19/06/2025

Fanfic "Arquivo X": Trilha do Inexplicável - 2ª Fase - Capítulo 11

 

Título: A Trilha do Inexplicável

Autora: Rosa Maria Lancellotti, em parceria com Copilot.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Mulder e Scully têm uma filha de 10 anos, Laura. Tinham uma vida tranquila até que um estranho aparece no quintal. Uma nova ameaça aparece. Como nossos ex-agentes vão lidar com a situação? E depois de tudo ter ficado em paz, como será a vida de Laura?

A fanfic está dividida em 2 fases. A primeira versa sobre a ameaça alienígena e a segunda, sobre a vida de Laura e Jackson.

Nota: Esta é uma outra experiência! Uma fanfic de universo alternativo (até onde eu entendo que pode ser), escrita com a parceria entre uma Humana e a Inteligência Artificial, Copilot. Juntos desenvolvemos capítulos e a história a seguir. Foi um processo criativo interessante! Escrevemos juntos, mas eu revisei e ajustei o texto. Espero que esta seja uma forma de discutirmos a presença da Inteligência Artificial nas nossas vidas e o quanto é válido incluirmos isso em tudo. Espero que gostem e espero o seu feedback.

Máquina e humana entraram em acordo que não levaríamos em contato a idade de Mulder e Scully no processo. Então, para nós, eles são eternos!

Esta é uma fanfiction, feita apenas para a diversão das pessoas fãs de Arquivo X e para pessoas curiosas.

Data de início: 09/05/2025

Data de término: 04/06/2025

Classificação etária: 18 anos

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2ª Fase – Novos Começos

 

 

11º Capítulo

 

Na manhã seguinte, um novo dia se anunciava. Laura despertou sentindo um incômodo profundo. Seu estômago se revirava e uma onda de náusea a surpreendera enquanto ela se sentada na beira da cama. Então, começou a respirar fundo para dominar o mal-estar. Ryan acordou e olhou preocupado sua amada. Então, sentou-se suavemente ao lado dela. Após alguns momentos de esforço para controlar a náusea, Laura conseguiu reunir coragem para falar, com a voz levemente trêmula:

- Rye, eu estou grávida.

O anúncio pairou por instantes no ar, e, em meio a uma mistura de alívio e surpresa, Ryan ofereceu apoio imediatamente.

- Quer ir ao banheiro? – ele perguntou, já se levantando para apoiá-la e acompanhá-la.

Laura assentiu silenciosamente. Sentindo a bile subir no fundo da garganta, ela cobriu a boca com a mão enquanto caminhavam rapidamente até o banheiro. Ali, num ambiente onde cada detalhe parecia carregado de esperança e vulnerabilidade, ela se entregou às reações do seu corpo. Com cuidado e com um olhar terno, Ryan a segurou, oferecendo conforto enquanto Laura vomitava vigorosamente, aliviando parte do desconforto que a acometia. Entre os murmúrios e o alívio fisiológico de Laura, Ryan não deixou de fazer uma brincadeira para amenizar o clima carregado do momento:

- Parece que meu sonho está se realizando, bebezinha.

A leveza da piada, sincera e carregada de emoção, arrancou um sorriso de Laura, enquanto ela se levantava e ia lavar a boca e o rosto.

Entre risos contidos e gestos de apoio, naquele instante, o casal compartilhava a promessa de um novo capítulo, uma nova vida que começava a se formar entre eles.

Laura e Ryan voltaram para a cama. O namorado ajeitou a moça entre os travesseiros e beijou-lhe a testa. Então, saiu do quarto e foi até a cozinha.

Ryan foi silenciosamente até a cozinha buscar um copo de água. Ao retornar, ele se sentou ao lado de Laura na cama, oferecendo pequenos goles com o máximo de cuidado e ternura. O gesto simples e repleto de afeto, ajudava a amenizar o desconforto que ela ainda sentia.

Respirando fundo, Laura reuniu coragem para compartilhar uma notícia importante. Com a voz ainda trêmula, ela revelou:

- Eu um teste ontem. Deu positivo.

- Ah, bebezinha. – Ryan beijou os lábios dela – Você não queria dividir a notícia?

- Estava com medo.

