Título: A Trilha do Inexplicável
Autora: Rosa
Maria Lancellotti, em parceria com Copilot.
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa
história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Mulder e Scully têm uma filha de 10 anos,
Laura. Tinham uma vida tranquila até que um estranho aparece no quintal. Uma
nova ameaça aparece. Como nossos ex-agentes vão lidar com a situação? E depois
de tudo ter ficado em paz, como será a vida de Laura?
A fanfic está dividida em 2 fases. A primeira versa sobre a ameaça
alienígena e a segunda, sobre a vida de Laura e Jackson.
Nota: Esta é uma outra experiência! Uma fanfic de universo alternativo (até
onde eu entendo que pode ser), escrita com a parceria entre uma Humana e a
Inteligência Artificial, Copilot. Juntos desenvolvemos capítulos e a história a
seguir. Foi um processo criativo interessante! Escrevemos juntos, mas eu
revisei e ajustei o texto. Espero que esta seja uma forma de discutirmos a
presença da Inteligência Artificial nas nossas vidas e o quanto é válido
incluirmos isso em tudo. Espero que gostem e espero o seu feedback.
Máquina e humana entraram em acordo que não levaríamos em contato a
idade de Mulder e Scully no processo. Então, para nós, eles são eternos!
Esta é uma fanfiction, feita apenas para a diversão das pessoas fãs de
Arquivo X e para pessoas curiosas.
Data de início: 09/05/2025
Data de término: 04/06/2025
Classificação etária: 18 anos
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2ª Fase – Novos Começos
11º Capítulo
Na manhã seguinte, um novo dia se anunciava. Laura despertou sentindo um
incômodo profundo. Seu estômago se revirava e uma onda de náusea a surpreendera
enquanto ela se sentada na beira da cama. Então, começou a respirar fundo para
dominar o mal-estar. Ryan acordou e olhou preocupado sua amada. Então,
sentou-se suavemente ao lado dela. Após alguns momentos de esforço para
controlar a náusea, Laura conseguiu reunir coragem para falar, com a voz
levemente trêmula:
- Rye, eu estou grávida.
O anúncio pairou por instantes no ar, e, em meio a uma mistura de alívio
e surpresa, Ryan ofereceu apoio imediatamente.
- Quer ir ao banheiro? – ele perguntou, já se levantando para apoiá-la e
acompanhá-la.
Laura assentiu silenciosamente. Sentindo a bile subir no fundo da
garganta, ela cobriu a boca com a mão enquanto caminhavam rapidamente até o
banheiro. Ali, num ambiente onde cada detalhe parecia carregado de esperança e
vulnerabilidade, ela se entregou às reações do seu corpo. Com cuidado e com um
olhar terno, Ryan a segurou, oferecendo conforto enquanto Laura vomitava
vigorosamente, aliviando parte do desconforto que a acometia. Entre os
murmúrios e o alívio fisiológico de Laura, Ryan não deixou de fazer uma
brincadeira para amenizar o clima carregado do momento:
- Parece que meu sonho está se realizando, bebezinha.
A leveza da piada, sincera e carregada de emoção, arrancou um sorriso de
Laura, enquanto ela se levantava e ia lavar a boca e o rosto.
Entre risos contidos e gestos de apoio, naquele instante, o casal compartilhava
a promessa de um novo capítulo, uma nova vida que começava a se formar entre
eles.
Laura e Ryan voltaram para a cama. O namorado ajeitou a moça entre os
travesseiros e beijou-lhe a testa. Então, saiu do quarto e foi até a cozinha.
Ryan foi silenciosamente até a cozinha buscar um copo de água. Ao
retornar, ele se sentou ao lado de Laura na cama, oferecendo pequenos goles com
o máximo de cuidado e ternura. O gesto simples e repleto de afeto, ajudava a amenizar
o desconforto que ela ainda sentia.
Respirando fundo, Laura reuniu coragem para compartilhar uma notícia
importante. Com a voz ainda trêmula, ela revelou:
- Eu um teste ontem. Deu positivo.
- Ah, bebezinha. – Ryan beijou os lábios dela – Você não queria dividir
a notícia?
- Estava com medo.
- Está tudo bem. Vamos embarcar juntos nessa jornada.
