27/07/2008

Relatório de Campo do dia 25 de Julho de 2008

Relatório de Campo de 25 de Julho de 2008

Bom, este relatório começa algum tempo antes da data mencionada.
Foram 10 anos depois de Arquivo X nas telonas e 06 anos desde o fim do seriado. Tínhamos tantas expectativas, desejos e fantasias... Muitas foram concretizadas.
Eu queria ficar diferente para a Grande Estréia, mas não tive coragem de mudanças radicais, apenas cortei o cabelo bem curto e subi no salto (coisa rara!).
No início do dia, fui ao salão de beleza, fazer as unhas e, sim, pintei de cor-de-rosa chiclete (o vidro dizia Pink Fluorescente). Também fiz uma escova linda no cabelo.
Voltei para casa, peguei muitas fotos do David Duchovny e da Gillian Anderson, na premiere.
Depois de algum tempo, peguei a roupa, que tinha separado de antevéspera (quem trabalha em sistema de plantão, tem de fazer altos planejamentos) para, então, arrumar-me bonitinha (uma feia arrumadinha) para o Grande Momento.
Recebi as minhas duas amigas, Camila e Viviane, na casa de minha avó, que, diga-se de passagem, também é fã de Arquivo X, para irmos juntas e chegarmos ao cinema em grande estilo.
Fizemos um tour básico no metrô, encontramos nossa amiga Patrícia (que deixamos esperando bastante tempo – Sorry, darling!) e passeamos no Shopping Boulevard Tatuapé. Depois, fomos ao Shopping Metrô Tatuapé para o Grande Encontro.
Rodamos o Shopping, vimos algumas coisas e quase perdemos Camila e Paty na loja Americanas, mas tudo bem.
Subimos para o cinema e encontramos alguns eXcers já no local. Foi um reencontro com amigos de longa data, encontro com pessoas que só conhecíamos por Orkut ou MSN e conhecer novos (para nós) membros da família eXcer.
Tiramos várias fotos. Dessa vez, display ameaçou realmente cair! Gritamos, fizemos uma zoninha básica. A cada um que chegava, fazíamos uma festa. Aplaudimos nossas autoridades do Fã-Clube e cantamos “Parabéns à Você” para nossa querida amiga, Cristiane, sem pagar direitos autorais (sabiam que agora tem que pagar para executar “Parabéns à Você”?).
Compramos docinhos, pipoca e refrigerante e formamos a fila e a contagem regressiva estava no final.
Berramos palavras de ordem e o pessoal reagia bem.
Entramos na sala, acomodamo-nos e ficamos parlando, parlando, parlando, parlando...
As luzes apagaram, os avisos começaram e os comentários também. O filme começou e as reações também.
Muita gente (é?) mandou calar a boca e a sessão palavrão (e nossas respostas aprendemos com Hank Moody, em Californication) dominava alguns momentos. Juro que ouvi antes do filme começar uma frase de efeito, pena que não que sei quem foi o autor: “Quem não é fã de Arquivo X, vai tomar no c...” (SIC)
As reações foram expressadas até que um funcionário do Cinemark pediu para maneirar. Aí, fomos educados. Paramos numa boa. Até a próxima cena engraçada, com referência clara à episódio ou shipper.
No fim do filme, o povão (leia-se, minhas amigas e eu) começa a deixar escapar algumas lágrimas... Eu sou coração se pedra e não choro, mas estava chorando na última cena. Os créditos começaram e aplaudimos e gritamos. O povo desinformado começou a ir embora e nós ficamos até que uma determinada pessoa jogou em nós um copo de refrigerante (por acaso, o meu favorito). Isso estragou minha noite. Gostaria de descreve o ocorrido, mas, por razões óbvias, não o farei. Só contarei que o casaco que minha avó emprestou-me especialmente para a data, foi arruinado; minha camiseta azul, que mandei fazer só para a estréia, ficou molhada e minha escova no cabelo acabou (QUERO UMA INDENIZAÇÃO NO MESMO VALOR!).
Meu coração ficou dilacerado, mas resistimos até o fim dos créditos para ver a cena escondida (ih, contei, mil perdões).
Sai de lá chorando e recebi o carinho de muita gente. Aqui falo por mim, mas Viviane (a maior vítima) teve todo o apoio necessário.
Agradeço o pessoal da Revista Sci-Fi News, na figura da Lu Costa, Silva Helena Penhalbel, Andréia e todos que deram muito apoio à Viviane depois do ocorrido. Agradeço também à Administração do Shopping e Cinema.
Mas, tenho um agradecimento muito especial à fazer ao Quintino e ao Marcos. À Carine, Crix, Paty, Jana e Camilinha (que estava no mesmo barco que o nosso), que tanto nos abraçaram e acalmaram.
Eu darei uma opinião extremamente pessoal e todos tem o direito de rebatê-la: Eu trabalho num universo em que, na maioria dos momentos, questiono o que aquela pessoa vai se tornar. Pode ser que tenha boa índole ou torne-se um marginal, meliante ou selvagem. Aprendi a acreditar em um mundo melhor, mesmo a vida sempre me mostrando que isso é utopia. Poucos seres humanos são capazes de um ato de bondade ou amor (O QUE NÃO É O CASO DA FAMÍLIA QUE ESCOLHI, OS MEUS AMIGOS), então, todos os dias, eu pego uma criança no colo e tento fazê-la capaz de amar, acariciando e dizendo o mantra: “Você é amado. Eu te amo. A Rosa ama.” Os atos de selvageria são comuns na atual sociedade e posso considerar que fomos vítimas de um ato de intolerância.
Isso é apenas um desabafo, sem nexo e apenas para tirar um peso de meu coração.
Sou católica, mas o perdão pé um exercício muito difícil.
Tudo bem. Já passou. Ficou a indignação e a vergonha. Mas, aprendi uma coisa na faculdade de Turismo, que se concretizou: sempre que algo desagrada o cliente, estraga a viagem. Não estragou o que senti ao vê-los de novo na telona, mas algo ficou perdido...
Ouvi a Vivi falar que isso a fez perder a fé no ser humano. Eu já tinha perdido, mas, como já disse, meu trabalho me fez voltar a acreditar nos seres humanos, pois estou fazendo a minha parte para a Reforma do Mundo, como diria Monteiro Lobato. Madre Teresa de Calcutá diz que o nosso trabalho é uma gota no oceano, mas tem de ser feito.
Termino expondo uma situação pessoal, que poucas pessoas sabem: eu, se soubesse que minha noite terminaria assim, não teria deixado para trás o meu pai (uma das pessoas que me apresentaram Arquivo X) internado num hospital público, com uma doença gravíssima, minha avó sozinha em casa, e tantos outros problemas. Foi, por isso, que me acabei de chorar no meio do Shopping e o fato ocorrido acabou com minha noite.
Passei a noite em claro e escrevi algumas coisas, que em breve colocarei aqui. Cochilei alguns minutos e tive um sonho muito louco (eu relatei e logo publicarei). Enfim, às 05 horas, o despertador tocou alegre e eu fui tomar banho, pois eu teria 12 horas de trabalho pela frente.
Foram mais de 36 horas acordada, mas... AQUI ESTOU PARA DIZER QUE AMO ARQUIVO X, O FILME É DEMAIS E EU AMO DEMAIS OS MEUS AMIGOS.

