07/01/2021

Fanfic "Arquivo X": Uma nova vida, Capítulo 1

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa fanfiction. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully assumiram uma nova identidade e tem uma vida completamente diferente.

Classificação: 18 anos

Nota: Não foi datada, mas é muito antiga! É um delírio da cabeça de uma adolescente que queria um “final” feliz para Mulder e Scully. Percebam a diferença da linguagem e o estilo utilizados. Façam as comparações.

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1º Capítulo

 

Fox Mulder e Dana Scully agora eram William e Katherine Sarkisian La Pierre. Seus novos nomes eram compostos pelos seus nomes do meio e o sobrenome em homenagem a uma das cantoras preferidas do casal, a Cher.

Já estavam em Roswell há cinco meses. Nos primeiros meses, ficaram em um hotel de beira de estrada. Só que, recentemente, mudaram para a casa deles. Mulder transferiu o dinheiro que eles tinham para uma ilha fiscal, dessas que não deixam registros e deixam o dinheiro render bastante.

A casa foi reformada e mobiliada em dois meses apenas. Era bela e espaçosa, com quatro andares: um porão, onde estavam a biblioteca de Mulder e o laboratório de Scully; o térreo, onde ficam uma sala de visita, a sala de jantar, uma ampla cozinha com copa, uma lavanderia, dois quartos de hóspedes e um banheiro; na parte de cima, haviam duas suítes, sendo que uma fica interligada com um dos três quartos simples, um banheiro grande e um escritório; e um sótão, no último andar da casa, local que abriga a sala de televisão do casal. Na parte da frente da casa, tem uma varanda, um balanço e um belo jardim cercado por uma cerca de madeira e um portão. Nos fundos, há um quintal, uma quadra de basquete e uma piscina.

Hoje, eles são professores na Universidade de Roswell. William dá aulas de Psicologia e Katherine de Biologia, Química e Física. Recentemente, foram promovidos também a coordenadores dos laboratórios de Psicologia e Saúde, respectivamente.

Fizeram um pacto: na frente dos outros eram Will e Kathy, dentro de casa, Fox e Dana, ou melhor, Mulder e Dana.

Mulder estacionou o carro na garagem que também fica junto ao jardim. Entrou em casa e chamou pela esposa:

- Amor, estou em casa.

- Oi, amor. – ela apareceu no alto da escada – Como foi seu dia?

- Ótimo. – ele fechou a porta e subiu as escadas para encontrá-la. Deu um pequeno beijo nos lábios dela – O que está fazendo?

- Limpando o quarto do William. – disse ela apontando o cômodo que era ligado a suíte principal da casa. Era um quarto que sempre ficava fechado e era mobiliado com os pertences da criança, que agora estava sob os cuidados da família adotiva.

Mulder e Scully conseguiram trazer sua mobília graças ao grupo que eles chamavam de Novos Pistoleiros Solitários: Yves, Jimmy e Kimmy.

- Tudo bem, querida? – preocupou-se Mulder.

- Sim, Mulder.

- Bom, vou tomar banho e depois vou te ajudar.

Mulder saiu do banho e viu Scully fechando a porta de ligação.

- Acabou?

- Sim, Mulder. Precisamos resolver nossa vida. Essa casa é enorme, mas quero aumentá-la. – ela passou por ele e entrou no banheiro – Vou tomar meu banho.

- Estarei aqui. – Mulder disse vestindo uma bermuda azul e uma camiseta branca. Sentou-se na cama e ligou o laptop.

Dana não demorou a sair. Usava um vestido florido de alcinhas e ia até o joelho. O clima do Novo México deixava o casal ficar bem à vontade. Ela juntou-se ao marido, que fazia pesquisas sobre a magnetita.

- Mulder, ainda são quatro da tarde, o que vamos fazer?

- Estou cansado. Dei aula desde esta manhã. Sobre o que quer conversar? – ele desligou o computador e colocou-o no criado-mudo.

- Eu queria fazer um quarto lá fora. Sabe, para guardar as coisas da piscina.

- Eu já tinha pensado sobre isso. Ainda temos terreno. Não sabia que era tão grande, Dana.

- Eu também pensei que fosse menor.

- Mas temos a casa dos nossos sonhos, não é?

- É. Tem certeza de que nosso dinheiro está seguro? Que não vão nos descobrir?

- Absoluta e está rendendo bastante. Logo, vamos ter o suficiente para começarmos a financiar nossas pesquisas. Sabe, Dana, estive pensando em um lugar com chuveiro, perto da piscina e uma churrasqueira também. Podemos planejar e mandar fazer.

- Eu queria uma horta.

- Amor, nossa casa virou uma mansão. Já não acha que tem muita coisa?

- Mulder, a ideia da quadra e da piscina foi sua.

- Com o nosso vasto quintal, podemos fazer o que quisermos. A garagem ao lado da casa foi ideia sua. Eu queria só o jardim.

- Não quero discutir isso. Quero saber se vamos completar nossa mansão com tudo que temos direito?

- Vamos, Dana. Até lugar para sua horta vai ter. Vou pedir para o Gibson desenhar para nós.

- Tudo bem.

- Quando você vai resolver igualar seus horários aos meus, Dana?

- Não vou fazer isso. Está bom como está.

- Está bem, está bem. Também não quero discutir isso agora. Quero falar sobre você engravidar de novo.

- Você fala na lata, Mulder.

- Já somos íntimos o suficiente. Acho que agora vamos cair na rotina.

