29/06/2008

Fanfic Arquivo X - Faltam 26 dias para AX2 - IWTB

Pessoal, estou em contagem regressiva para a estréia desse filme.
Para isso, estou digitando minhas fics inéditas e publicando-as. Divirtam-se.
Esta é pós Paciente X. Não tem título, mas se quiserem sugerir, estou aceitando.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Mulder e Scully chegaram exaustos. Os militares fizeram uma bateria de perguntas a eles e ainda tiveram de esperar duas horas para serem liberados.
Mulder tirou os sapatos e o paletó. Foi para o banheiro e acabou de tirar a roupa. Ligou o chuveiro, entrou no box e deixou a água quente relaxar seus músculos. Lavou o cabelo e o corpo. Desligou a água e pegou sua toalha branca, felpuda e grande. Enrolou-se e saiu do banheiro.
No quarto, procurou um pijama quente. Pegou sua cueca e pijama favoritos. Vestiu-os, pôs uma meia e um chinelo. Trocou a roupa da cama e juntou toda a roupa suja. Levou tudo para a pequena área de serviço.
Resolveu que iria arrumar o apartamento. Precisava ocupar a cabeça, tentar esquecer o que acontecera. Já era de madrugada.

Scully chegou em casa exausta. Estava sentindo-se sozinha, um aperto no peito. Foi para o quarto e trocou a roupa que usara o dia inteiro pelo pijama azul, o seu preferido.
Jogou-se na cama e fechou os olhos. Logo estava dormindo, mas não foi um sono tranqüilo. Virava-se a todo minuto, as imagens do que acontecera na Montanha Skyland iam e vinham em sua mente, cada vez mais assustadoras. Finalmente, acordou assustada e chorando.
Levantou-se, lavou o rosto, pegou o sobretudo, vestiu-o por cima do pijama, pegou a carteira e as chaves. Apagou as luzes, fechou o apartamento e pegou o carro.

Mulder estava terminando de varrer a sala, quando ouviu batidas nervosas na porta. Olhou pelo olho mágico e viu uma transtornada Dana Scully procurando a chave do apartamento dele. Abriu a porta.
- Scully? – ele falou surpreso vendo-a de pijama, tênis e sobretudo.
Ela não falou nada, apenas seus olhos encheram-se de lágrimas.
- Hei, Scully. Entre. O que aconteceu? – ele puxou-a pela mão.
- Desculpe se te acordei, Mulder. – ela disse tentando controlar-se.
- Eu não estava dormindo. Você sabe que eu não durmo. Estava tentando esquecer os últimos acontecimentos e queria acertar minhas coisas. – Mulder respondeu fechando a porta.
Ela tremia e estava gelada. Não queria falar nada, mas a presença de Mulder deixava-a mais segura.
- Aconteceu alguma coisa? – Mulder pegou-a pelos ombros e conduziu-a para o sofá – Sente-se aqui. – ela obedeceu-o e ele continuou: - Você está bem?
- Ah, Mulder... – as lágrimas deixaram Scully com a visão embaçada – Eu estou com...
Mulder segurou as mãos dela entre as suas. Sabia que ia ser difícil para ela admitir o que estava sentindo. Scully continuou:
- Eu estou lembrando o que aconteceu quando fui levada. Mas não é só isso. Estou me lembrando de mais imagens do que ocorreu agora na Montanha Skyland. – Dana tentava lutar contra as lágrimas.
- Hei, Scully. Acabou. Tudo acabou. Olha, tire o casaco e deite aí no sofá. Durma. Lembre-se do que você sempre me diz: “Se o caso te assusta, vai descansar e dormir um pouco”.– Mulder disse indo pegar as chaves do carro.
- Aonde você vai, Mulder? – Scully falou num fio de voz.
- Vou buscar aquela malinha que você deixou no meu carro. Já volto. Não se preocupe. – ele sorriu e saiu. Em poucos minutos, voltou com a mala em mãos – Não disse que voltava? – ele fechou a porta.
- Mulder, obrigada.
- Não tem de quê. Aqui está. – Mulder entregou-lhe a mala – Quer um chá?
- Se você me acompanhar. – Scully falou sem olha-lo. Ela abriu a bolsa e tirou um casaco de lã. Levantou-se do sofá, tirou o sobretudo e vestiu o casaco. Tirou o tênis e pôs um chinelo de banho. – Estou pronta. Onde posso deixar meu sobretudo e a mala?
- Deixa aqui nessa poltrona. – Mulder apontou – Quer vir comigo para a cozinha?
- Vou.
Os dois foram para a cozinha. Scully sentou à mesa e ficou admirando o parceiro preparar o chá.
- Trouxe algum comprimido?
- Hã? – Scully saiu de seus devaneios.
- Trouxa algum calmante?
- Não tive tempo de pensar nisso. Na mala, só tem os remédios de emergência.
- Estou fazendo chá de camomila.
- Nossa! – ele viu o relógio – São quatro da manhã.
- Sim. O tempo passou rápido. Você vai ter o tempo que precisar para descansar. Falei com Skinner e surpresa...
- Folga?
- Sim, na verdade, suspensão. – ele sorriu.
A chaleira apitou e Mulder colocou o líquido fumegante em duas grandes xícaras. Sentou-se ao lado de Scully.
- Tome seu chá.
- Sim, senhor. Sabe, Mulder, eu vou aceitar sua oferta. – ela sorveu o chá devagar – Eu estava sentindo-me sozinha. Acho que estou fragilizada.
- Tudo bem. O que posso fazer por você?
- Cuide de mim. – ela murmurou.
Eles terminaram de tomar o chá em silêncio e foram para a sala.
- Você escolhe, Scully. Quer o sofá ou a cama?
- Mulder, qualquer lugar desde que você esteja comigo.
Scully estava com medo e Mulder compreendia isso.
- Fique com o sofá. Meu quarto não está tão arrumado para você.
Então, Mulder enrolou-a no cobertor e puxou-a para seu colo. Scully deixou-se levar. Confiava nele. Ele acariciou a cabeça dela até que dormisse. Mulder também adormeceu.
Eram quase dez horas da manhã, quando Mulder acordou. Scully continuava dormindo.
- Hei, luz do sol. – Mulder disse tirando-a de seu colo – Fique aqui.
Scully murmurou algo, mas não acordou.
Mulder foi ao banheiro e trocou o pijama por sua roupa preferida: calça jeans e camiseta cinza.
Foi para a cozinha e começou a prepara uns congelados que comprara recentemente.
- Mulder? – uma sonolenta Scully chamou da porta da cozinha.
- Oi, Scully. – ele sorriu ao vê-la enrolada na manta. Parecia uma garotinha. – Você está melhor?
- Estou. – Scully caminhou até Mulder e abraçou-o – Obrigada por tudo.
- O que eu posso fazer para que você nunca mais se sinta assim?
Scully não respondeu, apenas beijou os lábios do parceiro rapidamente. Depois, desvencilhou-se dele e foi tomar banho.
Almoçaram juntos e, à tarde, foram ao cinema.
Iniciaram um namoro proibido, mas estavam felizes. Será proibido eternamente? Só o tempo dirá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário