21/01/2008

Fanfic Arquivo X: Faço tudo por você

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Fox Mulder bateu na porta do apartamento de Dana Scully. Eram duas horas da manhã.
Scully ouviu as batidas e levantou-se da cama. Encaminhou-se para sala e abriu a porta.
- São duas da manhã, Mulder.
- Eu sei. – ele estava vestido casualmente – Posso conversar com você?
- Eu estou cansada, mas sem sono. Queria ficar deitada. Vai para casa.
- Tudo bem, Scully. – Mulder virou as costas e foi embora.
Dana observou-o e correu atrás.
- Espera, Mulder. O que foi?
- Só precisava conversar. Só isso. Vá deitar. Amanhã falamos.
- Não, Mulder. Venha descansar um pouco. – ela tocou o braço esquerdo e ele afastou-se - O que foi? Está com dor? Deixe-me ver isso.
Ela levou-o para dentro de seu apartamento com cuidado. Sentou-o no sofá e com cuidado, tirou-lhe a jaqueta preta de couro e verificou. Tinha medo que ele tivesse deslocado o ombro.
- Dói muito, Mulder?
- Mais ou menos, Scully. O que acha? Você está com uma expressão preocupada. Fala logo.
- Estou com medo de você ter deslocado o ombro, Mulder. Não quero te enganar. Você veio dirigindo?
- Sim.
- Não devia. Fique aqui, quietinho. Vou trocar de roupa e te levar ao hospital. Sem reclamar.
- Tudo bem.
- Ah, deixa-me ver uma coisa. – Scully pôs a mão na testa dele – Graças a Deus! Está sem febre. Calma, hein? Eu já venho.
Dana foi trocar de roupa, pôs um tênis, pegou seus documentos e a chave do carro.
- Vamos, Mulder?
- Ajude-me a colocar a jaqueta, por favor.
- Desculpe. – ela delicadamente ajudou-o a se vestir – Vem. Desculpe por não ter percebido antes.
Mulder acordou no hospital. Já era dia claro. Logo viu Scully entrar em seu quarto. Ela usava um tailler bege.
- Olá, bela adormecida.
- Scully, o que houve?
- Você parecia uma criança.
- Que vergonha!
- Você estava com muita dor, porque o médico mexeu muito no seu braço. – Scully beijou-lhe a testa – É compreensível, Mulder. Daqui a pouco, vamos dar o fora daqui.
- Eu não vou precisar de fisioterapia?
- Não. Foi apenas um mau jeito que você deu. Vai precisar relaxar, não vai poder carregar peso nem forçar o braço. Falei com Skinner e, por hoje, estamos liberandos. Fui à sua casa e peguei uma muda de roupa para você. Acabei de falar com mamãe e ela vai nos fazer um belo almoço.
- Certo. Obrigado por tudo. Pena que não vou precisar de uma fisioterapeuta.
- Hei, Mulder. Você vai precisar de uma boa massagem para relaxar e, isso, eu sei fazer.
- Sr. Mulder, bom dia. Sou o doutor Doufmann. – o médico entrou no quarto – Bom dia, doutora Scully.
- Bom dia. – Scully sorriu.
- Já pode assinar os papéis de alta. – o médico anunciou.
- Mulder, eu já volto. – Scully saiu.
- O senhor vai para casa e não poderá fazer esforço com esse braço por alguns dias. Receitei alguns remédios para dor. Está tudo bem com o senhor.
- Pronto. Já assinei tudo. – Scully voltou – Obrigada, doutor Doufmann.
- De nada, doutora Scully. Tchau, senhor Mulder. – o médico saiu.
- Vamos, Mulder, vista-se. – ela pegou roupa íntima, calça jeans, camisa de mangas longas azul, meias e tênis. Olhou para ele e falou: - Consegue tomar um banhinho?
- Não. A hora que eu chegar em casa, eu tomo.
- Mulder, você não vai para casa. Vamos para meu apartamento. Mamãe nos espera.
- Está bom. Dê-me minha roupa.
- Se precisar de ajuda, chama.
- Está bem.
Algum tempo depois, Mulder saiu vestido com a calça jeans apenas.
- Scully, não consigo vestir a camisa.
- Dói?
- Um pouco, mas tenho receio de machucar de novo.
- Eu te ajudo. Senta.
Mulder sentou na cama e Scully ajudou-o a vestir a camisa.
- Pronto. Posso calçar suas meias e tênis?
- Sinto-me inútil.
- Não. Eu ponho com prazer.
