28/02/2019

Uma nova mudança

Há pouco mais de um ano, relatei a mudança do escritório onde eu trabalho. Veja a publicação: https://mundoparticularrosa.blogspot.com/2018/02/partindo-para-uma-nova-aventura-em-nova.html

Bom, estamos de mudança novamente. Porém, agora, para um bom lugar: na área central da cidade de São Paulo.

Ainda estou trabalhando lá. Ainda. Não sabemos o que acontecerá conosco.

Bom, eu não sei o que acontecerá comigo, visto que, com as mudanças e novas exigências, percebi que sou uma profissional obsoleta para atender aos anseios do novo chefe e às necessidades que o mercado apresenta nos dias de hoje.

Por ser uma profissional medíocre e uma péssima pessoa, sou ignorada pela equipe inteira (com exceção de uma estagiária, uma funcionária efetiva e um colega que é muito bom, além do chefe - que não pode ignorar uma subordinada) e, no layout do novo local de trabalho, ninguém quer sentar a meu lado. Eu já falei à eles que não os importunarei, que tenho uma doença incurável, mas não contagiosa, posso conviver com eles profissionalmente. Mas, não deu certo.

O engraçado é que fiz amizade com pessoas de outros setores e outras secretarias. Essas pessoas gostam de mim. Talvez, seja porque não trabalham comigo, mas o que importa é que gostam de mim. E sentirei falta delas.

Estou cada vez mais sozinha na organização. Sou discriminada diariamente, dentro do ambiente de trabalho, por ser obesa e morar na Zona Leste. 

Agora, nesta mudança, diversas pessoas alegam que não vão carregar suas caixas e eu, que não posso fazer esforço algum, terei que carregá-las. Vou fazer, mesmo doente, e, se eu morrer, ninguém sentirá minha falta.

Sabe que isso é um consolo? Não farei falta para ninguém. Ninguém sofrerá por mim. Ninguém chorará por mim. Isso me consola.

Já não tenho participado das confraternizações. Quando participo, como ninguém vê que contribui com algo, sou excluída por não ter trazido nada e sempre alguém se sente compelido a me autorizar a comer. Isso é muita crueldade! Antigamente, quando éramos uma equipe, tínhamos altas festas. Comia quem contribuía, comia quem não trazia nada, comia mais gente e sempre sobrava. Hoje, só participar quem trouxe algo e todos foram testemunhas.

Já não me encaixo mais nesse mundo!

P.S.: Essa história pode ser real ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário