07/12/2008

Fanfic Arquivo X: Carência e Culpa

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: O que aconteceu após “All Things”?
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Dana Katherine Scully. Este é o nome que povoa os pensamentos de Fox William Mulder. Aquela mulher adormecida em seu sofá.
Mulder revirava-se em sua cama. Pensava que não deveria tê-la deixado dormindo sentada.
Ouviu passos no corredor. Sentou na cama.
- Por que não me acordou? – a ruiva perguntou parando na porta do quarto. Estava sem sapatos.
- Você estava tão cansada...
- E carente, Mulder.
-Vem aqui, Scully.
Dana caminhou lentamente até a cama do parceiro, tirou o casaco, colocou-o nos pés da cama, subiu na cama e engatinhou até Fox. Abraçaram-se.
- Acabou, Mulder. – ela sussurrou sentando entre as pernas dele – Achei o sentido da minha vida.
- Hei, o passado não vai te perseguir.
- Mas vai sempre existir.
- Você mesma disse que tudo acabou.
- Eu encontrei a razão do meu viver: você.
- E você é a minha, Scully. – Mulder pegou o rosto dela entre as mãos, estudou o rosto da mulher, aproximou lentamente sua boca da dela e beijaram-se.
Um beijo inicialmente de reconhecimento, mas, que aos poucos, foi tornando-se sensual. Calmamente, separarem-se.
- Scully, tem certeza?
- Tenho, Mulder. – Dana voltou a beijá-lo com urgência e caíram na cama.
Assim, consumaram um amor de sete anos. Dormiram abraçados.
Dana acordou e viu Mulder dormindo tranqüilo. Saiu do abraço do parceiro vagarosamente, tomando cuidado para não acordá-lo. Recolheu a roupa e foi ao banheiro. Vestiu-se e foi embora.
Ao chegar a casa, foi direto tomar um banho. Saiu do banheiro de roupão e os cabelos enrolados em uma toalha. Deitou em sua cama e chorou. Sentia-se mal. Não por ter se entregado ao homem amado, mas por ter medo do futuro. O que aconteceria agora que o relacionamento deles tinha avançado de tal maneira? Lembrou-se de que Mulder tinha lhe perguntado se ela tinha certeza do que ia acontecer. Ela aceitou. Acalmou-se aos poucos. Levantou da cama, vestiu-se, secou os cabelos e foi para o FBI.
Chegou ao porão. Mulder não havia chegado. Entrou na sala e sentiu o perfume de seu parceiro no ar. Sorriu e sentou na cadeira dele.
Pouco tempo depois, Fox Mulder adentrou a sala como um furacão. Fechou a porta e foi logo perguntando:
- O que você pensa que aconteceu entre nós?
- Mulder, eu...
- Fugiu de mim. Eu não te forcei a nada. Faz anos que estamos nessa história. Começamos a namorar e tudo culminou na noite passada. Transamos de comum acordo. Se você não quisesse, eu iria respeitar.
- Eu não te rejeitei. Eu não sei como tive coragem de te deixar... Perdoe-me.
- Não estou conseguindo olhar em seus olhos. – dizendo isso, Mulder abriu a porta e deixou a sala.
Scully não foi atrás dele. Ele precisava de um tempo para pensar.
O dia se arrastou. Mulder não voltou ao FBI. Anoiteceu e Dana pegou o carro. Rodou por Washington durante um bom tempo. Cansou e foi para casa.
Entrou em seu apartamento, acendeu os abajures e viu a figura deitada em seu sofá. Era Mulder. Estava adormecido e abraçado ao seu roupão.
Scully tirou os sapatos e caminhou com cuidado para o banheiro. Tomou um banho rápido, vestiu seu pijama de seda azul claro. Voltou à sala e encontrou-o da mesma maneira. Agachou-se ao lado do sofá e chamou-o suavemente:
- Mulder, acorde. – beijou-lhe a testa – Vamos lá, dorminhoco.
Fox lentamente foi acordando.
- Eu dormi aqui? – ele se espantou e levantou-se rapidamente.
- Calminha aí. – Scully colocou-se a frente dele – Temos que conversar.
- Ok. Vai ser agora ou nunca. – Mulder respirou fundo.
- Quer jantar comigo? Estou faminta.
- Claro. Eu também estou com fome.
- Vamos. – Scully caminhou descalça até a cozinha – Vou colocar alguns congelados no forno para aquecer.
- Você está com o pé no chão frio, Scully.
- Pega meu chinelo, por favor. Ah, quero aquele roupão que estava com você.
Mulder enrubesceu, devolveu o roupão e foi até o quarto dela buscar o chinelinho de banho azul. Voltou à sala para encontrá-la sentada no sofá.
- Venha. Estou pronta. E você?
- Estou. Aqui está seu chinelo. – Mulder colocou o calçado no chão.
- Obrigada.
Mulder se sentou em frente a ela.
- Desculpe por minha atitude mais cedo.
- Tudo bem. Estou tão arrependida, Mulder. Você não me forçou a nada, eu quis. Sai de seu apartamento com medo do futuro. Quando cheguei aqui, percebi a besteira que eu cometi ao te deixar, sem falar nada. Eu não te rejeitei. Chorei muito hoje de manhã.
- Você tem medo de que? De não me amar? Ou de eu não te amar?
- Não é isso. Eu te amo e tenho a mais absoluta certeza do universo que você me ama. Eu sou uma boba, mesmo depois de velha.
- Hei, Dana. Está tudo bem. Quer colo?
- Quero que você me perdoe.
- Não tem o que perdoar.
- Eu quero colo. Estou muito carente. – ela se aconchegou no abraço do parceiro – Amo você.
- Foi a melhor noite de amor que eu já tive. Você é a mulher mais linda que eu já tive na minha cama. Aliás, na minha vida.
- Mulder, vamos jantar?
- Vamos, mas essa conversa não terminou.
- Só começamos.
O casal jantou em silêncio. Após, Mulder lavou a louça enquanto Scully punha a roupa na máquina de lavar.
- É tudo muito doméstico, ruiva.
- Mulder, acostume-se. Eu quero isso para nossa vida.
- Vamos terminar nossa conversa?
- Por quê?
- Porque acho que te devo uma explicação. Fui muito estúpido.
- Não me deve nada. Você foi demais. Sempre gentil e atento comigo. Deixe-me te tocar novamente. Você existe mesmo?
- Existo. – Mulder abraçou a amada e ergueu-a – Sabe, sempre sonhei em fazer isso.
- Fica comigo?
- Fico.
- Promete não me abandonar, Mulder?
- Prometo o que quiser. Eu te amo. – Mulder pegou-a no colo – Vou te pôr na cama.
- Mas já?
- Sim.
- Dorme aqui?
- Tudo bem.
- Dorme comigo?
- Claro, Scully.
- Acho que não me entendeu. Quero reparar meu erro.
- Estamos de comum acordo novamente?
- Claro. Sempre, Mulder.
O casal foi para o quarto e entregou-se a paixão.

Fim

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