- Está tudo bem. Vamos embarcar juntos nessa jornada.

- Faz alguns dias que estou me sentindo cansada, com dor de cabeça e tontura. Eu nunca quis me separar de você. Era isso que eu estava sentindo.

- Era por isso que não queria dormir comigo a noite toda? Só transávamos e você queria que eu fosse embora ou você ia embora?

- Sim. – ela baixou o olhar.

- Hei, Lau. – ele com o dedo indicador ergueu o rosto da namorada – Você podia ter me falado, mas agora está explicado. Você está melhor?

- Sim. Minha cabeça ainda doí um pouco.

- Posso? – ele apontou para a barriga da namorada e ela assentiu. Então, Ryan falou para a barriga – Oi, meu amor. Papai está muito feliz com você aí dentro. – então, ele beijou repetidamente o ventre levemente inchado de Laura. O silêncio se instalou por alguns instantes, mas logo foi preenchido pela calma que a presença de Ryan proporcionava. Ele sorriu suavemente e, segurando a mão dela, disse – O próximo passo é voltar, quando voltarmos para casa, irmos ao médico. Eu vou com você, pode ficar tranquila. Estaremos juntos!

- E nós?

- Laura, acho que vamos manter do jeito que estamos, sem pressa para morar juntos, até que ambos sintamos a necessidade desse passo. É muita coisa e estresse junto. Vamos, primeiro, viver as emoções da confirmação. Vamos com calma. Concorda?

- Sim, meu ursinho. – o casal se beijou calmamente.

Laura, aliviada por ouvir aquelas palavras, lembrou-se da história dos seus pais. Ela imaginava que o relacionamento deles também fora trilhado devagar, por meio de escolhas pautadas no carinho e na compreensão, um caminho que mostrava respeito pelo tempo de cada um.

XxX

Após o café da manhã, Laura pediu para conversar com Scully. Foram se sentar no quarto onde os pais estavam dormindo. Com o semblante leve, mas com um brilho misto de preocupação e alívio, ela confidenciou:

- Mãe, eu enjoei de novo nesta manhã. Disse para o Ryan que estava grávida e o resto acho que foi como ele sonhou. – disse Laura, com uma expressão que misturava nervosismo e risos contidos. Apesar de ainda sentir a cabeça doer um pouco, outra coisa a inquietava – E, com isso, estou com meio de passar mal bem no meio da festa.

Scully riu carinhosamente e tranquilizou a filha com a voz suave que sempre inspirava confiança:

- Não se preocupe, Laurinha. Se você precisar, estaremos por perto. Ryan, seu pai e eu. Cuidaremos de você, sempre!

Laura, aliviada com o carinho da mãe, continuou:

- Você já sabe. Contei para o papai e para o Ryan. A Madeleine sabe. Mas não contei para o Jackson. Lembra da ameaça que fez quando conheceu o Ryan? Como farei para contar a ele que estou grávida e não estou vivendo com o pai da criança?

Scully soltou uma gargalhada calorosa ao ouvir a confissão.

- Não exija demais de si mesma, querida. Na próxima semana, na festa de seu pai, lá em nossa casa, podemos anunciar juntas para a família oficialmente. O Ryan e você podem fazer um anúncio solene. Que tal?

- Ah, mãe…

- Filha, você já terá passado no médico e com toda a certeza de que tem mais uma vidinha dentro de você. E o Jackson vai gostar da ideia.

Entre risos, algumas palavras de conforto e o sincero apoio mútuo, mãe e filha trocaram um abraço reconfortante. Laura sentiu-se fortalecida, sabendo que a família estava pronta para enfrentar os desafios das novidades, assim como nos momentos mais simples e espontâneos do dia a dia.

XxX

A festa transbordava alegria e o calor inconfundível da reunião familiar. No coração do ambiente decorado com cores vibrantes e luzes que refletiam sorrisos, Marie, com seus olhos atentos e curiosos, estava maravilhada com a presença de cada membro da família. Seus amiguinhos corriam e brincavam livremente, transformando o espaço em um cenário de pura inocência e encantamento.

