06/11/2008

Fanfic Arquivo X: Home

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Nota: Fic inspirada no episódio “Trust no one”, da 9ª temporada. Música citada é interpretada pelo cantor Michael Bublé. É a primeira versão da fic. As cartas e e-mails estão entre aspas.
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Fox Mulder estava escondido e, em seu exílio, sentia saudades de sua vida. Seus últimos contatos com Dana Scully foram frustrados. Resolveu então enviar uma carta.

“Dana,

Outro dia está se passando. Os dias vêm e vão. Eu posso estar em qualquer lugar: Paris, Roma, Novo México, mas sempre me sinto sozinho, mesmo cercado por um milhão de pessoas.
Quero tanto voltar para casa. Voltar para você e para William. Sinto sua falta, você sabe.
Escrevi tantas cartas e e-mails para você, mas não enviei porque não pareciam suficientes. Sempre tinham uma linha ou duas, perguntando se você está bem e afirmando que eu estou bem, como você sempre fez comigo. Nunca as enviei, pois minhas palavras sempre pareciam frias e você merece muito mais do que essas palavras.
Estou muito longe de você e do meu filho. Quero voltar para vocês.
Parece que vivo no lugar de outra pessoa e vejo a vida do lado de fora. É um sentimento estranho.
É... Eu segui meu sonho, mas este não é o seu. Eu sei o porquê de você não me seguir: o nosso filho. Diga sempre ao Will que eu o amo muito.
Você sempre acreditou em mim, por isso acredite mais uma vez: eu os amo muito e só fugi para protege-los. Bom, eu já tomei meu rumo, já fiz o que eu tinha que fazer. Tenho que voltar para casa.
Eu te asseguro tudo ficará bem e tomei uma decisão: estou indo para casa.
Espere-me, Dana. Estarei em casa hoje à noite.

Com amor,
Fox Mulder.”

