10/12/2014

Fanfic Arquivo X: Enganado Novamente

Título: Enganado novamente
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Scully está doente. Samantha Mulder voltou. O que Mulder irá fazer? Será que tudo sobre sua irmã será revelado ou ele será enganado novamente?
Data de início: 09/08/2008
Data de término: 11/09/2008
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Fox Mulder estacionou em frente à casa de Margareth Scully.
- Oi, Fox.
- Sra. Scully, vim ver a Dana.
- Entre, filho.
- Obrigado.
- Ela está no antigo quarto dela. Eu já subo.
Mulder subiu as escadas e foi visitar a parceira Dana Scully, que havia contraído uma pneumonia após o último caso desvendado por eles.
- Scully. – Mulder abriu a porta e entrou.
- Oi. – ela falou baixinho.
- Vim ver como você está, garota. – ele sentou na cama ao lado dela. Colocou a mão na testa dela – Você está com febre.
- Sim, Fox. – Maggie entrou no quarto – Preciso preparar um banho para baixar a temperatura. – ela deu à filha um comprimido e um copo de água – Tome esse antitérmico.
Scully tomou o comprimido e deitou novamente.
- Mulder, o que... – Scully não conseguiu terminar a frase, pois teve uma crise forte de tosse.
Mulder ajudou-a a sentar e segurou-a com força.
- Calma. Respira, Scully. – ele falou baixinho.
Aos poucos, a tosse acalmou e ela disse:
- Meu peito dói.
- Eu sei. Olha, vá baixar essa temperatura que depois conversamos.
Mulder esperou a Sra. Scully descer.
- Fox, Dana quer te ver. Aconteceu alguma coisa?
- Sim. Tudo ao mesmo tempo. Minha irmã apareceu.
- Apareceu?
- Sim. E eu me responsabilizei por ela. Precisava falar com a Dana para que ela me norteie.
- Eu te entendo, filho. Suba, filho. Fique à vontade.
- Obrigado.
Mulder foi ao quarto de Scully.
- Melhor?
- Sim.
- Posso te contar...
- Vem. – Scully bateu na cama e viu Mulder sentar-se a seu lado – Samantha?
- Sim. Ela reapareceu. Parece com os clones. Eu me responsabilizei por ela. Fiz certo?
- O que diz seu coração? – Scully sussurrou.
- Que pode ser.
- Vamos esperar?
- Sim. Descanse, lindinha. – Mulder beijou-lhe a testa – Qualquer coisa, é só chamar, tudo bem? Tchau.
Duas semanas se passaram.
Mulder havia abrigado a moça, que supostamente era sua irmã, em seu apartamento. Scully continuava afastada do trabalho. Ele deitou no sofá e ouviu batidas na porta.
- Fox? - Maggie chamou.
- Oi, Sra. Scully. – ele abriu e viu mãe e filha – Entrem.
- Oi, filho. – Maggie abraçou-o e entrou.
- Oi, Mulder. – Scully entrou e foi abraçada pelo parceiro – Hei, garoto.
- Você não deveria estar passeando. – Mulder fechou a porta – Vamos sentar.
Os três sentaram-se na sala e a Sra. Scully falou:
- Não consegui falar com você, filho. Preciso que tome conta da Dana para mim.
- Claro, Sra. Scully. – Mulder olhou a parceira – Você fica aqui essa noite, Dana.
- Tudo bem, Mulder. – ela tirou o casaco e enrolou-se num xale.
- Filha, está entregue. – Maggie beijou a filha e entregou à Mulder uma mala – Cuide dela.
- Sim, senhora.
- Confio em você, querido. – Margareth abraçou-o.
Mulder viu a mãe de Scully ir embora.
- Mulder, eu infernizei minha mãe para vir te ver.
- Você está bem? – Mulder sentou-se ao lado dela – Está desagasalhada.
- Estou com um xale bem quente.
- Você está melhor?
- Estou bem.
- Acho que a Samantha está com febre.
- E eu, Mulder?
- Scully, estou tão confuso. – ele colocou a mão na testa dela – Você está quentinha. Deixe-me aferir sua temperatura.
- Depois, Mulder. Eu não quero que você se machuque com a presença dessa mulher.
- Tudo bem. – Mulder pegou na escrivaninha um termômetro e aferiu a temperatura da parceria – Está em estado febril.
- Mulder, você está se arriscando.
- Eu sei, mas confio nela.
- Tudo bem, Mulder. – Scully levantou-se – Minha missão aqui terminou.
- Você não vai sair daqui. – Mulder pegou-a pelo braço – Vai passar a noite aqui.
