05/08/2019

Fanfic "Arquivo X": Meu Ano Novo, Capítulo 3


Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Millenium. Ponto de vista de Mulder.
Classificação: 18 anos
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3º Capítulo

Acordei às nove da manhã. Levantei, fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e fui para a sala. Scully estava abraçada ao travesseiro e dormia tranquilamente.
Eu sorri e fui a cozinha. Fiz café e voltei à sala. Peguei minha tipoia. Foi então que vi dois olhinhos azuis sonolentos me olhando.
- Bom dia, Scully. – eu disse chegando perto do sofá e sentei-me na mesinha de centro.
- Que horas são?
- Nove e qualquer coisa.
- Oi, Mulder. – ela passou a mão pelo rosto.
- Quer café?
- Sim.
Eu fui à cozinha e voltei com uma xícara de café para ela.
Tomamos café juntos, arrumamo-nos e fomos para a casa de Margareth Scully.
- Fox, Dana, que bom vê-los! Feliz Ano Novo! – Maggie nos abraçou efusivamente.
- Feliz Ano Novo, mamãe. – Dana beijou a mãe.
- Vamos entrar, queridos. Fox, e o seu braço? Está melhor?
- Dói bem menos, Sra. Scully. – respondi enquanto adentrávamos a casa.
Maggie não deixou Scully ajudá-la, pois ela deveria cuidar de mim. Logo, Bill e a família dele chegaram. As piadinhas e insultos dele já não me atingiam, porque a dor havia voltado com tudo.
- Hei, Mulder. – Scully veio em minha defesa quando Bill fez uma gracinha sobre o meu silêncio – Você está bem? – ela sentou a meu lado no braço do sofá.
- Sim, estou bem. Estava ouvindo seu irmão falar.
- Vem comigo. Está na hora de seu remédio.
Fomos para a cozinha e ela me perguntou:
- Quer ir embora? Sei que o Bill está chato.
- Não estou nem ouvindo o que ele diz, meu braço voltou a doer.
- Eu sei. O almoço deve sair por volta da uma hora. Vamos lá fora? Assim, você distrai. Não posso te medicar antes de comer algo.
- Não sei se é uma boa. Está frio e eu estou com dor. Não vi mais sua mãe.
- Está babando no neto. Logo, ela vai voltar e ficar de olho no Bill.
- Quero uma taça de champanhe, Scully.
- Eu também. – ela sorriu e eu também sorri – Vamos para meu quarto?
- Vamos.
Subimos e fomos para o antigo quarto dela. Encostei na porta fechada e começamos a nos beijar vorazmente. Quando nos separamos, ofegantes, nós resolvemos deixar a porta entreaberta e fomos sentar na cama.
- Posso me acostumar a te beijar todo dia, Scully.
- Mulder, preciso te confessar uma coisa. – ela me olhou de cima a baixo.
- Não vá dizer que calça jeans preta não combina com camisa azul. – eu brinquei.
- Mulder, eu também estou de azul e preto. Parece que combinamos. – ela riu – Preciso dizer uma coisa a você. – Dana começou a sussurrar – Você beija muito bem.
- E você também. – devolvi no mesmo tom.
- Venha, Mulder. – ela se sentou na cabeceira da cama, ajeitou um travesseiro no colo e outro do lado – Deite aqui, Mulder. Coloque seu braço aqui.
Eu a obedeci. Ela ficou acariciando meus cabelos e contando coisas sobre a infância dela.
Maggie apareceu na porta.
- Interrompo?
- Não, mamãe. – Scully disse sorrindo – Entre.
- Eu só vim avisar que os amigos da família chegaram. Quer ir vê-los?
- Agora, não. – Dana riu – Deixe o Bill achar alguém para conversar.
- O Bill estava te importunando, Fox? – Maggie perguntou de forma materna.
- Não, senhora. Ele estava falando e eu ouvindo.
- Sei, filho. Eu conheço o Bill desde de antes dele nascer. O almoço atrasou um pouco, mas já vou servir.
