21/12/2020

Fanfic "The Librarians": Você não é ele! Seja você mesmo!

 

Disclaimer: The Librarians não é meu. Foi criado pelo genial Dean Devlin e a ele pertence.

Sinopse: Pós S2E03. Jacob Stone, após ter se reencontrado com seu pai, resolve ficar bêbado. Para Stone não tomar uma bronca gigantesca da Coronel Baird, Cassandra corre na frente e vai cuidar do amigo. Mas as coisas não saem como o planejado.

Classificação: 16 anos

Data de início: 02/01/2017

Data de término: 03/01/2017

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Jacob Stone estava deitado no sofá de seu apartamento, acompanhado por uma garrafa de uísque. Ter revisitado seu passado, havia feito com que ele resolvesse ser ele mesmo, mas o contato com seu pai não fizera bem a ele.

Desligou o telefone celular e ficou sozinho com sua bebida.

Ouviu batidas na porta. Estava muito bêbado. Achou que estava alucinando.

As batidas continuaram. Achava que devia estar entrando em coma alcoólico.

- Jacob? – ouviu uma voz suave chamá-lo – Jacob?

Cassandra Cillian ajoelhou-se ao lado do sofá onde Stone estava deitado. Pelo cheiro, ele já havia bebido demais. Era hora de parar.

- Jake?

- Não me chame assim. Odeio vocês. Minha família não sabe me valorizar.

- Jacob, sou eu, Cassandra.

A garrafa caiu de suas mãos. Tentou focalizar a figura ajoelhada a seu lado.

- Jacob, sou eu. – Cassandra pegou a cabeça dele em suas mãos – Já chega de beber. Você não é ele! Estou orgulhosa de que escolheu ser você mesmo.

- Cassie?

- Sou eu. – ela levantou do chão e recolheu a garrafa – Vamos tomar uma ducha.

- Quero ficar sozinho. Devolve minha garrafa agora.

- Jacob, a Baird vem vindo. Ela vai ficar uma fera com você.

- Vai embora.

- Não vou, Jacob Stone, você vai levantar agora. – Cassandra respirou fundo e o puxou pelos braços até que ficasse sentado – Muito bom. Vamos tomar uma ducha.

- Com você, Cassie?

- É. Comigo. Vem, Jacob. – ela o apoiou.

Chegando no banheiro, Cassandra abriu a água fria do chuveiro e enfiou Stone debaixo d’água, com roupa e tudo.

- Ai! – ele exclamou.

- Banho frio para começar a curar seu porre.

- Você é má. – ele tentou sair, mas Cassandra o segurou firme pelos braços – Cassie…

- Não vá me molhar. Fique aí mais uns minutos.

- Mas…

- Chega! Você está bêbado. Ficou louco? Você não é como ele! Seja você mesmo!

- Sou pior que ele. Sou um mentiroso.

- Jacob, está tudo bem. Quero que seja você mesmo, mas sóbrio. – Cassandra pegou uma toalha felpuda do armário. Desligou o chuveiro e começou a tirar a camisa molhada de Stone.

- O que está fazendo?

- Tirando sua roupa molhada. – Cassandra jogou a camisa xadrez no chão do box.

- Cass…

Cassandra começou a ignorá-lo. Tirou-lhe a camiseta regata branca, que estava molhada e transparente. Observou o torso do homem à sua frente. Respirou fundo e continuou seu trabalho, tirando-lhe o cinto.

- Querida, assim não. – Stone segurou-lhe a mão – Estou mais alerta. Posso fazer isso.

Cassandra colocou a toalha sobre os ombros dele e saiu do banheiro.

Algum tempo depois, Stone entrou na cozinha.

- Stone, fiz café e tem torradas. Sente-se e coma.

- Cassandra, obrigado, mas não precisava.

- Stone, faça o que estou mandando.

- A Baird te mandou aqui?

- Ela mandou o Ezekiel, mas ele fugiu. Então, ela disse que te daria um corretivo. Vim na frente.

- Cassandra…

- Ela deu instruções para o Zeke. Sente-se e tome, pelo menos, o café.

Stone sentou e sorveu o líquido fervente. Deu duas mordidas na torrada e levantou-se. Procurou aspirina pelas gavetas. Quando encontrou, tomou dois comprimidos.

- Você não precisava ter se preocupado comigo. Pode ir embora.

- Já que está melhor, eu só vou me certificar de que irá dormir e saio da sua casa.

- Às vezes, queria que saísse da minha vida…

- Stone, eu já entendi isso há muito tempo.

- Não, Cassandra.

- Vá deitar. Vou arrumar a cozinha e vou embora.

Stone foi para o quarto.

Cassandra arrumou a cozinha e seguiu para o quarto de Jacob. Ele já dormia sonoramente.