- Tudo bem.
- Eu preciso de você aqui, Scully.
- Tudo bem. Eu ficarei, Mulder.
- Vou arrumar o sofá para você. Importa-se?
- Não. Vou me trocar.
Algum tempo depois, Scully voltava à sala.
- Mulder, onde vai dormir?
- Vou cuidar de vocês.
- Você precisa dormir, Mulder.
- Quer comer alguma coisa?
- Você me acompanha?
- Sim, se isso for uma condição para comer.
- Qual o cardápio?
- O que quiser. Tem macarrão pronto.
- Ótimo.
Os dois jantaram na sala em silêncio.
- Scully, tenho tanto para te contar.
- Mulder, a Samantha tem prescrição médica?
- Sim, mas a maioria são medicamentos psicotrópicos.
- Ela está sendo dopada, Mulder.
- Sim. Sinto-me tão mal por isso.
- Eu entendo. Você precisa descansar um pouco.
- Divide o sofá comigo?
- Claro, Mulder.
- Eu já volto.
Mulder trocou de roupa e fez sua higiene noturna. Voltou para sala e ajeitou-se no sofá, junto com a parceira.
- Pronto, garotão, estou aqui.
- Obrigado.
- Eu que te agradeço.
Scully acordou na madrugada e viu uma moça observando-os.
- Oi. – Dana saudou-a – Presumo que seja a Samantha.
- Sim. E você? É a namorada do Fox?
- Não. Trabalhamos juntos e somos os melhores amigos. Meu nome é Dana Scully.
- Ah! A Scully do meu irmão. Ele falou muito sobre você e disse que cuidaria de mim.
- Eu sou médica e, se você quiser, posso cuidar de você.
- Obrigada.
- Quer conversar? – Scully sentou com cuidado no sofá.
- Tudo bem.
- Vamos lá para o quarto. Você me permite te examinar?
- Sim.
As duas mulheres foram para o quarto. Scully examinou a moça e não detectou nada.
- Você está bem, Samantha, mas vou marcar uns exames mais profundos, tudo bem?
- Obrigada. Posso te chamar de Dana?
- Pode.
- Pode me chamar de Sam.
- Tudo bem, Sam.
- Scully? – Mulder chamou sonolento e as duas mulheres foram para a sala.
- Estou aqui, Mulder. – Scully acariciou-lhe a cabeça – Eu e a Samantha.
- Sam, você acordou. – Mulder abriu os olhos.
- Oi, Fox. – Samantha sorriu.
Mulder sentou no sofá e sorriu para as mulheres.
- Acho que não será necessário fazer as apresentações.
- Não, Mulder. – Scully sorriu.
- Eu já conheci a Dana. – Sam respondeu.
- Você está bem, Sam? – Mulder disse preocupado.
- Estou melhor, Fox. – Samantha sentou na poltrona em frente aos agentes – A Dana examinou-me.
- Ela está bem, Mulder. – Scully falou séria – Mas, vou pedir alguns exames.
- Eu te agradeço muito, Scully. – Mulder olhou-a carinhoso.
- Somos amigos, Mulder. – Scully bocejou.
- Vá descansar. Aliás, vocês duas. – Mulder levantou do sofá e ajudou Dana a se ajeitar – Sam, já para a cama.
- Durma bem, Dana. – Sam sorriu.
- Você também, Samantha. – Dana fechou os olhos.
Amanheceu. Mulder arrumou a mesa de centro da sala para o café da manhã.
- Mulder? – Scully chamou em sono.
- Estou aqui, Scully. – Mulder sentou na ponta do sofá – Acorde.
- Mulder. – Scully chamou novamente.
- Acorde. Estou aqui, Scully. – Mulder colocou a mão na testa de La – Você está com febre de novo.
- Não me deixe.
- Vamos. Acorde, Scully. Estou aqui.
Scully acordou assustada e chorando. Mulder abraçou-a carinhoso e falou:
- Acabou. Você acordou e está com febre. Foi só um pesadelo.
- Obrigada.
- Não me agradeça. Deixe-me cuidar de você. Está na hora de seu remédio.
Mulder foi buscas a medicação e voltou rapidamente.
- Tome. – ele deu a ela os comprimidos com água – Agora, vamos tomar café. Vou chamar a Samantha.
- Mulder, pega o termômetro, por favor.
- Eu vou aferir sua temperatura, Scully – ele aferiu a temperatura dela e falou: - Já volto. – foi até o quarto, mas não encontrou Samantha. Voltou à sala e disse: - A Samantha sumiu.
