18/12/2019

Fanfic "Power Rangers": Trazendo você de volta, Capítulo 1


Sinopse: Tommy sofreu um acidente. A Sra. Oliver chama Kimberly para que ela se despeça do ex-namorado. Algo acontece... AU.
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 16 anos
Data de início: 04/12/2017
Data de término: 06/12/2017
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1° Capítulo

Kimberly Hart estava dormindo quando o telefone tocou. Grogue de sono, olhou o visor. Não conhecia o número. Resolveu não atender, pois eram duas e vinte da manhã.
O telefone tocou novamente. Kimberly pegou o celular e atendeu:
- Alô?
- Kimberly?
- Sim. É meio tarde ou meio cedo…
- É Jane Oliver. Desculpe o adiantado da hora. É urgente.
- Sra. Oliver?
- Kimberly… É o Tommy.
- Sra. Oliver, o que aconteceu? – Kim sentou na cama.
- Filha, o Tommy sofreu um acidente. Outra vez. Ele está no hospital. Tem chamado por você. – a Sra. Oliver parou.
- Hei, mãezinha. Tenho certeza que ele ficará bom logo. – Kimberly respondeu e ouviu a Sra. Oliver chorando – Mãezinha, ele…
- Os médicos não me dão esperança. – a Sra. Oliver respondeu.
- Estou indo para aí.
- Estou em Reefside.
- Em oito horas, estarei aí. Sra. Oliver, posso pedir…
- O que você quiser, querida.
- Pede pro Tommy me esperar. – Kim desligou e correu para arrumar sua mala.
Por volta da hora do almoço, Kimberly chegou ao Hospital Geral de Reefside.
- Procuro pelo quarto de Thomas Oliver. – disse Kimberly para a recepcionista.
- A visita está liberada, mas já foi atingido o limite de pessoas no local. – a moça disse olhando para o computador.
- Moça, posso te pedir uma gentileza? Informe a Sra. Oliver que Kimberly Hart quer falar come ela, por favor. – Kim pediu.
- Vou ver.
Em minutos, a Sra. Oliver veio caminhando lentamente pelo corredor. Kimberly correu até ela e abraçou-a. Choraram juntas.
- Mãezinha, eu sinto tanto. – Kimberly levou a Sra. Oliver para sentar em um banco próximo.
- Ele chamou muito por você. No delírio, o Tommy gritava teu nome. Desde esta manhã, está quieto.
- O que aconteceu?
- Ele capotou com o jipe.
- Sra. Oliver, eu sinto muito. Queria poder vê-lo.
- Perdi meu marido há quatro anos. Agora, meu Tommy está indo embora também. – Jane recomeçou a chorar.
Kimberly abraçou-a carinhosa e choraram juntas.
- Kim?
Kimberly olhou quem a chamou. Era Jason.
- Hei, Jase.
- Hei, Kim. Que bom que veio. O pessoal já está saindo da UTI. Assim, poderá entrar e vê-lo.
- Ok. – Kim beijou a testa da Sra. Oliver e foi abraçar Jason. Chorou mais ainda quando o fez.
- Hei, Kim. Está tudo bem. Vá se despedir. Ele te chamou muito, mesmo não estando consciente. Ele só está esperando você. – Jason chorou com ela.
Kimberly viu os amigos saírem da UTI: Zack, Billy, Aisha, Rocky, Adam e Katherine. Cumprimentou-os emocionada.
Logo, dirigiu-se à recepção e pegou o cartão de visitante.
Jason falou:
- Você não pode entrar com sua mala, Kimberly.
- Ah! – Kim exclamou.
- Posso guardar no carro.
- Obrigada, Jase. – Kim sorriu e entregou as malas para a amigo – Posso te pedir uma coisa?
- Sim.
- Vou entrar, mas vou render a Sra. Oliver. Pode levá-la para descansar?
