01/06/2025

Fanfic "Arquivo X": Projeto Horizonte, 2ª Fase - Capítulo 11

 Título: Projeto Horizonte

Autora: Rosa Maria Lancellotti, em parceria com Copilot.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Mulder e Scully têm uma vida tranquila, com sua filhinha, até que Scully tem uma visão de Jackson pedindo ajuda. Uma trama se descortina, envolvendo o passado das famílias dos nossos ex-agentes favoritos. Descobrem então uma iniciativa cruel, chamada de Projeto Horizonte. Durante esse tempo, uma nova família se constitui, com novos desafios, sob a batuta de Mulder e Scully.

A fanfic está dividida em 2 fases. A primeira traz a parte mais sombria das descobertas. A segunda, a vivência da família e as complicações do dia a dia, com uma boa parte nauseante, sugerida pela IA.

Nota: Esta é uma experiência! Uma fanfic de universo alternativo (até onde eu entendo que pode ser), escrita com a parceria entre uma Humana e a Inteligência Artificial, Copilot. Juntos desenvolvemos capítulos e a história a seguir. Foi um processo criativo interessante! Eu disse que a IA não podia humanizar a história para minha amiga-irmã, mas, quando alimentei o amiguinho virtual com o diálogo que eu queria, ele escreveu uma bela conversa, com uma poesia linda e vale muito compartilhar. É uma das primeiras tentativas que eu faço de escrever algo com a IA. Escrevemos juntos, mas eu revisei e ajustei o texto. Espero que esta seja uma forma de discutirmos a presença da Inteligência Artificial nas nossas vidas e o quanto é válido incluirmos isso em tudo. Espero que gostem e espero o seu feedback.

Data de início: 08/05/2025

Data de término: 26/05/2025

Classificação etária: 18 anos

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2ª Fase

A Redenção e a Nova Família

 

11º Capítulo

 

Em uma serena manhã de sábado, a casa de Mulder e Scully parecia repousar num estado de doce expectativa. O ambiente, sempre tão carregado de afeto e histórias vividas, se transformava naquele dia num cenário íntimo para um dos acontecimentos mais significativos: o casamento do jovem casal no quintal.

Os preparativos foram cuidadosos e cheios de simbolismo. Samantha, sempre dedicada e atenta aos detalhes, colaborou para dar forma ao evento. Ela preparou arranjos florais simples que enfeitavam o jardim, escolheu uma decoração discreta, porém carregada de significado.

O altar improvisado foi montado no quintal, em meio à natureza que cercava a casa, uma mistura harmoniosa de simplicidade e beleza, onde os raios do sol se encontravam com as pétalas das flores e o riso suave de Maggie preenchia o espaço.

Era um casamento sem convidados, apenas a família ali reunida. O clima era de uma celebração íntima e repleta de emoção.

Contudo, nem tudo transcorreu sem imprevistos.

Pouco antes de iniciar o ritual solene, Maddy, visivelmente nervosa, estava enjoada. Avisou Samantha para chamar Scully.

Scully estava ao lado do filho, próximo do altar, e com Maggie nos braços. Sam se aproximou e cochichou com a cunhada. Então, Scully passou a filha menor para os braços da cunhada e avisou William:

- Mamãe, já volta. Está tudo bem. Só vou ver a Maddy. – e saiu apressada.

- Tia, a Maddy está bem?

- Sim, meu amor. Coisas de noivinha. Está tudo bem.

Mulder conduzia a moça trêmula e gelada escada abaixo.

- Hei, docinho. Não precisa ficar tão nervosa. – ele disse carinhoso.

- Tio Mulder, estou muito nervosa e deu vontade de vomitar. Me leva ao banheiro e me ajuda a não sujar o vestido?

Imediatamente, Mulder, com a ternura de um pai e a sensibilidade de um homem que sempre soubera acalmar tempestades, parou com toda a solenidade os preparativos. Scully adentrou a sala e ouviu o pedido choroso da moça. Juntos, conduziram a noiva até o banheiro. Lá, com gestos gentis, posicionaram-na em uma cadeira e colocaram a bacia numa altura adequada. Scully, experiente e cuidadosa, orientou Maddy com calma:

- Vamos deixar seu corpo fazer o que precisa, querida. Não se afobe. Seu noivo não vai fugir. Tome o tempo necessário. Estaremos aqui para te ajudar e para preservar seu vestido.

Maddy permitiu que o corpo aliviasse o mal-estar e vomitou um pouco. Logo a cor voltou para seu rosto.