- Faz alguns dias que estou me sentindo cansada, com dor de cabeça e
tontura. Eu nunca quis me separar de você. Era isso que eu estava sentindo.
- Era por isso que não queria dormir comigo a noite toda? Só transávamos
e você queria que eu fosse embora ou você ia embora?
- Sim. – ela baixou o olhar.
- Hei, Lau. – ele com o dedo indicador ergueu o rosto da namorada – Você
podia ter me falado, mas agora está explicado. Você está melhor?
- Sim. Minha cabeça ainda doí um pouco.
- Posso? – ele apontou para a barriga da namorada e ela assentiu. Então,
Ryan falou para a barriga – Oi, meu amor. Papai está muito feliz com você aí
dentro. – então, ele beijou repetidamente o ventre levemente inchado de Laura. O
silêncio se instalou por alguns instantes, mas logo foi preenchido pela calma
que a presença de Ryan proporcionava. Ele sorriu suavemente e, segurando a mão
dela, disse – O próximo passo é voltar, quando voltarmos para casa, irmos ao
médico. Eu vou com você, pode ficar tranquila. Estaremos juntos!
- E nós?
- Laura, acho que vamos manter do jeito que estamos, sem pressa para
morar juntos, até que ambos sintamos a necessidade desse passo. É muita coisa e
estresse junto. Vamos, primeiro, viver as emoções da confirmação. Vamos com
calma. Concorda?
- Sim, meu ursinho. – o casal se beijou calmamente.
Laura, aliviada por ouvir aquelas palavras, lembrou-se da história dos
seus pais. Ela imaginava que o relacionamento deles também fora trilhado
devagar, por meio de escolhas pautadas no carinho e na compreensão, um caminho
que mostrava respeito pelo tempo de cada um.
XxX
Após o café da manhã, Laura pediu para conversar com Scully. Foram se
sentar no quarto onde os pais estavam dormindo. Com o semblante leve, mas com
um brilho misto de preocupação e alívio, ela confidenciou:
- Mãe, eu enjoei de novo nesta manhã. Disse para o Ryan que estava
grávida e o resto acho que foi como ele sonhou. – disse Laura, com uma
expressão que misturava nervosismo e risos contidos. Apesar de ainda sentir a
cabeça doer um pouco, outra coisa a inquietava – E, com isso, estou com meio de
passar mal bem no meio da festa.
Scully riu carinhosamente e tranquilizou a filha com a voz suave que
sempre inspirava confiança:
- Não se preocupe, Laurinha. Se você precisar, estaremos por perto.
Ryan, seu pai e eu. Cuidaremos de você, sempre!
Laura, aliviada com o carinho da mãe, continuou:
- Você já sabe. Contei para o papai e para o Ryan. A Madeleine sabe. Mas
não contei para o Jackson. Lembra da ameaça que fez quando conheceu o Ryan?
Como farei para contar a ele que estou grávida e não estou vivendo com o pai da
criança?
Scully soltou uma gargalhada calorosa ao ouvir a confissão.
- Não exija demais de si mesma, querida. Na próxima semana, na festa de
seu pai, lá em nossa casa, podemos anunciar juntas para a família oficialmente.
O Ryan e você podem fazer um anúncio solene. Que tal?
- Ah, mãe…
- Filha, você já terá passado no médico e com toda a certeza de que tem
mais uma vidinha dentro de você. E o Jackson vai gostar da ideia.
Entre risos, algumas palavras de conforto e o sincero apoio mútuo, mãe e
filha trocaram um abraço reconfortante. Laura sentiu-se fortalecida, sabendo
que a família estava pronta para enfrentar os desafios das novidades, assim
como nos momentos mais simples e espontâneos do dia a dia.
XxX
A festa transbordava alegria e o calor inconfundível da reunião
familiar. No coração do ambiente decorado com cores vibrantes e luzes que
refletiam sorrisos, Marie, com seus olhos atentos e curiosos, estava
maravilhada com a presença de cada membro da família. Seus amiguinhos corriam e
brincavam livremente, transformando o espaço em um cenário de pura inocência e
encantamento.
