28/05/2025

Fanfic "Arquivo X": Projeto Horizonte - 1ª Fase, Capítulo 7

Título: Projeto Horizonte

Autora: Rosa Maria Lancellotti, em parceria com Copilot.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Mulder e Scully têm uma vida tranquila, com sua filhinha, até que Scully tem uma visão de Jackson pedindo ajuda. Uma trama se descortina, envolvendo o passado das famílias dos nossos ex-agentes favoritos. Descobrem então uma iniciativa cruel, chamada de Projeto Horizonte. Durante esse tempo, uma nova família se constitui, com novos desafios, sob a batuta de Mulder e Scully.

A fanfic está dividida em 2 fases. A primeira traz a parte mais sombria das descobertas. A segunda, a vivência da família e as complicações do dia a dia, com uma boa parte nauseante, sugerida pela IA.

Nota: Esta é uma experiência! Uma fanfic de universo alternativo (até onde eu entendo que pode ser), escrita com a parceria entre uma Humana e a Inteligência Artificial, Copilot. Juntos desenvolvemos capítulos e a história a seguir. Foi um processo criativo interessante! Eu disse que a IA não podia humanizar a história para minha amiga-irmã, mas, quando alimentei o amiguinho virtual com o diálogo que eu queria, ele escreveu uma bela conversa, com uma poesia linda e vale muito compartilhar. É uma das primeiras tentativas que eu faço de escrever algo com a IA. Escrevemos juntos, mas eu revisei e ajustei o texto. Espero que esta seja uma forma de discutirmos a presença da Inteligência Artificial nas nossas vidas e o quanto é válido incluirmos isso em tudo. Espero que gostem e espero o seu feedback.

Data de início: 08/05/2025

Data de término: 26/05/2025

Classificação etária: 18 anos

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

1ª Fase

O passado sombrio 


7º Capítulo

 

Enquanto Mulder, Jackson e Samantha enfrentavam desafios em uma estrada incerta, a casa se transformava num refúgio marcado por cuidados intensos e pela presença maternal de Scully. Com a responsabilidade de cuidar de Maggie e, agora, de Maddy, Scully assumira seu papel com a mesma certeza que a guiara em inúmeros casos. Mas, na calmaria aparente do lar, um novo sinal de alerta se fazia presente.

Maddy, que desde a chegada começara a encontrar consolo na companhia acolhedora de Scully, começava a apresentar os primeiros sinais da gravidez e preocupava Scully. Durante o dia, a jovem, que já enfrentara o estigma de ter sido rejeitada pela família por engravidar, frequentemente, ficava pálida, com enjoos persistentes e episódios de vômito. Cada vez que esses episódios se repetiam, Scully sentia o coração apertar. Mesmo sendo médica, a experiência a dizia que era algo mais que apenas os incômodos do primeiro trimestre.

Para aliviar o que a moça sentia, preparou um chá de gengibre fresco, recorrendo aos métodos mais simples para amenizar o que a moça sentia. Enquanto a chaleira silenciava seus sussurros de vapor, Scully, com mãos firmes e olhar cuidadoso, colocou uma toalha fresca sobre a testa de Maddy e, de forma tranquilizadora, murmurava palavras de afeto e segurança.

- Estou aqui com você, querida. Eu prometo que farei tudo para te ajudar e cuidar do bebê. Você agora tem uma mãe adotiva, e juntas, vamos enfrentar qualquer tempestade.

Ao mesmo tempo, o ambiente delicado da casa mostrava-se como um microcosmo da luta entre a esperança e o medo. Maggie corria livremente pela sala e quintal, inconsciente das sombras que a preocupavam os adultos.

Scully resolveu fazer um diário da gravidez, com Maddy, para monitorar os sintomas e para a moça escrever seus medos, dúvidas, alegrias e esperanças.

Entre o tilintar suave das xícaras de chá, o olhar zeloso para a moça semideitada no sofá, os risos esporádicos e as palavrinhas de Maggie, Scully se pegava, em momentos de rara vulnerabilidade, questionando-se se os fantasmas do Projeto Horizonte poderiam ter deixado marcas, além das físicas, na alma da jovem Maddy. Aos poucos, no calor reconfortante da manhã, a médica e mãe postiça agendou uma consulta no ginecologista para Maddy e redobrou os esforços para garantir que ela se sentisse segura, não só pelo cuidado dos sintomas, mas pelo acolhimento que tinha naquela casa e na família.

