02/08/2020

Fanfic "Arquivo X": Pedaços de Mim, Capítulo 1

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Pós 10ª temporada.

Classificação: 16 anos

Data de início: 03/05/2016

Data de término: 29/12/2016

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1º Capítulo

 

Transportar Fox Mulder para o hospital não foi tarefa fácil. Dana Scully foi rezando para que Mulder sobrevivesse até chegar lá.

Tomou todas a providências para estabilizá-lo mesmo sabendo que já era tarde.

Mulder entrou em coma. A única solução era procurar William.

Procurar e encontrar! Scully não poderia perder o amor de sua vida novamente. Ver aquela situação era como se estivessem arrancando um pedaço dela.

Com a ajuda de Monica Reyes e Walter Skinner, Scully encontrou o paradeiro de seu filho.

Em dois dias, conseguiu estabilizar Mulder, mas ele não acordou.

Tudo era muito angustiante para Scully. Passava a maior parte de seus dias sentada ao lado da cama de Mulder. Estava dilacerada por dentro.

A enfermeira Sandeep entrou no quarto.

- Dra. Scully, já acabou o período de isolamento do seu outro paciente.

- Eu estou num estado de topor tão grande.

- Doutora, venha se refrescar e ver seu menino.

Scully levantou e seguiu-a. No quarto de descanso da equipe, ela lavou o rosto e arrumou-se.

Em pouco tempo, estava do lado de fora do quarto de William VanDeKamp.

- Doutora, eu a esperarei aqui fora.

- Obrigada.

Scully respirou fundo e entrou no quarto. William era um adolescente, cabelos castanhos e ainda dormia.

- Scully! – Skinner abriu a porta.

- Sim, senhor.

- Você não deve ficar aqui.

- Eu precisava vê-lo.

- Ele está bem.

- Ele salvou a vida do Mulder.

- Sim, Scully.

- Ele salvou o pai dele. É um pedaço de mim. – Scully começou a chorar.

Nesse momento, William abriu os olhos e falou:

- Oi?

- Oi. – Scully respondeu – Vim ver como você está.

- Estou bem, doutora.

- Que bom! – ela sorriu entre lágrimas.

- A senhora está bem?

- Sim, meu amor. Feliz que você está bem. O homem que salvou é o meu marido.

- Fico feliz em ter ajudado. Principalmente depois de ter visto minha família adotiva morrer.

- Sinto muito.

- Agradeço, doutora. Estou realmente feliz. Como está seu esposo?

- Ainda em coma, mas melhor.

- Ele acordará logo. Tenho certeza.

- Obrigada, querido, muito obrigada. – Scully saiu do quarto e encarou Skinner – Estou feliz de ter falado com ele.

- Dana, isso é uma tortura.

- Quero ser a mãe substituta dele. Poderia avisar a Assistente Social e tramitar o processo?

- Dana…

- Walter, eu estou perdendo o Mulder. Se eu puder ter o meu filho de volta, eu ficarei bem.

- Dana! Vocês estavam separados há anos…

- Sim, mas eu sempre tive o Mulder na minha vida. E não lhe devo satisfações. – dizendo isso, Scully voltou para o quarto de Mulder.

A enfermeira estava aferindo os sinais vitais de Mulder.

- Oi, doutora.

- Olá. Obrigada, Sandeep.

- Não há de quê.

- O que achou do Mulder?

- Doutora, permanece nas mesmas condições.

- Eu gostaria tanto que ele acordasse.

- O eletroencefalograma está normal, porém mais ativo. Acho que o Sr. Mulder deve acordar logo.

- Quem dera!

- Doutora, sabes que não deveria falar a respeito, mas devo tanto à senhora…

- Não vá por esse caminho. Agradeço o teu carinho e o teu serviço.

- Tudo bem, doutora. Viu o menino?

- Sim. Obrigada.

- Volto mais tarde.

Scully acariciou a cabeça de Mulder.

- Mulder, volte para mim e surpreenda-me. Nosso filho está a salvo. Ele salvou a sua vida, meu amor. E, se eu perder você, ainda posso ter um pedacinho de mim por perto.

O monitor parece que criou vida. Os sinais vitais de Mulder agitaram-se.

- Eu sei que está reagindo, Mulder. Volte para mim. Eu te amo tanto. Sabe que estou perdida sem você? Estou sem chão. Fiquei a seu lado. Não consegui sair. Hoje, eu pude ver nosso filho. Ele é lindo como você. Mulder, acorda, por favor. – Scully beijou a cabeça dele.

Monica Reyes entrou no quarto.

- Dana, preciso falar com você. Agora!

Scully suspirou e seguiu Reyes para fora do quarto.

- O que foi agora, Monica?

- Você enlouqueceu? Foi ver o William?

- Sim. Ele saiu do isolamento e salvou a vida do Mulder. Tinha que agradecê-lo.

- Você está colocando-o em risco.

- Estou farta de você ficar vendo defeito em tudo. Chega! Meu marido está morrendo naquele quarto.

- Marido? Faça-me o favor!

- Isso não é da sua conta, Reyes. – Scully voltou para dentro do quarto de Mulder.

- Reyes, você não deve confrontar a Scully. Você não sabe o que ela está sofrendo. – Skinner repreendeu Reyes.

- E o perigo que eles correm?

- Entende, Reyes, você não sabe o quanto a Scully está forte no Bureau.

- Nossa! Não adianta falar tanto…

- Vá para o hotel e descanse. Conversamos mais tarde. – Skinner dispensou-a.

Skinner olhou, pelo vidro, Scully conversando com Mulder. Eram como filhos para ele. Sentia tristeza, porque Mulder não acordava. Retirou-se do hospital com a ideia de ajudar Scully a ter o filho de volta.

Scully sentou-se ao lado da cama de Mulder. Não acreditava que poderia perdê-lo novamente. Colocou sua mão debaixo da de Mulder e sentiu um leve aperto. Rapidamente, abriu os olhos, mas não viu mudança.

- Ilusão. – disse para si mesma e voltou a fechar os olhos.

Passado um tempo, sentiu sua mão ser apertada. Achou que era sonho, mas ouviu mudança nos sons das máquinas.

Abriu os olhos e viu Mulder se mexendo. Levantou-se da cadeira, aproximou-se da cama, acariciou a cabeça dele e falou:

- Mulder, sou eu.

Aos poucos, Mulder foi abrindo os olhos e apertando a mão de Scully.

- Hei, Mulder.

- Hei. – ele respondeu e fez careta – Sobrevivi?

- Sim. Quer água?

- Minha garganta dói.

- Ok. Vou te dar um gole d’água e chamar o médico.

Scully deu um pouco de água para Mulder. Assim que ele engoliu, ajeitou-o na cama e saiu para chamar o médico.

Mais tarde, Scully observava Mulder dormir. Skinner entrou no quarto e perguntou:

- Como ele está?

- Melhor. Ainda inspira cuidados e não consegue ficar sem oxigênio, mas está bem.

- Bom saber.

- E continuo com a certeza de que quero meu filho.

- E terá, Dana. Eu vou descansar e volto mais tarde.

- Não pretendo sair daqui.

- Eu sei, mas precisa ir para casa um pouco. Você sabe disso.

- Sim, mas não quero deixá-lo.

- Tudo bem. – Skinner saiu do quarto.

A porta abriu novamente. Scully olhou o visitante.

 

Continua…

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