06/08/2020

Fanfic "Arquivo X": Fim do Mundo, Capítulo 1

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Uma distopia que nos traz a clássica invasão da Terra pelos alienígenas. Mulder e Scully vão embarcar em uma fuga com suas mães, Teena e Margareth.

Data de início: 26/07/2019

Data de término: 11/09/2019

Classificação: 14 anos

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

1º Capítulo

 

Fox Mulder estava deitado no sofá do apartamento de Dana Scully. Ouvia a movimentação da parceira pelos cômodos.

- Mulder, o mundo desabando e você deitado aí. – Scully falou colocando as malas próximo da porta.

- O mundo não está acabando. Só o céu está vermelho, o tempo seco e o clima está dissonante… – Mulder falou divagando.

- Onde seu carro está estacionado?

- Peguei uma van para nossa viagem. Estacionei perto do elevador. – Mulder levantou do sofá – Não acredito nem em iminente invasão. Ou invasão direta.

- Mulder, o que está acontecendo com você?

- Scully, não quero falar sobre isso. Vamos buscar sua mãe. – Mulder pegou algumas bolsas e Scully as demais – Viajaremos ainda hoje.

Depois de buscar Margareth Scully, Mulder dirigiu para a casa na área rural.

- Fox, tem certeza de que lá estaremos seguros? – Maggie quis saber.

- Sim, Sra. Scully. – Mulder olhou-a pelo retrovisor – Está bem aí atrás?

- Sim, Fox. Você montou uma casa aqui atrás. – Maggie ajeitou-se na cama improvisada – Quando quiser trocar, avise-me.

- Mamãe, eu posso trocar com o Mulder. – Scully virou-se para a mãe – E eu posso trocar com a senhora, se precisar.

- Dana, aqui posso esticar as pernas quando eu quiser. – Maggie sorriu – Quando quiserem descansar, podem vir me fazer companhia. Querem algo para comer ou beber? Eu trouxe a geladeira e a dispensa inteira.

- É bom. – Mulder sorriu – Amo sua comida.

- Filho, você está diferente. O que está em conflito dentro de você? – Maggie quis saber.

- Não quero falar sobre isso. Desculpe. – Mulder desviou de um acidente – O trânsito já está começando a ficar uma loucura.

- O povo está histérico. – Scully falou – A televisão está noticiando uma grande catástrofe natural.

- O céu está vermelho. Se for asteroide, todos vamos morrer. – Mulder falou – Eu só quero chegar em casa e pesquisar.

- Mulder, eu preciso parar em algum lugar mais ou menos. – Scully falou.

- Eu também. – Mulder sorriu – Tem aquele café que te falei. Espero ainda estar de pé.

- Depois da parada, trocamos de lugar. – Scully falou – E sua mãe?

- Está nos esperando na casa. – Mulder suspirou – Nós discutimos a respeito e, depois de muita briga, nós nos convencemos a adequar a casa. Lá estaremos seguros. Eu fiz adaptações de alarmes nas portas e janelas. O porão é uma fortaleza.

- E estaremos juntos. – Scully falou sorrindo.

XxX

Mulder estava saboreando um café e olhava o céu escurecer. A estrada estava um caos, mas ele tinha um caminho alternativo para chegar ao destino.

Scully aproximou-se do parceiro e colocou as mãos nos ombros dele.

- Hei, Mulder. Quer me dizer o que está acontecendo? O que passa nessa sua cabeça?

- Não agora. – Mulder deitou a cabeça nos braços de Scully – Só seguir o mapa. Minha cabeça está explodindo.

- Ah, Mulder. – Scully acariciou o rosto dele – Deite-se na parte de trás e descanse.

- Preciso ir na frente. Mamãe tem de me ver quando estivermos chegando. – Mulder ofereceu café para Scully – Você tomou?

- Sim. Minha mãe está nos abastecendo com café e chocolate. – Scully riu – Beba. Assim, sua dor passa.

- Hei, casal 20. Temos café, chocolate e leite para vinte anos. – Maggie chegou com um carrinho cheio de itens.

Três horas depois, chegavam ao destino. Teena Mulder acenou da janela e só abriu a porta na hora em que o filho se aproximou.

- Vamos descarregar dentro da garagem. – Mulder falou – Como combinamos.

Assim que estavam instalados, Mulder reuniu as mulheres na sala. Scully aconchegou-se no sofá ao lado do parceiro.