Enquanto as crianças se divertiam, vovô Mulder assumia o papel de
contador de histórias com maestria. Sentado em um confortável canto da
decoração de jardim, ele cativava os pequenos com narrativas surpreendentes: histórias
de alienígenas e monstros amigos que vivia aventuras intergalácticas. Cada
palavra lançada por sua voz era acompanhada de gestos exagerados e sorrisos
acolhedores, fazendo com que os olhos das pequenos se arregalassem em pura
admiração e brilhassem com curiosidade.
Ao redor, os adultos compartilhavam risadas, comidas e bebidas,
celebrando o aniversário de Marie.
Enquanto as crianças correndo e brincando enchiam o ar com risos, Ryan
serviu um prato cuidadosamente preparado para Laura, com uma pequena porção de
salada fresquinha acompanhada de uma carne bem passada. Sentaram-se lado a
lado, apreciando cada garfada e, entre olhares cúmplices, observavam os
pequenos se divertindo no amplo quintal. Laura, com um sorriso terno enquanto
olhava a sobrinha brincar com as outras crianças, comentou:
- Rye, minha sobrinha é tão fofa. Será que ela gostaria de ter um
priminho ou uma priminha para brincar?
Ryan, com um sorriso sereno e os olhos brilhando com alegria de terem
gerado uma vida, respondeu:
- Acho que sim, Lau.
- Eu nunca fui de ter muitos amigos, mas eu adoraria ter tido um irmão
ou uma irmã ou primos para brincar.
- Eu sempre fui um pouco sozinho, mas tive a sorte de encontrar você.
Minha melhor amiga desde sempre e o amor da minha vida.
Aquelas palavras, ditas com suavidade e sinceridade, emocionaram o
casal. Num breve e delicado instante, Ryan e Laura se beijaram levemente,
selando com um gesto de afeto todas as promessas silenciosas e os planos
compartilhados. Entre risos contidos e a magia dos momentos simples, eles
saboreavam o gosto doce de um amor que crescia junto com cada nova esperança de
família.
A festa estava a todo vapor, com risos, música ambiente e uma energia
contagiante preenchendo a casa. Depois de comer junto com a namorada, Ryan, decidiu
afastar-se de Laura para tomar uma cerveja com o sogro.
Então, Scully viu a oportunidade perfeita para se sentar ao lado de
Laura. Ela perguntou com delicadeza:
- Como se sente, querida?
Laura sorriu e respondeu:
- Mamãe, estou com tanta fome que, mesmo depois de dois pratos, ainda
queria mais. Só tenho um pouco de receio de exagerar e passar mal.
Scully riu suavemente, com aquele humor que sempre suavizava quaisquer
apreensões.
- Não se preocupe, minha filha. Estamos perto do banheiro.
- O Ryan foi tomar cerveja com o papai. Ele não quis beber perto de mim
para não me perturbar com o cheiro de álcool.
- Ele parece feliz, Laurinha.
- E está. Eu também.
Então, mãe e filha ficaram olhando as crianças correndo e divertindo.
XxX
Após a agitação da festa, a família retornou para o aconchegante
apartamento de Jackson, onde o clima de serenidade rapidamente se fez presente.
No ambiente familiar, Marie dormia tranquilamente no colo de Mulder,
encontrando no abraço do avô o refúgio perfeito para seus sonhos infantis.
Enquanto isso, Scully assumia a tarefa de lavar a louça, o murmúrio da água e a
rotina caseira trazendo um conforto meditativo ao lar.
No sofá, próximo a Mulder, Ryan e Laura permaneciam sentados, quietos e
felizes, imersos em um silêncio que falava de cumplicidade compartilhada e da
certeza de um futuro promissor.
Scully dispensara Madeleine e Jackson que não podiam tirar as mãos um do
outro e os lábios não se desgrudavam. Então, o casal foi para o quarto, onde a
conversa floresceu de forma embarcada e íntima. Entre planos e sorrisos, eles
discutiam a possibilidade de ampliar a família, sentados na beirada da cama:
- Maddie, hoje, vendo nossa Marie sorrir, eu senti que algo dentro de
mim se abriu.
- Sério, Jac?
- O que acha de começar agora a treinar para aumentar nossa família? –
Jackson tirou a camiseta e jogou longe.
- A ideia de ampliar nossa família parece natural, meu amor. – Madeleine
acariciou o peito nu do marido – Já imagino nosso dia a dia com outro pequeno
ser trazendo sua energia contagiante. Seria uma aventura maravilhosa treinar
nossos corações para acolher mais um pedacinho de amor, algo que complemente o
sorriso da Marie.
