo

Mulder apenas sentou no balanço da varanda enquanto a esposa estacionava o carro e fechava o portão.
- Amor, o que quer jantar? – ela se aproximou do marido.
- Nada. – ele baixou o rosto.
- Mulder, você está bem?
- Sim. Estamos fora de casa.
- Você está chorando? – Scully levantou o rosto de Mulder de leve – O que você tem? – perguntou preocupada.
- Nada.
- Ah, o que foi? Quer conversar? – ela acariciou o rosto do marido.
- Estou com um pouco de dor de cabeça.
- Por isso, ficou tão quieto no carro? Sabe que pode me falar qualquer coisa.
- Deixe-me sozinho um pouco, por favor.
- Tá bom. – Dana acariciou os cabelos dele e entrou. Respirou fundo e encarnou Kathy.
- Mamãe, pede comida chinesa! – Ariadne demandou.
- É, mamãe. – Samantha ajudou.
- Eu peço, mas, vocês duas vão tomar banho.
- E você? – Ariadne quis saber – Cadê o papai?
- Eu também vou tomar banho. – ela sentou no chão com as filhas – Garotas, preciso da ajuda de vocês. O papai não está bem. De vez em quando, os nossos pais brigam, mas ficam de bem logo. Ontem, eu e o papai tivemos uma discussão. Por isso, ele ainda está triste. Mas, já fizemos as pazes. Eu quero que vocês vão lá fora fazer carinho nele. Pode ser?
- Mamãe, já pediu desculpa? – Ariadne perguntou passando a mão na cabeça da mãe.
- Já, mas não pedi direito, Ari. – Kathy beijou a testa da filha.
- Foi por minha causa? – Ariadne fez bico.
- Não, Ariadne. – Kathy acariciou a mão da filha – Você me perdoou?
- Ah, mamãe. Eu fui criança mesmo. Eu que devo desculpas.
Ariadne e a mãe começaram a chorar e se abraçaram. Samantha saiu de mansinho e foi para a varanda.
- Papai?
- Oi, Sam. – Will enxugou as lágrimas e respirou fundo.
- ‘Cê tá chorando?
- Não, bebê. Vem cá. – ele pegou a menina no colo – Como foi o seu dia?
- Legal.
- Você fala, hein?
- É. Mamãe bigou com você?
- Brigou?
- É?
- Não, Sam. Coisa de gente grande. Só ficamos tristes, mas já ficamos de bem de novo.
- Carinho, carinho. – a pequena passava a mãozinha no rosto do pai.
- Obrigado, amorzinho. – Will entregou-se ao carinho da filha mais nova.
- Mamãe e Ariadne tão chorando.
- Então, vamos entrar e fazer carinho nelas. – Will levantou-se com a filha no colo e entrou em casa. Encontrou a esposa chorando abraçada à filha – Hei, meninas. – ele pôs Samantha no chão, fechou a porta e aproximou delas – Kathy, meu amor, o que foi? Ariadne, fala para o papai o que foi. – viu Samantha abraçar a mãe e, então, abaixou-se e abraçou a família.
Kathy enxugou as lágrimas e sorriu.
- Estamos bem, meu amor. Está tudo bem. Todos perdoados e com fome. – ela disse trocando um beijinho nos lábios com o marido. Em seguida, beijou a testa da filha.
- Agora, vou tomar banho, mamãe. – Ariadne colocou-se em pé e sorriu.
- Pode ir, meu docinho. – Kathy sorriu e viu a filha subir a escada.
- Sam, a mamãe vai te dar banho. Quer ficar na banheira?
- Eba! – Samantha riu – Banheira, mamãe. Pijama do Barney?
- Pode ser, bebê. – Dana pegou-a no colo.
- Chão, mamãe.
- Filha, vamos subir as escadas – Kathy falou – Quer aprender a subir?
- Qué.
- Posso fazer isso, querida. – Will se ofereceu.
- Vamos fazer isso juntos. – Kathy pegou-o pela mão – Só não pode subir sozinha ainda.
Com muito cuidado, ensinaram a filha caçula a subir a escada.
Kathy colocou a filha na banheira de seu banheiro e deixou-a brincando. Encontrou o marido no quarto.
- Dana, quer algo para jantar? Vamos pedir?
- Sim. Pede comida chinesa, por favor? As meninas me pediram antes da cena da sala.
- Claro. Quer refrigerante?
- Sim. Preciso de açúcar.
- Vai tomar banho no corredor?
- Agora não. Vou arrumar a mesa para nós.
- Eu arrumo. Na cozinha ou sala de jantar?
- As meninas vão comer na sala de televisão.
- Você vai comer com elas?
- Nós vamos jantar juntos.
- Não estou com fome.
- Mas, pelo menos, faça-me companhia, Mulder.
- Tudo bem, Dana. Vou pedir.
Mulder desceu as escadas e foi pedir o jantar enquanto Dana foi arrumar os pijamas das crianças. Para Ariadne, camiseta de mangas curtas e shorts azul, estampados com pequenas flores brancas. Para Samantha, o pijama do dinossauro roxo que ela havia pedido. Pegou uma camisola branca sem mangas. Para o marido, o pijama azul que ele adorava usar.