- Como todo casal, Mulder.

- Dana, nós combinamos que íamos parar de usar preservativo e tentar…

- Eu sei. Não sabemos se posso engravidar novamente. Então, é melhor rever isso.

- Eu gostaria tanto de ter outro bebê.

- Não é você que vai sofrer com enjoo, tonturas, dores do parto…

- Você nunca reclamou da sua gravidez...

- Hei, Mulder. – Scully acariciou o rosto dele – Eu estava disposta a ter o William, mas agora não é o momento. Não estou disposta a ter outro bebê.

- Por que sempre que discutimos a nossa relação tenho de ouvir só objeções?

- Mulder, sempre estamos discutindo nossa relação.

- Dana, quer ir jantar fora? Como forma de te pedir desculpas…

- Tudo bem. Diga o que vai me chatear.

- Eu comecei a rastrear nosso filho sem você saber. Com o dom psíquico que desenvolvi, estou ligado a ele.

- Assim como eu.

O casal riu.

- Dana, você também escondeu de mim.

- Sim. Achei que era imaginação, mas depois que vi a Emily…

- Você também está desenvolvendo seu lado psíquico. Estou feliz.

- Eu também. Não estou brava com você, pois estamos quites. O jantar ainda está de pé?

- Sim. Você escolhe o lugar.

- Naquele lugarzinho com música ao vivo.

- É, mas temos de voltar cedo.

- Tudo bem. Não é local chique. Podemos ir assim mesmo.

- Claro. Dana, viu como acostumamos a dormir cedo?

- Eu não acreditava que iria virar uma pessoa dessas. Dorme cedo, acorda cedo, trabalha, vai à Igreja, é esotérica, arruma a casa, ama o marido... – ela beijou-lhe demoradamente os lábios.

- É tudo o que eu sonhei, Dana Scully Mulder.

- E nosso casamento, Mulder?

- Eu diria que estamos com quase onze anos de casamento.

- Fox e Dana, você quer dizer?

- Sim. Will e Kathy casaram-se no civil há cinco meses. Oficialmente, pois já moravam juntos há anos.

- Há três anos. – Scully corrigiu – Mas, além do meu maridinho, eu amo a data: 6 de março.

- Eu também. É inda.

- Querido, estive pensando uma coisa e entendo a sua vontade de ter filhos. O William foi como um presente de aniversário para mim.

- O meu aniversário está próximo. Você tem razão, eu queria um presente desses.

- Amor, não fique triste. É que é cedo para termos uma criança entre nós. Ainda estamos em fase de adaptação.

- Dana, vou colocar uma calça jeans e já vamos sair.

- Não. – Scully segurou-o pelo braço – Fique aqui mais um pouco. – Mulder obedeceu e ela continuou – Escolhe um presente de aniversário.

- Um bebê. Uma gravidez. – ele brincou – Não quero presente, Dana. Você é meu maior presente e eu amo você.

- Eu também te amo, Mulder. Estou falando sério. Queria que escolhesse algo.

- Qualquer coisa?

- Exceto eu ou um filho.

- Tudo bem. Gostaria que você deixasse eu continuar a rastrear o William.

- Mas vai ser difícil termos de volta a guarda dele.

- Eu prometo que só se ele estiver em perigo, vou pegá-lo de volta.

- Tudo bem. Eu concordo.

O casal trocou um beijo apaixonado.

Mulder foi trocar a bermuda por uma calça jeans e calçou um tênis branco. Scully calçou uma sandália baixa transparente. Saíram para jantar.

Voltaram um pouco depois das setes horas da noite.

- Adorei sair, Dana. – disse Mulder abraçando a mulher ao entrar em casa.

- Eu também. Querido, vou assistir televisão no sótão.

- Eu vou para o escritório. Vou fazer mais pesquisas. – ele se separou da esposa e subiu as escadas.

A vida de Will e Kathy era um mistério para a cidade. Eram um casal de professores, de certo, ricos, que compraram um grande terreno e construíram uma bela casa em tempo recorde. Não tinham amigos na cidade e também não procuravam. Era sobre isso que Mulder escrevia em seu computador, em forma de crônica, quando Scully entrou no escritório.

- Vamos dormir?

- Oi, Dana. Estou fazendo uma análise psicológica de nossa vida.

- Amor, vem comigo. – ela abraçou-o por trás da cadeira – Amanhã, tenho de acordar cedo e quero estar segura esta noite.

- OK, Dana. – Mulder desligou o computador e pegou a esposa nos braços. Levou-a para o quarto e colocou-a no chão – Vá se trocar, que eu arrumo a nossa cama.

- Já está arrumada, Mulder. – Scully disse indo ao banheiro.

Logo, o casal já estava dormindo.

O despertador tocou às cinco e meia da manhã. Dana acordou, desligou-o e levantou. Pegou a roupa no armário e foi tomar banho. Saiu vestida com um tailleur azul e um sapato de salto alto da mesma cor. Acertou o despertador para tocar às sete e meia e beijou a testa do marido. Sorriu e desceu para tomar café. Às seis e meia, saiu de casa e foi a pé para a Universidade.

Mulder acordou quando ouviu a porta da sala ser fechada. Desligou o despertador e foi ao banheiro. Tomou um banho demorado e vestiu calça preta social, camisa branca e uma gravata vermelha. Tomou café e pegou o carro. Foi para a Universidade preparar as aulas da tarde.

Na hora do almoço, Kathy foi para a sala do marido.

 

Continua…

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