- Será que estamos prontos para isso?
- Para ter outro filho, eu não sei, mas para fazer amor até eu
engravidar, sim! – Madeleine gargalhou.
- Não quero que ela cresça sozinha como eu ou como minha irmã que só me
conheceu com 10 anos. – Jackson beijou a esposa sensualmente.
- Quer parar de falar e irmos para a outra conversa, baby? – Madeleine
tirou o cinto da calça do marido.
- Vamos treinar primeiro. Depois, falamos mais.
O casal fez amor com urgência por duas vezes. Depois de saciados,
ficaram abraçados e nus na cama.
- Cada vez que nós fazemos amor, eu sinto que o tempo se expande. –
Madeleine disse acariciando as costas nuas de Jackson.
- Será que já temos resultados, Maddie?
- Não é automático, meu amor. Vamos fazer de novo mais tarde.
Jackson, ficou em silêncio por um instante, os olhos fixos em Madeleine,
como se buscasse nela todas as respostas e falou:
- Imagino a rotina se transformando em algo ainda mais dinâmico, com
risadas que ressoam em cada cantinho da casa. Definitivamente, quero mais uma
criança correndo por aqui.
- E eu também. Se o amor é o que nos guia, acredito que estaremos mais
do que preparados para acolher um novo bebê ser em nossa família.
- Está ótimo aqui, mas acho que um banho cairia bem agora e voltarmos
para a civilização fora deste quarto.
- Com certeza, meu amor. – Madeleine beijou apaixonada o marido.
XxX
Como todos tinham tido uma refeição farta durante a festa, Scully
preparou sanduíches leves e chás, ideal para recarregar as energias sem pesar.
Marie, encantada e exausta com a própria festinha, havia tomado lanche e já dormia
feliz.
Enquanto a família se dirigia à cozinha, Laura, sentindo um misto de
cansaço e ternura, aproximou-se de seu pai. Com um gesto que exalava
delicadeza, ela pediu colo:
- Pai, se importa se eu te atrasar um pouquinho? Precisava de um colinho.
Sem hesitar, Mulder acomodou-se no sofá e recebeu a filha em seu colo
acolhedor. Ela agarrou com inocência a blusa do pai, buscando o conforto dos
antigos tempos. Observando a atitude da menina, o olhar cuidadoso de Mulder se
estreitou em preocupação.
- Laurinha, você não está se sentindo bem? – perguntou ele, atento aos
sinais.
Ela respondeu com uma voz baixa, quase rouca:
- Estou com dor de cabeça e meu estômago – ela engoliu saliva – está
embrulhando. Eu também sinto vontade de chorar. Acho que são só os hormônios se
manifestando.
Com um gesto terno, Mulder beijou a testa da filha, transmitindo a
segurança de que tudo passaria. Aos poucos, com palavras suaves e um embalo que
só o colo de um pai pode oferecer, ele ninou a moça, ajudando-a a se acalmar
naquele instante íntimo e familiar.
Enquanto isso, Scully estava a postos para servir a refeição. Ela cuidou
para que Jackson, Madeleine e Ryan se reunissem em volta da mesa e começassem a
desfrutar dos sanduíches e do chá. Aí, discretamente, Scully caminhou até o
ambiente onde vislumbrara uma cena que aquecia ainda mais seu coração: Laura repousava
tranquilamente no colo de Mulder. Instintivamente, a mãe Scully colocou a mão
sobre a testa da filha para sentir seu pulsar reconfortante, enquanto Mulder,
com um sorriso meio brincalhão e meio emocionado, expressou:
- Acho que nossa menininha, mesmo sendo responsável por trazer uma nova
vida, vai continuar querendo colo. – ele ficou sério e completou – Tem um pouco
de chá de gengibre ou de limão para ela? A Laura se queixou de enjoo.
Scully sentou-se ao lado de Mulder, acariciando as madeixas de Laura com
o carinho de quem acolhe cada detalhe.
- Uma mulher ainda querendo se esconder no colo do pai. A Laura é nossa
menininha. – Scully fungou – Vamos cuidar dela o melhor que pudermos. E temos
que cuidar do Ryan também.