- Claro, Kim. Ela não quer trocar com ninguém.
- Mas vai trocar comigo. – Kim sorriu entre lágrimas.
A Sra. Oliver acompanhou Kimberly até o leito de Tommy.
- Filha, vou abrir a cortina. Tudo bem?
Kimberly respirou fundo e a Sra. Oliver abriu a cortina. Kim viu Tommy coberto por um fino lençol, cheio de bandagens e fios, a boca ligeiramente aberta pelo respirador e os olhos fechados.
O estômago de Kimberly revirou. Não quero se despedir de Tommy. Não sem ter falado a verdade. Não sem brigarem de vez ou voltarem a ser amigos.
A Sra. Oliver aproximou-se da cama.
- Filho, você tem uma visita. Olha quem veio te ver.
Kimberly aproximou-se da cama de Tommy devagar. Colocou a mão sobre o pedacinho livre do braço dele.
- Oi, Tommy. – ela falou chorando – Sou eu, Kimberly. Sua mãe disse que queria me ver. Mesmo depois de tudo, eu estou aqui. – Kimberly começou a chorar mais.
- Querida, respire. – a Sra. Oliver abraçou Kimberly – Ah, minha menina, não fique assim.
- Queria ficar com ele, Sra. Oliver. A sós.
- Eu espero lá fora.
- Não. A senhora está cansada. Por que não vai descansar e volta depois? Eu posso até passar a noite aqui.
- Quero estar com o Tommy…
- Eu sei, mas é tudo o que peço para a senhora.
- Filha…
- Mãezinha, eu ainda amo demais o seu filho. Não me negue esse pedido.
- Tudo bem, Kimberly. – a Sra. Oliver suspirou – Vou pedir pro Jason me levar e suas malas vão junto. Tem meu celular se precisar. A minha agenda está na gaveta e o telefone do Tommy também.
- Obrigada.
A Sra. Oliver despediu-se do filho e saiu da UTI.
Kimberly respirou fundo e guardou a bolsa no armário. Lavou as mãos e colocou-se ao lado da cama de Tommy. Procurou uma forma de segurar a mão dele sem machucá-lo.
- Tommy, eu te machuquei muito, mas, por favor, perdoe-me. Gostaria tanto de te falar o quanto ainda te amo, o que aconteceu comigo e saber de você.
Kimberly sentou em uma cadeira, ao lado da cama, sem largar a mão de Tommy.
Começou a cantar suavemente para ele. Uma enfermeira entrou e falou:
- Srta. Hart?
- Sim.
- A Sra. Oliver me mandou cuidar da senhorita. Meu nome é Louise Baker. Sou enfermeira da UTI e a Sra. Oliver foi minha supervisora antes de aposentar. Posso arrumar algo para a senhorita comer?
- Não, obrigada.
- Tudo bem. Estarei de plantão até o início da noite. Qualquer coisa, é só chamar.
- Obrigada. – Kim sorriu.
Ao ver a enfermeira sair, voltou a cantar. Dado momento, Kimberly adormeceu. Acordou com uma mudança no barulho dos aparelhos. Tommy murmurava algo.
Kimberly ficou em pé e procurou acariciar a cabeça de Tommy. Ele estava agitado.
- Tommy, sou eu. Kimberly. Fica tranquilo. Estou aqui.
- Kim. – ele sussurrou – Kim!
- Sim. Sou eu. Eu estou aqui, meu amor. – Kim chorava e falava próximo ao ouvido de Tommy – Estou aqui, Tommy. Está tudo bem. – suas lágrimas molhavam o rosto de Tommy, que logo se acalmou – Hei, Handsome. Eu só quero que fique bem. Eu te amo, Tommy.
- Srta. Hart? – a enfermeira chamou – Está tudo bem?
- O Tommy estava agitado.
- Vi a alteração no monitor. Posso dar uma olhada no Sr. Oliver?
- Kimberly concordou com a cabeça e afastou-se da cama.
A enfermeira verificou os monitores e os sinais vitais dele.
