21/07/2020

Fanfic "Power Rangers": Com você, supero tudo, Capítulo 10

    

Sinopse: Kimberly Hart sofreu um acidente. Está no hospital, mas outras coisas aconteceram na sua vida. Tommy fica sabendo do que aconteceu pela televisão e, depois de uma pequena crise, vai para a Flórida para tentar ver sua ex-namorada, nem que seja pelo vidro do quarto de hospital. Ele quer ajudá-la e Kimberly vê uma oportunidade de superar seus traumas com o grande amor de sua vida.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

Classificação: 18 anos – Trata de distúrbios alimentares e sexo sem consentimento

Data de início: 20/07/2014

Data de término: 02/05/2016

Nota: Como muitas de minhas fanfics, essa ficou um tempo sem ser continuada e terminada. Também não levei em conta aspectos médicos.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

10° Capítulo

 

Enquanto a equipe carregava as malas e pertences, Kimberly era conduzida por Aisha e Tommy.

Kimberly apertava a mão de Tommy ao caminhar.

- Você está protegida, princesa. – Tommy falou – Estou aqui.

- Estou protegida pelo homem mais lindo do universo. Por isso, todos estão olhando para mim.

- Não tenha medo. – Aisha falou – Você está segura.

- Obrigada, ‘Sha.

- Lembra da Alicia, a menina que te falei? – Aisha perguntou.

- Sim.

- Esse, em frente, é o quarto dela. – Aisha informou.

- Dra. Walson. – Kimberly chamou e parou de caminhar.

- Sim, Kimberly. – a médica respondeu aproximando-se.

- Há uma menina nesse quarto, a Alicia. Ela é minha fã. Sei que ela está… – Kimberly não terminou a frase – Posso acenar para ela?

- Um momento. – a médica falou e viu a equipe parar de andar pelo corredor. Logo, retornou e falou – A Alicia é paciente da Oncologia. O Dr, Johnson é o médico dela. Vou falar com ele. Esperem aqui.

- Obrigada. – Kimberly segurou com força a mão de Tommy.

- Lisa, meu marido está no carro aguardando. No subsolo 1, próximo ao elevador. – Aisha falou – Podem seguir.

- Ok. – Lisa fez sinal e a equipe seguiu para o estacionamento.

- Srta. Hart, – a Dra. Walson voltou – o Dr. Johnson autorizou ver a garota pelo vidro. Pode escrever algo para ela. A paciente não pode ter contato com ninguém que não esteja paramentado. Está muito frágil.

- Perfeito, doutora. Obrigada. – Kimberly falou. Então, se aproximou do vidro e viu uma moça na cama. Bateu de leve no vidro. Quando a moça a viu, sorriu e acenou.

Alicia ficou feliz ao ver Kimberly e acenou de volta para Kimberly. Sentou na cama e fez um coração com as mãos, em meio aos fios que a monitoravam.

- Aisha, preciso de um papel e uma caneta. – Kim pediu com a voz embargada.

- Kim, você está bem, Beautiful? – Tommy viu Kim soltar a mão dele e se abanar.

- Olha a alegria dessa menina, Tommy. Como posso reclamar da minha vida?

Tommy olhou a moça pelo vidro e acenou também.

- Kim, você sempre foi o coração do grupo. Isso é lindo!

- Como eu posso reclamar? Ela está em estado terminal e sorrindo. – Kimberly olhou Tommy e apertou o braço do amigo – A Aisha viu que no mural da Alicia havia fotos minhas e a enfermeira avisou que ela sabia que eu estava internada na ala ao lado. Queria me conhecer. Como você me ensinou, vale a pena ver a pessoa nem que seja pelo vidro.

- Entendi, Kim. – Tommy falou emocionado.

Aisha ofereceu um caderno e uma caneta.

Kimberly fez sinal para a menina esperar. Pegou o papel e a caneta. Começou a escrever um bilhete.

- Aisha, sempre trazendo meus cadernos de personagens e minhas canetas coloridas. – Kim sorriu.

- Tive que pedir para a Lisa pegar no carro. – Aisha falou.

Assim que terminou de escrever, Kimberly falou:

- Dra. Walson, alguém poderia entregar esta cartinha para a Alicia?

- Claro, Srta. Hart. – a médica pegou o papel e entregou para uma enfermeira.