Mulder sorriu e disse:
- Nunca pensei que aquelas crianças que montavam foguetes comigo e
rolavam na lama acabariam crescendo e gerando um bebê.
- É… – Scully ficou pensativa.
- Vou deixá-la dormir mais um pouco no colo e depois a acomodo no sofá.
– Mulder beijou novamente a testa da filha.
- Sim. Agora, vamos só curti nossa menina.
O casal compartilhou um silêncio, carregado de afetos.
XxX
De volta para casa, a vida seguia seu curso com uma doce cadência de
mudanças e revelações. Em meio a tantos recomeços, Laura e Ryan foram ao médico
e receberam a confirmação da gravidez. Então, decidiram seguir a sugestão de
Scully e contar no aniversário de Mulder.
No outro final de semana, todos se reuniram na casa de Mulder e Scully para
celebrar o aniversário dele. Era uma ocasião íntima e acolhedora, com um jantar
simples e delicioso: pizzas quentinhas com vinho para os adultos, ginger ale
para Laura e refrigerante para Marie. A atmosfera vibrava com conversas
animadas que se misturavam ao riso da criança e ao reencontro da família.
No meio do jantar, com os olhos brilhando e o coração aberto, Laura
disse:
- Papai, você sabe que seu presente vai demorar um tempinho para chegar,
né?
- Eu sei, menininha do papai. – Mulder falou amoroso.
- Por quê? Vem da China? – provocou Jackson.
- Não, querido irmãozão. Eu estou grávida. Ryan e eu confirmamos nesta
semana que passou.
Enquanto as palavras de Laura se espalhavam pela mesa, uma onda de
alegria percorreu o ambiente. Entre os presentes, Jackson foi o único por um
instante a demonstrar surpresa. Ele se levantou, abraçou a irmã com intensidade
e encheu-a de beijos afetuosos, antes de acariciar delicadamente a barriga de
Laura.
- Eu fui o último a saber, Laurinha?
- Sim, Jackson. Desculpe. – ela beijou a bochecha do irmão – Mamãe foi a
primeira. Mas, como ela e papai são quase a mesma pessoa, eu não pude esconder
dele. Maddie é minha cunhada amada e já passou pela experiência. Então, dividi
com ela antes do aniversário da Marie. O Ryan soube na tua casa.
- Pare de explicar! – Jackson a apertou em outro abraço – Cuide-se, meu
docinho! Serei o titio babão que vai estragar essa criança com louvor. – e
colocando a mão no ombro de Ryan, disse – Cara, parabéns! Você será um pai
incrível para meu sobrinho ou sobrinha.
- Obrigado, cara. Achei que ia me bater. – Ryan brincou e apertou
carinhosamente o braço do cunhado.
- Podia usar meus poderes com você, mas não… – Jackson riu e olhou para
filha – Marie, daqui um tempo, a tia Laurinha terá um bebê. Você vai gostar,
né?
A menina sorriu e disse um sim empolgada:
- Sim, papai! Adoro nenês!
Jackson voltou a se sentar ao lado de sua esposa. Segurando a mão de
Madeleine com delicadeza, ela, em tom brincalhão e esperançoso, confidenciou
que ela e Jackson logo encomendariam outro bebê.
- Bom, já que a Marie está empolgada com a ideia, nós estamos nos
preparando para aumentar a família também. – ele sorriu – Queremos encomendar
outro bebê.
- Acho que já é hora. – Maddie falou emocionada – E, talvez, possamos
trocar figurinhas durante nossas gestações, Laurinha.
- Ai, que tudo! – Laura se abanou.
- Muito bem! Mais presentes assim, esse velho aqui não aguenta. – Mulder
enxugou uma lágrima e beijou Scully – E ainda tenho uma vovó gata comigo.
- Mulder, as crianças estão na sala! – ela brincou.
Mulder e Scully transbordavam de felicidade. O que começara com uma
aventura intergaláctica, terminava com uma família reunida em torno da mesa,
falando sobre bebês, amor, afeto, carinho.
Entre risos, abraços e a doce melodia das conversas, o futuro
anunciava-se promissor. Cada nova vida, cada gesto de amor e cada palavra
trocada fortalecia os laços que uniam aquela família tão especial, repleta de
história, carinho e esperança para os dias que viriam.
