06/07/2020

Fanfic "Power Rangers": Com você, supero tudo, Capítulo 8

Sinopse: Kimberly Hart sofreu um acidente. Está no hospital, mas outras coisas aconteceram na sua vida. Tommy fica sabendo do que aconteceu pela televisão e, depois de uma pequena crise, vai para a Flórida para tentar ver sua ex-namorada, nem que seja pelo vidro do quarto de hospital. Ele quer ajudá-la e Kimberly vê uma oportunidade de superar seus traumas com o grande amor de sua vida.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

Classificação: 18 anos – Trata de distúrbios alimentares e sexo sem consentimento

Data de início: 20/07/2014

Data de término: 02/05/2016

Nota: Como muitas de minhas fanfics, essa ficou um tempo sem ser continuada e terminada. Também não levei em conta aspectos médicos.

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8º Capítulo

 

Kimberly olhou para Tommy e sorriu nervosa.

- O que foi, princesa? – Tommy sentou na beirada da cama.

- O que você faz comigo? Você tem um efeito estranho sobre mim, Tommy Oliver.

- Kim, você tomou a decisão certa.

- Obrigada.

- O que quer primeiro?

- Preciso falar com a Aisha para vir buscar a nota para o treinador.

- Eu posso levar.

- Não. Eu te quero aqui comigo.

- Kimberly, não posso ainda aceitar propostas indecentes.

- Tommy! – Kimberly riu nervosa.

- Desculpe a brincadeira. O que posso fazer?

- Ficar sentado a meu lado. Mas, antes, pega meu bloco de anotação, caneta e celular.

Tommy obedeceu e trouxe os objetos para Kimberly.

Kim fez as ligações que precisava e escreveu uma nota para o treinador.

TKTKTK

Mais tarde, Aisha conversava com a amiga.

- Inacreditável, Kimberly.

- Viu que eu tive alta antes da sua barriga aparecer?

- E sua melhora tem nome e sobrenome.

- Talvez.

- Kim, estou feliz. E você?

- Com medo, mas tenho você e o Tommy.

- Quais os planos?

- Vou para casa.

- Precisa de alguém para fazer companhia. Não quer ficar na minha casa?

- Aisha, vou para Alameda dos Anjos.

- Peraí!

- Isso mesmo. Lá é minha casa.

- Mas…

- Eu te agradeço a oferta.

- Kim, ouça. O Tommy não mora mais lá.

- Eu sei. Ele mora em Reefside.

- E você quer ir para Alameda dos Anjos?

- Aisha, não vamos morar juntos.

- Kimberly, não me engane.

- Eu posso até morar com ele um tempo, mas tudo platônico.

- Ok, Kim.

- Já estou com saudades.

- E eu já cheguei. – Tommy entrou no quarto – Tenho algumas coisas para discutir com você e a Aisha.

- Lá vem. – Aisha riu ao vê-lo sentar do outro lado da cama.

- Tommy, você interrompeu uma conversa de garotas. – Kimberly falou séria.

- Sua mãe já foi avisada. – Tommy ignorou a fala de Kimberly.

- Ok. Aisha, preciso que entregue minha carta para o treinador. – Kim pegou o envelope e deu para a amiga – Não farei nenhuma declaração à imprensa.

- Tudo bem, Kim.

- Preciso que mande alguém dar uma geral no meu apartamento. Amanhã, depois da alta, vou para lá.

- Certo. – Aisha assentiu – Posso já começar a ver custos para a mudança?

- Sim. Veja se há algum antiquário ou algo que o valha para vender os móveis. Quero sair daqui o mais rápido possível.

- Kimberly, e eu?

- ‘Sha, podemos falar por telefone e eu virei te ver quando não tiver medo das pessoas.

- Não será a mesma coisa. – Aisha falou com lágrimas nos olhos.

- Amiga, não faz assim.

- Aisha, eu te prometo que trarei a Kimberly para te ver. – Tommy falou.

- Você? – Kimberly riu – Vai esquecer.

- Promete mesmo, Tommy? – Aisha falou chorando.

- Sim, Aisha. Eu prometo. – Tommy pegou a mão da amiga – Nós viremos quando o bebê chegar.

- Obrigada. – Aisha riu entre lágrimas – Estou boba.

Kimberly abraçou a amiga e falou:

- Vá fazer o que te pedi.

- Ok, Kim. Venho te buscar depois da alta. O Rocky pode vir?

- Não sei como agirei. – Kimberly sussurrou.

- Kim, ele é nosso amigo. Não vai te machucar. – Tommy pegou a mão de Kimberly – Estarei a seu lado.

- Ok. Ele pode dirigir. – Kimberly falou – Preciso de roupa.

- Certo, querida. – Aisha levantou-se e despediu-se dos amigos.

Kimberly se viu sozinha com Tommy. Sorriu e pegou o amigo pelas mãos.

- Príncipe, obrigada. Fui grossa contigo.

- De nada, princesa. O que você precisa que eu faça?

- Agora?

- Sim.

- Fique comigo.

- Não sairei daqui.

- E você? O que quer de mim?

