07/01/2008

Fanfic Arquivo X: Nós

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Fox Mulder estava em seu apartamento, sentado em seu sofá, observando o ambiente. Já era madrugada alta. Pegou o telefone e discou um número conhecido.
- Fala, Mulder. Você está bem? – Dana Scully atendeu.
- Oi, Scully.
- É bom ouvir você de madrugada. Estava com saudades disso.
- Acordei você?
- Não. O bebê está agitado e não me deixa achar posição para dormir. Não se preocupe, estou bem.
- Já ocorreu outras vezes?
- Sim.
- E como resolveu?
- Peguei o carro e fui para seu apartamento.
- Sério? Não acredito.
- Pois é muito sério. Não sentiu meu perfume em sua cama?
- Não, mas em meu sofá. Você dormiu aqui também?
- Sim. O que queria?
- Conversar, mas pessoalmente. Acho melhor deixar para mais tarde, Scully. Não quero que você venha e tenho medo de dirigir.
- Entendo seu receio. Ainda mais agora à noite.
- Sabe o que mais? Vou pegar um táxi e estou indo para aí.
- Espere, Mulder. Eu não estou conseguindo ficar aqui. Então, posso ir para seu apartamento?
- Cuidado, hein? Estou te esperando lá embaixo. Agasalhe-se, traga roupas quentes e confortáveis.
- Ok, Mulder. Até daqui a pouco.
Os dois desligaram o telefone.
Algum tempo depois, um táxi parava em frente ao prédio de Mulder.
- Deixe-me ajuda-la. – Mulder adiantou-se e abriu a porta.
- Obrigada. Pegue minha mala, por favor. – pediu ela enquanto acertava o valor da corrida com o motorista.
Mulder abriu a porta traseira e pegou a mala dela. Fechou-a e ajudou Dana a descer do carro. Fechou a porta do passageiro e viu o táxi partir.
- Vem, Scully. – ele ofereceu o braço a ela, que aceitou. – Gostaria de retribuir o que fez por mim.
- Você me ofende desse jeito.
- Desculpa.
Os dois subiram e sentaram-se no sofá.
- Sobre o que quer falar, Mulder?
- Sua gravidez.
Scully respirou fundo e acariciou o baixo ventre.
- Ok. Pergunte o que quer saber. Prefiro assim.
- Você está bem?
- Estou. Seja direto, por favor. E você, está bem?
- Nervoso.
- Vá em frente, Mulder.
- Desculpe. Fui um estúpido com você.
- Você está confuso. Não estou mais magoada.
- Você sabe o sexo?
- Não quis saber. O nome já tenho quase certeza, mas será surpresa.
- E...
- Coragem, Mulder.
- O resultado de seu exame havia sido negativo. Passamos aquela noite abraçados e lamentando. Como?
- Perdoe-me, Mulder. – os olhos de Scully encheram-se de água.
- Você está tão sensível, quer dizer, mais sensível do que nunca.
- Estou uma grávida chorona, Mulder. – ela riu entre lágrimas.
- Eu percebi. Todas as vezes que nos falamos, seus olhos me diziam tudo. Diga. Juro, que seja o que for, estou aqui e a favor de você.
- Eu não tive coragem de pegar o exame. Eu vi a enfermeira ir falar com o Dr. Parenti e ele falou várias coisas para ela. Então, fui embora e não peguei o resultado. Dirigi muito tempo pela cidade e, ao chegar em casa, encontrei você. Eu não sei se foi a inseminação artificial ou através do tratamento de fertilização recuperei a capacidade de ter filhos e concebi esta criança do modo tradicional.
- Não tem como sabermos?
- Acho que não.
- Sabe, eu entendo você.
- Eu não esperava isso. Obrigada, Mulder.
- Tenho mais várias coisas para te dizer.
- Fale, Mulder. Não vai me chocar.
- Sei que é uma pergunta pessoal e só diz respeito a você...
- Mulder, de um modo ou de outro, essa crianças é seu filho.
- Quero DNA e, para isso, vou ao programa do Jerry Springer. – ele brincou com ela, que chorava. – Hei, Dana, não chora. – Fox pegou as mãos dela entre as suas. – Estou brincando com você.
- Eu sei que você está brincando, mas podemos ir ao Jerry Springer fazer o DNA. – ele tirou as mãos das deles e enxugou as lágrimas rindo. – O que mais quer saber?
- Por enquanto, nada. São quase seis da manhã. Quer deitar um pouco?
- Estou sem sono.
- E eu também.
- Seu sono vai demorar a voltar ao normal, mas você devia descansar.
- Então, vamos deitar no meu quarto?
- Hei, estou nos últimos dois meses. – Dana riu. – Tudo bem.
- Eu te ajudo.