- Srta. Hart, quer que eu entregue agora? – a enfermeira perguntou sorrindo.

- Se puder, por favor. Quero ver a reação dela. – Kim sorriu emocionada.

A enfermeira se preparou para entrar. Assim que a moça recebeu a cartinha, sorriu e falou “Obrigada”.

Kimberly lendo os lábios da menina também respondeu:

- Eu te amo, Alicia querida. Sou sua fã.

Dizendo isso, mandou um beijo para Alicia.

- Pronto, Kim? – Tommy falou.

- Sim. Missão cumprida. – Kimberly deu a mão para Aisha e pegou no braço de Tommy – Obrigada, doutora. Obrigada, enfermeira.

Os amigos voltaram a caminhar. Chegaram ao carro e Rocky já tinha organizado a bagagem nos dois carros.

- Kimberly, para facilitar nossa saída e confundir a imprensa, vamos em dois carros. – Aisha falou – Vou com o Rocky no maior e o Tommy te leva no meu, que tem os vidros mais escuro, tudo bem?

- Sim. – Kim respirou – Quero dizer oi para o Rocky.

- Então, vem. – Aisha puxou-a pela mão.

Tommy ficou observando de longe.

- Oi, Rocky. – Kimberly sorriu e parou de caminhar dez passos distante dele.

- Oi, Kim. – Rocky acenou – Bem vinda de volta.

- Obrigada. – Kimberly deu dois passos para trás e sorriu.

- Está tudo bem, Kim. – Aisha falou – O Rocky não vai te machucar.

- Sou teu amigo, Kim. – Rocky ofereceu a mão – Estou aqui para ajudar.

Kimberly apertou a mão de Rocky receosa.

- Oi. Desculpe…

- Hei, Kim. Está tudo bem. Pede pro Tommy sair e me seguir.

- Ok.

Kimberly beijou o rosto de Aisha e voltou rapidamente para o lado de Tommy.

- Tudo bem, Kim? – Tommy abriu a porta traseira do carro.

- Sim.

- Muito bem, Beautiful. Vamos no carro da Aisha, como ela falou. Você vai no banco de trás por segurança. Quer ajuda para entrar?

- Sim. – Kimberly apoiou-se nos braços de Tommy e entrou no carro – Obrigada.

Tommy fechou a porta e entrou no carro.

TKTKTK

Mais tarde, Kimberly dormia no sofá da sala enquanto Aisha, Rocky e Tommy conversavam na cozinha.

- O que vamos fazer com ela? – Rocky perguntou.

- Amá-la. – Tommy respondeu – A Kimberly precisa ser amada.

- O que ela pode comer? – Aisha estava olhando os armários.

- Você vai cozinhar, ‘Sha? – Tommy sorriu.

- Sim, Tommy. – ela pegou uma panela e legumes – Acha que sopa é castigo?

- Não. Eu a alimento, ‘Sha. Pode fazer o que quiser. – Tommy respondeu.

- Tommy, podemos ficar para o almoço. Depois, temos que ir. – Rocky falou.

- Cara, a Kim está assustada. – Tommy falou – Não precisam sair correndo depois do almoço. Vai assustá-la mais ainda. Preciso de ajuda para fazer a Kim melhorar.

- Ok, Tommy. – Aisha disse – Ficamos um pouco, mas nosso passeio pós almoço é para comprar alimentos amigos das grávidas.

- Aisha, querida, está tão ruim assim? – Tommy perguntou solidário.

- Só pela manhã, Tommy. Tenho que maneirar no jantar. – Aisha sorriu e acariciou a barriga.

- Oi! – Kimberly entrou na cozinha.

- Oi, querida! – Aisha sorriu – Vou fazer uma sopinha para nós almoçarmos. O que acha? Quer comer algo diferente?

- Uma sopa está bem. Terá mais sabor que a do hospital. – Kimberly estava incerta do que fazer.

- Kim, sente aqui. – Tommy puxou uma cadeira e posicionou ao lado dele.

- Obrigada. – Kimberly sentou e segurou forte a mão de Tommy.

- Nós vamos almoçar juntos. Aisha, Rocky, você e eu. – Tommy explicou – Tudo bem?

- Sim, Tommy. – Kim respondeu baixo.