- O quê? – Scully olhou-o descrente.
- Ela não está no quarto. As roupas dela também sumiram. – Mulder estava frustrado – Você tinha razão.
- Mulder, pega o meu antitérmico, por favor.
- Você vai tomar e deitar um pouco, ok? – Mulder deu o remédio a ela.
- Tudo bem. – ela tomou o comprimido – Não vai tomar café comigo?
- Estou sem fome.
- Mulder, ela vai voltar.
- Nem você acredita nisso.
- Vem aqui. – Scully abraçou-o e deu-lhe uma bolacha salgada na boca – Alimente-se.
- Você é uma mãezona, Scully.
- E você, um bebezão.
- E a Samantha?
- Nós vamos encontrá-la.
Uma semana se passou. Scully estava de volta ao trabalho.
- Mulder, há quanto tempo você não dorme?
- Ainda estou inconformado com você voltando a trabalhar tão cedo.
- Mulder, eu estou bem. Estava doente de ficar em casa. Alguma notícia da Samantha?
- Não. Ela levou tudo: roupas, sapatos e as memórias que me trouxe.
- Ela trouxe fotos?
- Sim. Algumas que eu não tinha.
- Mulder, vamos, reaja. Eu estou aqui para te ajudar.
- Eu rastreei-a, mas nada consegui.
- Eu tenho novidades.
- Quais?
- A Samantha deu entrada no hospital ontem à noite, com um quadro de hipotermia. Foi encontrada a 500 metros de seu apartamento.
- E... E o que estamos fazendo aqui?
- Eu tentei vê-la, mas...
- Eu quero vê-la, Scully.
- Tem dois caras do Sindicato na porta do quarto dela, Mulder.
- O que será dela sozinha?
- Mulder, eu li a evolução médica dela, mas só consegui essa informação.
- Vou tentar vê-la. Você vem comigo. – Mulder levantou-se da cadeira, pegou o paletó e saiu do escritório.
Scully seguiu o parceiro e juntou-se a ele em frente ao elevador.
Em pouco tempo, chegavam ao hospital. Mulder entrou apressado e não conseguiu ver Samantha.
- Mulder, calma. Eu vou conseguir vê-la. Pedi à Skinner que intercedesse por nós.
- Ela é minha irmã.
- Por isso que pedi ajuda. Ele entrará com um pedido de DNA.
- Scully, eu quero vê-la, nem que seja pelo vidro.
- Vou falar com o médico. E você, vem comigo. Não quero que tente vê-la a qualquer custo.
O médico permitiu que Mulder visse a moça após Skinner ter chegado com o pedido de DNA.
Mulder olhava Samantha pelo vidro. Há algumas semanas, ele estava nessa mesma situação, mas sem dois capangas observando-o.
- Vem, Mulder. – Scully colocou a mão no ombro dele – Seu tempo acabou.
- Você... – Mulder começou, mas olhou a parceira e parou.
- Eu te levo sim. – Scully acompanhou-o até o carro – Dê as chaves. – pegou as chaves e entrou no carro. Algum tempo depois, falou: – Mulder, eu colhi o exame de DNA. Agora, só falta o seu material. Não quis falar nada antes por causa daqueles caras.
- Tudo bem.
- Você está bem?
- Sim.
- Está pálido. Vamos para casa. Você toma um banho e descansa. Skinner nos deu o caso da Samantha.
- Foi reaberto?
- Sim, Mulder. Se ela for sua irmã, poderá cuidar dela e...
- Scully, ela é minha irmã.
- Bom, o caso é nosso. Começamos assim que chegarmos em casa.
- Dana, você pode me fazer um favor?
- Posso.
- Não deixa sozinho hoje.
- Não deixarei. Vou te levar para meu apartamento e lá conversamos.
Quando chegaram ao apartamento de Scully, os agentes iniciaram a busca por documentos que mostrassem a ligação de Samantha ao Sindicato.
- Mulder, você não quer tomar um banho e deitar?
- Não.
- Fox William Mulder, obedeça-me, por favor. – Scully falou suave – É hora de fazermos um intervalo.
- Tudo bem.
- Eu já separei uma roupa para você. Tome um banho.
- Tudo bem. – Mulder levantou da cadeira e foi para o quarto de Scully.
Algum tempo depois, ele voltou vestindo calça jeans, camiseta e chinelos.
- Está melhor?
- Sim. – Mulder abraçou-a – E você?
- Estou bem.
- O que descobriu? – Mulder separou-s dela.
- Que já está na hora do jantar. Fiz uma lasanha vegetariana para nós.
- Tudo bem.
