12/08/2020

Fanfic "Arquivo X": Fim do Mundo, Capítulo 2

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Uma distopia que nos traz a clássica invasão da Terra pelos alienígenas. Mulder e Scully vão embarcar em uma fuga com suas mães, Teena e Margareth.

Data de início: 26/07/2019

Data de término: 11/09/2019

Classificação: 14 anos

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

2º Capítulo

 

Na noite seguinte, ouviu-se um choro alto.

- Parece uma criança. – Teena falou – Parece minha filha.

Mulder ficou com a cabeça nas mãos.

- O que você está ouvindo, filho? – Maggie acariciou o rosto de Mulder – Nós estamos sendo testados, não é?

- Ouço minha irmã. Lá fora. – Mulder falou.

- Alguém está ouvindo ou vendo mais alguma coisa? – Scully trouxe uma xícara de chá para Mulder – Aqui, Mulder. Bebe um golinho.

- O choro. – Maggie falou – É um estímulo que todos ouvimos.

- Mãe, cuida dele. Vou ver se está tudo fechado. – Scully pegou a arma e deslocou-se pela casa.

O choro só aumentava. Scully ouviu um choramingo e reconheceu como sendo de Emily. Respirou fundo. Sabia que era uma ilusão. Continuou a verificar a casa. Foi quando viu a menina na janela.

- Mamãe.

- Não é de verdade. – falou para si mesma.

- Mamãe, mamãe.

- Você não existe. – Scully falou e viu a menina correr – Eu não vou ceder.

Quando Scully voltou à sala, Mulder se contorcia de dor. Teena e Maggie tentavam acalmá-lo.

- Mulder, está tudo bem. Eles estão mexendo com a gente. – Scully ajoelhou-se no chão e acariciou a cabeça dele – Tente respirar fundo.

- Eu sou um frouxo. – Mulder segurava a cabeça.

- Volte, Mulder. – Scully lutou com ele até abraçá-lo – Respira fundo, Mulder. Eu estou aqui. Eles estão nos testando.

- Dana, viu pegar mais chá. – Maggie falou.

- Mãe, fique aqui. Não sabemos o que os alienígenas querem de nós ou que ilusão vão criar. – Scully falou.

- E o Fox? – Teena estava desesperada.

- Ele está em uma espécie de transe. – Scully ainda lutava e, ao mesmo tempo, acarinhava Mulder – Sra. Mulder, fale para ele que não é culpa dele o desaparecimento da Samantha.

- Fox, é a sua mãe. Você é muito corajoso. Não é culpa sua. Não é sua culpa a Sam ter sido levada. – Teena falou carinhosa – Ouve a mamãe. Fox, eu te amo tanto.

Os olhos de Mulder estalaram abertos.

- Hei, Mulder. – Scully acariciou o rosto dele.

- Eu me deixei levar. – Mulder sentou no chão.

- Respira fundo. – Scully beijou-lhe a testa – Quero que você se deite no sofá e eu vou te examinar.

- Eu estou bem. – Mulder levantou-se com a ajuda de Scully e sentou no sofá ao lado da mãe – Desculpe, mãe.

- Está tudo bem, Fox. – Teena abraçou-o.

- Vamos descansar. – Maggie pegou Dana pela mão.

Amanheceu. Mulder viu que Scully estava acordada e deitada no colchonete.

- Scully, eu preciso me deitar.

- Vem cá, teimoso. Você não dormiu, né? – Scully abriu espaço na cama improvisada – Vem cá. Vem deitar. – ela falou carinhosa.

Mulder deitou-se e foi abraçado por Scully.

- Estou com tanto frio.

- Eu vou te esquentar. – Scully abraçou-o e enrolou-o nas cobertas – Mulder, respire devagar. Teu pulso está correndo.

- Foi uma noite e tanto. – Mulder tremeu.

- Já vai esquentar. – Scully acariciou o rosto dele – Eu quero que feche os olhos e se concentre em sua respiração.

- Scully, eu me descontrolei.

- Está tudo bem. Estou aqui.

- Não me deixe.

- Nunca, Mulder. – Scully beijou a testa de Mulder – Você está suando frio. Relaxe.

- Filha, quer outro cobertor? – Maggie falou.

- Mãe, ele está gelado. Vou tentar esquentá-lo. Mas acho que vou precisar colocá-lo no soro. – Scully abraçou Mulder com força.

- Está tudo bem, querido. – Maggie falou colocando outro cobertor em ciam dele – Dana, vou fazer o café.

- Cuide da Sra. Mulder, mamãe.

- E cuide do nosso menino.

Mais tarde, as três mulheres pajeavam Mulder.

- Ele dormiu de verdade. – Scully estava com a cabeça de Mulder em um travesseiro no seu colo – Tive que colocar um remedinho no soro. Mas acho que não vai dormir muito. Daqui a pouco, deve estar querendo arrancar tudo.

- Ainda que trouxe essas tralhas de hospital, Dana. – Maggie comentou – O jantar é por minha conta.

- Maggie, eu posso fazer o jantar hoje. – Teena falou – Você limpou os banheiros.

- É o jeito para passar o tempo. – Maggie sorriu – Podemos cozinhar juntas.

- Dana, qualquer coisa, você chama? – Teena falou apreensiva.

- Sra. Mulder, ele está melhor. Quando ele acordar, a senhora verá. – Scully sorriu e viu as duas mulheres mais velhas saírem da sala.

- As velhas já foram? – Mulder falou de olhos fechados.

- Mulder! Você já acordou? Sim, elas já foram. Como se sente?

- Ainda com dor de cabeça. – ele abriu os olhos devagar.

- Precisa comer alguma coisa. As velhas vão cozinhar.

- Que bom que elas se dão bem.

