30/12/2020

Fanfic "Arquivo X": Sozinhos nunca mais

 Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Pós “Em Busca da Verdade”.

Data de início: 11/10/2019

Data de término: 31/10/2019

Classificação: 16 anos

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Mulder cochilou na cadeira, no corredor do hospital, do lado de fora do quarto de Scully. Acordou com Maggie Scully colocando a mão no ombro dele.

- Fox, por que não vai descansar? Já é tarde.

- Obrigado, Sra. Scully. – Mulder sorriu – Como ela está?

- Bem.

- Posso vê-la?

- Claro, Fox. Estou indo para casa.

- Seu filho vai te levar?

- Sim. Fique tranquilo.

- Ok. – Mulder ajeitou as coisas.

- Ouça, filho. – Maggie abraçou-o – Você é um homem bom e cuida demais de minha filha. Eu te quero muito bem.

- Eu também gosto muito da senhora.

- Fox, eu quero que você me obedeça. Vá dar um beijinho na Dana e vá para casa.

- Farei isso. Obrigado. – Mulder sorriu.

Maggie beijou a testa dele e acompanhou o filho mais velho.

Mulder entrou no quarto e viu Scully sentada na cama.

- Hei! – ele falou.

- Estava te esperando. – Scully abriu os braços – Preciso de um abraço.

Mulder aproximou-se e abraçou-a carinhoso.

- Você está melhor. Logo, sairá daqui.

- Mulder, você me salvou de novo. – Scully apertou-o em seus braços – Precisamos comemorar. Tipo um encontro…

- Posso saber com quem vai sair? – Mulder afastou-se levemente de Scully com um leve sorriso.

- Com você, seu bobo. – ela sorriu.

- Oh… – Mulder brincou.

- Agora, eu quero que vá para casa, tome um banho e descanse. – Scully acariciou o rosto de Mulder – Faz isso por mim?

- Acho que posso fazer, mas, antes, vou te colocar na cama.

Mulder ajeitou Scully na cama e esperou que ela fechasse os olhos.

- Agora, vai, Mulder. – Scully sorriu, de olhos fechados.

- Você está me enganando, Dana Scully? – Mulder vestiu o paletó e beijou a testa dela – Dorme.

XxX

Alguns dias depois, Scully estava na casa de sua mãe.

- Filha, o Fox não veio te ver.

- O Bill foi grosseiro com ele. Assim, que meu irmão voltar para casa, o Mulder ficará mais confortável em vir. Porém, já quero voltar a trabalhar.

- Por que vocês querem que esse cara venha aqui? – Bill entrou na sala – É um covarde.

- Cale a boca, Bill. – Dana falou.

- O que ele fez para você o defender tanto, Dana?

- Eu o amo! – Dana disparou.

Maggie fuzilou o filho com o olhar.

- Dana, você está louca! Ele não serve para você. – Bill disparou.

- Para, Bill. – Maggie falou brava.

- Bill, você não tem o direito de se meter na minha vida. – Dana ajeitou-se no sofá – Não te interessa nada sobre o meu relacionamento com o meu parceiro.

Bill saiu da casa bravo com a irmã.

- Dana, quer falar sobre isso? – Maggie perguntou.

- Não. – Scully deitou a cabeça no ombro da mãe.

- Não falou com o Fox hoje?

- Não. Falei com ele quando sai do hospital. Ele me recomendou descansar o tempo que meu médico mandou. – Scully riu – Ele sabe que eu não vou ficar descansando.

- Dana, chame-o para jantar hoje. Seu irmão vai demorar pra se acalmar. – Maggie sorriu – Eu acho uma boa ideia que ele venha jantar.

- Vou ligar para ele. Já são cinco horas. Vou tirá-lo do porão. – Scully pegou o celular e discou.

- Mulder.

- Hei, sou eu.

- Você está bem?

- Estou bem. Mamãe está te convidando para jantar.

- Estou indo para casa.

- Tenho certeza de que, se for para casa, vai comer bobagem. Mamãe está te intimando a vir. Então, venha para cá. – Scully desligou.

- Ele vem, Dana?

- A senhora ouviu. Eu mandei que ele viesse.

Mãe e filha riram.

XxX

Uma hora depois, Mulder chegava à casa de Maggie Scully.

- Oi, Fox. Acabei de colocar a mesa. – Maggie abraçou-o.

- Hei, Sra. Scully. Sua filha me convidou…

- Ela está na sala de jantar te esperando, filho. – Maggie sorriu – Entre, entre.

Mulder encontrou Scully colocando os pratos deliciosos, preparados pela mãe, na mesa. Ela usava um vestido branco, com uma delicada estampa de flores e borboletas. Sorriu ao ver como ela estava linda.

- Hei. – Mulder falou suave.

- Que bom que chegou! – Scully colocou uma travessa na mesa – Pode me ajudar a pegar os copos no armário, por favor.

- Mas…

- Estamos sozinhas. Você é o único homem na casa. Preciso dos copos de vinho que mamãe guarda no alto.

- E qual a ocasião?

- Nossa comemoração. – Scully sorriu.

- Fox, vá lavar as mãos e fique à vontade. – Maggie falou entrando na sala – Está em casa, meu filho.

- Obrigado.

Logo, os três jantavam e conversavam tranquilamente. Depois do jantar, Mulder e Scully foram para a varanda.

- Quero voltar a trabalhar. – Scully falou.

- Você está bem. Pode voltar quando quiser. Eu sinto muito a sua falta.

- E eu? Tenho brigado só com meu irmão. – Scully gargalhou – Também sinto sua falta. Volto na segunda.

- Será muito bem-vinda. – Mulder abraçou-a carinhoso – Vou para casa. Até segunda.