Saindo do quarto, encontrou Eve Baird.

- Ele está em casa, Cassandra?

- Sim. Bêbado.

- Vamos dar um jeito nele. – Baird abriu a porta com tudo.

- Já dei, Baird. – Cassandra falou entre lágrimas.

- O que foi? – a Coronel pegou a moça pela mão e entraram no apartamento.

- Ele falou algumas coisas que não gostei.

- Vou vê-lo e te levo para casa, Cassandra. – Baird foi até o quarto.

- Cass? – Jacob chamou.

- Não. Sou eu. – Baird respondeu.

- Não vem, Baird.

- Eu não acredito que você encheu a cara.

- Eu precisava.

- Não precisava. Jenkins conversou com você, te deu um café maravilhoso e você respondeu assim? A Cassandra cuidou de você e o que você fez? Deixa-a magoada.

- Ela só veio para você não me matar.

- Sim. Se eu te pegasse de outra forma, eu teria sido muito má.

- Ok, Coronel. Eu só preciso dormir.

Baird deixou o quarto e encontrou Cassandra na sala perdida em uma de suas alucinações.

- Hei, Cassie. Volte. Volte, ruiva.

Alguns segundos depois, Cassandra focou olhar em Baird.

- Eve!

- Isso, ruiva. Tudo bem?

- Sim.

- Você fica comigo essa noite, ok?

- Não precisa.

- Precisa sim. Eu queria uma noite das garotas da Biblioteca. O Stone está bem. Não se preocupe. Agora, vou cuidar de você.

Baird dirigiu o carro de Cassandra até sua casa.

- Como você foi ao apartamento do Stone, Baird?

- Correndo. Precisava me acalmar antes de pegar o Stone bêbado. Entre. Vou montar sua cama.

Cassandra olhou sua mochila no chão da sala.

- Coronel, por que…

- Eu já te falei. Trouxe suas coisas, porque fazer uma noite das garotas.

No dia seguinte, Eve acordou e olhou para Cassandra.

- Você não dormiu, Cass?

- Ele me falou que não me queria na vida dele. – ela falou chorando.

- Ah, ruiva. Vem cá. – Eve bateu na cama.

Cassandra saiu da cama de montar e correu para a cama da amiga.

- Desculpe. Estou sendo boba.

- Não, não, Cass. Você o ama. Nós o amamos. Ele é nosso amigo.

- É esse o problema, Eve. Eu o amo demais.

- Ah, querida.

- Essa foi uma das verdades que manteve a porta aberta.

- Cassandra, você precisa falar com o Stone.

- Não quero.

- Cassie, você quer ficar sofrendo?

- Eve, eu estou muito apaixonada pelo Jacob. Até o Ezekiel sabe.

- E isso é perigoso, Cassie. Vou ligar para o Jenkins e avisar que vamos mais tarde hoje. Precisamos conversar. De mulher pra mulher.

Baird fez café e torradas. Levou uma bandeja para o quarto e falou:

- Café da manhã na cama. Papo de mulheres.

As amigas tomavam café da manhã e confidenciavam.

Depois do café, Cassandra bocejou.

- Quer dormir um pouco?

- Vou sim, Eve. Não consegui dormir essa noite.

Baird sentou na cama onde estava Cassandra e falou:

- Vem, Cassandra. Vou fazer você dormir.

Algum tempo depois, o telefone de Baird tocou:

- Alô?

- Baird, tudo bem?

- Curou a ressaca, Stone?

- Não consigo achar a Cassandra.

- Ela está comigo.

- Tenho uma porta preparada para sua casa. Posso?

- Vem. – Baird desligou.

Em instantes, Stone entrava no quarto da Coronel através da porta do armário.

- O que foi que você fez com ela, Stone? – Baird falou furiosa – Cassandra está inchada de tanto chorar.

- Fui muito grosseiro com ela.

- Ela não queria que eu te pegasse bêbado. O Ezekiel fugiu.

- Por isso, foi na frente e cuidou de mim.

- A Cassie dormiu faz pouco tempo. – Eve acariciava os cabelos ruivos da moça.

- Eu fico com ela, Baird.

Stone trocou de lugar com a Coronel e ficou ninando Cassandra.

- Vou tomar banho. Se quiser, tem café na cozinha.

- Obrigado, Baird.

 

Cassandra acordou e se viu entre braços musculosos. Sentiu o perfume de Stone.

- Stone? – ela levantou a cabeça.

- Oi, Cassie. A Baird foi resolver algumas coisas e eu fiquei de olho em você. Você está bem?

- Sim. E você?

- Sóbrio.

Cassandra levantou-se e foi tomar banho. Saiu do banheiro de toalha e viu Stone sentado na cama, no mesmo lugar.

- Stone, preciso me vestir. Por favor, me dá licença.