- Está tudo bem, Srta. Hart. Sei que chegou de viagem há pouco. Não quer comer algo e descansar?
- Estou um pouco enjoada da viagem. Vou descansar por aqui mesmo.
- Posso ajudá-la com o mal-estar. Sente-se que farei um pouco de acupressão.
Kimberly sentou-se e a enfermeira pegou a mão dela entre as dela. Pressionou o ponto para aliviar o enjoo.
- Obrigada.
- É seu namorado?
- Ex. Há vinte anos, ou mais, não nos vemos.
- Nós estamos cuidando dele.
- Eu sei. Pena que ele está no fim. – Kim recomeçou a chorar.
- Srta. Hart…
- Chame-me de Kimberly. – ela respirou.
- Ok, Kimberly. Sou Louise.
- Ok.
- O acidente do Sr. Oliver foi muito grave, mas há uma chance de 20% dele se recuperar.
- Muito pequena. – Kim engoliu saliva – Estou nauseada. Pode parar um pouco?
A enfermeira parou a pressão e falou:
- Kimberly, deixe-me cuidar de você. Venha comigo. Trinta minutos e o enjoo vai passar.
- Obrigada, Louise, mas não quero deixá-lo.
- Então, vou pedir para a Dra. Carter um remedinho para você. Já volto.
A enfermeira voltou com uma bolsa de soro e uma série de materiais.
- Ah... Oi.
- Coloque-se confortável, Kimberly. Vou colocar um remédio para enjoo com soro. E, assim que melhorar, vai comer uma torrada com chá.
- Ela tem medo. – Tommy falou – Kim.
- Hei. – ela apertou a mão dele – Louise, ele não está consciente.
- O Sr. Oliver ouve tudo. Mesmo no coma. Às vezes, esboça reação. Você pode ir conversando com ele.
Kimberly continuou segurando a mão de Tommy e fechou os olhos. Voltou a cantar baixinho.
- Pronto! – a enfermeira sorriu – Você logo estará se sentindo melhor.
- Estou com sede. – Kim falou e deu um pequeno sorriso.
- Trarei água bem gelada. Isso ajudará a aliviar o enjoo.
- Obrigada.
Kimberly entrelaçou os dedos com os de Tommy.
À noite, a Sra. Oliver chegou no hospital. Viu Kimberly dormindo na cadeira, enrolada com seu cobertor de viagem e de mãos dadas com Tommy.
- Enfermeira Oliver! – Louise saudou-a.
- Oi, querida. Como ele está?
- Respondendo bem ao tratamento. Sua ex-nora não estava muito bem, mas a Dra. Carter pediu para medicá-la.
- Minha quase nora, Louise. Faz tempo que estão de mãos dadas?
- Sim. O braço dela deve estar dormente.
- Quem estará de plantão à noite?
- A Helga.
- Muito rígida e querida. Trabalhei com ela, sabia? Fomos colegas de trabalho. Ela era bem jovem quando adotamos o Tommy. Ela deve estar para aposentar também.
- A senhora vai ficar?
- Não. Vim ver se estava tudo bem. Vou dar um beijinho nas minhas crianças e voltarei para a casa de meu filho. Bom descanso, querida.
- Obrigada. Até o próximo plantão.
A Sra. Oliver aproximou-se de Kimberly e beijou-lhe a testa.
- Hei, filha. – falou suave.
- Oi, mãezinha. Eu dormi. – Kim acordou.
- Não estava bem, não é?
- Estava enjoada. Como sempre. – Kim endireitou-se na cadeira.
- Não se levante, Kim. Só vim dar um beijinho de boa noite.
- Mãezinha, o que os médicos dizem?
- Hoje, dizem que ele está respondendo bem ao tratamento. – a Sra. Oliver acariciou a cabeça de Tommy – Mamãe está aqui, Tommy. A Kim também.
Kim ofegou ao sentir um aperto em sua mão.

Continua…

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