14/02/2008

Fanfic Arquivo X: Tem Bill na Linha

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013 e a seus respectivos atores.
Nota: Dedico esta fanfic para uma das minhas melhores amigas: Viviane, esta idéia não foi perdida e isto foi feito em sua homenagem. Espero que goste. Entregarei o original autografado no nosso próximo encontro.


Dana Scully estava no seu antigo quarto, na casa de sua mãe, olhando sua nova silhueta no espelho.
Fox Mulder subiu as escadas da casa de Margareth Scully e dirigiu-se ao quarto de Dana. A porta estava entreaberta.
- Você está linda, Scully.
- Mulder? Que susto!
- Desculpe. Não era minha intenção. Vim tão rápido quanto eu pude.
- Entre. – Scully arrumou a blusa sob o ventre grávido, que ficara mais evidente desde o sexto mês.
Mulder entrou e sorriu.
- Oi. – Scully sentou-se na antiga cama dela. – Sente-se aqui. – ela bateu na cama.
- Aconteceu alguma coisa? Vim assim que a Maggie ligou para mim. – ele sentou-se ao lado dela.
- É sobre o bebê.
- Diga-me, Scully.
- Eu queria conversar com você há algum tempo, mas só agora tomei coragem.
- Sem rodeios, por favor, Scully. Posso ajudar?
- Só você pode ajudar-me, Mulder.
- Fale logo. Algum problema?
- É a paternidade do meu filho.
- Isso só compete a você.
- No FBI, fizeram apostas para descobrir quem é o pai dessa criança. Você, o Skinner e o Doggett estão no páreo.
- Scully, não precisa contar-me sua intimidade.
- Olha, Mulder, de quem você acha que é esse bebê?
- Eu não sei. A inseminação artificial não deu certo, não é?
- Eu não concordo. Eu não peguei o resultado do exame de gravidez. Tive medo. Eu omiti essa informação assim como você não me contou sobre sua doença.
- Eu não podia contar a você, Scully.
- Podia sim.
- Você estava tão feliz com a possibilidade de ter um filho. Eu pensei, que mesmo que eu morresse, você teria uma parte de mim.
- Poderíamos ter enfrentado o problema juntos, Mulder.
- E por que não me falou que não teve coragem de pegar o exame? Você me deixou sofrer.
- E você a mim. Eu, GRÁVIDA, - ela frisou a palavra – chorando por você. Senti tanto sua falta.
- Scully, eu não quero saber.
- Mulder, você duvida de mim?
- Não é dúvida. Eu não sou o pai do seu bebê. Você falou sobre o exame.
- Mulder, por favor. Acredite em mim. Nos últimos dois anos,...
- O que tem? – ele estava nervoso.
- Eu só fui para a cama com você e o sêmen não foi trocado. Disso eu tenho certeza.
- E suas dúvidas?
- Meu bebê é normal, Mulder. Não tem problema nenhum com essa criança.
- Então, Scully, o que queria me falar?
- Você não acredita em mim? Então, vai embora. Eu não quero mais te ver, Mulder.
- Eu só quero que você saiba que traição eu não perdôo. – Mulder levantou-se da cama. – E não lembre da pessoa que te faz mal. Agora, você me traiu.
- Eu não te traí como ela.
- Olha, seja feliz, mas eu acho que nossa amizade termina aqui.
- E nosso namoro? – ela tinha lágrimas nos olhos.
- Caso, Scully. Tivemos um caso. Fomos amantes.
- Você é o pai do meu filho. Nosso filho.
- Eu não acredito. Vou sair de sua vida.
- Eu te amo, Mulder. Não nos abandone porque você quer...
- Você não me ama, Scully. Desculpe ter... – Mulder já ia sair do quarto, quando William Scully Jr. abriu a porta bruscamente. – Estou de saída.
- Não está nada. Agora você vai gritar comigo. – Bill empurrou-o com força.
Mulder quase perdeu o equilíbrio.
- Bill, o Mulder acabou de sair do hospital. – Dana gritou desesperada – Pára, Bill.
- Você engravidou a minha irmã e sumiu. Agora está acusando-a do quê, senhor Mulder? Não quer assumir o bebê, seu cafajeste? – Bill gritou – Você não presta.
- William Scully Jr. – Maggie chamou-lhe a atenção – O que você estava fazendo?
- Ouvindo atrás da porta, mamãe. – Scully levantou-se da cama e aproximou-se de Mulder – Você está bem?