Texto escrito na madrugada de 25 de julho para 26 de julho. Ainda no calor das emoções do dia. By Rosa

3 comentários:

  1. Rosinha, eu sempre tive como lema acreditar no melhor da humanidade. Isso inclui acreditar que situações como a que vivemos no final do filme são isoladas. Machucam, magoam, mas não nos derrotam. Somos mais fortes que isso, Rosinha. E 'seres' como o indivíduo que jogou o copo são tão insignificantes quanto suas ações ordinárias. Não deixe que isso te derrube, pois se nós desistirmos, eles vencem. E eu quero acreditar. ;)
    Eu te admiro, pois você, com sua pequena gota do oceano, torna o mundo daquelas crianças melhor. E renova as minhas esperanças na humanidade. Ou seja, perto de você, aquele 'ser' se torna realmente ínfimo.
    Rezo por você, amiga. Tudo vai dar certo. Confie sempre em Deus, e saiba que pode contar sempre comigo.
    Te adoro!!

    BeiXos

    Camila

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  2. Rosa, não deixe que esse infeliz estrague suas lembranças boas daquela noite.
    A energia que vocês trouxeram para aquela exibição foi maravilhosa e um ser tão inferior como aquele que jogou o refrigerante em vocês, não merece um segundo sequer de consideração.
    Por isso, quero lhe dizer que foi uma noite fantástica e fico feliz por vocês estarem lá, o filme ficou ainda melhor ^_^
    Um grande beijo, fica com Deus
    Silvia

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  3. Oi Rosa!

    Amiga não dê atenção á palavras debochadas, ameaças infundadas e a falta de originalidade de pessoas que não sabem o que é ter uma paixão (seja ela por algo ou por alguém), tudo o que tais seres merecem é a nossa compaixão, pois não sabem o que fazem ou falam.
    Pessoas como você, que com apenas uma palavra consegue alegrar o dia mais negro na vida de um amigo, são raras e especiais. Atitudes como as suas em face de tanta tristeza é que devem ser levadas em conta, e imitadas!
    Lembre-se sempre que você sim, é muito amada e respeitada, e que as suas opiniões sempre serão ouvidas!
    Agradeço á Deus por colocar pessoas como você em minha vida, pois é através da nossa amizade, da nossa família de amigos que tenho renovada todos os dias a esperança em um futuro melhor!
    Lembre-se sempre do que disse o maior de todos os sábios: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo."

    Bjks em seu coração

    Carine

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