17/01/2020

Fanfic "Power Rangers": Sempre volto para você, Capítulo 7


Sinopse: AU. Kimberly volta a conviver com Tommy de uma forma inusitada, porém há uma separação.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 18 anos
Data de início: 24/05/2017
Data de término: 12/07/2017
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7° Capítulo

- Tommy? É você? – Kim disse dando pequenos passos em direção a ele.
- Em carne e osso. Só não desmaie, Beautiful. – Tommy abriu os braços.
Kimberly correu até ele e arremessou-se no abraço de Tommy. Ao ser erguida por ele, apertou-o forte pelo pescoço.
Tommy encostou na porta fechada e apertou o corpo de Kimberly no seu.
- Estou louca para entrelaçar…
- Faça. – Tommy falou cheirando o cabelo dela.
Kimberly colocou as pernas em torno da cintura de Tommy e deitou a cabeça no ombro dele.
- Senti sua falta, Tommy. – ela chorava de alegria e soluçava.
Tommy nada falou. Apenas alcançou a boca de Kimberly com a sua e beijou-a com paixão.
Beijaram-se até precisarem de ar. Separaram-se e Kim sorriu.
- Que sorriso lindo, minha princesa.
- Tommy, o que aconteceu com você?
- Acho melhor você descer.
- Desculpe. – Kim desceu com calma do colo de Tommy e abraçou-o – Não quero te soltar.
- Só para irmos até o sofá, Kim. Não vamos mais desgrudar.
O casal foi sentar-se no sofá.
Tommy se sentou devagar e trouxe Kimberly para ficar ao lado dele.
- Kim, cadê minha mãe?
- Está visitando parentes em Needles.
- Tia Lauren. – Tommy falou.
- Ela volta amanhã. Fiquei de busca-la no ponto de encontro.
- Na casa de chá? Amanhã?
- É. – Kim deitou a cabeça no peito de Tommy.
- Ai! – Tommy gemeu – Tenho alguns pontos sensíveis ainda.
- Desculpe. – Kimberly endireitou-se e afastou-se – Você deve estar cansado.
- Eu passei a noite em um hotel em Los Angeles. Dormi bastante antes de vir para cá.
- Sua mãe me deixou instruções claras para ligar assim que eu tivesse notícias suas.
- O que está esperando?
- Não foram meses fáceis. Se eu ligar para sua mãe…
- Ela vai querer voltar imediatamente e de qualquer jeito.
- E, Deus sabe, que ela precisa mudar de ares. Mas, vou fazer uma chamada de vídeo. Não posso deixar de contar a ela.
- Liga pra ela, Kim.
Kimberly fez a chamada de vídeo.
- Oi, Kim.
- Oi, mãezinha. Como a senhora está?
- Bem. E você? Está melhor?
- Estou bem.
- Tem notícias dele?
- Tenho uma coisa para mostrar.
Kim acertou o celular de forma que a imagem aparecesse para Tommy.
- Oi, mamãe.
- Tommy!
- Oi!
- Estou voltando…
- Amanhã, mãe. A Kim e eu vamos buscar a senhora.
- Meu filho, você está bem?
- Estou, mãe.
- Kimberly, pare de chorar e cuide do meu filho. – a Sra. Oliver falou entre lágrimas.
- A senhora também não precisa chorar mais. – Kim sorriu e beijou a bochecha de Tommy.
- Almoçamos juntos na casa de chá Nanny Azul. – a Sra. Oliver falou.
- Te amo, mamãe. – Tommy mandou um beijo e Kimberly desligou o celular.
- Tommy, você está bem? – Kimberly estava preocupada.
- Sim, Kim. Ainda com dor em alguns lugares e algumas cicatrizes.
- O que houve? Quero tentar cuidar de você.
- A explosão começou com um erro de cálculo e compostos químicos criaram uma reação em cadeia. Eu estava dando aula no prédio ao lado. A estrutura não ruiu. Nós saímos ilesos do prédio, mas do lado de fora é que estava o perigo. A terra estava instável. Eu não me lembro de muita coisa, mas eu cai. Machuquei braços, pernas e rosto. Bati a cabeça e o pior foi ter tido um trauma no tórax. Tive o pulmão perfurado… – Tommy parou de contar ao ver Kimberly ficar pálida – Hei, Kim, está tudo bem?
- Pode suavizar mais a descrição? Estou um pouco enjoada.
- Ah, querida, desculpe.
- Eu fico imaginado os piores cenários. Você, sozinho, ferido. Depois, presumidamente morto. – Kimberly engoliu saliva e respirou fundo.
- Kim, fica calma. Respira fundo. Preciso de você bem e inteira para cuidar de mim.
- Eu já volto, Tommy. – Kimberly saiu correndo da sala.