- Cassie, eu te tratei…

- A bebida alterou…

- Sem essa. Eu fui grosseiro com você. Por favor, me perdoe, Cassandra. – Jacob aproximou-se e segurou-a pelos braços – Pelo menos, pense em me perdoar. – beijou-lhe a testa e saiu pela porta do armário.

Chegando ao Anexo, encontrou Baird arrumando a mesa.

- Falou com ela?

- Um pouco.

- E?

- Pedi perdão.

- E?

- Baird, ela não aceitou.

- Ah… – a Coronel respondeu – Quer se distrair? Temos que dar uma organizada…

- Vou mexer nas prateleiras lá de cima.

- Ok.

Algum tempo depois, Cassandra entrou no Anexo. Correu até Baird e a abraçou.

- Oi, ruiva.

- Obrigada, Eve.

- Conversou com ele?

Cassandra puxou uma cadeira e falou:

- Não exatamente.

- Ele está lá em cima, arrumando as estantes. Vá lá e não façam bagunça.

Cassandra sorriu e subiu as escadas correndo. Encontrou Stone sentado no chão, limpando a última prateleira de uma estante.

- Oi, Stone.

- Cassie! – ele a olhou.

- Você está bem?

- Sim. Sem ressaca. Você cuidou bem de mim. Obrigado!

Cassandra ajoelhou-se na frente dele.

- Eu quis cuidar de você.

- Você me perdoa por ter sido grosseiro contigo?

- Jacob, você não quer que eu te chame de Jake?

- Minha família me chama assim. Eu disse que odiava… Mas não era você. Não tenho como odiar você, Cassie.

- Mas você não confia em mim.

- Confio, sim, Cassandra. Eu gosto de você. Eu confio em você. Tenho alguns problemas com confiança, mas você pode me ajudar com isso.

- Você disse…

- Às vezes, eu gostaria de não a ter em minha vida. Eu me acostumei a viver nas sombras. Você me trouxe a luz.

- Jacob…

- Sei que gosta de me chamar de Jake. Pode me chamar como quiser.

- Jacob, eu te amo.

- Querida, também te amo. – Stone puxou-a para seu colo e capturou os lábios dela com paixão.

Cassandra sentou-se entre as pernas de Jacob após o beijo.

- Jake, eu não quero mais sair dos seus braços. Nunca mais.

- Não precisa sair.

- Jake, eu li o seu artigo. Estou orgulhosa de você ser você mesmo. E você não é seu pai!

- Cass, desculpe se te magoei.

- Estará tudo perdoado se você me beijar de novo.

Jacob sorriu e beijou-a apaixonado.

- A Baird sabe?

- Sim. E o Zeke também.

- O que?

- Uma das verdades que falei para deixar a porta aberta foi que eu te amo.

- Ah, meu amor… – Jacob beijou-a novamente – Quer namorar comigo?

- Sim.

- Quer manter segredo?

- Talvez.

- Quer levar as coisas…

- Devagar, Jake.

- Tudo bem. Só farei o que quiser e quando quiser, Cassie. Eu prometo.

- Eu tenho que descer, meu amor.

- Repete, Cassie.

- O que?

- Do que me chamou?

- Meu amor. – ela sorriu.

- Que delícia ouvir isso. Querida, jantamos juntos?

- Sim. – Cassandra beijou-lhe os lábios – Até mais tarde.

Cassandra desceu as escadas feliz.

- Ruiva, você está radiante e com os lábios inchados. – Baird disse ao ver a Bibliotecária aproximar-se – Deu tudo certo!

- 4 beijos. 4, quadrado, lados e ângulos iguais, quadrilátero, perímetro P=4l, raio da circunferência… – Cassandra vacilou e Baird a segurou.

- Cassie, volta. – Baird falou suave e gritou – Stone, uma ajudinha aqui.

Stone veio o mais rápido que pode.

- Cassie, está tudo bem. A outra memória, querida. – Jacob falou abraçando-a pela cintura.

- Ela começou a balbuciar e ia cair. – Baird disse segurando Cassandra pela mão – E eu sei que você a faz voltar.

- Cassie. – Jacob chamou suave.

- Tem o seu perfume. – Cassandra voltou e caiu nos braços de Stone – Oi.

- Hei, querida.

- Muitas emoções, Cassandra? – Eve perguntou e acariciou os cabelos da amiga.

- Estou pronta para te ajudar, Coronel. – Cassie disse já recuperada.

- Não. Vão passear. Vão se beijar mais. – Eve falou e recebeu um olhar espantado de Stone – Seus lábios inchados não me enganam. Tenham um encontro decente. Aqui tudo pode esperar. – Baird sorriu.

Jacob e Cassandra saíram do Anexo felizes.

 

Fim

Nenhum comentário:

Postar um comentário