Então, Mulder organizou e limpou que tudo que precisava, enquanto Scully ajudava a moça a lavar a boca e retocar a maquiagem.

- Está melhor, querida? – Scully acariciou o rosto da moça.

- Sim. Desculpem. – Maddy respondeu ruborizada.

- Você está nervosa. Isso acontece. – Mulder acariciou as costas dela – Como se sente?

- Bem melhor. O estômago parou de revirar.

- Isso é bom. Vamos voltar. – Scully saiu na frente.

- Então, vamos, docinho? – Mulder ofereceu o braço para a moça e saíram do banheiro em direção a porta da casa.

Antes de saírem da casa, Maddy parou novamente e abraçou Mulder apertado.

- Eu te amo. Você é o melhor pai do mundo.

- Ah, pequena. Você que é incrível. – Mulder se emocionou e beijou a cabeça da moça – Também te amo. Agora, vamos casar você.

XxX

Scully retornou para o lado de William, que perguntou exasperado:

- O que aconteceu?

- A Maddy está nervosa, mas já vem. Respira. – Scully arrumou a gravata dele – Vamos casar vocês.

Sam sorriu e colocou a sobrinha de volta nos braços da mãe.

XxX

Mulder, com o traje impecável e um olhar que misturava orgulho e emoção, conduziu Maddy, até o altar improvisado. Em cada passo, sentiam o amor e as promessas do futuro ecoando.

Ali, sob o brilho tranquilo do sábado, entre o sussurro das folhas e as risadas leves de Maggie, o “sim” de Maddy e o olhar emocionado de William se selaram para sempre, marcando o início de uma nova etapa repleta de amor, cuidado e a certeza de que, juntos, poderiam enfrentar qualquer tempestade.

O casal trocou um beijo singelo ao final da celebração.

Após o íntimo casamento de William e Maddy, a família reuniu-se para um almoço inesquecível preparado com o carinho e a habilidade de Samantha. O jardim da casa de Mulder e Scully havia se transformado num cenário encantador: a mesa longa de madeira estava repleta de pratos caseiros, saladas frescas vindas do próprio jardim e quitutes que contavam histórias de dedicação e afeto. O sol brilhava suavemente, e o riso de Maggie preenchia o ar, enquanto cada membro da família compartilhava um momento de comunhão e renovação.

Durante o almoço, em meio às conversas animadas, Scully, com o olhar sereno e repleto de esperança, confidenciou algo que impressionou os presentes. Em voz baixa, ela comentou com Mulder:

- Sabe, hoje, me peguei pensando...

- No que, lindinha? – ele responde no mesmo tom.

- Eu realmente fiquei com vontade de casar. De renovar os votos, de reafirmar o nosso amor, como se cada dia ao seu lado fosse um presente que merece ser celebrado.

O ambiente se impregnou de uma doce expectativa. Mulder, que até então participava da conversa com sorrisos e gestos de cumplicidade, levantou os olhos para Scully. Num instante de silêncio carregado de sentimento, ele se levantou, e com passos firmes e decididos, ele foi até a casa e retornou, aproximando-se dela. Para surpresa de todos, e, principalmente, para Scully, Mulder parou em frente à mulher que sempre fora sua parceira, abriu uma pequena caixa, revelando um delicado anel, e se ajoelhou diante dela:

- Não precisamos de um papel para nos dizer que somos casados. Desde que nos conhecemos, no porão do FBI, somos casados e agimos como tal. Scully, meu amor, desde o dia em que começamos essa jornada juntos, cada desafio, cada vitória, só reforçou o quanto nosso amor é forte e único. Hoje, vendo essa alegria ao nosso redor e lembrando de tudo que vivemos, quero te pedir: você aceita continuar comigo, casada pelo amor e sem papel? Quero renovar nossa promessa e celebrar uma nova fase de nosso compromisso.

O coração de Scully acelerou diante da inesperada e emocionante proposta. Os olhos dela brilhavam de emoção, refletindo a profundidade dos anos compartilhados e a esperança de um futuro ainda mais luminoso. Ao mesmo tempo, os olhares de Samantha, William, Maddy e até mesmo de Maggie, que se aproximou dos pais, com seus passinhos curiosos, se encheram de alegria e surpresa.