- Querida, você tem alguma restrição? – Aisha perguntou.

- Temperos, fritura, etc, etc, etc. Tenho sensibilidade. – Kim respondeu.

- Então, vou fazer uma sopinha. – Aisha falou.

- Tudo bem você cozinhar? – Kimberly falou.

- Sim, Kim. – Aisha sorriu – Estou bem.

- O que quer fazer, Kim? – Tommy perguntou.

- Ficar aqui com você. – Kimberly falou.

- Você está entre amigos, Kimberly. – Tommy explicou – Nós estamos aqui para te ajudar, querida.

- Tudo bem. – Kimberly sorriu – Rocky, o que tem feito?

- Sou professor de karatê em uma academia. – Rocky sorriu – Adoraria vê-la treinando lá.

- É da rede do Jason? – Kim perguntou e afrouxou o aperto na mão de Tommy.

- Sim. O Jason é meu patrão. – Rocky sorriu.

- Aisha, e você? – Tommy quis saber.

- A Kim sabe que tenho meu estúdio fotográfico de animais e minha ONG de adoção. O meu escritório é perto do hospital. – Aisha sorriu.

- Eu sou professor de ciências. – Tommy falou.

- Nossa! Estou me sentindo numa reunião terapêutica. Oi, meu nome é Kimberly, sou ex-ginasta. Fui violentada pelo ex-namorado, tornei-me bulímica e sofri um acidente durante um treino. Tenho medo de pessoas do sexo oposto e estou aqui.

- Kimberly, vocês está bem melhor. Você é muito amada e vai retornar ao convívio social logo. – Tommy levantou-se da cadeira e ficou na frente dela – Você vai ficar bem, princesa. – ofereceu-lhe as mãos e levantou-a da cadeira – Você já saiu do hospital, está na cozinha da sua casa, com duas pessoas do sexo masculino no mesmo recinto. Você já fez grandes progressos.

Kimberly chorava silenciosamente. Respirou fundo e falou:

- Desculpe.

- Tudo bem. Por que não vai descansar mais um pouco até o almoço?

- Vou arrumar um pouco das minhas coisas.

- Ok. – Tommy ficou observando-a sair do cômodo. Olhou para os amigos e disse – Fui duro com ela?

- Não, Tommy. – Aisha falou – É um processo delicado.

- Vou dar um tempinho para ela. – Tommy afundou na cadeira.

TKTKTK

O dia passou rápido. À noite, Tommy assistia a um filme na televisão com Kimberly.

- Estou com sono, Tommy.

- Vá deitar, Kim.

- Vai dormir aqui na sala, né?

- Sim. Vou ficar aqui no sofá. Perto do seu quarto. Se precisar de mim, é só me chamar.

- Tá bom. – Kimberly levantou – Boa noite.

- Boa noite, Beautiful. – Tommy respondeu.

O dia amanheceu. Kimberly acordou e ouviu o chuveiro ligado. Sorriu e até pensou em espiar Tommy. Estava com saudades. Logo, ouviu o chuveiro ser desligado e a porta ser aberta minutos depois.

- Hei, Kim. Bom dia! – Tommy disse vendo-a cobrir a cabeça.

- Bom dia, Tommy. – ela respondeu com a cabeça debaixo do lençol.

- Estou vestido. E já está na hora de levantar. – Tommy sentou na cama ao lado de Kimberly – Temos que tomar café pensar na sua entrevista.

- Não quero comer.

- Descobre a cabeça, Kim, por favor. Quero ver seu rosto.

Kimberly descobriu a cabeça e olhou Tommy.

- Oi.

- Oi, minha princesa. É normal ficar nervosa antes da coletiva. Sei que fica enjoada quando fica nervosa, mas tem que se acalmar.

- Não quero comer para não passar mal.

- Você vai passar mal se ficar sem comer. Kim, eu estarei com você o tempo todo.

- Tommy, você não pode ficar a meu lado. A imprensa vai criar…

- Que eles criem notícia. Eu não ligo.

- Ainda estou com sono.

- Então fica mais na cama. Vou te trazer café na cama.

Tommy foi para a cozinha. Preparou os alimentos com muito carinho. Logo, Kimberly apareceu na cozinha, com os cabelos molhados e com um conjunto de moletom cinza e rosa.