- Desculpe, senhor. – Mulder disse a Bill Jr. – Eu sinto muito. Preciso ir. Tenho fisioterapia. Com licença.
Bill empurrou Mulder mais uma vez. Fox segurou-se na cômoda para não cair em cima de Dana.
- Agora chega, Bill, chega. – Dana berrou chorando – Sai daqui, sai.
- Eu saio, Dana, mas eu quero um teste de DNA. – Bill gritou com ela.
Maggie puxou o filho pelo braço para fora do quarto e fechou a porta.
- Mulder, você está bem?
- Estou. Desculpe ter causado tudo isso.
- Eu vou te ver mais tarde. Preciso falar direito com você.
- Tudo bem. Descanse um pouco, Dana. Preciso realmente ir à fisioterapeuta.
- É uma mulher?
- Sim.
- Quero ir junto, assim podemos ir conversando com calma.
O casal desceu as escadas em silêncio.
- Vocês vão fugir? – Maggie riu.
- Não, senhora Scully. Tenho de ir ao hospital fazer fisioterapia. – Mulder respondeu.
- Eu vou com ele, mamãe. – Dana pegou-o pela mão – Eu posso ir, não é?
- Pode, Scully, pode. – Mulder apertou-lhe a mão.
- Prometam-me que vocês não vão brigar de novo. – Maggie aproximou-se deles – Cuidem-se e descansem. Não deixem de dar-me notícias.
- Certo, mamãe. – Dana pegou a bolsa no sofá da sala – Não me espere para jantar.
- Então, eu levo sua mala para seu apartamento. Tenho de fazer compras para mim e aproveito para comprar algumas coisinhas para você. – Margareth sorriu e abriu a porta – Dirijam com cuidado.
O casal saiu e Scully falou:
- Pode deixar que eu dirija para você.
- Que bom, pois ainda tenho receio de dirigir.
Algumas horas depois, Mulder e Scully chegavam a Georgetown.
- Aqui poderemos conversar... – Dana começou, mas parou assim que viu sua mãe.
- Estou de saída. Já arrumei sua roupa e tem um presentinho para meu neto na sua gaveta. Sem brigas, hein? Juízo, crianças. – Maggie sorriu – Conversem, pois não terão ninguém ouvindo. Não terá boi na linha, ou melhor, Bill na linha. Tchau, meus amores.
A senhora Scully foi embora.
- A Maggie continua torcendo por nós. – entraram e sentaram-se à vontade no sofá.
- Eu não quis te falar nada, Mulder. Não queria que ficasse nervoso.
- Certo. Peço perdão por tudo o que eu falei, mas ter o resultado do exame de DNA era uma boa idéia.
- Isso é verdade. – Bill Jr. abriu a porta da casa – A mamãe não quis que eu subisse, mas eu os vi entrando no prédio.
- Bill! – Maggie veio atrás – Deixe-os, por favor. – fechou a porta.
- Eu exijo o teste de DNA, senhor Mulder. – Bill avançou para o sofá.
Dana levantou-se e colocou-se à frente do irmão.
- Bill, se avançar mais um passo, eu nem sei o que posso fazer. – Dana falou tremendo.
- Ok. O senhor quer acertar as contas comigo. – Mulder levantou e pôs a mão no ombro de Scully – Certo, Scully. Nós vamos resolver isso como dois homens civilizados. Não se preocupe. – ele beijou-lhe a bochecha.
Dana pegou a mão dele e apertou. Mulder firmou-a e levou para Maggie, que falou:
- Vamos para o quarto, filha.
As mulheres entraram no corredor e Bill olhou Fox com raiva.
- Está sem defesas, senhor Mulder?
- Não, senhor. Não quer sentar?
- Hei, esta é a casa de minha irmã.
- Eu sei.
Os dois continuaram em pé.
- Então, o filho não é seu, senhor Mulder?
- Isso é um assunto que só compete à sua irmã. Não é da minha ou da sua conta. Ela quis uma produção independente e conseguiu.
- Pai desconhecido? – Bill gritou – Minha irmã não é uma qualquer.
- Não é mesmo, senhor Bill. Olha, ela não está bem, fale baixo.
- Tudo é por sua causa, senhor Mulder. – Bill continuou gritando.
- Sim. Eu causo tudo, mas não sei nem o que aconteceu comigo nesses últimos tempos, imagine se vou saber como ela engravidou. – Mulder berrou – Se for meu filho, eu farei de tudo para dar uma boa vida a Scully e à criança. Se não for, darei a assistência necessária a ela. Se isso não for possível, tenho certeza de que a Scully vai sobreviver bem.
- Você fala das coisas sem certeza. – os berros ficavam cada vez mais altos – Senhor Mulder, não vou permitir que acabe de vez com a vida da Dana e da nossa família.