Tommy fechou os olhos. A reação de Kimberly foi algo que ele não esperava.
Kimberly vomitou o pouco que tinha no estômago. Logo, ouviu Tommy chamando-a.
- Kim, você está melhor? Posso entrar? – ele abriu a porta – O que foi, Kim?
- Eu fiquei enjoada. – Kim abraçou Tommy.
- Você está gelada. Sente-se melhor?
- Não. Por favor, deixe-me sozinha até me sentir melhor.
- Tudo bem. Vou te esperar na sala.
Kimberly voltou para a sala e Tommy puxou-a para sentar em seu colo.
- Desculpe, Tommy. Essa semana toda, eu estive com o estômago ruim.
- Não se preocupe, docinho. Descanse. Respira fundo e fecha os olhos. Cochila um pouquinho.
- Você precisa terminar de me contar o que aconteceu.
- Kim, eu preciso de você. Quero saber o que deixou a minha menina desse jeito. Mas, quero você inteira. Meia de hora de cochilo no meu colo. Isso vai te deixar melhor.
- Ok.
Kimberly adormeceu. Uma hora depois, acordou e recebeu um sorriso de Tommy.
- Hei, Beautiful.
- Quanto tempo?
- Não contei. Fiquei matando a saudades. Que tal um banho? Você e eu?
- Precisa de ajuda?
- Na verdade, preciso. Mas, só se estiver à vontade. Terá de ver o estado do meu corpo.
- Você quer deitar depois do banho?
- Só se estiver com você.
- Quando chegou, eu tinha terminado de arrumar seu quarto. Está limpo e fresquinho.
- Obrigado, Kim. Eu dormi mais de doze horas. Fiquei em um hotel em Los Angeles antes de vir para cá. Mas estou com fome.
- Ok. Vou preparar algo.
- Antes, preciso que…
- Vou te ajudar no que for preciso.
- Preciso proteger o curativo do peito. Eu já o troquei hoje. Amanhã, mamãe pode fazê-lo.
- Eu prometo que não vou mais me impressionar.
- Tudo o que precisa saber é que passei por duas cirurgias e fiquei três meses no hospital de Melbourne. Passei três meses organizando documentos e trabalhando para voltar. Sei que não é desculpa para não ter ligado ou dado notícias, mas tudo foi difícil. Eu fui dado como morto. Foi um processo longo para voltar a existir.
- Agora, você está aqui. No alcance dos meus braços. – ela falou beijando a bochecha dele – E eu vou tomar banho com você.
Tommy e Kimberly levaram a bagagem dele para o quarto. Kim recolheu a roupa que ficara no meio do caminho e preparou o banheiro.
- Vou tirar sua roupa. – Kimberly disse vendo-o encostado na porta.
- Só não abuse de mim, Kim. E não fique impressionada com o que vir. Se não se sentir bem, você me avisa. – Tommy falou.
Kimberly ajudou-o a se despir e colocou-o sentado em um banquinho de plástico. Passou um plástico nas bandagens do corpo de Tommy.
- Tommy, vou te dar um banho rápido, com o chuveirinho. Se sentir frio, me fala.
- Estou nu na sua frente, Kim. – Tommy brincou.
- Eu já te vi nu outras vezes, Tommy.
- Nós tínhamos dezesseis anos, Kimberly.
- Quer relaxar? – Kim falou suave.
- Está tentando me seduzir?
- Tommy, você que me seduziu quando eu tinha dezesseis anos! – Kimberly ajeitou-o para lavar os cabelos dele – Vou lavar tua cabeça. Só não terei o prazer de pentear seus cabelos, porque você cortou.
- Hei, meu amor. Obrigado por cuidar de mim.
- Depois do banho, vou fazer um lanchinho para você. – Kimberly disse entregando o chuveirinho para Tommy – Termine de se lavar. Vou separar teu pijama e trazer uma toalha.
- Obrigado, Kim. – Tommy puxou-a para um beijo.
- Não tem problema. Você continua com um corpo lindo.
Logo, Kimberly estava na cozinham preparando algo para Tommy comer. Ele entrou e falou:
- Hei. Achei que estivesse cedo para jantar.
- E está, mas você está com fome.
- E você?
- Não tenho fome agora.
Tommy sentou-se à mesa e ficou observando Kimberly mover-se pela cozinha. Ela sempre fora magra, mas, naquele dia, parecia mais magra e pálida.
- Kim, você está melhor?
- Sim, obrigada. – ela colocou um prato de salada em frente a Tommy – Coma.
- Hei, Beautiful. – Tommy puxou-a para sentar no seu colo – O que aconteceu?
- Nada. Estou feliz que voltou. – Kim beijou a testa de Tommy.
