10/09/2019

Fanfic "Arquivo X": E ela sempre vai embora e volta


Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós décima temporada. Scully saiu de casa. Deixou Mulder depressivo para trás. Mas ela sempre vai embora e volta.
Data de início: 29/11/2017
Data de término: 01/12/2017
Classificação: 18 anos
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Fox Mulder estava deitado no sofá. A casa estava escura e em silêncio. Há quatro meses, Dana Scully saíra de casa.
- Mulder? – ele ouviu Scully chamando-o – Mulder?
Mulder achava que era sua imaginação lhe pregando outra peça.
- Mulder? – Scully acendeu a luz – Ah, você estava dormindo? – ela o viu deitado no sofá.
- Não. Fiquei muito tempo no escuro. – Mulder fechou os olhos.
- Você está bem? – Scully ligou o abajur e apagou a luz da sala – Eu te liguei várias vezes.
- Estou um pouco nauseado por causa dos comprimidos. – Mulder apontou os frascos de remédio.
- Eu estou aqui agora. Vai ficar tudo bem. – Scully acariciou-lhe a testa suada – Que tal um banho?
- Não quero, Scully.
- Mulder, eu te ajudo. – ela o empurrou delicadamente e sentou-se na beirada do sofá – O que sente?
- Por que quer saber?
- Porque sou médica. Porque quero te ajudar. Porque eu te conheço melhor que você mesmo. Porque eu te amo.
- Há quatro meses, vinte e dois dias e não sei quantas horas, você não queria saber de mim. Você foi embora.
- Hei, Mulder. Deixe-me te ajudar e eu não te perturbo mais. Você nem precisa falar comigo. – Scully colocou a mão na testa dele – Você está gelado. Posso cuidar de você?
Mulder tentou sentar, mas não conseguiu. Scully levantou do sofá e, com cuidado, colocou-o sentado. Com o apoio da cadeira próxima ao sofá, ajudou Mulder a colocar-se em pé.
Scully conduziu Mulder até o banheiro, ajudou-o a se despir, colocou-o na banheira e ajudou no banho.
Quando começou a lavar seu cabelo, Mulder segurou as mãos de Scully.
- Dói tudo. – ele colocou as mãos dela nas têmporas – Aqui.
- Está com dor de cabeça? Vou massagear. – Scully sentou na beirada da banheira – Deite um pouco mais e relaxe.
Mulder entregou-se ao carinho. Quando a água esfriou, Scully beijou a testa dele.
- Pronto para sair?
- Preciso escovar os dentes.
- E fazer a barba. Eu posso fazer tudo para você.
Mulder olhou-a com lágrimas nos olhos.
- Não sou um senil, nem um bebê.
- Não. Você está debilitado e instável. Vem comigo. – Scully tirou-o da banheira e enrolou-o em uma toalha felpuda.
Ajudou-o a se vestir e colocou-o sentado em uma cadeira.
- Scully, como você sempre tem tudo pronto?
- Eu preparei tudo para facilitar nossa vida. Vou fazer tua barba. – ela separou os apetrechos e sentou no colo de Mulder – Relaxe.
- Em outros tempos, eu já estaria excitado.
- A medicação faz isso, Mulder.
- Estou sem sexo desde…
-Você está com vontade? – Scully mexeu-se no colo de Mulder, provocando-o.
- Não sei. – Mulder respondeu e fechou os olhos.
Scully terminou de fazer a barba de Mulder.
- Fox William, acorde. – ela acariciou o rosto dele.
Mulder abriu os olhos e tentou sorrir.
- Preciso escovar os dentes.
- Posso te ajudar?
- Não é preciso. Eu faço. – Mulder respondeu.
Scully levantou-se do colo dele e começou a organizar o banheiro. Mulder aproximou-se da pia devagar. Escovou os dentes e olhou-se no espelho.
- Estou decrépito.
- Não, Mulder. Está precisando comer alguma coisa. Posso cozinhar para você.
- Eu ainda não me sinto bem.
- Vai melhorar.
- Eu não como há alguns dias.
- Ok. Eu tenho soro no carro. Só acho que está muito debilitado…
- Por favor. – Mulder começou a chorar – Me ajude.
- Não, Mulder, não faz assim. – Scully abraçou-o e deixou que chorasse com a cabeça em seu ombro – Vai ficar tudo bem.
Quando Mulder acalmou, Scully separou-se dele e olhou-o nos olhos. Estavam opacos, sem vida. Acariciou-lhe o rosto envelhecido.
- Scully?
Ela nada falou. Pegou-o pela mão e conduziu-o para a cozinha. Fez um chá com torradas e ofereceu a Mulder.
- Coma. Vou arrumar a sala e o quarto.
- Scully…
- Mulder, eu realmente preciso dar uma ajeitada nas coisas.
- Fica? Por hoje?
- Sim. Até você melhorar. Você espera eu voltar?
- Sim.
Scully organizou a sala e o quarto. Voltou para a cozinha e encontrou Mulder cochilando.
- Hei, Mulder. – Scully tocou-lhe o ombro – Vem deitar na cama.
- Sofá. – ele respondeu sonolento.
- Tudo bem. – ela o apoiou e levou-o para o sofá. Sentou-se e fez Mulder se deitar em dois travesseiros que estavam em seu colo – Se você não se sentir bem, me avisa. Estarei aqui. – Scully falou acariciando a cabeça de Mulder.
O celular dela tocou.
- Alô?
- Dana, está em casa? – era Maggie Scully.
- Estou com o Mulder, mamãe.
- Como ele está?
- Mal. Instável.
- Ele quer ajuda?
- Hoje, ele aceitou. A medicação fez mal para ele.
- Ah, querida. Dê um beijinho nele por mim.
- Pode deixar, mamãe.
- Tchau, Dana.
- Tchau. – Scully desligou.
- Era a sua mãe? – Mulder perguntou.
- Sim. Ela está preocupada com você. E te mandou um beijo.
- Obrigado.
- Sabe, você podia vir comigo e visitar mamãe nesse próximo final de semana.
- Não, Scully. – Mulder sentou-se – Não posso ir ver a Maggie nesse estado.
- Mulder, nós queremos te ajudar.
- Você foi embora. Me abandonou.
- Eu não te abandonei, Mulder. – Scully respondeu chorando ao lembrar do dia que foi embora e deixou Mulder implorando para ela ficar.
- Hei, acho que posso te mostrar o quanto eu te amo. – Mulder jogou os travesseiros no chão e acariciou as coxas de Scully.
- Não, Mulder. Não vou fazer sexo com você só por fazer. Eu vou cuidar de você.
- Estou com vontade. O efeito dos remédios está passando. Por favor… – Mulder puxou Scully para ele e falou – Será a nossa melhor noite.
Scully sabia que essa mudança era efeito da medicação, mas foi para o quarto com Mulder. Ela o satisfez e, quando ele dormiu, foi embora. De novo, mas deve voltar.

Fim

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