Enquanto acalmava os sintomas e protegia o recém-fortalecido laço entre elas, Scully também se preparava mentalmente para os desafios que viriam com o retorno de Mulder e a retomada da investigação contra as forças que haviam enredado tantas vidas. Com o coração pesado, mas firme na missão de preservar essa família, ela repetia silenciosamente a cada batida de seu coração que, mesmo em meio aos horrores, há beleza na união e na esperança que se constrói, minuto a minuto.

XxX

Mulder, Jackson e Samantha avançaram lentamente pelo espaço decadente do laboratório remoto. O ambiente parecia congelado no tempo. Paredes marcadas por símbolos, salas outrora repletas de equipamentos sofisticados e corredores que guardavam apenas o eco de passos há muito silenciados compunham um cenário de abandono e mistério.

Enquanto caminhavam por uma câmara de controle vazia, Samantha parou bruscamente. Fechou os olhos e, num esforço concentrado, deixou que suas habilidades, forjadas pelo sofrimento e pela vivência intensa durante o cativeiro, se conectassem com a energia residual do local. Em seu íntimo, imagens confusas se misturavam a sensações que eram tanto sua quanto do laboratório. Ela ouviu, em um murmúrio quase inaudível, fragmentos de vozes e ecos de experimentos passados.

- Eu sinto uma presença. Não são vozes claras, mas memórias. Este lugar carrega os suspiros do que foi destruído. Eles apagaram as evidências, mas a energia residual me revela que tudo terminou abruptamente. – Samantha sussurrava para Mulder e Jackson.

- Sam, está tudo bem. Continue. – Mulder incentivou.

- Nas paredes, há marcas que provam que experimentos foram realizados aqui com tanta intensidade que os próprios equipamentos foram consumidos pelo fogo de uma destruição voluntária. Parece que, no fim, tentaram erradicar tudo o que restava de evidência do Projeto Horizonte. – ela continuou – Aa experiências cessaram e as pessoas foram jogadas… Andaram a esmo…

- Parece o que os nazistas fizeram com os campos de extermínio. – comentou Jackson.

Enquanto vasculhavam cada sala, a verdade se aflorava de maneira inexorável: desde a sala de armazenamento de dados até a última área de experimentos, não havia mais nada além de destroços e um silêncio que parecia ecoar a resignação e o fim de um ciclo. Os documentos, que poderiam ter sido a prova irrefutável do que haviam acontecido, haviam sido intencionalmente destruídos ou removidos.

Mulder, com a voz embargada e o olhar firme, comentou:

- Parece que nosso maior inimigo não era apenas os homens que comandaram o projeto, mas o desejo deles de apagar essa história. Mas, apesar da limpeza, o que restou foram as cicatrizes e as memórias. Lutaremos para que não se repita.

Jackson, apesar do trauma que carregava, assentiu, compreendendo que a verdadeira vitória talvez residisse não em encontrar mais provas, mas em pôr fim ao ciclo de manipulação e dor. Samantha, com seus sentidos ainda vibrando com as últimas ressonâncias daquele lugar, concluiu:

- O projeto acabou. Foram destruídos o último laboratório e as evidências que aqui estava. Não encontraremos mais nada, Fox. A rede foi desmantelada, e os vestígios foram apagados, mas as marcas... essas, todos nós vamos carregar para sempre. Casa cobaia humana levará para sempre as marcas por fora e por dentro dos corpos.

- Assim como nós. – Jackson colocou a mão no ombro de Samantha.

Ao saírem do laboratório remoto, os três sabiam que a jornada para derrotar as sombras do passado tinha chegado a um ponto terminal. O silêncio absoluto do local era, simultaneamente, um desfecho e um lembrete do custo irreparável da ambição desmedida e da manipulação da vida humana.

O trio então saiu rapidamente do local. Procuraram um motel e prepararam relatórios para os aliados. Depois, descansaram um pouco antes de retornarem para casa.

Casa! Sim, agora, deviam retornar para casa e se reconstruírem como pessoas humanas, como uma família.

