16/12/2018

Fanfic "Power Rangers": Tudo vai ficar bem, Capítulo 4


Sinopse: Inicia após o episódio “I’m Dreaming of White Ranger”. Tommy e Kimberly passam o Natal juntos após ajudarem a Papai Noel. Em determinado momento, eles se separam (lembrem-se do seriado). Vinte anos depois, uma tragédia reúne Tommy e Kimberly novamente.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.
Data de início: 08/11/2017
Data de término: 28/11/2017
Classificação: 16 anos
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4° Capítulo

- Posso?
- Claro, Kim. – ele se ajeitou no sofá de vime.
- Obrigada. – Kim sentou-se – Está frio.
- Um pouco. Ainda é novembro.
- Acho que estou pronta para falar sobre o que aconteceu.
- Tudo bem.
- Eu namorei o Luke por oito anos, entre idas e vindas. Não posso dizer que o amava, mas nós nos curtíamos. Planejamos essa viagem nos últimos quinze dias. Eu queria que ele conhecesse a minha cidade.
- Kim?
- Sim.
- Ele te amava?
- Talvez. Eu conheci a casa dos pais dele, a cidade dele, os amigos dele. Queria fazer o mesmo com ele. Planejamos tudo. Viajamos de carro. Visitamos vários estados. Quando íamos chegando à Alameda dos Anjos, eu falei sobre nós. Você e eu. Falei sobre o meu primeiro amor. – Kimberly respirou fundo e tomou um gole de chá.
- Kim, quer parar?
- Não. Então, de repente, ele começou a brigar comigo. Bom, eu tinha falado que poderíamos ir aos lugares onde eu gostava de namorar. Começamos a discutir e ele perdeu o controle do carro e bateu na mureta. Só lembro que, após a batida, ele estava bem machucado e me chamou. Eu pedi desculpas e falei que sairíamos do carro logo. Falei para ele ficar acordado, mas sabia que era o fim. Eu me despedi dele e ele parou. – Kimberly lutava contra as lágrimas.
- Tudo bem, Kim. – Tommy colocou a mão no joelho dela – Não precisa falar tudo hoje.
- Preciso, Tommy. – ela tomou mais chá.
- Fale, querida. – Tommy segurou a mão de Kimberly.
- Eu ouvi o socorro chegando, mas consegui chegar mais perto do Luke. Dei dois murros no peito dele e ele tossiu. Falou que ia ficar bem, mas ficou vidrado.
- Kim? – Tommy apertou a mão dela.
- Sim. Eu assisti o Luke morrer sem poder fazer nada. E estávamos brigando antes da batida. Eu…
- Você o amava? Você o ama?
- Não sei, Tommy. Ficamos seis meses separados e há quinze dias tínhamos voltado. Planejamos a viagem como forma de passarmos um tempo de qualidade juntos. Éramos amigos com benefícios.
- Kim, vai ficar tudo bem.
- Eu vou ficar bem, Tommy. A família dele não deixou nem que eu fosse ao funeral.
- Fica tranquila, princesa. Eu vou contigo ao local em que seu namorado foi sepultado. Estou aqui para você.
- Obrigada, Tommy.
- Kimberly, eu sou seu amigo.
- Eu sei.
- Quando recebeu a notícia?
- Eu ouvi os paramédicos falando. A médica confirmou para mim, já no hospital.
- Sinto muito, meu amor.
- Estou com falta de ar, Tommy.
Tommy ajeitou-a no banco e falou:
- Respire com calma. Seu pulso está correndo. Acalme-se, Beautiful.
Kimberly, aos poucos, foi se acalmando e encostou a cabeça no ombro de Tommy.
Tommy tirou a xícara da mão dela e abraçou-a com carinho.
- Estou com sono, Tommy.
- Dorme. Eu estou aqui.
- Aqui?
- Sim. Um cochilinho vai te fazer bem.
- Será que vou ter crise de ansiedade cada vez que pensar no Luke?
- Vai passar, Kim.
- Tem tanto na minha cabeça.
- Cochila, Kim. Deita mais a cabeça, respira fundo e solta. De novo. E de novo.
A Sra. Oliver foi até a varanda e viu Tommy com Kimberly dormindo em seu colo.
- A Kim está bem, filho?
- Sim, mãe. Ela me contou o que aconteceu e teve uma crise de ansiedade.
- E ficou exausta. Faz tempo que ela está dormindo?
- Quinze minutos. – Tommy consultou o relógio – É só um cochilo.
- No seu colo?
- Ela ficou confortável, mamãe.
- Cuide bem dela e não a deixe confusa.
- Confusa ela já está.
- Também acho. Ela tomou o chá?
- Sim. Quase todo.
- Ótimo. Mais uns cinco minutos e leve-a para dentro. Está frio.
Algum tempo depois, Kimberly acordou e olhou Tommy.
- Oi, Kim.
- Meu namorado acabou de ser enterrado e eu já estou no colo do meu ex. – Kimberly falou.
- Foi uma piada?
- Uma constatação, Tommy.
- Eu confesso que estou adorando oferecer meu ombro, meus braços e meu colo para você chorar.
- Obrigada. Para dormir também.
- Isso. Sempre, Kim.
- Estou com frio.
- Vamos entrar, querida.
- Tommy?
- Sim.
- Pode esperar que eu supere?
- Claro, Kimberly. Mas, lembre-se de uma coisa: antes de tudo, eu sou seu amigo.
- O melhor.
- Vem, bebê. – Tommy ergueu-a e carregou-a para dentro.

Continua…

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