25/07/2018

Fanfic "Arquivo X": O Mistério do Madeleine West, Capítulo 2


Título: O Mistério do Madeleine West
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Um navio, uma fórmula, um perfume e um staff superanimado. Onde Mulder e Scully se encaixam? Leia e verá!
Timeline: Onde você quiser.
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2º Capítulo

- Eu disse pessoas. – ele sorriu e logo ficou sério novamente – Teremos de ser um casal novamente. Dessa vez, você escolhe os nomes, Scully.
- Por quê? Já somos Rob e Laura Petrie. – ela falou sorrindo – Certo. Fiz progressos. Liguei para Anne Irving, uma amiga, perfumista, e ela me enviou algumas informações.
- Suponho que tenha feito anotações.
- Sim. – ela começou a procurar algo com o pé.
- O que é?
- Perdi meu sapato. – ela riu e revelou os pés descalços sob a mesa – Não importa. Você não acredita o que descobri. A Anne vem estudando este caso há oito meses. Nesse período, vinte e quatro casais morreram por causa dessa substância. Quase um casal por semana, mas não foi divulgado, pois os corpos, em sua maioria, foram encontrados no mar e considerados vítimas de afogamento. O navio Madeleine West, segundo suas anotações, Mulder, foi resgatado e restaurado recentemente. Depois disso, foi transformado em um cruzeiro de luxo novamente.
- Os casais embarcavam e, durante o primeiro dia, o capitão apresentava as dependências do navio.
- Dependências que foram preservadas incluindo seus pertences. Mulder, isso explica porque os vinhos do navio são tão bons.
- E quanto aos perfumes?
- Bom, havia uma cabine especial que guardava as experiências de um perfumista e cientista chamado Frank Irving. Possivelmente, tataravô ou tetravô de Anne. Era uma pessoa rica e estranha para a sociedade da época. Vivia viajando e estudando novas fórmulas para seus perfumes. Quando viu que em sua casa sua nova descoberta não estaria segura, pediu ao Capitão do navio para guardá-las lá e acabou arrendando essa cabine. Seus conhecimentos ficaram encerrados lá, pois o Senhor Irving faleceu dois meses depois que o navio afundou devido a febre amarela, contraída em uma de suas muitas viagens. Anne acredita que essas experiências resultaram em algum tipo de perfume prejudicial à saúde.
- Scully, o que poderia ter matado esses casais?
- A Anne ainda não sabe, mas, ontem, encontrou anotações do Senhor Irving e, quando falei com ela, o material estava sendo analisada.
- Coincidência?
- Na verdade, não. Anne é tão viciada em trabalho quanto nós. Eu achei o sobrenome Irving naquele site que você estava consultando. Tentei e a sorte sorriu para mim. – Scully parecia uma menina que ganhou um brinquedo novo e quer explorá-lo ao máximo – Você não me parece animado com o caso.
- Teremos de fingir novamente.
- Sim. E prepare-se, Rob Petrie. Já marquei nossas passagens para a Califórnia. Esta tarde. Ficaremos em terra dois dias.
- O quê?
- Embarcamos na próxima saída do navio. Ficaremos duas semanas navegando. Skinner já aprovou.
- Você sabe o que eu sinto em relação a barcos.
- Mulder, você estará com sua médica pessoal a tiracolo. Não se preocupe.
- O que mais descobriu, doc? – ele sorriu.
- Muito sobre a arte dos perfumistas, Mulder. Você vai gostar. Agora, vamos arrumar nossas malas. A certidão de casamento e documentos estão na sala do Skinner. Pode ir pegar?
- Claro. Vá para casa e, daqui umas duas horas, estarei lá, certo?
- Está, mas seja pontual. Não quero perder o voo. Consegui dois assentos na Primeira Classe.
- Estamos bem cotados, hein?
- Ok. Achei meu sapato.
Scully calçou os sapatos, vestiu o sobretudo, despediu-se do parceiro e saiu.
Duas horas e meia depois, Mulder chegava ao prédio de Scully.
- Você está atrasado, Mulder. – Scully estava com as malas na porta do apartamento dela.
- Desculpe-me. Tive que fazer algumas compras.
- Está certo, meu filho. – Margareth Scully apareceu atrás da filha – Nós também fizemos compras, não é, Dana?
- Olá, Senhora Scully. – Mulder cumprimentou-a – Eu vou levar suas malas.
- Vai, Mulder. Eu já desço.
Mulder pegou algumas duas malas e desceu.
- Mamãe, obrigada por tudo.
- Boa viagem. Aproveite para descansar um pouco.
Mãe e filha abraçaram-se e despediram-se. Logo, Mulder votou e abraçou-as.
- Mulder! – Dana exclamou.
- Estou carente. Vocês duas são tudo para mim. – Mulder beijou a testa de cada uma – Vamos, Scully?
- Vamos. – Scully pegou a mala de rodinhas e pegou no braço de Mulder.
Depois de todas as malas no carro, Mulder perguntou:
- Dana Scully, você vai passar quantos anos no navio?
- Olha, eu trouxe coisas para você também. Quantas malas você trouxe?
- Duas.