Scully chegou em casa com um William sonolento no colo. Ao abrir a porta, viu um envelope vermelho no chão. Pegou-o, fechou a porta, acomodou o bebê no berço, tirou os sapatos e o casaco. Sentou-se no sofá e abriu a carta. Leu-a com calma, bebendo cada palavra de Mulder emocionada.
Levantou-se do sofá, foi tomar banho e arrumar-se para recebe-lo. Ao sair do chuveiro, ouviu William reclamar.
- Mamãe está aqui. – pegou-o e continuou: - Vou te dar banho e você vai mamar. Papai vai chegar.
Scully deu banho no bebê, colocou um pijaminha com estrelinhas azuis nele, alimentou-o e colocou-o no quarto para dormir.
- Dorme, William. Filhinho, o seu papai vai chegar logo. – colocou-o no berço e o bebê dormiu quase que imediatamente.
Ela voltou à sala, deu uma arrumada na casa e conferiu a geladeira. Esperou sentada no sofá, até que o sono veio molesta-la. Foi deitar em sua cama.
Algum tempo depois, ouviu alguém mexer na porta de entrada de seu apartamento. Mas estava tomada por um sentimento de paz. A porta de seu quarto foi aberta e a figura revelou-se:
- Dana? Sou eu.
- Mulder! - ela respondeu sentando na cama.
- Cumpri minha promessa. – Mulder subiu na cama e o casal trocou um beijo quente e emocionado.
- Seja bem vindo, Mulder.
- Vim para matar a saudades.
- Vamos ver o Will?
- Quero muito vê-lo, mas é alta madrugada.
- Venha vê-lo.
Scully levou-o pela mão até o quarto do bebê. A porta estava aberta.
- Entre.
Mulder respirou fundo, tentando não chorar.
- Mulder, libera o que está te apertando o peito.
- Meu filho! – Mulder tremia entrando no quarto de mãos dadas com Scully.
- Nosso bebê. Quer pegá-lo?
Mulder deixava as lágrimas escorrerem pelo rosto.
- Tão lindo. Dorme como um anjo. Não vou pegá-lo agora. Deixemos-o dormir.
- Mulder, ele é seu.
- Tenho certeza. Não quero acorda-lo. Quero tomar um banho.
- Entendi. Quer comer alguma coisa?
- Há essa hora?
- Eu faço. Não trabalho aos sábados. – ela sorriu.
Mulder tomou um banho revigorante e foi para a cozinha.
- Preparei um lanchinho para nós.
- Obrigado, lindinha.
O casal sentou-se à mesa para comer ovo mexido, torradas e café.
- É quase um café da manhã, afinal, são 5:30.
- É verdade, Scully.
- Conte-me tudo.
- Scully, depois. Eu queria ter chegado antes, mas não deu.
- Tudo bem, meu amor.
- Como estão as coisas?
- Indo.
- E o Doggett e a Reyes estão cuidando bem dos Arquivos X?
- Estou de olho. – ela sorriu e trocaram um selinho – Está indo tudo bem.
Os dois tomaram café.
- Você deve estar cansado. Vem deitar um pouco.
- Estou sim, Scully, mas tenho tanto para te falar.
- Eu também, mas estou com sono.
Mulder pegou a louça e lavou.
- Mudança de hábitos? – Scully abraçou-o por trás.
- Quando você se vê sozinho, aprende muitas coisas e se vira como dá.
- Vem, comigo, vem.
- Garota, você sabe como me fazer ir para cama com você.
O casal fez amor com paixão e saudade. Adormeceram e acordaram com o bebê conversando.
- Que delícia acordar assim. –Mulder disse sentando-se na cama – Agora, eu o pego no colo.
- Vamos juntos. – Scully sorriu.
O casal levantou da cama, fez a higiene matinal e foram ao quarto do bebê.
- Bom dia, Will. – Scully perto do berço.
- Oi, garotão. – Mulder pegou-o no colo – Você está bonitão. Pesado! Papai está aqui. Eu te amo muito.
O menino sorriu para o pai.
- Ele reconheceu o papai. – Scully estava emocionada.
- Amigão, papai gostaria tanto de te levar junto. – Mulder beijou a cabecinha do menino.
- Mulder, não podemos.
- Eu sei. Bom, vou dar banho nesse menininho.
- Posso?
- Você quer?
- Sim. Talvez, eu não tenha muito jeito, mas é meu filhão.
Scully arrumou a roupa, xampu, sabonete, fralda e todos apetrechos para o banho do bebê. Encheu a banheira e ensinou um desajeitado pai de primeira viagem a dar banho.
- Muito bem, amor. – Dana beijou-o na boca feliz.
- Obrigado.
- Perfeito para um pai novato.
- Com uma mãe como você...
- Obrigada, Mulder.
- Pronto, filhão. Está limpinho, cheiroso e vestido.
- Vou amamenta-lo.
- Leite materno?
- De vez em quando.
- Você sabe o quanto é importante o aleitamento materno, Scully.
- Sei. Vou amamenta-lo no peito.
Após William mamar e dormir, Dana foi para a sala. Sentou ao lado de Mulder no sofá.
- No que está pensando?
- Nada, Dana.
- Onde passou os últimos tempos?
- Quer saber mesmo?
- Sim, Mulder.
- Toscana.
- Está brincando?
- Não. Fiquei dois meses em Roma. Agora, acho que ficarei nos Estados Unidos. Talvez Nova York.
- Cuidado. Fico tão preocupada.
- Eu poderia leva-los para Itália. Lá tem bastante magnetita.
- E o idioma? Você fala?
- Amore, scusa. Parli, non parlo, ma io posso comunicare.*
- Que lindo, Mulder!
- Eu arranho o idioma.
- Então, fugiremos hoje à noite.
Anoiteceu. A família saiu. No dia seguinte, chegavam a Roma, aonde vivem até hoje. Ali agora era o lar de Mulder, Scully e William.
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*- Amor, desculpe-me. Falar, eu não falo, mas eu posso me comunicar.
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Home (Michael Bublé, Amie Foster-Gillies & Alan Chang)

"Another summer day
Is come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home
Mmmmmmmm
Maybe surrounded by
A million people I
Still feel all alone
I just wanna go home
Oh I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
“I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another airplane
Another sunny place
I’m lucky I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
I’m just too far from where you are
I wanna come home

And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
And I know just why you could not
Come along with me
But this was not your dream
But you always believe in me

Another winter day has come
And gone away
And even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by
A million people I
Still feel alone
Oh, let me go home
Oh, I miss you, you know

Let me go home
I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home"

Um comentário:

  1. Linda essa fic, o final que Mulder, Scully e William mereciam, e a música é maravilhosa adoro ela...É tão lindo vê-los como uma família...

    X-beijos

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