Scully cumpriu e sorriu. Beijou-lhe a testa e ajudou-o com a jaqueta. Pegou a mala dele e saíram.
Maggie recebeu-os:
- Meus amores!
- Oi, mamãe. – Dana entrou em casa.
- Olá, senhora Scully. – Mulder beijou-lhe a testa.
- Querido, você está bem? – Maggie fechou a porta.
- Mulder, por que não senta na poltrona? – Dana falou.
- Ok, Scully. Estou bem melhor, senhora Scully. – Mulder sentou-se na poltrona enquanto Dana e Maggie foram para cozinha.
Na cozinha, mãe e filha conversavam:
- Mamãe, estou com remorso.
- Por que?
- Eu não deixei ele entrar e conversar comigo. Nem sei o que ele queria me dizer.
- Ele está lá na sala, filha.
- O que temos para o almoço?
- Berinjela assada e coelho ensopado.
- Maravilha.
- Ah, eu já fiz o suco, Dana.
- Certo.
- Quase monossilábica, Dana? Vá para a sala. A que horas o Fox precisa tomar remédio?
- Daqui umas duas horas. Eu vou até lá. – Dana foi até a sala – Mulder, o que está fazendo?
- Olhando sua sala, Scully.
Dana sentou na mesinha de centro em frente a ele.
- E o que tem de novo na minha sala?
- Não sei. Está diferente.
- Acho que você nunca prestou atenção.
- Prestei sim. É uma aura diferente.
- Fox William Mulder, o que queria ontem? Sobre o que queria conversar?
- Como superar a dor que eu estava sentindo no meu braço.
- Oh, você me falou...
- Eu queria conversar e depois pedir socorro, Dana Katherine Scully.
- Fox, Dana, venham almoçar. – Maggie chamou.
- Vamos, Mulder?
- Estou sem fome.
- Eu sei. Quando algo dói, ficamos assim mesmo. Mas, você precisa comer só um pouquinho.
- Tudo bem. Ajude-me a tirar a jaqueta, por favor.
- Claro.
Dana tirou-lhe a jaqueta de couro cuidadosamente. As respirações ficaram rápidas, os lábios umidecidos e os olhos cheios de desejo. Seus olhares se cruzaram e, então, sorriram.
- Hei! – Scully sussurrou.
- Posso? – Mulder devolveu.
- Vamos almoçar, Mulder? – Scully ficou reta e foi para o banheiro. – Vem lavar as mãos.
Mulder seguiu-a, observou-a lavar as mãos e repetiu o ritual.
Os três almoçaram em silêncio.
- Gostou, meu filho? – Maggie falou vendo Mulder comer com gosto.
- Sim, senhora. Parabéns. – Mulder falou limpando a boca.
- Obrigada. E você, Dana? – Maggie disse vendo a filha comer pensativa.
- Maravilhoso, mamãe. – ela sorriu – Desculpe. Estava longe, mas está tudo uma delícia.
- Só não fiz sobremesa. – Maggie disse encabulada.
- Não se preocupe, senhora Scully. – Mulder sorriu.
Scully acabou de almoçar e levantou-se.
- A senhora cozinhou e eu lavo a louça. Mulder, vá para a sala com a mamãe. – Dana ordenou tirando a mesa.
- Fox, é bom obedecer. – Maggie sorriu e foi para a sala acompanhada por Mulder.
Na sala, o clima era ameno. Scully chegou e Maggie anunciou que iria para casa.
Assim que Margareth Scully foi embora, Scully sentou ao lado de Mulder.
- Mulder, tomou seu remédio?
- Tomei.
- Está com sono?
- Não, quer dizer, ainda não. Eu li a bula.
- Relaxe. Quer que eu face uma massagem em seu braço?
- Não, obrigado. Estou quase sem dor.
- Você é que sabe. Quer deitar um pouco?
- Não.
- Eu vou trocar de roupa e já volto, tudo bem?
- Sim, Scully.
Ela levantou-se e foi ao quarto. Trocou o terninho bege por uma camiseta e calça jeans. Olhou-se no espelho e sorriu. Pensou: “Quase nos beijamos. Eu interrompi, mas agora ou vai ou racha.”
Dana colocou o chinelo e voltou para a sala. Mulder olhou-a e falou:
- O que quer fazer enquanto ficará presa comigo, Scully?
- Podemos conversar, Mulder. Sobre o que quer falar?
- Nada, Scully. Se eu ficar em silêncio, ao seu lado, é como se tivéssemos conversado horas a fio.