- William Scully Jr., - Maggie chamou-o e continuou: - a Dana é adulta e sabe o que faz. Você sempre deu palpite na escolha dos namorados dela. Agora, somos obstáculos, estorvos, empecilho para que Fox e Dana conversem. Vamos, quero que eles se entendam e descansem um pouco. Vá chamar o elevador. AGORA.
Bill saiu do apartamento.
Maggie abraçou Mulder, que começou a chorar.
- Ah, a senhora perdoe-me, por favor. Gritei com a Scully em sua casa.
- Filho, tudo bem. Vocês não tiveram sossego nem paciência para conversar. Estarei em casa, certo?
- Certo. Ela não está bem, não é?
- Agora, está melhor. – Maggie afastou-se dele – Acho essa comunicação de vocês fantástica. Se um suspirar mais forte, o outro sabe porquê.
- Ela me deixou firma-la.
- A Dana teve uma cólica e provavelmente tirou a coluna do lugar.
- Ela moveu-se muito rápido.
- Mas, está tudo bem. Ela não quer ir ver a médica dela, ma eu liguei e ela disse que se Dana piorar, é bom ir ao hospital. O remédio que foi receitado para dos nas costas está no armário do banheiro.
- Vou cuidar dela.
- Cuidará bem deles. Perdoe a atitude de meu filho.
- Tudo bem. Falei muita besteira para a Scully.
- Tchau, querido. – a senhora Scully foi embora.
Mulder foi para o quarto de Scully. Bateu na porta.
- Entre.
- Com licença, Scully. – Mulder abriu a porta – Posso entrar?
- Claro. Obrigada por segurar-me lá na sala. – ela observou-o entrar e fechar a porta – Sente-se aqui.
- A Maggie falou-me que você teve uma cólica e deve ter dado mau jeito nas costas. – Mulder sentou-se na ponta da cama dela – Está bem?
- Melhor. Agora, é conosco.
- Vem para cima. – Mulder brincou – Perdoe-me por tudo o que te falei.
- Você me magoou, mas agora já passou.
- Esse bebê... – Mulder apontou para a barriga dela.
- É seu filho. Você é PAPAI.
- Desculpe-me.
- Ok. Eu estou bem, Mulder. Peça perdão ao bebê.
Mulder subiu a blusa dela com cuidado. Com reverência, tocou-lhe a pele branca.
- Perdoe-me, bebê. Dana, você sabe o sexo?
- Não. Quero saber na hora.
- Você parece uma garota que conheci.
- Você teve outros filhos?
- Não. Eu apenas a conheci. – Fox beijou a barriga de Dana – Sem ciúmes.
- Está bem.
- E quanto ao DNA?
- É uma boa idéia para não trocarem nosso filho.
- Sem estresse. O que posso fazer por você?
- Sem mais brigas desse tipo?
- Sim, Scully. Eu prometo.
- Ótimo, querido. Eu tenho certeza de que não vão mais ocorrer essas brigas. Agora, vou deitar um pouco. Ajude-me, por favor.
Mulder acertou a blusa sob o ventre de Scully e ajudou-a a deitar-se. Cobriu-se e perguntou:
- Você precisa de alguma coisa? Quer tomar o remédio?
- Preciso de seu perfume para dormir.
- Virou tranqüilizante?
- Você sempre tranqüilizou meu coração. Por favor, pegue o seu travesseiro no meu armário.
- Bem que senti falta de um dos meus travesseiros. – Mulder brincou levantando da cama, indo ao armário, abrindo-o e pegando o travesseiro. Levou-o a ela e sorriu. – Descanse.
- Obrigada, Mulder. – Dana abraçou o travesseiro – Quer deitar um pouco? Tem roupa sua no meu armário.
- Você quer companhia?
- Quero.
Fox tirou os sapatos e deitou-se no lugar vago da cama. Falou quando ela suspirou:
- Estou invadindo a sua cama de novo.
- Eu adoro ter você aqui. – Scully sussurrou.
- Hei, preciso de você. Sem choro. – Mulder abraçou-a por trás e beijou-lhe o rosto.
- Certo. Vamos dormir.
- Ah, sem ciúmes também, ta?
- Tudo bem. Já superei o fato de você ter uma fisioterapeuta e...
- E?
- Eu não quero que fale de outras mulheres em nossa cama.
- Certo.
- Ah, e sem Bill na linha também.

Fim

Um comentário:

  1. Ai Rosinha.... tô emocionada! snif snfi snfi snif!
    Obrigada! Saiba que é reciproco!
    E vamos cantar juntas... tem Bill na linha! HUAHAUHAUHAUAHU

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