XxX
No silêncio da casa, depois de todos terem se recolhido, a cozinha se
iluminava. Lá, Laura se encontrava sozinha, segurando uma caneca de chá de
gengibre. Ela tentava, a cada gole, amenizar a sensação de estômago pesado,
consequência de ter comido demais no jantar.
Pouco tempo depois, Scully levantou-se para ir ao banheiro e encher o
copo com um pouco de água. Na cozinha, encontrou a filha e sentou-se ao lado
dela. A silenciosa companhia da mãe já falava mais que muitas vezes as
palavras. Com o olhar um pouco preocupado, mas buscando tranquilidade, Laura
começou a compartilhar seus sentimentos baixinho:
- Mãe, acho que comi demais hoje. Meu estômago está realmente pesado e,
pra piorar, o Ryan bebeu um pouco mais hoje. Nem sei se consigo lidar bem com
ele estando meio bêbado assim.
Scully ouviu atentamente, percebendo a mistura de desconforto com
insegurança na voz de Laura. Com um gesto de carinho, ela acariciou suavemente
o ombro da filha e disse com voz serena:
- Laura, saiba que está tudo bem. Se precisar, nós podemos nos
rearranjar por aqui.
Essas palavras, simples e repletas de cuidado, serviram como um bálsamo
para o coração de Laura. Ali, naquele momento, a sensação de vulnerabilidade
deu lugar ao conforto de saber que não precisava enfrentar os desafios sozinha.
O gesto de Scully reafirmava a certeza de que, mesmo em meio às dificuldades, a
família era um refúgio seguro onde o amor e a proteção sempre prevaleciam.
- Obrigada, mãe.
- Tome o chá.
- Mãe, estou tão sensível. A tudo!
- Tudo bem, minha filha. Eu entendo você. – Scully acariciou as costas
da moça – Fica tranquila.
Depois de ter tomado o chá, Laura pediu:
- Sei que sou uma mulher, crescida e grávida, mas posso dormir com você
e o papai hoje?
Scully sorriu e respondeu:
- Sempre que precisar, Laurinha.
- Obrigada, mamãe.
Então, a mãe, sempre atenta e acolhedora, conduziu a filha até o quarto
principal. No momento exato em que Scully abriu a porta, Mulder acabava de
voltar do banheiro. Com um brilho divertido nos olhos e a leve irreverência da intimidade
familiar, Scully brincou:
- Mulder, nossa está com saudades da cama do papai e da mamãe! Agora, ela
não molha a cama, mas enjoa!
O quarto irrompeu em risadas calorosas. Entre sorrisos e gestos
carinhosos, os três se acomodaram na grande cama, onde a tranquilidade e o
afeto se faziam presentes. Mulder e Scully se ajeitaram ao lado de Laura, como
sempre, prontos para oferecer conforto e um colo seguro para a filha que, em
meio às transformações, ainda encontrava ali seu refúgio.
Com o romper da manhã, o tradicional enjoo matinal veio cumprimentar
Laura. Seus olhos, entre cerrados de desconforto e a suavidade do despertar,
revelavam que aquele sintoma fazia parte do ciclo que agora acompanhava sua
nova fase. Sem perder tempo, Mulder acolheu e cuidou da filha.
Então, ele fez um chá com torradas para a moça e ficou com ela na
cozinha.
- Pai, eu estou bem. Não me olhe com essa carinha de pânico.
- Eu sei que você está bem. – Mulder assentiu – Tome seu chazinho e
descanse mais um pouco. – ele sugeriu e acariciou o rosto da moça – Estou
orgulhoso de você. Você será uma mãe incrivelmente boa, Laurinha.
- Ah, pai… – ela se abanou – Não me faça chorar.
- Laura, você já está fazendo teu pai cuidar de você? – Scully entrou na
cozinha e beijou a testa da filha – Mulder, você é o melhor pai do mundo! – ela
beijou os lábios do amado. - O que quer para o café?
- O que você fizer, lindinha. – ele sorriu.
- Mamãe, estou com vontade de comer suas panquecas. – Laura salivou.
- É, mamãe, faz panquecas. – Mulder brincou e sorriu – Ah, menininha do
papai, se você soubesse o quanto estou feliz com e por você.
- Eu sei, papai.
Continua…