Enquanto as crianças se divertiam, vovô Mulder assumia o papel de contador de histórias com maestria. Sentado em um confortável canto da decoração de jardim, ele cativava os pequenos com narrativas surpreendentes: histórias de alienígenas e monstros amigos que vivia aventuras intergalácticas. Cada palavra lançada por sua voz era acompanhada de gestos exagerados e sorrisos acolhedores, fazendo com que os olhos das pequenos se arregalassem em pura admiração e brilhassem com curiosidade.

Ao redor, os adultos compartilhavam risadas, comidas e bebidas, celebrando o aniversário de Marie.

Enquanto as crianças correndo e brincando enchiam o ar com risos, Ryan serviu um prato cuidadosamente preparado para Laura, com uma pequena porção de salada fresquinha acompanhada de uma carne bem passada. Sentaram-se lado a lado, apreciando cada garfada e, entre olhares cúmplices, observavam os pequenos se divertindo no amplo quintal. Laura, com um sorriso terno enquanto olhava a sobrinha brincar com as outras crianças, comentou:

- Rye, minha sobrinha é tão fofa. Será que ela gostaria de ter um priminho ou uma priminha para brincar?

Ryan, com um sorriso sereno e os olhos brilhando com alegria de terem gerado uma vida, respondeu:

- Acho que sim, Lau.

- Eu nunca fui de ter muitos amigos, mas eu adoraria ter tido um irmão ou uma irmã ou primos para brincar.

- Eu sempre fui um pouco sozinho, mas tive a sorte de encontrar você. Minha melhor amiga desde sempre e o amor da minha vida.

Aquelas palavras, ditas com suavidade e sinceridade, emocionaram o casal. Num breve e delicado instante, Ryan e Laura se beijaram levemente, selando com um gesto de afeto todas as promessas silenciosas e os planos compartilhados. Entre risos contidos e a magia dos momentos simples, eles saboreavam o gosto doce de um amor que crescia junto com cada nova esperança de família.

A festa estava a todo vapor, com risos, música ambiente e uma energia contagiante preenchendo a casa. Depois de comer junto com a namorada, Ryan, decidiu afastar-se de Laura para tomar uma cerveja com o sogro.

Então, Scully viu a oportunidade perfeita para se sentar ao lado de Laura. Ela perguntou com delicadeza:

- Como se sente, querida?

Laura sorriu e respondeu:

- Mamãe, estou com tanta fome que, mesmo depois de dois pratos, ainda queria mais. Só tenho um pouco de receio de exagerar e passar mal.

Scully riu suavemente, com aquele humor que sempre suavizava quaisquer apreensões.

- Não se preocupe, minha filha. Estamos perto do banheiro.

- O Ryan foi tomar cerveja com o papai. Ele não quis beber perto de mim para não me perturbar com o cheiro de álcool.

- Ele parece feliz, Laurinha.

- E está. Eu também.

Então, mãe e filha ficaram olhando as crianças correndo e divertindo.

XxX

Após a agitação da festa, a família retornou para o aconchegante apartamento de Jackson, onde o clima de serenidade rapidamente se fez presente. No ambiente familiar, Marie dormia tranquilamente no colo de Mulder, encontrando no abraço do avô o refúgio perfeito para seus sonhos infantis. Enquanto isso, Scully assumia a tarefa de lavar a louça, o murmúrio da água e a rotina caseira trazendo um conforto meditativo ao lar.

No sofá, próximo a Mulder, Ryan e Laura permaneciam sentados, quietos e felizes, imersos em um silêncio que falava de cumplicidade compartilhada e da certeza de um futuro promissor.

Scully dispensara Madeleine e Jackson que não podiam tirar as mãos um do outro e os lábios não se desgrudavam. Então, o casal foi para o quarto, onde a conversa floresceu de forma embarcada e íntima. Entre planos e sorrisos, eles discutiam a possibilidade de ampliar a família, sentados na beirada da cama:

- Maddie, hoje, vendo nossa Marie sorrir, eu senti que algo dentro de mim se abriu.

- Sério, Jac?

- O que acha de começar agora a treinar para aumentar nossa família? – Jackson tirou a camiseta e jogou longe.