- Tudo bem. Já vamos descer. – eu respondi e Margareth saiu.
- Está tão íntimo, Mulder.
- Estou com você, Scully.
- Quer mesmo descer, Mulder?
- Quero você. – eu falei acariciando a perna dela.
- Mulder, cuidado! Alguém pode ouvir.
- Tudo bem. Você quer descer?
- Eu não quero. Quero esperar um pouco. A casa deve estar cheia e eu não estou preparada para todos ficarem me olhando. Desde que perdi a Emily e do câncer, as pessoas ficam me olhando diferente. Outra, não quero que as mulheres fiquem babando por você.
- Scully, você já está com ciúmes de mim?
- Sempre tive, Mulder.
- Quer ir para casa?
- Por quê a pergunta, Mulder?
- É que você está tensa…
- Só de pensar nas pessoas que estão lá embaixo, fico tensa mesmo. Deve ter uma dúzia de ex-namorados meus.
- Agora, sou eu quem está com ciúmes, Scully.
- Tudo bem, Mulder. Só há um homem que eu amo. Só há um homem que é o homem da minha vida. Esse homem está no meu colo.
- Dana, eu também te amo.
- Ah, Mulder, como eu queria que tudo fosse diferente.
- Ainda pode ser, Scully. – eu sentei na cama e olhei para ela – Eu prometo que será. Seremos felizes.
- Somos felizes. – ela sorriu – Falou com sua mãe?
- Eu falei com ela há um mês.
- Mulder, eu sei que não deveria me meter, mas…
- Ouça-me, nossa relação é difícil desde o desaparecimento da Samantha.
- E seus pesadelos?
- Essa noite, eu dormi bem. O remédio me relaxou, mas tem noites…
- Se eu puder te ajudar…
- Eu sei, Scully. E você ainda sonha com a Emily?
- Às vezes.
- E suas lembranças do rapto?
- Já foram sonhos mais frequentes.
- Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. Scully, acha que devia ver minha mãe?
- Ela está sozinha hoje?
- Este ano, ela está recebendo amigos da Inglaterra, a família da Phoebe.
- Entendi.
- Dana. – Bill Scully bateu na porta – Mamãe está chamando para almoçar.
- Obrigada, Bill. – ela virou para mim e disse – Nós já vamos.
Respiramos fundo e descemos. Passamos quase despercebidos pela multidão. A apetitosa mesa chamou a atenção de todos.
Após o almoço, algumas pessoas vieram falar conosco e Scully resolveu que seria melhor irmos para a varanda, mas não conseguimos ficar lá. Estava nevando. Maggie aproximou-se de nós e disse:
- Estão deslocados, não é?
- Não, mamãe. – Dana tentou amenizar a situação.
- Sra. Scully, eu estou monopolizando sua filha. Não estou bem. – eu falei envergonhado.
- Tudo bem, Fox. – Maggie falou pegando-me pelo braço bom – Quer que eu apresente algumas pessoas para você?
- Não, obrigado. Vou embora logo. – respondi agradecido.
- Não, senhor. – Scully falou meio brava comigo – Eu te levo quando quiser ir. Você ainda precisa tomar o remédio e não vai sair com essa neve.
- Scully, não quero…
- Vamos para a cozinha. – ela me interrompeu.
Nós três fomos para a cozinha. Tomei meu remédio e Maggie sugeriu:
- Por quê não leva o Fox para cima, Dana?
- Vamos voltar para meu quarto, mamãe. Depois do remédio, é bom fazer essa criança grande dormir. – Dana, aproveitando que eu estava sentando, beijou minha testa.
- Oh, esse meninão. – Maggie brincou com meu cabelo e viu Scully ir buscar algo no cômodo ao lado – Cuide dela. A Dana nunca deixou as festas aqui de casa por ninguém.
- Eu que a privo.
- Não é assim, querido. Só peço que cuide dela o melhor que puder. Promete?
- Prometo, Maggie.
- O que você promete, Mulder? – Scully entrou na cozinha novamente.

Continua…

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