- Verdade. Precisamos ficar aqui na sala?

- É mais fácil para descer ao porão. Mas, nós arrumamos os quartos com tanto carinho.

- Por que não sobe e descansa após o jantar? – Scully beijou a testa dele – Sua temperatura já está normalizando. O que acha de um bom banho? Um bom banho de banheira, à luz de velas, com sais de banho iria te relaxar.

- Falta companhia, Scully. Quer ir comigo?

- Mulder!

- Ah... O acesso está me incomodando.

- Vou tirar, Mulder. – Scully ajeitou-o no colchão e fui cuidar do braço dele.

- Scully, preciso falar com você e com as velhas. Tive uma ideia.

- Mulder, você preparou uma fortaleza.

- E uma armadilha, Scully. – Mulder sentou-se.

- Você não me contou tudo. Eu sei disso e não estou brava. Isso é estranho.

- Scully, eu preciso demais de você. – Mulder falou dengoso.

- Está tudo bem. Eu estou aqui. – Scully acariciou o rosto do parceiro.

- Pense no nosso banho. – Mulder levantou-se e foi para o andar superior.

O jantar foi tranquilo. Todos conversavam sobre amenidades.

- Adoro essa atmosfera à luz de velas. – Teena riu – É o fim dos tempos. É o fim do mundo.

- Ainda não, Sra. Mulder. – Scully riu.

- Chame-me de Teena, por favor. Se somos uma família e vamos morrer juntos, não precisa ser tão formal e me chamar de senhora.

- Ok, Teena. – Scully sorriu novamente – Mãe, passa o pão, por favor.

- Claro, Dana. – Maggie sorriu para a filha – Seu sorriso é uma ilusão?

- Estou sorrindo por estarmos juntos. – Scully falou.

- Scully, se apagarmos a luz das velas, seu sorriso iluminará a casa toda. – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto dela.

- Quero pegar um vinho. – Scully falou.

- Eu pego as taças. – Mulder acompanhou-a até a adega.

- Teena, será que eles percebem que se amam?

- Não sei, Maggie. É evidente para nós.

- É mesmo. O que podemos fazer para eles enxergarem?

- Eu já fiz tanto, Teena.

- Hum. Vamos torcer para que, nesse tempo, eles se vejam com outros olhos.

Mulder e Scully retornaram com o vinho e as taças.

- Vamos brindar. – Mulder serviu às mulheres e continuou – A nós!

- Saúde! – as três mulheres exclamaram.

Assim que terminaram o jantar, Mulder se ofereceu para lavar a louça. Enquanto isso, as mulheres organizavam a sala para passarem a noite.

Logo, reuniram-se novamente na cozinha.

- Fox, o que quer falar que não pode ser na sala? – Teena questionou o filho.

- Há indícios de que os alienígenas devem atacar logo. Provavelmente, em dois dias. Essa noite será ruim e a tendência é só piorar. – Mulder falou – Eu quero que vocês se preparem. Iremos ver se dá para ficar na sala. Caso contrário, iremos para o porão.

- Ok, Mulder. – Scully olhou-o carinhosa – Estaremos juntos.

- Mãe, a senhora está com dificuldade com a escada. – Mulder falou carinhoso – Eu vou ajudá-la. Se eu faltar, a Scully vai te ajudar.

- Filho, você quer dizer que não vai para o abrigo conosco? – Teena deduziu – É por causa da arma?

- Em conjunto com alguns grupos, eu construí uma arma para destruir a nave mãe. – Mulder explicou para Maggie e Dana – Temos que dar um jeito de cortar o mal pela raiz. Eu farei isso. A arma está no sótão.

- Fox, e como podemos ajudar? – Maggie quis saber.

- É perigoso, Maggie. Eu farei sozinho.

- Mulder, e eu? – Scully fechou as mãos – Eu posso te ajudar.

- Scully, você tem que cuidar das mamães. – Mulder falou – E eu quero te preservar. Alguém, além de mim, tem que saber o que fazer.

- Mulder, eu quero te ajudar. – ela falou – Eu levo as mamães para o porão ou para a van e volto para te ajudar.

- Agora, somos mamães. – Maggie sussurrou para Teena.

- Melhor que velhas. – Teena devolveu no mesmo tom.

- Scully, eu só confio em você para isso. Vou desenhar o esquema. – Mulder pegou uma caneta, uma sulfite e começou a desenhar – Vamos deixar a van pronta para a fuga. Avaliarei como as coisas vão acontecer hoje. Amanhã, vocês ficam no porão. No dia seguinte, eu colocarei vocês na van e aguardaremos tudo começar. Então, atrairei a nave para o ponto e atirarei. Eu estarei em contato com os vários grupos. Estimo que, da hora em que eu colocar vocês na van até o ataque final, se passará uma hora. Se tudo der certo, em uma hora, eu posiciono a arma, disparo e encontro vocês. Senão, depois de passado esse tempo, Scully, você deve dirigir para o Norte. Tudo indicado neste mapa, que deixo contigo. – Mulder entregou a folha para Scully – Dirija sem parar até chegar no destino.

- Eu não concordo, Mulder. – Scully disparou.

- Scully, entenda. – Mulder respirou fundo – Eu preciso que você faça o que estou pedindo.

- Não! – Scully esmurrou a mesa e saiu da cozinha.

- Fox, vá atrás dela. – Maggie falou – Sua mãe e eu fazemos a ronda.

- Está tudo fechado. Só precisamos apagar as velas e ver se não tem luz acesa. – Mulder falou respirando fundo novamente.

- Vai, Fox. – Teena acariciou o braço do filho – Não fiquem brigados.

Mulder suspirou e foi para a sala. Encontrou Scully furiosa arrumando uma mala.

 

Continua…

Nenhum comentário:

Postar um comentário