- Decisões, Kimberly.

- Meu apartamento e móveis deixarei por conta da Aisha e do Rocky.

- Já pensou em onde vai morar na Alameda dos Anjos?

- Pensei em alugar minha antiga casa.

- Sabe se está disponível?

- É do Jason. Ele comprou e tem locado.

- Kim, quer que eu fale com ele?

- Poderia fazer isso para mim?

- Claro, Kim. Como sabe disso? Nem eu sabia.

- Eu pedi a ele, Tommy. Antes de tudo acontecer.

- Ok. Antes de morar sozinha, terá de ficar com alguém. Minha mãe quer cuidar de você. O que acha?

Kimberly deixou as lágrimas correrem por seu rosto.

- Kim, não faz isso comigo. Não chore.

- Não posso… – Kimberly tirou as mãos das de Tommy – Deixe-me sozinha.

- Isso eu não vou fazer, Kimberly. – Tommy falou suave, levantando-se da cama – Posso te dar tempo e espaço para pensar, mas sozinha você não vai ficar.

- Tommy…

- Vou tomar um café e já volto. É o suficiente para você?

- Tommy, desculpe.

- Não há o que desculpar. Você está confusa. Muitas informações e sentimentos.

- Você me traz leite com achocolatado de morango?

- Pode deixar, meu amor. Sei como gosta. – Tommy saiu do quarto.

Kimberly chorou sozinha.

Lisa entrou no quarto e viu Kimberly chorando.

- Hei, Kim. O que foi? – a fisioterapeuta sentou na cama ao lado da paciente.

- Lisa, estou com medo.

- De que? Do Tommy?

- Não. Das decisões que tomei. A mãe dele quer cuidar de mim.

- Você é amada, Kim. Tente sentir isso. AS pessoas querem cuidar de você.

- Mas a mãe do meu ex?

- Kim, vou ser sincera. Esse cara te ama demais. Ele atravessou o país com a esperança de te ver, nem que fosse pelo vidro. Ele foi o primeiro homem que entrou nesse quarto sem que você surtasse. Ele foi o primeiro a te tocar e você retribuir o carinho. Está vendo?

Kimberly assentiu, mas continuou chorando.

- Tem medo de quê, Kim? De voltar à uma vida normal? Ele vai estar do seu lado e segurar a sua mão. Não vi nenhuma investida sexual, só carinho.

- Eu quero meu namorado de volta.

- Faça por merecer, Kimberly. Quer um conselho? Deixe-o te amar, deixe as pessoas se aproximarem e cuidarem de você. Está ouvindo?

- Sim, Lisa. – Kimberly enxugou as lágrimas.

- Vamos ao banheiro dar um jeito nessa carinha triste.

A fisioterapeuta ajudou Kimberly a lavar o rosto e fazer uma leve maquiagem.

- Obrigada, Lisa.

- Kim, é para isso que servem as amigas. Nada de chorar e duvidar do seu gatão, viu? – Lisa viu a moça subir na cama de novo – Eu vim para te avisar que na hora da sua alta, estarei aqui. E vou te atender no seu apartamento, se quiser, depois do plantão. Cortesia de uma amiga.

- Lisa! – Kimberly abraçou-a.

- Kim, eu sempre fui sua fã. Você me inspirou a competir. Você achou que eu não ia me aproveitar?

- Estou interrompendo? – Tommy entrou no quarto.

- Não. – Lisa sorriu – Eu vim conversar um pouco com a Kim. Mas, já terminamos.

- Obrigada, Lisa. – Kim sorriu e olhou para Tommy – Desculpe, Tommy. Estava confusa e sendo boba.

- Está tudo bem, Kim. Trouxe o que pediu. – Tommy disse oferecendo o copo para Kimberly.

- Cuidado, Tommy. A bruxa da Lisa pode denunciar. – Kimberly brincou.

- Deixe-me adivinhar. – Lisa falou – Leite com pozinho mágico de morango? – a fisioterapeuta riu.

- É, Lisa. – Kimberly sorriu.

- Amanhã, eu volto, Kim. – Lisa saiu do quarto.

- Oi, meu príncipe. – Kimberly pegou o copo.

- Oi, princesa. Tenha cuidado. Está quente. – Tommy sentou na cadeira.

Ficaram em silêncio até Kimberly terminar de tomar o leite.

- Tommy, desculpe.

- Pare com isso. O que te assustou? Fui eu?

- Não. As minhas decisões. Estou com medo.

- Kim, eu estou do seu lado.

- Sua mãe quer cuidar de mim.

- Sim. Como você sabe, mamãe é enfermeira e já lidou com casos como o seu. Ela quer te ajudar, Kim. Você pode morar com meus pais por um tempo, até que você possa morar sozinha.

- Tommy, eu nem sei como agradecer.

- Não precisa. Amanhã, você quer sair cedo daqui?

- Assim que a médica liberar. E vamos para meu apartamento.

- Ok.

- Tommy, você vem comigo, né?

- Sim.

- Obrigada. – Kimberly abafou um bocejo.

- Dorme um pouco. Eu fico você até você dormir.

 

Continua…


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