Enquanto o som do motor se misturava ao murmúrio da estrada, o rádio do carro piscou com uma mensagem cifrada dos aliados. A voz, familiar e grave, anunciou que os perigos eram coisa do passado: nem Jackson nem Samantha estavam mais em perigo. Para surpresa de Mulder, o grupo que dirigia os experimentos do Projeto Horizonte havia desaparecido misteriosamente, deixando apenas um eco de suas práticas sombrias. Os aliados deixaram um recado claro para Mulder: não se envolver novamente com nada daquilo.

Mulder respirou fundo e, com os olhos fixos na linha que se estendia à frente, murmurou para si mesmo:

- Acabou. Enfim, a escuridão terminou.

No banco do carona, Jackson segurou firme no braço de Mulder, transmitindo e buscando forças. No banco de trás, Samantha permanecia em silêncio, absorvendo aquele mistério final.

A viagem de volta foi marcada por um silêncio carregado de reflexão. O carro percorria uma estrada deserta, cortada ocasionalmente por pontos de luz das cidades distantes, mas, para eles, parecia que o mundo havia se recusado a se encher do mesmo mistério. Mulder dirigia com cautela, enquanto Jackson e Samantha mantinham olhares que misturavam cansaço e resignação.

Em determinado momento, Jackson quebrou o silêncio:

- Eu ainda sinto o peso de tudo. Carrego em mim um dom ou um castigo que preciso controlar. Mas, pelo menos agora, eu me sinto seguro.

Mulder assentiu, os olhos fixos na estrada. Sua voz, embora controlada, carregava uma nota de melancolia e determinação:

- Por mais que você tenha tido experiência ruins, hoje, tudo ficou para trás. Eu sei que essas cicatrizes jamais desaparecerão completamente. Temos que usar cada lição para proteger nosso futuro, mesmo que os fios do passado se dispersem no vento. E, se precisar de ajuda, você tem a mim, a Scully, a Samantha e a Maddy, que está esperando um filho seu.

Samantha, cuja sensibilidade além da compreensão humana era um legado do próprio sofrimento vivido no laboratório, suspirou:

- O lugar apaga seus vestígios, mas não nossos traços. O Projeto Horizonte pode ter sumido, mas carregamos as marcas indeléveis dele conosco, na nossa pele, mente e DNA. Talvez essa seja a mensagem: não mexer mais, porém não esquecer. Temos de aprender a seguir adiante sem permitir que a escuridão se refaça.

Com as primeiras luzes do amanhecer despontando, o trio ainda estava retornando para casa. O ambiente no carro, agora silencioso, era repleto de pensamentos e planos para o futuro.

Mulder pensava em como cada passo dado no laboratório havia sido uma peça de um quebra-cabeça que jamais seria completado, e em como os aliados pediam, com veemência, para que ele deixasse esse capítulo para trás.

A medida que se aproximavam de casa, a paisagem mudava gradualmente, trazendo de volta a sensação de estarem chegando, finalmente, a um lar, um refúgio.

Mulder sabia que, apesar das advertências, a verdade jamais seria completamente esquecida. Mas, por enquanto, o que mais importava era ter Jackson e Samantha seguros, e preparar o terreno para a continuidade de uma vida onde o amor e a resiliência prevalecessem.

Já era noite, quando chegaram em casa. No instante em que o carro se deteve na garagem, um sentimento de alívio se misturava à inevitabilidade dos resquícios do passado. No interior da casa, Scully aguardava com Maggie, os braços abertos e o olhar ansioso pelo retorno do homem que amava e era a luz que as guiava.

Mulder, com o peso dos últimos dias estampado no semblante, desceu do carro e compartilhou um breve olhar com Jackson e Samantha. Sem muitas palavras, os três sabiam que apesar de terem cumprido a missão, novos capítulos os aguardavam. O retorno para casa era apenas um novo começo, onde cada cicatriz, cada silêncio, serviria para reforçar a promessa de um futuro traçado com amor, cautela e a certeza de que algumas batalhas devem ser travadas para que a luz consiga, enfim, renascer no amanhecer.

 

Continua... Na 2ªFase!

Nenhum comentário:

Postar um comentário