- Seus olhos me dizem que a minha Kimberly não está bem. Eu te conheço como a palma da minha mão.
- Tommy! – ela exclamou levantando-se do colo dele – Estou fazendo batata cozida e bife grelhado. Preciso olhar a carne.
- Kim, você precisa se abrir, meu amor. Eu estou aqui para você agora.
Kimberly foi terminar o jantar. Serviu Tommy e colocou duas folhas de alface no prato dela.
- O que é isso, Kimberly? – apontou Tommy para o prato dela.
- Salada.
- Kimberly, você não está se sentindo bem?
- Estou bem.
- Kim, você passou mal mais cedo. Fala pra mim o que está acontecendo.
- Estou enjoada a semana toda. E não estou grávida.
- Kim, você me falou que estava um pouco deprê. Mamãe falou algumas vezes das alterações de rotina que o médico pediu. Como você se sente?
- Tenho que falar sobre isso?
- Kim, você quer falar?
- Não. Você acabou de chegar. Não vou despejar meus problemas em você.
- Eu estou grato por ter voltado para casa. Voltei para seus braços, como prometi.
- E eu ganhei um beijo maravilhoso! – Kimberly sorriu e terminou de comer.
- Você não vai comer só isso, né?
- Não tenho tido fome. Como te falei, estou enjoada direto essa semana.
- Senta no meu colo e vamos tentar comer mais um pouco, Kim. – Tommy disse pegando-a pela mão – Não quero te forçar, querida, mas veja se eu te ajudo a comer mais um pouquinho.
Kimberly obedeceu e sentou no colo de Tommy. Tommy cortou um pedaço pequeno de carne e ofereceu a ela. Kimberly mastigou devagar e sem vontade.
- Não come mais carne vermelha, Kim?
- Como, mas não me sinto bem.
- Tudo bem. Não vou te dar mais. – Tommy beijou-lhe o pescoço.
- Estou suada.
- Kim, eu não me importo. Quer descansar um pouco?
- Não. Ainda vou lavar a louça, organizar tudo e tomar banho.
- Kim, por que não vai ler um pouco? Fique sentada por uma meia hora para digestão.
- Tommy, eu que tenho que tomar conta de você! – Kimberly beijou os lábios de Tommy.
- Vamos tomar conta um do outro, princesa. Você cozinhou. A louça é minha.
Kimberly foi para o porão. Quando se viu sozinha, começou a chorar. Sabia que estava doente, mas admitir isso para Tommy era muito difícil.
Tommy ouvi-a chorando. Estava muito preocupado com ela desde a última vez que conversaram. Não sabia o que tinha acontecido para dar início ao quadro depressivo e de anorexia dela. Terminou de lavar a louça e foi ao porão.
- Beautiful, preciso me sentir vivo.
- Tommy, eu não sou boa companhia agora. E você não deveria estar abusando na escada.
- Dorme comigo? – Tommy aproximou-se dela.
- Faz tempo que eu não durmo na minha cama.
- Onde tem dormido?
- Na cama de sua mãe, na sala, na casa do Jason e, quando sozinha, na sua cama. – Kim respondeu e viu Tommy sentar ao lado dela – Não estou te rejeitando.
- Kim, eu abri meu coração para você.
- Eu te trai. Já te disse.
- Foi esse cara que te marcou, que te machucou?
- Sim.
- Quanto tempo ficou com ele?
- Dez anos, oito meses e sete dias.
- Kim, quer falar sobre?
- Isso entre idas e voltas. Nós demos uns amassos, mandei a carta e comecei um namoro. Namoramos três anos antes de morarmos juntos por sete.
- Você foi feliz?
- Nos primeiros anos, ele era um doce. Tratava-me por boneca e eu estava encantada. Pensava em casar. Depois, começou a me proibir de sair sozinha. Passou um tempo, e começou a racionar a minha alimentação.
- Kim, não precisa ir tão fundo hoje. – Tommy abraçou-a.
- Eu comecei. Preciso ir até o fim. – ela falou aconchegando-se no colo de Tommy.
- Ai, ai, baby. – gemeu Tommy – Aí eu ainda sinto dor.
- Desculpe. – Kimberly saiu do abraço rapidamente.
- Hei, Kim, deixe-me te abraçar direito. Você ainda não sabe quais são os pontos sensíveis. – Tommy ajeitou Kimberly e a fez deitar em seu ombro – Tudo bem assim?
- Sim.
- Quer continuar?
- Sim. Ele dizia que eu tinha que ficar magérrima para uma ginasta decente e fazer os exercícios mais pesados. E eu fiz. Fui burra, mas estava iludida e achava que estava apaixonada. Eu queria agradar.
- Você ficou com anorexia?