- Não vá. – Scully aconchegou-se ao corpo do parceiro – Fique mais.

- Estou cansado. Amanhã, nós nos falamos. Vou só dar um abraço em sua mãe. – Mulder beijou a bochecha de Scully – Preciso realmente ir.

- Ah… Tá bom. – Scully suspirou.

XxX

Na segunda-feira, Scully chegou cedo ao FBI. Encontrou Mulder enfiado nos arquivos.

- Bom dia, Mulder. – Scully sorriu.

- Bom dia, luz do sol. – Mulder olhou-a e sorriu – Pronta para um dos meus casos loucos?

- Sempre. Espero não me arrepender.

- Ah… Deixaram uma encomenda para você. – ele apontou para a mesa.

Em cima da mesa, havia um buquê de flores.

- Ah, Mulder… – Scully falou emocionada e pegou as flores – Você sempre me surpreende.

- Bem vinda de volta. – Mulder sorriu – Para hoje, temos trabalho burocrático acumulado.

- Sabia! – Scully abraçou o parceiro – Obrigada!

XxX

A semana passou muito rápido.

No sábado, Mulder e Scully retornavam de um caso.

Mulder sabia que a parceira não iria admitir, mas estava mais cansada que o normal. Por isso, fez de tudo para deixá-la confortável.

- Chegamos. – Mulder parou em frente ao prédio de Scully.

- Se eu disser que não estou pronta para ficar sozinha, você acredita?

- Podemos jantar juntos. O que quer que eu peça ou vá buscar?

- Pensei em cozinhar…

- Se não estiver cansada…

- Mulder, só sobre comigo. – Scully demandou descendo do carro.

Mulder acompanhou a parceira até o apartamento em silêncio. Olhou-a guardando as coisas dela pela casa e ficou ao lado da porta.

Logo, Scully olhou o parceiro e sorriu.

- Está em casa. – Mulder sorriu de volta.

- Fique. – Scully pediu.

- Eu estou aqui.

- Vá tomar um banho. Relaxe. Enquanto isso, vou pensar em um negocinho para comermos.

- Scully…

- Eu não estou pronta para ficar sozinha.

- O que está acontecendo contigo?

- Não posso querer meu melhor amigo a meu lado? – Scully sentou pesadamente no sofá.

Mulder sentou ao lado dela cauteloso.

- Eu estou aqui.

- Ah, Mulder… – Scully começou a chorar.

Mulder abraçou-a e beijou a cabeça dela.

- Por que não vai tomar um banho e trocar de roupa? Eu vou pedir algo para comermos enquanto isso.

- E você?

- Vou tomar um banho logo em seguida, doc.

Mulder já de banho tomado, usando um conjunto de moletom, estava confortavelmente instalado no sofá. Assim que o pedido havia sido entregue, arrumou a mesa de centro para o jantar.

Scully entrou sem fazer barulho. Viu um Mulder relaxado em sua sala.

- Demorei?

- Não. – Mulder sorriu – Vem comer.

Os parceiros jantaram juntos e em silêncio. Cada um perdido em seus pensamentos.

- Mulder, eu te devo tanto. – Scully começou.

- Não deve nada, Scully. Eu que devo a minha vida a você. – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto dela – Eu estou no escuro aqui. O que está acontecendo?

- Eu… Mulder… – Scully não conseguia concatenar os pensamentos.

- Se você não me disser, eu não vou saber o que está acontecendo. Eu não tenho o poder de adivinhar pensamentos ainda. – Mulder acariciou o rosto dela.

- Eu achei que iria morrer. – Scully confessou.

- Eu achei que iria te perder. – Mulder também confessou.

- E nós não nos perdemos. – Scully falou e, antevendo a ação de Mulder, fechou os olhos.

Mulder beijou delicadamente os lábios da parceira. Quando se separaram, Scully sorriu.

- Scully…

- Não fale. Só me beije, Mulder.

O casal voltou a se beijar delicadamente.

- Scully, você não sabe o quanto eu me segurei para não te beijar e te levar…

- Mulder, eu sempre esperei você tomar a iniciativa. Ah, Mulder… – Scully derreteu-se nos braços do parceiro.

- Hei, Scully. – Mulder aconchegou-a mais a seu corpo.

- Fica?

- Claro. Não vou sair daqui.

- Não fique longe de mim. – Scully segurou-se mais forte em Mulder.

- O que foi, Scully? Não faz assim comigo. – Mulder colocou-a em seu colo – Conte-me tudo.

- Quero ficar nos seus braços. Não quero mais me sentir sozinha.

- Você não está sozinha. Eu estou com você. Deixe-me fechar a casa e apagar as luzes. Ainda vou dar uma ajeitada aqui na sala. Não vou demorar mais que dez minutos.

- Você não existe, Mulder. – Scully beijou-o delicada – Eu te espero no quarto.

- Vestida?

- Quem sabe não… – Scully saiu do colo dele e beijou-o.

- Não me tente, Scully. – Mulder puxou-a para um novo beijo – Eu já vou.

Mulder viu Scully ir para a cozinha, enquanto ele apagava as luzes, fechava as janelas e verificava a porta. Encontrou Scully lavando a louça.

- Hei, ruiva. Trabalhos domésticos são preliminares para sexo. – Mulder brincou.

- Eu bem que queria, mas estou muito cansada.

- Então, vou te ajudar a dormir. Venha. – Mulder puxou-a pela mão e apagou a luz da cozinha.

Depois de terem se preparado para dormir, Mulder beijou Scully languidamente. Assim que relaxaram, dormiram tranquilamente. Não se sentiriam sozinhos nunca mais.

 

Fim

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