21/02/2018

Fanfic "Arquivo X": Você sempre me encontra


Título: Você sempre me encontra
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Scully recorda de sua abdução e tem pesadelos.
Timeline: 3ª Temporada.
Data de início: 10/03/2009.
Data de término: 17/03/2009.
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Dana Scully estava deitada em uma cama de metal. Sentia muito frio. Uma luz branca e muito forte ofuscava sua visão. Sentia muita dor pelo corpo causada pelos testes que os médicos que a cercavam realizavam.
Queria gritar, mas não conseguia. Chorar de nada adiantaria.
No início, olhava para os lados e só via aqueles seres realizando testes em seu corpo. Aos poucos, foi percebendo outras mulheres na mesma situação que ela.
A dor só aumentava e sentiu uma picada. Tudo escureceu.
Scully acordou chorando. Esses sonhos a perseguiam desde que encontrara aquele grupo de mulheres abduzidas.
Ela tremia e chorava. Não pensou. Pegou o telefone e ligou para seu parceiro, Fox Mulder.
- Mulder.
- Sou eu.
- Você está bem, Scully? Por que está chorando?
- Eu estou bem. Desculpe ter ligado.
- Não desligue, Scully. – Mulder disse exasperado, mas já era tarde, ela havia desligado.
Mulder tentou retornar a ligação, mas ela não respondia à seus telefonemas. Preocupado, levantou-se do sofá e foi se arrumar para sair. Olhou o relógio antes de sair do apartamento. Eram duas horas da manhã.
Algum tempo depois, Mulder batia à porta do apartamento de Scully. Ela não abriu. Então, ele pegou a chave que ela lhe dera e entrou.
- Scully? – ele chamou, mas não obteve resposta – Scully, sou eu.
Adentrou o apartamento com cuidado, mas não encontrou a parceira. Ela não havia levado nada. Então, teve um pressentimento. Subiu até o último andar do prédio. Ao chegar ao telhado, cuidadosamente procurou pela parceira.
- Você me encontrou. – Scully sussurrou.
Mulder, então, viu Scully encostada em um cubo de concreto.
- Você está bem? – Mulder aproximou-se calmo.
- Estou bem e não ia me matar.
- Eu sei disso. – Mulder sentou ao lado dela – Está frio. Por que subiu até aqui?
- Eu queria ver o céu.
- Algo em especial?
- Não sei, Mulder.
- Dana, por que não descemos e conversamos no seu apartamento? Estou congelando. Você não está com frio?
- Eu não quero voltar para casa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não.
- Estava chorando?
- Não.
Mulder observou-a. Scully olhava para o céu, pensativa e seus olhos pareciam vermelhos.
- Seus olhos estão vermelhos. A poluição está irritando seus olhos. Não quer descer e lavá-los?
- Tudo bem. – Scully suspirou.
Mulder levantou do chão e ajudou-a a ficar em pé. Abraçou-a cautelosamente.
Minutos depois, Mulder entrava com Scully no apartamento. Levou-a até o sofá e envolveu-a com seu casado. Sentou ao lado dela e falou:
- Eu sei que dentro de você algo está em conflito, mas se não dividir comigo, não saberei como te ajudar.
- Não é nada.
- Isso é um começo. Um nada que está te incomodando. E esse vazio está mexendo com você de que forma?
- Estou com medo de ficar no meu apartamento.
- Quer ir para o meu?
- Você me leva?
- Claro. Acha que consegue pegar suas coisas?
- Dê-me cinco minutos.
- Tudo bem.
Ela devolveu o casaco à ele e sumiu no corredor.
Dez minutos depois, saiam do apartamento de Scully.
No trajeto, Scully parecia se assustar facilmente com tudo. Cochilou algumas vezes, mas acordava sobressaltada.
- Mulder, você tem tido pesadelos?
- Eu não durmo há algumas noites, Scully.
- Devo estar sugestionada.
- Você tem pesadelos?
- Sim.
- Nos últimos tempos?
- Nas últimas semanas.
- E se repetiu nessa madrugada?
- Sim.
- Quer me falar sobre isso?
- Você achará estranho.
- Eu sou estranho.
- Vou esperar chegarmos no seu apartamento.
- Tudo bem, Scully.
Quando chegaram ao apartamento de Mulder, Scully sentou-se no sofá e agarrou um dos travesseiros de Mulder.
- Quer me contar agora?
- Quero, Mulder. – Scully tirou o casaco que usava por cima do pijama.
- Vou fazer um chá para nós.
- Obrigada.
Em minutos, os agentes estavam sentados frente a frente no sofá, tomando chá.
- Estou pronta, Mulder.
- Estou ouvindo.
- Os sonhos causam dor. É um lugar com uma luz forte… Estou deitada numa maca de metal. Sinto frio e medo. É um cenário típico das suas histórias de abduções.
- Isso te assusta?
- Sim. – Scully olhou para a xícara.
- Tudo bem, Scully. Se quiser continuar, estarei te ouvindo.
- Muitas cenas são borrões, outras muito claras.
- Seu apartamento te assusta por quê?
- É sempre nele que tenho os pesadelos.
- E quando está na casa de sua mãe?
- Raro.
- E quando estamos em um caso?
- Às vezes.
- Scully, eu quero te ajudar. Você me permite?
- Ajude-me, Mulder. – ela olhou para ele chorando.
- Nós podemos tentar outro terapeuta.
- Estou cansada.
- Vou trazer um cobertor para você.
- Acho que não consigo dormir.
- E se eu te ajudar?
- Não quero tomar remédio.
- Não vou te medicar. Vou te ajudar a dormir.
Mulder pegou as xícaras e colocou-as na mesinha de centro. Pegou o lençol e envolveu a parceira. Abraçou-a e sentiu a resistência dela.
- O que é isso, Mulder?
- Vou te proteger, Scully.
Então, Scully deitou no colo do parceiro.
- Durma, Dana. Está quase amanhecendo.
- E você?
- Estou bem.
Scully acordou algumas horas depois e viu Mulder dormindo sonoramente. Devagar, ela se levantou e ficou observando o parceiro dormir. Algum tempo depois, levantou do sofá, fez sua higiene, trocou de roupa e voltou à sala.
- Bom dia, Dana. – Mulder abriu os olhos.
- Bom dia, Mulder. – Scully sentou ao lado dele – Obrigada.
- Não tem de quê.
- Estou indo.
- Tudo bem.
- Quer almoçar na casa de mamãe?
- Não, obrigado. Tenho planos.
- Vem comigo, por favor.
- O que há, Scully?
- Não estou bem para ir sozinha.
- Está bem. Eu vou. Dê-me quinze minutos.
Algumas horas depois, Mulder e Scully chegavam à casa de Margareth Scully. Almoçaram com a família. À tarde, Scully estava deitada em seu antigo quarto.
- Dana? – Mulder bateu na porta.
- Entre, Mulder.
- Já vou. Vim me despedir. – ele colocou a cabeça para dentro do quarto.
- Fique, por favor. – ela choramingou.
Mulder entrou no quarto, fechou a porta e aproximou-se da parceira.
- Sonhou de novo?
- Sim. Faça ir embora.
Mulder sentou na cama ao lado de Scully e falou:
- Estou aqui.
- Proteja-me. – Scully sentou e abraçou o parceiro – Faz o sonho ir embora, por favor.
- Olhe nos meus olhos, Scully. – Mulder segurou-lhe o rosto e beijou-a na boca apaixonadamente.
Quando se separaram, Scully falouo:
- Agora que você me encontrou, tudo ficou melhor.
E o casal voltou a se beijar.

Fim

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