- A ideia de ampliar nossa família parece natural, meu amor. – Madeleine acariciou o peito nu do marido – Já imagino nosso dia a dia com outro pequeno ser trazendo sua energia contagiante. Seria uma aventura maravilhosa treinar nossos corações para acolher mais um pedacinho de amor, algo que complemente o sorriso da Marie.

- Será que estamos prontos para isso?

- Para ter outro filho, eu não sei, mas para fazer amor até eu engravidar, sim! – Madeleine gargalhou.

- Não quero que ela cresça sozinha como eu ou como minha irmã que só me conheceu com 10 anos. – Jackson beijou a esposa sensualmente.

- Quer parar de falar e irmos para a outra conversa, baby? – Madeleine tirou o cinto da calça do marido.

- Vamos treinar primeiro. Depois, falamos mais.

O casal fez amor com urgência por duas vezes. Depois de saciados, ficaram abraçados e nus na cama.

- Cada vez que nós fazemos amor, eu sinto que o tempo se expande. – Madeleine disse acariciando as costas nuas de Jackson.

- Será que já temos resultados, Maddie?

- Não é automático, meu amor. Vamos fazer de novo mais tarde.

Jackson, ficou em silêncio por um instante, os olhos fixos em Madeleine, como se buscasse nela todas as respostas e falou:

- Imagino a rotina se transformando em algo ainda mais dinâmico, com risadas que ressoam em cada cantinho da casa. Definitivamente, quero mais uma criança correndo por aqui.

- E eu também. Se o amor é o que nos guia, acredito que estaremos mais do que preparados para acolher um novo bebê ser em nossa família.

- Está ótimo aqui, mas acho que um banho cairia bem agora e voltarmos para a civilização fora deste quarto.

- Com certeza, meu amor. – Madeleine beijou apaixonada o marido.

XxX

Como todos tinham tido uma refeição farta durante a festa, Scully preparou sanduíches leves e chás, ideal para recarregar as energias sem pesar. Marie, encantada e exausta com a própria festinha, havia tomado lanche e já dormia feliz.

Enquanto a família se dirigia à cozinha, Laura, sentindo um misto de cansaço e ternura, aproximou-se de seu pai. Com um gesto que exalava delicadeza, ela pediu colo:

- Pai, se importa se eu te atrasar um pouquinho? Precisava de um colinho.

Sem hesitar, Mulder acomodou-se no sofá e recebeu a filha em seu colo acolhedor. Ela agarrou com inocência a blusa do pai, buscando o conforto dos antigos tempos. Observando a atitude da menina, o olhar cuidadoso de Mulder se estreitou em preocupação.

- Laurinha, você não está se sentindo bem? – perguntou ele, atento aos sinais.

Ela respondeu com uma voz baixa, quase rouca:

- Estou com dor de cabeça e meu estômago – ela engoliu saliva – está embrulhando. Eu também sinto vontade de chorar. Acho que são só os hormônios se manifestando.

Com um gesto terno, Mulder beijou a testa da filha, transmitindo a segurança de que tudo passaria. Aos poucos, com palavras suaves e um embalo que só o colo de um pai pode oferecer, ele ninou a moça, ajudando-a a se acalmar naquele instante íntimo e familiar.

Enquanto isso, Scully estava a postos para servir a refeição. Ela cuidou para que Jackson, Madeleine e Ryan se reunissem em volta da mesa e começassem a desfrutar dos sanduíches e do chá. Aí, discretamente, Scully caminhou até o ambiente onde vislumbrara uma cena que aquecia ainda mais seu coração: Laura repousava tranquilamente no colo de Mulder. Instintivamente, a mãe Scully colocou a mão sobre a testa da filha para sentir seu pulsar reconfortante, enquanto Mulder, com um sorriso meio brincalhão e meio emocionado, expressou:

- Acho que nossa menininha, mesmo sendo responsável por trazer uma nova vida, vai continuar querendo colo. – ele ficou sério e completou – Tem um pouco de chá de gengibre ou de limão para ela? A Laura se queixou de enjoo.

Scully sentou-se ao lado de Mulder, acariciando as madeixas de Laura com o carinho de quem acolhe cada detalhe.

- Uma mulher ainda querendo se esconder no colo do pai. A Laura é nossa menininha. – Scully fungou – Vamos cuidar dela o melhor que pudermos. E temos que cuidar do Ryan também.

