03/12/2018

Fanfic "Arquivo X": Nada Acontece por Acaso, Capítulo 20


Título: Nada Acontece por Acaso

Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Nota: A fanfic é antiga.
Classificação: 14 anos
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20° Capítulo

Will levou William para a biblioteca, no porão da casa. Sentaram-se frente a frente, sendo que Will sentou na poltrona e o pequeno no divã.
- Preciso fazer algumas perguntas. Pode ser?
- Claro, Will.
- Não fique nervoso com meus questionamentos.
- Diga logo.
- Quando você fica nervoso…
- Sim, acontece.
- Você não deixou eu terminar de perguntar.
- eu ouço a sua voz na minha cabeça. Sempre achei que estivesse louco. Quando a Nancy me levava à igreja, eu ouvia os pensamentos das pessoas. Era desesperador.
- Procurou alguém para falar sobre isso?
- Não. Desculpe ter…
- Não tem problema.
- Eu também gostava de trazer meus brinquedos e minha mamadeira.
- Telecinesia.
- É uma doença?
- Não, William. É um dom.
- Um dom que Deus te deu. – Kathy entrou na biblioteca e sentou-se ao lado do garoto – É um presente maravilhoso.
- E vocês também foram presenteados. – o pequeno respondeu – Eu sei de coisas jogadas no ar da vida das pessoas.
- E por que não falou nada? – Will quis saber.
- Tentei contar a Helga, depois da morte da Nancy e do Bob, mas não consegui. A Liz aplicou uns testes e acreditou em mim.
- Willia, então sabe… - Kathy começou a falar.
- Sei. Perdoem-me.
- Tudo bem. – Will falou acalmando o menino – Você nos chamou de pai e mãe. Lembra-se?
- Chamei?
- Sim, meu amor. – Kathy beijou-lhe a cabeça – O que houve?
- Nunca os chamei de pai e mãe. Sempre de senhor e senhora, mas o Bob e a Nancy não ligavam.
- William, o que sabe de nós? – Will perguntou.
- Pouca coisa…
- O que sabe? – Kathy perguntou.
- Seus nomes verdadeiros. – o menino sorriu – Sei que estou invadindo a privacidade de vocês, mas quem são vocês?
O casal entreolhou-se e decidiram contar tudo para o garoto.
XxX
A tarde passou lentamente.
- Bom, então, nossa vida é essa que você conhece. – Mulder terminou.
- Legal! Vocês são muito legais! Mas… como devo chamá-los?
- Como quiser, desde que na frente das meninas e das pessoas de fora sejamos chamados de Kathy e Will. – Scully respondeu.
- Dana e Fox… Hum… gostei do som dos nomes de vocês. – William experimentou.
- Só que o Mulder não gosta do primeiro nome dele. – Scully riu.
- Mas, só você e o William estão autorizados a me chamar assim. – Mulder acariciou o rostinho do menino.
William abraçou Mulder e Scully com carinho.
- Vou dormir aqui hoje?
- Se a Helga estiver melhor, vai. – Dana falou ao se separar dele – Senão, você vai para casa fazer companhia à ela. Não é legal ficar sozinha quando se está doente.
Nesse momento, a campainha tocou.
- Vou atender. – Mulder subiu e atendeu à porta. Era Helga. Assumiu a postura de Will – Garota, não devia estar na cama? Entre. – ele puxou pela mão.
A moça entrou mancando.
- Meu querido professor, eu fui burrinha. A febre era sinal de infecção.
- Vem cá, querida. – Will conduziu-a até o sofá – Sente-se.
Logo, Kathy e William apareceram na sala.
- Mocinha, como está? – William abraçou-a e sentou-se ao lado dela.
- Você está melhor? – Kathy perguntou sentando-se ao lado do marido.
- Era sinal de infecção. Mas não era nada do que pensamos. Uma unha encravada no meu pé esquerdo. – Helga explicou envergonhada – Kathy, eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer.
- Não sentia dor? – Kathy perguntou.
- Sentia, mas achava que era o uso excessivo de tênis. Hoje, depois que você saiu, eu dei uma olhada no meu pé e fiquei a bolha. Então, fui à farmácia e fui encaminhada ao Pronto Socorro. Fiz alguns exames e o médico furou. Agora, vim tranquilizar vocês. A febre baixou e eu fui liberada. – Helga sorriu – Só tenho que ficar de repouso, com o pé para cima. Vocês podem ficar com o William essa noite?
- Claro, Helga. – Will respondeu – Cuide-se, garota.
- Fica para o jantar? – Kathy ofereceu.
- Eu ficarei. Eu não incomodo vocês? – Helga disse vermelha.
- Não, querida. – Kathy ficou penalizada – Você é uma grande amiga e gostamos de ter você aqui também.
- E eu? – William ficou com ciúmes.
- Você também, meu amor. – Kathy respondeu – Vamos comer pizza hoje.
- Quer que eu faça? – Will se ofereceu.
- Não. Vamos pedir. – Kathy beijou-lhe o nariz.
XxX
O sábado passou. O domingo foi agitado com o piquenique. No final da tarde, Kathy e Will voltaram com as crianças para casa.
Ariadne e Samantha foram tomar banho de banheira, enquanto a mãe tomava um banho rápido e Will foi falar com Gibson.
Algum tempo depois, Kathy tirou as filhas da banheira, enxugou-as e vestiu-as. Levou-as para o quintal e leram alguns contos de fadas, sentadas em uma toalha no meio do gramado.
Will entrou pelo portão de ligação entre as casas.
- Olá, garotas. O que estão fazendo?
- Shhh, papai. Mamãe conta história de buxa. – Samantha falou.
- Adoro história de bruxas. – o pai juntou-se à elas e terminou de ouvir a história.
- Fim. – Kathy falou sorrindo – Gostaram?
- Sim, mamãe. – Ariadne falou sonhadora – Adoro isso.
- Gostei da buxa, mamãe. E você? Gostou do pincípe? – Sam questionou.
- Eu gostei de tudo, Sammy. – Kathy respondeu surpresa.
- Confessa, Kathy, você gostou do coelho. – Will brincou.
- Bom, vamos entrar? – Kathy falou terminando o assunto.
- Mamãe, amanhã vocês não vão trabalhar… Por quê não vamos ao parque? – Ariadne quis saber.
- Ari, papai e mamãe tem coisas para estudar. – Will falou calmo – Você vão para a escola à tarde, certo? Então, podem ver televisão.
- Quero ver “Os Caverninhas”, papai. – Sam exigiu.
- O que é isso? – Kathy perguntou.
- Pedrita e Bambam crianças. – William explicou.
- Você também assiste? – Kathy riu.
- É, mamãe. – Samantha confirmou.
- Você não pode falar nada, Kathy. – Will fez uma cara de mau engraçada – Você assiste “Jetsons” com nossas filhas.
- Vocês venceram. – Kathy ergueu as mãos – Estão com fome?
- Não, mamãe. – Ariadne respondeu.
- Não. – Sam também respondeu.
- Agora não. – Will sorriu – Não se preocupe. Faço um lanchinho para nós antes de dormir.
- Farei torradas para nosso chá. – Kathy devolveu o sorriso.
- Vamos meditar? – Will disse sentando em posição de lótus. Suas filhas o acompanharam – Só falta você, querida.
- Não faço isso há muitos anos, mas vou entrar na onda.
A família ficou no quintal por um bom tempo.

Continua…

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