- Pára com isso de tudo bem. Quer mesmo saber? A Samantha tem vários implantes pelo corpo. Acabei de receber os registros médicos por e-mail.
- Eu estou tão machucado, Scully.
- Eu te entendo. Vem comer alguma coisa.
Os agentes jantaram em silêncio. Quando terminaram, Mulder resolveu lavar a louça.
- Mulder, vai deitar um pouco.
- Vou. Empresta seu sofá?
- Não. Empresto minha cama.
- Eu insisto.
- E você?
- Eu me acerto. Vem, que eu te ponho na cama.
Mulder seguiu-a e observou-a arrumar a cama para ele.
- Vou escovar os dentes e já volto, Scully.
- Isso.
Assim que Mulder dormiu, Scully voltou para a sala. Começou a reler os relatórios médicos de Samantha. Fez várias anotações e descobertas. Separava tudo para mostrar à Mulder.
Leu noite adentro, até que ouviu Mulder virar-se repetidamente na cama. Foi para o quarto e viu o parceiro num sono agitado.
- Mulder? – ela chamou baixinho – Mulder, acorde, vamos.
Ele mexeu-se tentando acordar.
- Mulder, acorde. – Scully aconchegou o parceiro em seu colo – Acorde.
Aos poucos, Mulder acordou nervoso.
- Pronto, Mulder. Está tudo bem. Foi só um pesadelo.
- Scully, obrigado por me tirar de lá.
- Onde você estava?
- Num lugar escuro e a Samantha estava morta.
- Nós vamos descobrir o que aconteceu com ela.
- Você chegava e tirava-me daquele lugar.
- Pronto. Você está a salvo. Está na minha casa e eu estou com você.
- Obrigado.
- Quer um pouco de chá? Seu coração está muito acelerado.
- Eu aceito.
- Vamos para sala.
- Scully, obrigado por tudo.
- Vem. Descobri algumas coisas que você vai querer ver.
Os agentes foram para sala e tomaram chá.
- Mulder, a Samantha tem o seu quadro típico de abdução.
- É a minha Dana Scully que está falando?
- Não sei se é a sua, mas eu li e reli os relatórios médicos da Samantha.
- Vários implantes, como você relatou.
- Sim. Um como o meu. Outros, no nariz e abdômen. Há registro de perda de memória. Houve internações em clínicas psiquiátricas e fugiu de algumas.
- Fugiu? Não é o que li aqui. – Mulder apontou uma página.
- Ela pode ter tido ajuda para fugir.
- Como alguém foge de uma clínica sem deixar rastros ou arrombamentos?
- Mulder, ainda acho que ela pode ter tido ajuda...
- Nós vamos descobrir.
- Scully, eu preciso saber de uma coisa. A Samantha sofreu muito?
- Sim, sofreu. Era o que sonhou, não?
- Sim.
- E eu ia te salvar?
- Sim. A Sam já estava morta e você chegava para me acalentar.
- Mulder, eu vu tentar examiná-la mais tarde, mas não posso te levar comigo. O alvo do Sindicato é você.
- Não posso deixar você...
- Eu quero te preservar.
- Scully, eu sei disso, mas não posso expor você a essa situação. Eles podem me atingir através de você. Ou vamos juntos ou nada feito.
- Tudo bem, Mulder. Nós vamos juntos, mas não tente nada, por favor.
- Scully, acho que você tem que descansar.
- Eu vou. O chá relaxou-me.
- Vá deitar na cama.
- E você?
- Quero ler suas anotações mais uma vez.
- Tudo bem. Vou deitar, mas você tem que me prometer uma coisa.
- O quê?
- Você vai parar de se culpar?
- Depende do que eu descobrir.
O dia amanheceu. Scully acordou e encontrou Mulder dormindo no chão da sala.
- Mulder, acorde. – Scully chamou-o – Vamos lá.
- Oi.
- Você dormiu.
- É. – Mulder sentou.
- Vá trocar de roupa e vamos ver a Samantha.
- Tudo bem.
Em algumas horas, Scully examinava Samantha.
- O que acha? – Mulder entrou no quarto.
- Como entrou?
- Os caras saíram do posto deles.
- Não quero nem saber como.
- Como ela está?
- Dopada, mas o pior não é isso. Ela está grávida, mas o feto parece ter má formação.
- E o que podemos fazer por ela?
- Vou conversar com o médico dela.
- Samantha? – Mulder pegou na mão da moça – Sou eu, Fox. A Dana vai cuidar de você.
- Dra Scully? – o Dr. Sanchez entrou no quarto.