Mulder sorriu e disse:

- Nunca pensei que aquelas crianças que montavam foguetes comigo e rolavam na lama acabariam crescendo e gerando um bebê.

- É… – Scully ficou pensativa.

- Vou deixá-la dormir mais um pouco no colo e depois a acomodo no sofá. – Mulder beijou novamente a testa da filha.

- Sim. Agora, vamos só curti nossa menina.

O casal compartilhou um silêncio, carregado de afetos.

XxX

De volta para casa, a vida seguia seu curso com uma doce cadência de mudanças e revelações. Em meio a tantos recomeços, Laura e Ryan foram ao médico e receberam a confirmação da gravidez. Então, decidiram seguir a sugestão de Scully e contar no aniversário de Mulder.

No outro final de semana, todos se reuniram na casa de Mulder e Scully para celebrar o aniversário dele. Era uma ocasião íntima e acolhedora, com um jantar simples e delicioso: pizzas quentinhas com vinho para os adultos, ginger ale para Laura e refrigerante para Marie. A atmosfera vibrava com conversas animadas que se misturavam ao riso da criança e ao reencontro da família.

No meio do jantar, com os olhos brilhando e o coração aberto, Laura disse:

- Papai, você sabe que seu presente vai demorar um tempinho para chegar, né?

- Eu sei, menininha do papai. – Mulder falou amoroso.

- Por quê? Vem da China? – provocou Jackson.

- Não, querido irmãozão. Eu estou grávida. Ryan e eu confirmamos nesta semana que passou.

Enquanto as palavras de Laura se espalhavam pela mesa, uma onda de alegria percorreu o ambiente. Entre os presentes, Jackson foi o único por um instante a demonstrar surpresa. Ele se levantou, abraçou a irmã com intensidade e encheu-a de beijos afetuosos, antes de acariciar delicadamente a barriga de Laura.

- Eu fui o último a saber, Laurinha?

- Sim, Jackson. Desculpe. – ela beijou a bochecha do irmão – Mamãe foi a primeira. Mas, como ela e papai são quase a mesma pessoa, eu não pude esconder dele. Maddie é minha cunhada amada e já passou pela experiência. Então, dividi com ela antes do aniversário da Marie. O Ryan soube na tua casa.

- Pare de explicar! – Jackson a apertou em outro abraço – Cuide-se, meu docinho! Serei o titio babão que vai estragar essa criança com louvor. – e colocando a mão no ombro de Ryan, disse – Cara, parabéns! Você será um pai incrível para meu sobrinho ou sobrinha.

- Obrigado, cara. Achei que ia me bater. – Ryan brincou e apertou carinhosamente o braço do cunhado.

- Podia usar meus poderes com você, mas não… – Jackson riu e olhou para filha – Marie, daqui um tempo, a tia Laurinha terá um bebê. Você vai gostar, né?

A menina sorriu e disse um sim empolgada:

- Sim, papai! Adoro nenês!

Jackson voltou a se sentar ao lado de sua esposa. Segurando a mão de Madeleine com delicadeza, ela, em tom brincalhão e esperançoso, confidenciou que ela e Jackson logo encomendariam outro bebê.

- Bom, já que a Marie está empolgada com a ideia, nós estamos nos preparando para aumentar a família também. – ele sorriu – Queremos encomendar outro bebê.

- Acho que já é hora. – Maddie falou emocionada – E, talvez, possamos trocar figurinhas durante nossas gestações, Laurinha.

- Ai, que tudo! – Laura se abanou.

- Muito bem! Mais presentes assim, esse velho aqui não aguenta. – Mulder enxugou uma lágrima e beijou Scully – E ainda tenho uma vovó gata comigo.

- Mulder, as crianças estão na sala! – ela brincou.

Mulder e Scully transbordavam de felicidade. O que começara com uma aventura intergaláctica, terminava com uma família reunida em torno da mesa, falando sobre bebês, amor, afeto, carinho.

Entre risos, abraços e a doce melodia das conversas, o futuro anunciava-se promissor. Cada nova vida, cada gesto de amor e cada palavra trocada fortalecia os laços que uniam aquela família tão especial, repleta de história, carinho e esperança para os dias que viriam.