- Sim. Entrei em uma espécie de depressão e fiquei anoréxica.
- De vez em quando, esse quadro volta?
- Tenho vergonha.
- Kim, somos amigos. E estou tentando ser seu namorado.
- Estamos namorando?
- Oficialmente, desde o beijo na porta. Na cabeça de mamãe, desde que te vi naquela vídeo-chamada.
- Tomamos banho juntos. – Kim falou e deu um sorriso.
- Na primeira vez, estávamos de roupa íntima e você doente. Não valeu. Hoje, só eu estava nu.
- Eu te desejei, Tommy. Todos os dias.
- Kim, eu troquei o nome de várias mulheres. Sempre queria que fosse você.
- Ah, Tommy!
- Kim, quer continuar?
- Sim.
- De vez em quando, você se sente pra baixo?
- Sim. E volto a fazer tudo aquilo.
- E?
- Meu estômago acostuma e eu sinto náusea o tempo todo. Fico enjoada como estou hoje.
- Hoje, não foi apenas porque estava imaginando o acidente?
- Apenas? Nós achamos que tínhamos te perdido, Tommy! – Kim disparou.
- Desculpe, Kim.
- Também foi por imaginar a situação. Estou há três dias sem comer muito. Hoje, levantei e fui para a academia. Depois, tomei meio copo de iogurte e meio copo de água.
- Kim, sabe que fez errado, né?
- Sei. – ela fechou os olhos.
- Tudo bem. Vou cuidar de você, meu amor.
- Não falei nada para sua mãe. Só algumas vezes, disse que não me sentia bem.
- Ela percebeu, Kim. Eu sinto muito, minha princesa. Sinto porque em parte é minha culpa.
- Eu fiquei uns dois dias chorando, depois que te deixei no aeroporto e não te beijei. Não quis que me beijasse, porque não queria ficar em um relacionamento a distância ou te deixar na mesma situação que te deixei…
Tommy capturou os lábios de Kimberly com os seus e forçou sua língua dentro da boca de Kimberly. Beijou-a com paixão até faltar o ar.
- Kim, eu não te beijei assim no aeroporto, porque eu não me controlaria e faria sexo com você lá mesmo. Fiquei sonhando com isso o tempo todo.
- No chão do aeroporto… – Kimberly disse pensativa.
- Kimberly, o que está pensando? – Tommy sorriu.
- Que eu tenho que me segurar e não tem atacar. – ela suspirou – Imaginei a cena. Nós dois, no chão do aeroporto… Ui!
Tommy riu e beijou a cabeça dela.
- Cena tentadora. Mas, voltemos a parte chata da nossa conversa. Desde quando você tem se sentido enjoada?
- Há três meses. – Kimberly respondeu e logo corrigiu – Há cinco meses. Nos primeiros, eu provocava ou ficava dias sem comer.
- Nos últimos, teu organismo interpretou suas ações como normais, Kim.
- Sua mãe deve realmente ter percebido. – ela bateu na testa.
- Relaxa.
- O médico percebeu e pediu que eu ajustasse a rotina. Ultimamente, não tenho ido ao consultório.
- Vou introduzir dieta líquida para que você vá se acostumando. Treinar só de leve e comigo.
- E seu trabalho? Sua casa?
- Vou ficar com mamãe até eu me recuperar. Depois, você vai passar uma temporada comigo.
- Em Reefside?
- Sim, Kimberly.
- Morar com meu namorado?
- Repete. – ele pediu sorrindo.
- Morar com meu namorado! – ela respondeu com um sorriso que iluminou seu rosto.
- Seu o quê? – Tommy falou sedutor.
- Namorado, Handsome. Meu namorado! – Kimberly beijou-o com firmeza.
- Kim, estou ficando com sono. Mas, vou tomar um chá antes de deitar. Quer uma xícara?
- Sim. E vou dormir com você.
- Eba! – Tommy riu e sentiu dor – Ai!
- O que foi? – Kimberly sentou-se assustada.
- Rir faz doer meu peito, bebê. Mas não se preocupe. Estou bem.
- A última cirurgia é recente?
- Sim. Faz um mês. Foi simples, mas ainda estou me recuperando.
- Quer que eu te faça o chá? Posso fazer aqui em casa mesmo. – Kimberly acariciou a cabeça de Tommy.
- Kim, quer ficar na sua cama hoje?
- Onde você estiver.
- Fiquemos no meu quarto, então.
No dia seguinte, a Sra. Oliver chegou em casa, por volta da hora do almoço. Decidiu que iria para casa por conta própria. Ao chegar na sala, encontrou Tommy e Kimberly dormindo no colchão. Sorriu. Fechou a porta e ouviu a voz do filho:
- Mãe?

Continua…

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