- Você está mesmo doente, está tão gentil. – ela brincou e beijou-lhe a testa – Brincadeira. – ela sentou-se em frente a ele e pegou o braço dele para massagear – Vou com calma, está bem? – Dana começou pela mão e foi subindo. Sentou-se ao lado dele novamente e massageou-lhe a parte superior do braço, próximo ao ombro – Dói muito?
- Um pouco.
- Está bem?
- Estou.
- Está doendo agora? – ela mudou a pressão.
- Não. Você tem mãos leves, Scully.
- Está com sono?
- Não. Você está preocupada?
- Sim. Eu uma estúpida ontem...
- Não, meu anjo. Continue essa massagem maravilhosa.
- Está gostando? – Scully sorriu.
- Adorando. Sobe para o ombro, por favor. – Mulder fechou os olhos.
- Claro. Vai doer um pouco, mas prometo ser rápida.
Scully foi massageando-lhe o ombro com calma e delicadeza.
- Posso te pedir uma coisa, Scully?
- Faço tudo por você.
- Pode massagear meu braço sem camisa?
- Você quer?
- Quero. – ele falou rouco.
- Então, deixe-me ligar o aquecedor e preparar minha cama para você.
- Tudo bem.
Scully foi ao seu quarto, tirou a colcha e arrumou sua cama de forma adequada para deita-lo. Foi para a área de serviço ligar o aquecedor. Lembrou-se de abrir a janela do local e foi fechar a da sala.
- Vamos, Mulder?
- Vamos.
Eles foram para o quarto e Dana fechou a porta.
- Sente-se entre os travesseiros encostados na cabeceira da cama.
- Desculpe deitar de tênis na sua cama. – falou obedecendo-a.
- Não faz mal. – ela tirou-lhe os sapatos – Pronto, Mulder. Fique quietinho. – Scully tirou o chinelo e sentou-se ao lado dele na ponta da cama. – Respire fundo. – Mulder obedeceu-a e ela explicou: - Andei lendo uns livros de yoga, Mulder. Ok. Não vou testar em você. Só relaxa. Deixe-me aquecer minhas mãos. – ela esfregou as mãos – Vou abrir sua camisa. – ela começou a abrir a camisa dele e retirou-a. Depois, começou a massagear-lhe o ombro.
Mulder fazia sons satisfeitos de olhos fechados.
- Gostando?
- Muito, Scully. Não pára, não pára.
- Não vou parar. É tão bom fazer isso. Sua pele parece de bebê.
- Scully, estou carente.
- Homem não agüenta dor mesmo.
- Estou agüentando da melhor maneira, Scully.
- Está bem?
- Nas nuvens.
- Que bom! O quarto está gostoso também.
- Ótimo.
- Que bom! Depois, eu faço outra massagem. – Scully parou de massagear. Levantou-se, colocou a camisa nas costas dele e foi fecha-la.
Os olhares se cruzaram e ambos sorriram novamente. Agora palavras não eram necessárias. Scully entreabriu os lábios e esperou Mulder tomar a iniciativa. As bocas uniram-se calidamente. Ao se separarem, sorriram.
- Hei, Mulder. – Dana sussurrou fechando a camisa dele – Adorei.
- Eu também. Quer de novo?
- Toda hora.
O casal beijou-se novamente.
- Bom, acho que devo te pedir em namoro. Dana Katherine Scully, quer namorar comigo?
- Não. – ela falou com tom de gozação.
- Não? – Mulder sorriu diante de tal escárnio – Dana Katherine Scully, quer casar comigo?
- Eu aceito, Fox William Mulder.
- Ótimo. – ele bocejou – Posso dormir aqui?
- Lógico. Posso te falar uma coisa?
- Pode.
- Nós já somos casados desde 6 de março de 1992.
- Não, baby. Essa é a data de início de namoro. Agora, quero me casar com você.
- De papel passado e na Igreja?
- Não podemos. Um casamento simbólico.
- Então, isso já temos, Mulder.
- Amo você.
O casal trocou um beijo singelo.
- Deite, Mulder. – ela acertou os travesseiros e observou-o deitar – Isso. – cobriu-s com um edredom – Durma bem. – beijou-lhe a testa e saiu da cama.
- Hei, não vá.
- Vou abrir a porta e desligar o aquecedor. Já volto.
Após fazer tudo, Scully voltou a seu quarto, tirou o chinelo e deitou-se ao lado de Mulder. Abraçaram-se e assim adormeceram.

Fim

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