- Dana, daqui quarenta minutos, o pedido chega.
- Tudo bem. – ela suspirou – Na Capital era mais rápido.
- É. Eu espero. Vá tomar seu banho.
- Preciso tirar a Samantha primeiro. Você pode ir tomar seu banho, Mulder.
- Depois.
- O que te afetou, Mulder?
- Vou descer. – ele começou a se afastar.
- Vamos jantar lá embaixo. – Dana falou – Pode me esperar que vou te interrogar.
- Certo. – Mulder respondeu descendo as escadas.
Dana tirou as meninas do chuveiro, vestiu-as e levou-as à sala de TV. Tomou um banho rápido, vestiu sua camisola e desceu. Mulder já havia arrumado a sala de estar para eles. Ouviu-o descendo as escadas e olhou-o.
- Já arrumei a mesinha para as meninas. – Mulder falou.
- E você?
- Eu o quê?
- Vai jantar comigo ou com elas?
- Vou dar comida para a Samantha.
- Ela sabe comer sozinha, Mulder.
- Como? Aos dois anos?
- Sim. Ela puxou a inteligência do papai. Sabe comer sozinha sim. – Dana sorriu – Ela esconde os progressos de nós. Mas, qualquer coisa, a Ariadne está lá e ajuda a irmã a comer. Já viu que a Ari tem um senso de responsabilidade gigantesco?
- Puxa, Scully! Preciso prestar mais atenção à nossas filhas. Bom, vou tomar um banho. O dinheiro está em cima da mesinha perto da porta.
- Ok. Você volta? Não quero ficar sozinha.
- Volto. Mas, eu não estou legal. – Mulder abraçou-a e beijou-lhe a testa.
- Antes de entrar no chuveiro, você pode jogar meu penhoar, por favor?
- Posso, lindinha. – o casal trocou um beijo singelo.
XxX
Mulder e Scully estavam jantando em silêncio sentados no chão da sala.
- A Sam é uma sem vergonha. – Dana falou pensativa.
- É sim. Ela fala tudo. Tem um bom vocabulário para a idade. Scully, temos dois gênios em casa.
- O que elas estão vendo?
- Bob Esponja.
- Ufa! Pensei que fosse o Barney de novo. Não aguento mais ouvir “amo você, você me ama”. – Scully riu.
- É o pijama da Samantha.
- Ela me pediu. – Está calor, Mulder. – Dana tirou o penhoar e jogou na poltrona.
- Ainda não acostumamos com o clima daqui.
- Amor, preciso te contar uma coisa. Resolvi frequentar a Igreja Católica da região. Estou tão feliz com a nossa vida.
- Que bom, meu amor! Eu já estava achando estranho você não ir à igreja.
- Mulder, eu mantive minha fé todo esse tempo, mas estou sentindo a necessidade de frequentar a igreja e ensinar as meninas. Está bem para você?
- Você me leva junto também?
- Você quer ir?
- Claro. Ando precisando de algo em que me apegar. Vai ser bom acompanhar vocês.
- Ah, meu amor. – Scully beijou-lhe a bochecha – Passou a dor de cabeça?
- Ainda estou com dor.
- Acabe de comer e eu te faço um chá. Aí, você toma um comprimido e vai dormir.
- Acho que já cresci. – Mulder brincou.
- Sabe, eu também tenho amigas na região.
- Temos vida quase normal, amor. Nossos nomes, por exemplo.
- Mulder, para mim, é uma vida normal. Tenho você do meu lado, ao alcance das minhas mãos e lábios. – Scully abraçou e deu-lhe um selinho – Temos duas filhas lindas. Você me faz muito feliz.
- Papai! – Ariadne desceu as escadas.
- O que foi, Ariadne? – ele disse olhando-a.
- Acabamos de comer.
- Ah, eu vou ver se comeram direitinho. Só, então, vão ganhar sorvete. – o pai falou sério.
- De chocolate?
- Você escolhe: chocolate, morango ou gelado de arroz integral?
- Papai, quero de chocolate.
- Já volto, querida. – ele se levantou do chão e acompanhou a filha mais velha até a sala de televisão. Desceu e trouxe os pratos e copos – Vou dar sorvete para elas, Dana.
- Tudo bem, amor. O que elas querem?
- Chocolate.
- Igual ao pai. Volta logo para mim, hein?
Mulder levou o sorvete para as meninas e, em seguida, voltou para a sala. O casal terminou de jantar e Scully pediu:
- Quais são as minhas opções de sorvete, Mulder?
- Chocolate ou morango.
- E o meu gelado de arroz integral?
- Eu estava brincando. Nós acabamos com ele na nossa última brincadeira. – Mulder riu malicioso.
- E você tinha razão, Mulder. Sua saliva é muito melhor que o gelado. Vem cá.
O casal trocou um beijo quente.
- Que bom que você gosta.
-Você beija muito bem, Mulder.
- Eu amo beijar você, Scully.
- Podemos brincar com o sorvete de morango hoje. – Scully falou beijando o marido novamente.