- Eu já trouxe três e minha bolsa. Sei que é exagero, mas comprei algumas roupas de verão para você e para mim também. Além disso, trouxe a roupa de gala, repelentes, bloqueador solar, cremes hidratantes e remédios diversos.
- Eu trouxe meu smoking par ao jantar de gala.
- Chega de conversa, crianças. Não querem perder o voo, né? – Maggie falou chegando perto deles – Boa viagem. Deus os acompanhe.
Mulder e Scully entraram no carro e foram para o aeroporto.
Já dentro do avião, Scully quis saber:
- Você já tem alguma teoria, Mulder?
- Além de achar que é coisa alienígena? Não, não tenho.
- Eu não cheguei a uma conclusão, mas aprendi coisas interessantes. – Scully bocejou.
- Quer descansar um pouco? Vai dispensar a champanhe?
- Vou dormir um pouquinho. Você sabe o quanto fico enjoada voando. Mesmo já tendo acostumado a viajar de avião regularmente. – Scully ajeitou-se na poltrona e fechou os olhos.
Desembarcaram na Califórnia. Pegaram a bagagem e foram retirar o carro alugado na locadora automotiva.
- Tudo bem, Scully? – Mulder perguntou vendo a parceira com o olhar perdido na paisagem.
- Tudo. Dirija! Quero ver a paisagem e se é verdade que ficaremos em um hotel quatro estrelas.
- Eu também quero ver. A viagem de avião foi surreal.
- O Skinner está protegendo-nos. Primeira classe, suíte máster, carro utilizado para leasing... O que será que podemos esperar mais?
- Uma boa cabine no navio.
- Não li o contrato ainda. Está longe ainda?
- Um pouco.
- Então, quero compartilhar com você o que aprendi sobre perfumes. Vem do latim per, que significa por, através de, e do verbo fumáre, fumar, produzir fumaça. Podem ser produzidos com matérias primas naturais ou artificiais. As naturais podem ser de origem vegetal, extraída de flores, plantas e raízes, ou de origem animal, âmbar e almíscar. As artificiais tiveram grande desenvolvimento a partir do século XIX, quando se verificaram os maiores progressos da indústria química e da petroquímica.
- E seu eu te disser que os egípcios, na Antiguidade, consumiam grande número de perfumes no culto aos deuses, no embalsamento dos cadáveres e no culto aos mortos?
- Eu acho que me impressionou, Mulder. Realmente você não fugiu das aulas de História. Retifico o que eu disse.
- Continue. – Mulder sorriu sedutor.
- Há referências na Bíblia ao uso dos perfumes entre os judeus no Gênesis. Encontra-se referência também no Êxodo, citando a composição do perfume a ser usado no culto ao Senhor.
- Eram conhecidos dos etruscos e, em Roma, seu uso se estendeu a homens e mulheres de todas as classes, assim como aos cultos religiosos. Scully, o próximo fato que vou lhe dizer pode encaixar-se no caso.
- Fala. – ela suspirou.
- Durante o Renascimento, os perfumes voltaram a ter uso generalizado, sendo levados a Veneza através do comércio com o mundo árabe e a Florença, de onde se irradiaram para outros pontos da Europa. Uma das últimas viagens do Madeleine West foi para Florença. Talvez o Senhor Irving tenha coletado algum material lá.
- Atribui-se a Catarina de Médici a introdução do uso de perfumes na França, onde, a partir de meados do século XIX, a indústria de perfumaria teve rápida expansão, até atingir a magnitude assumida nos dias atuais.
- O que mais quer compartilhar?
- Nada mais, Mulder.
- Eu reli o caso no avião.
- E?
- Os casais compraram um tipo de perfume afrodisíaco para melhorar o desempenho sexual.
- Li isso. Foram adquiridos na lojinha do navio. Eu farei a autopsiados últimos dois corpos.
- Ainda estão intocados.
- Preciso estudar o resultado das outras autópsias.
- Ok. Pelo endereço, este é o nosso hotel.
O casal de agentes olhou o belo hotel localizados a alguns metros da praia. Apesar de ser uma construção vertical, podia-se ver a beleza do prédio com pintura azulada.
Mulder estacionou em frente a porta do Hotel Marine. O porteiro veio recebê-los.
- Sejam bem vindos. – saudou-os abrindo a porta de Scully enquanto o manobrista abria a porta de Mulder – Sou Angelo Wallace. Este é Carlos Lafayette, manobrista. E este é Mark Byron, que levará suas malas. Gostariam de levar sua bagagem de mão?
- Sim, obrigada. – Dana pegou sua bolsa enquanto Mulder entregava a chave ao manobrista e agradecia-o.
Mulder e Scully pegaram sua bagagem e acompanharam Wallace.
- Por aqui, por favor. – o porteiro disse – Fizeram reservas?
- Sim. – Mulder respondeu – Em nome de Petrie, Robert e Laura.
O casal adentrou o saguão do hotel e foram encaminhados a recepção. A simpática recepcionista entregou-lhes o cartão-chave e indicou o elevador. Subiram e o eficiente funcionário mostrou-lhes o quarto, enquanto o mensageiro trazia a bagagem.
- Apreciem sua estadia. – os funcionários retiraram-se após receber a gorjeta dada por Mulder.


Continua...

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