Com a voz embargada pelo sentimento, Scully respondeu:

- Mulder, esse amor que nos guia. Sim, aceito passar todos os dias de nossas vidas contigo. Quero celebrar cada dia ao seu lado, dar mais um passo na nossa história e mostrar a todos que o nosso amor se renova e floresce mesmo após as tempestades e a escuridão.

A família explodiu em aplausos e sorrisos, quando Mulder levantou-se devagar, envolvendo Scully num abraço apertado e terno. O casal se beijou apaixonada e demoradamente. Trocaram alianças simbólicas, selando a promessa de renovação daquela nova família que formaram. Beijaram-se novamente apaixonados. Eram o exemplo para os jovens recém-casados.

Naquela tarde, enquanto degustavam o almoço cuidadosamente preparado e compartilhavam histórias do passado, sonhos para o futuro, piadas engraçadas e celebraram o que os unia: o amor verdadeiro.

Após o almoço, enquanto Mulder, William e Samantha se ocupavam animadamente arrumando os cômodos da casa pós-casamento, a pequena Maggie dormia tranquilamente em seu cantinho e Scully conduzia Maddy para o quarto, num ambiente reservado onde poderiam conversar com calma e moça pudesse repousar.

Maddy, ainda sentindo o nervosismo que assombrava a iminente noite de núpcias, demonstrava receio e apreensão com o que se esperava dela. Seus olhos refletiam uma inquietude que ia além do desgaste físico. Havia também um temor silencioso quanto à intimidade e às novas responsabilidades que se impunham nesse momento tão transformador.

- Tia Dana, sei que o Will e eu já experimentamos o sexo. – ela apontou para a barriga já proeminente – Mas estou receosa com a noite de núpcias. Nós estamos sem sexo há algum tempo. Na verdade, desde que confirmamos a gravidez.

Scully, parou de arrumar o quarto e, com a ternura que a caracterizava, aproximou-se e acolheu a jovem, envolvendo-a num abraço que misturava leveza e compreensão. Em tom brincalhão, tentando aliviar a tensão, Scully comentou:

- Minha querida, veja pelo lado bom. Você nem vai precisar da noite de núpcias, afinal, já está grávida! – o comentário arrancou um sorriso tímido de Maddy, mas logo Scully percebeu que por trás daquela leveza havia insegurança. Tornando-se séria, Scully passou a falar com a voz calma, porém firme, enquanto se sentavam na beirada da cama – Maddy, meu amor, não precisa acontecer nada que você não queira. Essa noite deve ser dentro dos seus termos. É importante que você converse com o William e diga o que realmente deseja, o que te faz sentir bem e o que não te deixa confortável. Se você não estiver pronta ou não se sentir bem, nada precisa acontecer. Jamais. Você tem o direito de definir seus limites.

- Mas espera-se que tenhamos, pelo menos, uma transa.

- Querida, só se você quiser. O Will não vai te forçar a nada. Ele entende tua condição. O que você quer?

- Dormir.

- E está tudo bem. Lembre-se também que você conseguiu comer bastante no almoço. Tem de evitar esforço.

- Eu não estou enjoada.

- Isso é bom. Aguardamos duas horas antes de vir para o quarto. Agora, você pode dormir um pouquinho. Depois da soneca, terá de se alimentar de novo, para evitar ficar com ânsia. Sabe que tem de se alimentar para ajudar a amenizar os enjoos e o desconforto.

- Eu sei. Mas ainda sinto o estômago pesado de tanto que comi.

- Vou te ajudar a se arrumar para dormir. Se não sentir bem, deixei tua bacia aqui do lado da cama.

Scully segurou as mãos de Maddy com delicadeza, olhando em seus olhos para transmitir todo o amor e o cuidado que sempre fora parte fundamental da família. A conversa foi um encontro de experiências e de empatia: Scully compartilhou que, em momentos de insegurança, a comunicação é o remédio mais eficaz para que um relacionamento se fortaleça.

Maddy, sentindo o amparo maternal e a compreensão que emanava de Scully, vislumbrou um caminho onde seus receios poderiam ser enfrentados com diálogo e carinho. A certeza de que não precisava se submeter àquilo que não desejava e que seu bem-estar seria sempre a prioridade, deu a ela forças para acreditar que, mesmo na intimidade de uma noite importante, o respeito e a autonomia eram inegociáveis.

Essa conversa íntima não só preparou Maddy emocionalmente para os próximos passos, mas também estreitou o laço entre elas, garantindo que, quando a hora chegasse, a decisão seria tomada de forma consciente, respeitando os limites e o desejo de cada um para um futuro verdadeiramente feliz.