- Obrigada por vir, Dr. Sanchez. Este é Fox Mulder. – Scully apresentou.
- Samantha já teve material colhido para o DNA. Gostaria que a Sra. terminasse o que começou – Dr. Sanchez falou – Sr Mulder, aceita que a Dra Scully realize o teste?
- Sim, Dr. – Mulder falou sério.
- Bom, a sala está disponível. Eu os acompanho até lá. – Dr. Sanchez saiu juntamente com Mulder e Scully do quarto.
- Mulder, eu quero que você relaxe. Vou colher seu exame. – Scully disse ao se verem sozinhos na sala.
- Está bem, Scully. – Mulder sentou na cadeira.
- Se você relaxar, eu serei rápida, certo?
- Confio minha vida a você.
Após o exame, os agentes voltaram ao FBI.
- Scully, quando ela acordará?
- Mulder, é difícil dizer, mas ela perdeu o bebê. O médico disse quando saímos do hospital. Bom, vamos fazer o que hoje?
- Não sei. Estava pensando em baixar em uma das clínicas...
- Não, Mulder. Todas estão fechadas. Posso sugerir uma coisa?
- Se é o que estou pensando, vamos.
- Sugiro visitarmos o médico que sempre a atendeu: Dr. Mark Lewis.
- Exatamente o que eu pensei.
Mulder e Scully foram ao consultório do Dr. Lewis.
- Não posso revelar nada. – o médico disse aos agentes.
- A sua paciente está internada em condições críticas. – Scully disse.
- Ela não é mais minha paciente. Fugiu da clínica. – Dr. Lewis respondeu.
- Sob quais condições? – Mulder inquiriu.
- Samantha teve ajuda. Seu quarto estava com as portas e janelas fechadas. – explicou o médico – Agora, se vocês me dão licença, tenho pacientes para atender.
Os agentes saíram do consultório.
- Mulder, você está bem?
- Sim. Você se importaria de dar uma olhada nos fundos dessa casa comigo?
- O que está pensando?
- Viu como a recepcionista se parecia com a Samantha?
- Está pensando em clones?
- Sim. Fui enganado de novo.
- Olhe. – Scully mostrou a casa do outro lado da rua – Aquelas moças são muito parecidas com a Samantha. Vamos lá?
- Não. Fui logrado novamente, mas quero falar com a nossa Samantha.
- Mulder, acha que ela seja a matriz?
- Scully, vamos voltar para o hospital?
- Sim, mas eu dirijo.
Scully dirigiu até o hospital. Quando lá chegaram, foram direto ao quarto de Samantha. Encontraram apenas uma substância verde, que já conheciam, no lugar da moça.
Mais tarde, Scully tentava acalmar Mulder, no apartamento dele.
- Eu não posso acreditar, Scully.
- Mulder, acabou. Destruíram tudo. Você já estava conformado com essa história.
- Eu estava, mas achei que ela era a minha Samantha.
- Ela deixou uma carta para você. – Scully tirou um envelope branco do bolso – Não te dei antes, porque estava tão nervoso e brigando com tudo e todos.
- Você leu?
- Não.
- Pode ler para mim?
- Se você sentar no sofá e acalmar-se, eu poderei ler.
Mulder obedeceu-a. Sentou-se no sofá e Scully sentou ao lado dele.
- Leia, por favor, Scully.
- Vamos ler juntos? – Scully ofereceu-lhe o envelope.
- Estou explodindo de dor de cabeça.
- Quer deitar um pouco?
- Estou ansioso por saber o conteúdo dessa carta.
- Façamos um acordo, então. Você deita aqui no sofá e eu leio para você. O que acha?
- Obrigado, Scully.
- Não há de quê.
Mulder ajeitou-se no sofá e Scully sentou na mesinha de centro. Começou a ler:
“Fox,

Eu não sou sua irmã, mas não te enganei. Fui escolhida para ter espionar, mas não cumpri a missão.
Sua Samantha está em outro lugar. Nunca fica com os clones. Ela está bem, eu te asseguro.
Continue sua busca. Quando ler isso, eu já estarei morta.
Agradeço seu carinho de irmão. Tome muito cuidado.

Samantha.”
- Obrigado, Scully.
- Não há o que agradecer, Mulder. O que posso fazer por você?
- Você está cansada.
- Não muito. Eu quero te ajudar.
- Fica aqui essa noite?
- Fico sim.
- Obrigado.
- Não há de quê, Mulder.
- Não sei como te agradecer, a não ser... – Mulder levantou-se e beijou a parceira apaixonadamente.


FIM

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