- Não é preciso. – ela levantou e olhou-o. – Fiquei pouco tempo sentada agora. Bom, levanta e vem me dar um abraço.
- Estou te devendo isso.
Mulder levantou e abriu os braços para ela.
- Tem de ser de ladinho, Mulder.
O casal abraçou-se apertado. Olhos fechados, carícias nas costas e cabelos.
- Dana, vá trocar de roupa e deitar.
- Ok, Mulder. – ela beijou-o no tórax. – Você venceu. Estou te esperando.
Scully saiu do banheiro e encontrou Mulder sentado na cama.
- Estou pronta para dormir. Você fica comigo?
- Claro. – ele levantou-se e entrou no banheiro.
Em pouco tempo, estava de volta. Deitou-se e esperou Scully ajeitar-se ao lado dele.
- Por quê vinha aqui, Scully?
- Para sentir-me ligada a você e dormir sentindo seu cheiro. – ela quase sussurrou.
- Eu pensava muito em você.
- E eu tinha alguns sonhos horríveis com você. Afinal,...
- Temos uma ligação forte. Esse seu bebê.
- É.
- Você teve muitas indisposições como aquela?
- Não tão fortes. Tive poucos enjôos. Embora eu seja médica e saiba que é um sintoma causado por excesso de um hormônio, ainda acho que é uma reação de rejeição.
- Entendo.
- Não se preocupe. Você com certeza não queria estar comigo quando eu ficava indisposta. Tive muitos pesadelos e crises choro eram e são o mais difícil de aturar.
- Eu juro que gostaria de estar ao seu lado.
- Tive alguns sangramentos, cólicas e pequenos problemas de fundo emocional.
- Desculpe.
- Não é sua culpa. É uma gravidez de risco, mas eu sempre cuidei e continuo cuidando de minha saúde. Insônia, à vezes, era meu terror noturno. Mas, quando eu precisava, vinha para cá e conseguia dormir.
- Então, vamos tentar dormir? – Mulder bocejou.
- Dorme bem.
- Quer ajeitar-se? – Mulder aproximou-se dela, que o abraçou e aconchegou-se ao corpo dele. – Ótimo. Durma. – beijou-lhe a testa.
Adormeceram e só acordaram ao meio dia.
- Boa tarde, Dana.
- Oi.
- Dormiu bem?
- Sim. Muito bem, Mulder E você?
- Maravilhosamente bem, Dana.
- Que horas são?
- Hora do almoço. O que quer comer?
- Abasteci sua geladeira. Faça o que quiser.
- A grávida escolhe.
- Pára, Mulder. Você acabou de voltar, então, escolhe o que prefere comer.
- Tudo bem.
- Vou tomar banho, Mulder.
- Ok. Estarei na cozinha, lindinha.
Algum tempo depois, almoçaram na cozinha. O silêncio era agradável. Olhares e sorrisos eram trocados pelo casal. O bebê mexeu-se algumas vezes como se quisesse que soubessem que ele estava ali.
- Quer saber mais alguma coisa, Mulder? – Scully quebrou o silêncio.
- Não. Eu achei que teria tanto para te falar e perguntar, mas, no momento, não é necessário.
- Eu também idealizei sua volta.
- Desculpe pela brincadeira inútil quando acordei.
- Você me assustou. Isso não se faz.
- Principalmente com a mulher que eu amo.
- Eu juro que tentei trabalhar essa gravidez com você.
- Eu percebi, mas não quis te ajudar, não é?
- É, Mulder. Sabe, mamãe foi te ver no hospital e gostaria de te ver bom.
- Vamos vê-la?
- Podemos ir depois, Fox. Antes, preciso resolver um assunto.
- Antes, eu vou lavar essa louça. Afinal, você e a Maggie tiveram trabalho para limpar essa casa.
- Deixe na pia e eu lavo depois. Estou te esperando no sofá.
Mulder recolheu a louça e lavou-a, contrariando Scully. Depois, juntou-se a ela na sala.
- Diga.
- Você fala do MEU bebê, da MINHA vida. Mulder, desde que você voltou o ciúmes e a desconfiança são os sentimentos que vejo em seus olhos.
- Ok, tenho ciúmes do Doggett, mas PROMETO que vai passar.
- E?
- Tudo está confuso.
- Você quer fugir?
- Desconfiei da paternidade, mas você me confirmou o que eu queria saber. Perdão, querida.
- Nunca houve um nós.
- Sempre houve um nós, Scully.
- Desde que você voltou não há.
- Desculpe-me.
- Ok.
- NÓS vamos trocar um beijo apaixonado e eu farei carinho no NOSSO bebê.
Dana sorriu entre lágrimas e esperou Mulder beija-la apaixonadamente. Após o beijo, Mulder segurou-a em forma de colhe e acariciou-lhe a barriga protetora e carinhosamente.

Fim

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