XxX

Após um lanchinho leve, a família se preparou para dormir.

Maggie estava meio elétrica e Scully não acreditava que ela fosse dormir.

- Dana, pode deixá-la comigo. – disse Samantha – Aproveite a sua noite quase de núpcias.

- Sam, o Mulder e eu já estamos juntos há muitos anos.

- Dana, escuta. Curtam-se! Vocês renovaram os votos de vocês. Entregue-se a um momento de paixão.

- Você tem certeza de que pode com a Maggie?

- Sim. Ela dorme comigo na cama, como já fizemos antes. Deixe-me cuidar da minha sobrinha.

- Logo, teremos outro bebê por aqui.

- Será meu sobrinho-neto. É uma forma diferente de estragar. Sobrinha a gente estraga, mima, mas ensina também.

- Toda sua. – Scully riu e beijou a cabecinha da filha – Maggie, seja boa com a tia Sam. – a menina riu e deu tchau para a mamãe – Obrigada, Sam. Boa noite!

As mulheres se abraçaram.

XxX

Enquanto Samantha trocava Maggie e Scully tinha uma última conversa com Maddy sobre os cuidados e as inseguranças da noite, William pediu para falar com Mulder no escritório da casa. No ambiente repleto de livros, memórias e a suave iluminação da noite, os dois se sentaram frente a frente.

Com o coração acelerado e os olhos brilhando de emoção, William se dirigiu a Mulder novamente usando a palavra que era reservada para momentos sério:

- Pai?

A surpreendente palavra soou com tanta sinceridade que por alguns instantes o silêncio se impôs. Mulder, tomado por uma profunda emoção, retribuiu o gesto abrindo os braços para um abraço apertado. Naquele abraço, não era apenas o reconhecimento do laço de sangue e afeto, mas do futuro que se desenhava com toda a complexidade e ternura.

- William, você cresceu. Sabia que eu te peguei poucas vezes no colo? Cada abraço nosso é para compensar cada ausência.

Após alguns instantes de silêncio reconfortante, William, visivelmente tocado pelo momento e sentindo a necessidade de buscar orientação para os próximos passos, que misturavam ansiedade e expectativa, perguntou com um tom que transbordava vulnerabilidade:

- Pai, como devo agir na minha primeira noite casado com Maddy?

Mulder sorriu, com a experiência acumulada de uma vida de desafios e de um amor intenso compartilhado com Scully. Os homens sentaram-se frente a frente. Com a voz calma e serena, Mulder iniciou sua resposta:

- William, a primeira noite não precisa ser um show de perfeição e performance. O que importa é que ela seja genuína e que ambos se sintam seguros. Lembre-se de que o diálogo é fundamental: pergunte a Maddy o que ela deseja e como se sente. Ela está grávida e passou por momentos difíceis. Se ela não se sentir pronta para nada mais que um toque de carinho, respeite esse tempo. A intimidade deve vir com o conforto, a paciência e, acima de tudo, com o amor que vocês já compartilham. Não se preocupe em seguir algum roteiro. Deixe as coisas acontecerem de forma natural, respeitando os limites e celebrando cada pequeno momento de proximidade. Se forem transar, cuidado com o balanço e o esforço, isso pode deixar Maddy enjoada. Cuide dela nessa noite. Assim como você vem cuidando.

William escutava atentamente, absorvendo cada palavra como se fossem instruções valiosas para a nova etapa que se iniciava. O ar no escritório parecia vibrar com a intensidade daquela conversa tão genuína.

- Pai, eu estou com receio.

- Converse com ela e não a force a nada. É uma noite de conexão emocional. Vocês têm de se fortalecer.

- Estamos sem sexo desde que ela descobriu a gravidez. Aí, você já sabe o que aconteceu. Com a hiperêmese gravídica, eu nem ousei perguntar se ela queria transar.

- E você fez certo. Com a diminuição dos enjoos, geralmente, no segundo trimestre, a mulher sente mais desejo. A intimidade deve ser de comum acordo. E não precisa acontecer nada se vocês não estiverem confortáveis. Conversar é a melhor coisa.

Depois que Mulder terminou, o olhar de William misturava alívio e uma leve ansiedade, porém, sobretudo, a certeza de que tinha em seu pai o suporte necessário. Um novo abraço aconteceu. E os dois permaneceram assim, permitindo que a emoção aquecesse o ambiente antes de se despedirem com um aceno silencioso.

 

Continua…

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