- Desculpe, Tommy.

- Do que?

- Da forma como agi.

- Eu entendo que está com medo.

- Tommy, você fez um almoço! – Kimberly desconversou.

- Brunch. São dez e meia. Podemos sentar e comer tranquilos. Pularemos o almoço. – Tommy! – Kimberly esticou as mãos.

- O que há, Kim? – Tommy tomou-a pelas mãos e levou-a para sentar à mesa.

- Estou ansiosa.

- Vamos acalmar. Respira fundo. Eu vou te alimentar.

Tommy abriu o cereal, colocou em uma tigela junto com leite e mel. Começou a alimentar Kimberly.

- Não sou mais criança, Tommy.

- Eu sei, mas está fragilizada. Esse é meu jeito de cuidar de você.

- Obrigada, Tommy.

- Isso é só o começo, princesa. O que quer fazer?

- A coletiva é às 14h00. – Kimberly começou, mas foi interrompida.

- Sairemos daqui às 13h00. – Aisha abriu a porta da cozinha – Viemos pelo elevador de serviço hoje. Bom dia!

- Oi, ‘Sha. – Kimberly sorriu – Oi, Rocky. Querem tomar café?

- Oi, Kim. Oi, Tommy. – Rocky sorriu – A Aisha trouxe a loja de conveniência para vocês.

- É sempre assim? – Tommy perguntou rindo.

- Sim, Tommy. Ela entra aqui, como um general. Aisha, eu vou embora em alguns dias, não precisava trazer tanta comida. – Kimberly falou.

- Cala a boca, pinky. – Aisha disse – Você nem secou o cabelo. Já para o quarto.

- Ok. Chegou. – Rocky interveio – A sargento acordou enjoada e de mau humor. Vou acompanhá-la e a Kim pode tomar café sossegada.

- Obrigado. – Tommy agradeceu ao ver o casal sair da cozinha.

- Ela está pior hoje. – Kimberly falou com lágrimas nos olhos – Você viu o que ela insinuou?

- Ah, Beautiful, não chore. – Tommy acariciou os cabelos de Kimberly – São os hormônios que estão deixando a Aisha maluca.

- Tommy, eu preciso tanto de você.

- Estou aqui. Agora, pare de chorar e vamos comer um pouquinho?

Kimberly enxugou as lágrimas, sorriu e deixou Tommy alimentá-la. Quando terminaram de comer, Aisha entrou na cozinha.

- Kim, desculpe-me.

- Está tudo bem, Aisha.

- Oi, Tommy. – Aisha falou.

- Oi, Aisha. Mais calma? – Tommy perguntou acariciando a mão de Kimberly.

- Sim. – Aisha sorriu – Desculpem meu mau humor.

- Quer comer alguma coisa? – Tommy ofereceu.

- Não, obrigada. – Aisha sentou ao lado de Kimberly – O Rocky começou a embalar algumas das suas coisas e móveis.

- Ok.

- Já terminou de tomar café?

- Terminando.

- Meninas, vou ajudar o Rocky. – Tommy falou colocando a mão de Kimberly sobre a mesa.

Assim que Tommy saiu, Aisha olhou a amiga.

- Kim, me desculpe. Fui uma imbecil.

- Está tudo bem, Aisha. Faça o papel de minha assessora e oriente-me. – Kimberly pegou um sanduíche.

- Primeiro, posso ser sua amiga curiosa?

- Não, Aisha, não estou com fome porque transei com o Tommy.

- Hei! – Aisha riu.

- Não era isso? – Kimberly mordeu o sanduíche.

- Bem, eu ia perguntar se ele havia dormido com você.

- Sim. Na mesma casa. Na sala.

- Ah, não teve graça, Kim.

- Nada aconteceu, Aisha.

- Bom, pode comer tranquila. Quando for 12h30, você troca de roupa e, às 13h00, saímos para a coletiva. Será no ginásio.

- E o Tommy?

- Vai conosco. Ele pode ficar a seu lado se ficar mais confortável.

- E a imprensa?

- Que se dane! Ele será seu namorado em breve.

- Somos amigos.

- Com benefícios.

- Aisha, quando acontecer, eu te conto. – Kim sorriu.

- E com detalhes, né?

 

Continua…

Nenhum comentário:

Postar um comentário