20/10/2018

Círio de Nazaré 2018 - Terceira Parte

11 de outubro - Primeiro dia

Iniciei o dia com um reconhecimento do entorno do hotel.

Logo em seguida, Luizete, uma Guia de Turismo muito legal me pegou no hotel e seguimos para pegar os demais passageiros.

O City Tour iniciou no Santuário Basílica de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro. Visitamos Nazinha e aprendemos um pouco sobre o local. Igreja com uma mistura de estilos, grandiosa.

O segundo ponto a ser visitado foi a Estação das Docas, que é formado por três galpões de ferro inglês, século XIX, com opções de gastronomia, cultura e é local de saída de passeios de barco magníficos. Tem apresentações musicais em um palco móvel que é fantástico.

Em seguida, caminhamos até o Mercado Ver-o-Peso. Na verdade, é um complexo formado pela feira, Mercado de Carne e Mercado de Peixe. É a maior feira livre da América Latina. As barracas são cobertas por lonas e, desde 1625, está em funcionamento às margens da Baía do Guarajá. Era um entreposto fiscal, aonde os portugueses tinham a alfândega e controlavam os tributos da Região Amazônica. Era necessário que os produtos passassem pela "Casa do Haver o Peso". Lá era conferido o peso e a era feita a cobrança dos impostos. Abriga os sabores e os aromas do Pará. Destaque para as bancas de castanha do Pará, doces, temperos, artesanato (principalmente com miriti e sementes) e as tradicionais ervas medicinais.

As erveiras são um show a parte. Visitamos Dona Coló e Dona Cheirozinha. Elas tem a cura para tudo. E cura natural! Para males do corpo, da alma e do coração. Que as grandes empresas de medicamentos não nos ouçam!

Há também a parte gastronômica, onde pode-se experimentar o famoso peixe frito com açaí. O açaí é um dos destaques que tenho que fazer. Aqui no Sudeste, é consumido com frutas, leite condensado, xarope de guaraná, confeitos, etc, etc, etc. Lá no Pará (e na Região Norte) é consumido da forma correta: com farinha e proteína. Não diga que quer com banana que o povo te coloca no tronco!

Em seguida, fomos ao Complexo Turístico Feliz Lusitânia, que é formado pelos seguintes pontos turísticos:

- Catedral Metropolitana de Belém - Estilo barroco na fachada e neoclássico no interior. Linda!!! É lá que vende a pulseira que representa a corda do Círio e um perfume maravilhoso.

- Rua do Norte - Primeira rua de Belém. Hoje, chama-se Rua Siqueira Mendes. Ao lado do Forte do Presépio, liga a Feira do Açaí à Praça Frei Caetano Brandão.

- Forte do Presépio - Construído por Castelo Branco, em 1616, deu origem a cidade de Belém. Tinha o objetivo de proteger a Amazônia dos invasores holandeses e franceses. Abriga um acervo de peças de cerâmica marajoara e tapajônica. Guarda intacto os canhões originais. Tem esse nome por ter sido ocupado próximo ao Natal.

- Palacete das Onze Janelas - Erguido no século XVIII, por Domingos da Costa Barcelar, senhor de engenho. Em 1768, foi instalado um hospital militar pelo Governo do Grão-Pará. Teve sob o domínio dos militares até 2001, quando o Governo do Estado do Pará comprou a casa para ser um espaço de cultura.

- Igreja de Santo Alexandre - Exemplar de arquitetura jesuítica. Foi construída por volta de 1698 e inaugurada em 1719. O antigo Colégio de Santo Alexandre e Palácio Episcopal abriga o Museu de Arte Sacra, porém está fechado para restauração.

Para finalizar o passeio, visitamos o Espaço São José Liberto, que abriga o Museu das Gemas do Pará, o Pólo Joalheiro e a Casa do Artesão. O espaço também é muito utilizado para eventos. O prédio data do século XVIII, pelos frades capuchos de Nossa Senhora da Piedade para ser o convento de São José. Anos depois foi utilizado como Presídio São José. Depois da desativação do presídio, foi restaurado e recebeu um tratamento energético para abrigar o novo espaço cultural da cidade. Passou ser chamado São José Liberto. Cada cela virou uma joalheria. São belas joias com pedras preciosas ou biojoias. O jardim é um espetáculo a parte: tem uma fonte com quartzo gigantesco!

A Lu nos levou para finalizar o passeio mostrando mais pontos lindos pela cidade, incluindo o Theatro da Paz, que tem uma história maravilhosa. Foi fundado durante o período áureo do Ciclo da Borracha (que marcou a história do Pará). Foi inspirado no Teatro Scalla de Milão, Itália. Foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia e com características grandiosas: acústica perfeita, lustre de cristal, piso em mosaico de madeiras nobres, afrescos na parede e teto, obras de arte, gradis e elementos decorativos com revestimento com folhas de ouro. Possui elementos decorativos também em ferro inglês, mármore italiano, lustres franceses. No início do século XX, as colunas da parte da fachada foi um dos pontos mais significativos da restauração. Havia uma polêmica quanto a norma do neoclássico italiano: a regra diz que de ver colunas em número par e entrada, ímpar. Mas, quando da inauguração, por tradição maçônica, a regra foi invertida. Na reforma em 1905, foi retirada um coluna e uma entrada. Ficou um pouco estranho, mas lá está aberto para visitação. Não entramos dessa vez, mas fica para a próxima visita.

Vimos também muitas mangueiras pela cidade e aprendemos muitas curiosidades.

Chegando de novo ao meu hotel, o passeio da manhã terminou.

Preciso partilhar uma coisa: a Lu é um Guia de Turismo excepcional e recomendo muito o trabalho dela. Na loja Lírio Mimoso, ao lado do Santuário Basílica de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, eu vi lindos cadernos e agendas. Comentei que adoro livros e papelaria. Conversamos sobre isso e descobri que a Lu tem uma menina que também escreve fanfics! Minha operadora de celular resolveu ligar no meio do passeio (sim, eu tinha esquecido de desligar o telefone) e tocou o tema de "Arquivo X". No carro, um celular começou a tocar o tema icônico. Olhei na minha bolsa e vi que já havia desligado o meu. Perguntei de quem era o celular. E a Lu falou que ama "Arquivo X". Guia de Turismo, devidamente credenciada, fã de "Arquivo X" = serviço de primeira! Super recomendo!

Depois de um almoço e um descanso merecido, voltei à Estação das Docas para o Passeio "Orla ao Entardecer". A bordo do barco "" vemos a cidade a partir do rio. E durante a visita, acompanhada por Guia de Turismo (também com Cadastur), temos apresentações culturais que mostram as manifestações do Pará, principalmente, a história do Carimbó (dança folclórica típica).

Após o passeio, fui experimentar um dos pratos típicos: Arroz Paraense. Leva arroz branco, camarão, jambu e tucupi. Muito bom! Vale experimentar.

E com uma boa noite de descanso terminei o dia!

Serviço:

Valeverde Turismo
Site: valeverdeturismo.com.br

Em breve o contato da Luizete.

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