- Pronto, Mulder. – ela falou – Pode nos contar.

- Há dois anos, um pesquisador veio me procurar e falou sobre uma invasão alienígena. Não seria mais em uma data determinada, mas um processo. Teríamos sinais progressivos. – Mulder falou – Tudo começou com o surto de gripe, que tivemos no ano passado. Depois, as variações bruscas do clima. E várias coisas aconteceram até o céu escurecer e avermelhar.

- Fox, estão todos enlouquecidos. – Maggie comentou – Onde vamos parar?

- Sra. Scully, nós estaremos seguros aqui. Estão todos enlouquecidos, porque a imprensa começou o terrorismo sensacionalista. – Mulder explicou – Alguns falam em invasão alienígena. Outro, em catástrofe natural.

- E o que você acha? – Scully falou.

- Tem um pouco de cada. Algo no pacto entre humanos e alienígenas foi descumprido. – Mulder tomou mais um gole de café – As pessoas entraram em pânico. Óbvio. As estradas cheias, saques, acidentes.

- Então, o Fox foi me ver. – a Sra. Mulder falou – Há dois meses, estamos com a casa pronta para nos abrigarmos do caos.

- Precisávamos de um lugar afastado para abrigo e para podermos investigar. – Mulder explicou – Eu queria vir sozinho, mas não podia deixar vocês para trás. E preciso muito da ajuda da Scully.

- Filho, está tudo bem. – Teena assegurou – Não resolvemos nossas diferenças, mas trabalhamos bem juntos.

- Mãe, obrigado por arrumar tudo. Separamos os quartos e deixamos tudo seguro. Evitaremos acender luz elétrica, mas usaremos lanternas e, se precisar, os abajures. Esta é uma região com poucos saques, mas, em caso de acontecer uma invasão, temos rotas de fuga. A van na parte de trás, em caso de fuga motorizada.

- Tudo bem, Fox. – Maggie sorriu – Eu cozinho esta noite. Depois, vamos descansar. Como vamos racionar a comida, o gás e etc.?

- Temos gás para uns dois meses. – Teena respondeu – Mesmo usando para banho e na cozinha.

- Usamos energia solar também. – Mulder falou – Vou tomar um banho. Vida normal, mas com alguns cuidados. Ficaremos confinados. – Mulder levantou-se do sofá – Vou tomar um banho. – dizendo isso, foi ao banheiro.

Maggie olhou para Teena e falou:

- Posso usar sua cozinha?

- Claro! Vou te ajudar. – a Sra. Mulder sorriu.

- Dana, por quê não aproveita e toma um banho para relaxar? – a Sra. Scully sugeriu.

- Tá bom, mãe. – Scully encolheu-se no sofá.

Mulder encontrou Scully encolhida no sofá e cochilando. Chamou-a suavemente:

- Hei, Scully. Acorde.

- Oi. – Scully abriu os olhos.

- O cheiro da cozinha está divino. Vai ser difícil ficarmos escondidos com esse cheiro.

- Está mesmo. – Scully sorriu.

- Por que não toma um banho e relaxa? Você está tensa.

- Vou sim.

- Quer ajuda?

- Não. Obrigada, Mulder. – Scully levantou do sofá – Quero que me espere.

- Claro. – Mulder sentou no sofá.

Após o jantar, o grupo se acomodou nos sofás da sala.

- Não querem descansar na cama? – Mulder perguntou.

- Acho melhor ficarmos juntos. – Maggie falou.

- Concordo. – Teena falou apertando o cobertor em volta do corpo.

- Estou cansada. Não quero me mover daqui. – Scully falou enrolando-se mais no casaco.

- Querem ligar o aquecimento? – Mulder perguntou.

- Não, filho. – Maggie falou – Vamos ficar juntos e, assim, não ficaremos com frio.

- Vocês são terríveis! – Mulder riu – Vou pegar mais cobertores e um saco de dormir. Ninguém vai passar frio.

Mulder trouxe um colchonete, sacos de dormir e uma mala de cobertores. Cobriu Margareth Scully, que estava cochilando.

- Fox, quer dormir aqui pertinho? – Teena perguntou – Se for para morrer, que seja perto do meu primogênito.

- Vou ficar de guarda. Descanse. – Mulder beijou a testa da mãe – Vou só ajeitar a Scully no sofá e fico aqui do seu lado. Ela dormiu.