- Hoje, não rola, meu amor. Vou buscar o sorvete para te esfriar um pouco. – Mulder sorriu.
Logo, o casal tomava sorvete, rindo e o clima era de nostalgia.
- Mulder, vamos parar de falar do passado. E, vamos nos acalmar, porque o clima está esquentando muito. As meninas estão sozinhas e acordadas.
- Você sabe que eu te amo, Scully?
- Eu sei, Mulder, mas é muito bom ouvir isso todos os dias. – ela sorriu.
- Eu preciso te pedir desculpas pelo que te fiz ontem e hoje.
- Mulder, está tudo bem. Eu fui estúpida com nossa filha. Eu não soube lidar.
- Perdão, Scully. – Mulder acariciou o rosto da amada.
- Hoje, você me repeliu, mas nós estamos bem. Tenho ganhado os beijos com os quase sempre sonhei. Quer me contar o que houve contigo? Você ficou calado de repente.
- Besteira minha.
- Ok. Mas, seu eu puder te ajudar, conte comigo.
- Sempre, Scully.
Acabaram de tomar sorvete e Mulder resolveu lavar a louça.
- Vou ver as meninas, Mulder. – Scully viu o marido na pia.
- Quando desci, elas pediram para colocar aqueles hamsters estranhos.
- Meu Deus! Aquela musiquinha gruda na nossa mente. – Dana riu.
- Nossas filhas são uma graça. – Mulder falou – Eu sinto falta do nosso menino.
- Ah, amor. – Scully abraçou-o e beijou-lhe o ombro – Somos felizes. Vou colocar as meninas na cama.
- Vai lá. Vou fechar a casa e já subo.
- Vou te fazer um chá e te dar um comprimido antes de dormir.
- Tudo bem.
Dana pôs água para ferver e separou o remédio enquanto Mulder fechava a casa. Ele foi ao quintal, quando viu Gibson na interligação entre as casas.
- Hei, Mulder.
- Oi, Gibson.
- A noite está linda e estrelada.
- É mesmo.
- Eu estava te esperando.
- Diga. – Mulder aproximou-se dele.
- Cuidado é pouco, Mulder.
- Eu sei. Mas não tenho mais o que temer.
- Proteja a Scully e as meninas o máximo que puder, certo?
- Certo. Boa noite, Gibson.
- Boa noite, Mulder.
Mulder entrou em casa e Scully falou:
- Conversando com o Gibson?
- Estava, Dana.
- Seu chá. – ela o serviu.
- Toma comigo?
- Eu fico aqui do seu lado.
O casal sentou lado a lado à mesa da cozinha. Scully acariciava as costas de Mulder em silêncio. Ficaram assim por algum tempo.
- Que coincidência aquele garotinho vir justamente para cá, não acha, Mulder? – Scully quebrou o silêncio.
- Destino, meu amor.
- Pode ser. Mulder, não fica triste comigo, mas vou subir para ver as meninas. Está tudo muito quieto. Ou dormiram ou estão aprontando alguma. – Scully beijou a bochecha de Mulder e saiu da cozinha.
Mulder terminou o chá, lavou a xícara e apagou as luzes. Subiu as escadas devagar. Entrou em seu quarto e encontrou Scully penteando os cabelos.
- Oi, meu amor. – ela o olhou pelo espelho.
- Vou escovar os dentes e já volto.
Após a higiene pessoal, Mulder voltou ao quarto e sentou na cama. Logo, Dana juntou-se à ele.
- Mulder, você melhorou?
- Estou bem.
- Você me preocupa, Mulder.
- Entendo você.
- Desde que você ficou doente e não me contou… Tenho medo. Promete se caso algo acontecer, você me conta?
- Prometo.
- Promete mesmo? – Scully acariciou o braço de Mulder.
- Prometo, Scully.
- Eu te amo.
- Eu também te amo.
- Quer um comprimido? – Scully ofereceu.
- Quero, Dana. Ainda estou com dor.
A esposa dedicada pegou um comprimido para dor e deu à ele junto com um copo d’água.
- Tome, Mulder.
- Obrigado.
- Deite-se. Estarei aqui. Se não se sentir bem, você me chama?
- Eu não dei beijinho de boa noite nas meninas. – Mulder falou sentido.
- Mas passou no quartinho delas antes de vir para o quarto, né?
- Sim. Eu as olhei.
- Então, está ótimo, meu amor. Deite-se. – ela abriu os braços e o marido aninhou-se entre os seios da esposa – Eu te protejo.
- Obrigado, meu amor.
O casal dormiu abraçado.
XxX
Algum tempo se passou. Os trabalhos da Universidade voltaram ao normal. Doggett e Reyes voltaram à Washington, sem ter um segundo encontro com Mulder e Scully.
Ariadne já havia se adaptado à escola e Samantha adorava o berçário e seus coleguinhas. Kathy e Will continuavam dando aulas e trabalhando em seus respectivos laboratórios.
Helga e William haviam se adaptado bem à nova situação e rotina. Adoravam morar juntos. William, às vezes, passava os finais de semana com Will e Kathy.
Certo dia, Helga recebeu um telefonema de sua família.

Continua…

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