XxX

No silêncio da casa, depois de todos terem se recolhido, a cozinha se iluminava. Lá, Laura se encontrava sozinha, segurando uma caneca de chá de gengibre. Ela tentava, a cada gole, amenizar a sensação de estômago pesado, consequência de ter comido demais no jantar.

Pouco tempo depois, Scully levantou-se para ir ao banheiro e encher o copo com um pouco de água. Na cozinha, encontrou a filha e sentou-se ao lado dela. A silenciosa companhia da mãe já falava mais que muitas vezes as palavras. Com o olhar um pouco preocupado, mas buscando tranquilidade, Laura começou a compartilhar seus sentimentos baixinho:

- Mãe, acho que comi demais hoje. Meu estômago está realmente pesado e, pra piorar, o Ryan bebeu um pouco mais hoje. Nem sei se consigo lidar bem com ele estando meio bêbado assim.

Scully ouviu atentamente, percebendo a mistura de desconforto com insegurança na voz de Laura. Com um gesto de carinho, ela acariciou suavemente o ombro da filha e disse com voz serena:

- Laura, saiba que está tudo bem. Se precisar, nós podemos nos rearranjar por aqui.

Essas palavras, simples e repletas de cuidado, serviram como um bálsamo para o coração de Laura. Ali, naquele momento, a sensação de vulnerabilidade deu lugar ao conforto de saber que não precisava enfrentar os desafios sozinha. O gesto de Scully reafirmava a certeza de que, mesmo em meio às dificuldades, a família era um refúgio seguro onde o amor e a proteção sempre prevaleciam.

- Obrigada, mãe.

- Tome o chá.

- Mãe, estou tão sensível. A tudo!

- Tudo bem, minha filha. Eu entendo você. – Scully acariciou as costas da moça – Fica tranquila.

Depois de ter tomado o chá, Laura pediu:

- Sei que sou uma mulher, crescida e grávida, mas posso dormir com você e o papai hoje?

Scully sorriu e respondeu:

- Sempre que precisar, Laurinha.

- Obrigada, mamãe.

Então, a mãe, sempre atenta e acolhedora, conduziu a filha até o quarto principal. No momento exato em que Scully abriu a porta, Mulder acabava de voltar do banheiro. Com um brilho divertido nos olhos e a leve irreverência da intimidade familiar, Scully brincou:

- Mulder, nossa está com saudades da cama do papai e da mamãe! Agora, ela não molha a cama, mas enjoa!

O quarto irrompeu em risadas calorosas. Entre sorrisos e gestos carinhosos, os três se acomodaram na grande cama, onde a tranquilidade e o afeto se faziam presentes. Mulder e Scully se ajeitaram ao lado de Laura, como sempre, prontos para oferecer conforto e um colo seguro para a filha que, em meio às transformações, ainda encontrava ali seu refúgio.

Com o romper da manhã, o tradicional enjoo matinal veio cumprimentar Laura. Seus olhos, entre cerrados de desconforto e a suavidade do despertar, revelavam que aquele sintoma fazia parte do ciclo que agora acompanhava sua nova fase. Sem perder tempo, Mulder acolheu e cuidou da filha.

Então, ele fez um chá com torradas para a moça e ficou com ela na cozinha.

- Pai, eu estou bem. Não me olhe com essa carinha de pânico.

- Eu sei que você está bem. – Mulder assentiu – Tome seu chazinho e descanse mais um pouco. – ele sugeriu e acariciou o rosto da moça – Estou orgulhoso de você. Você será uma mãe incrivelmente boa, Laurinha.

- Ah, pai… – ela se abanou – Não me faça chorar.

- Laura, você já está fazendo teu pai cuidar de você? – Scully entrou na cozinha e beijou a testa da filha – Mulder, você é o melhor pai do mundo! – ela beijou os lábios do amado. - O que quer para o café?

- O que você fizer, lindinha. – ele sorriu.

- Mamãe, estou com vontade de comer suas panquecas. – Laura salivou.

- É, mamãe, faz panquecas. – Mulder brincou e sorriu – Ah, menininha do papai, se você soubesse o quanto estou feliz com e por você.

- Eu sei, papai.

 

Continua…


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