Mulder, delicadamente, ajeitou Scully no sofá. Ela se aninhou em sono entre as cobertas. Ele colocou mais um cobertor por cima dela e sentou-se próximo da mãe.

- Filho, você vai precisar descansar? Quer revezar comigo?

- Não, mãe. Descanse. Nosso plano vai dar certo.

- Fox, você sabe que só te ajudei com a esperança de rever a Samantha.

- Mãe, não sabemos se isso irá mesmo acontecer. – Mulder falou.

- Filho, você quer descansar um pouco?

- Não. Só vou entrar no saco de dormir para me esquentar. Fico de guarda esta noite.

Amanheceu e Maggie acordou. Encontrou Mulder colocando a mesa na sala de jantar.

- Bom dia, Fox.

- Bom dia, Sra. Scully. Tem café.

- Obrigada, querido. Você ficou em vigília?

- Sim.

- Por que não deita um pouco e descansa?

- Não tenho tempo. Fiz algumas pesquisas essa noite e foram boas. Tenho que continuá-las.

- Mulder, você não descansou? Por que não vai deitar? – Scully entrou na conversa.

- Preciso de sua ajuda. – Mulder serviu uma xícara de café e ofereceu à parceira.

- Obrigada. – Scully tomou um gole – Mulder, eu vou te ajudar desde que eu possa tomar umas vinte canecas desse líquido precioso.

- Pode fazer suas panquecas? – Mulder levantou as sobrancelhas sugestivamente.

- Faço, Mulder. – Scully sorriu e foi preparar as panquecas.

O dia demorou a passar. Um som metálico dominava o ambiente. Ao anoitecer, uma nave cobriu os céus. Não houve contato, mas ficou pairando sobre a cidade. Não se moveu.

Mulder havia feito uma pesquisa sobre o fenômeno e percebeu que já vinha acontecendo há alguns meses.

Scully colocou uma xícara de café ao lado do computador.

- Hei. Você tem de descansar, Mulder.

- Scully, a nave mãe está vindo e voltando há um ano. O que será que eles querem?

- Eles, eu não sei. Mas, eu quero que você descanse. – Scully acariciou as costas dele – Trouxe café, mas não deveria. Você precisa dormir.

- Scully, vou ficar de vigia.

- Eu revezo com você. Minha mãe e a sua já dormiram. Elas estão ficando amigas.

- Isso é bom. Scully, vá deitar.

- Só se vier comigo. Estou com calafrios.

- O que você tem? – Mulder olhou-a preocupado.

- Só um pressentimento.

- Scully, veja essa reportagem. – Mulder apontou a tela – As visitas são aterrorizantes.

- Sei da sua preocupação com as mamães, mas elas são mais fortes que nós.

- Eu sei. Scully, essa noite pode ser tranquila. Nas próximas, eles vão nos testar.

- E essa história de rever os abduzidos?

- Um informante me falou e minha mãe recebeu uma carta falando isso.

- Mulder, quer falar sobre isso? – Scully sentou ao lado do parceiro.

- O psicólogo sou eu. – Mulder riu – Estamos esperançosos de recuperar a Samantha.

- Tudo bem, Mulder. Mas pode ser uma notícia falsa.

- Scully, nem sei o que pensar. Eu estava descrente com tudo isso.

- Mas, agora, você tem provas suficientes. Estaremos preparados para o ataque?

- Sim. O porão é revestido de ferro. Mesmo que a casa vire ruínas, estaremos bem.

- Mulder, desde que estejamos juntos, tudo estará bem. – Scully sorriu.

- Está com fome? Vou fazer um lanche. – Mulder começou a se movimentar pela cozinha.

- Mulder, você está uma pilha.

- Estou. Vou fazer um lanche e sentarei na sala.

- Tudo bem. – Scully voltou para a sala.

A nave iluminou a casa. Mulder foi para a sala e acordou as mulheres.

 - Vamos descer. – Mulder orientou.

Assim que as três mulheres foram levadas par ao porão, Mulder voltou para o andar de cima.

A nave escaneava a casa com luzes.

- Ataquem. Quero ver se o contra ataque funciona. – Mulder falou indo à cozinha.

Pegou seu lanche e comeu-o, aguardando as ações da nave. Naquela noite, nada aconteceu.

 

Continua…

Nenhum comentário:

Postar um comentário