25/11/2017

Relato de uma forma de violência no Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a Mulher



Caros leitores,
Hoje, mais um vez venho ao meio virtual para denunciar a falta de educação e de conhecimento das leis das pessoas.


Na Rua Taquari, 995, um novo empreendimento denominado igreja protestante foi inaugurado.

Antes de chegar ao meu destino, que seria a catequese na Igreja Católica que participo, já fui atropelada por um grupo de pessoas perdidas no ônibus e o motorista que não quis parar no ponto em que sempre desço.

As ruas que circundam a Taquari estavam lotadas de carros, colados uns nos outros, em frente à garagens, em cima de calçadas. Um cenário estranho para o local.

Ao tentar atravessar a rua, na faixa de pedestres, com o sinal de trânsito vermelho para os carros e o homenzinho verde, vulgo sinal de pedestre, verde, porém, os carros não pararam. Juro que não entendi nada. 

Vi pessoas caminhando pela rua, que por sinal é sempre bem movimentada de carros e ônibus, e pela ciclovia, onde deveria somente passar veículos chamados bicicletas. Havia carros também na ciclo via.

Ao entrar na minha paróquia, estava conversando com as pessoas, passou um homem e falou que estava "abrindo a igreja de Jesus Cristo" (SIC). Eu respondi que a minha também tinha Jesus Cristo. E fui descriminada mais uma vez quando ele riu e disse que era o que pensava.

Passado um tempo, eu aguardava meus catequizandos, um grupo de mulheres idosas entrou pelo pequenino portão de nossa paróquia e perguntou onde era a igreja que estava sendo inaugurada. Eu respondi que não era ali. Uma das idosas respondeu que "Isso é uma capela católica. Devia ser fechado, porque a nossa igreja abriu." (SIC). Respondi com grosseria e pedi que se retirassem da Minha Casa. A paróquia está naquele mesmo local há mais de 50 anos e a igreja dessas pessoas foi inaugurada hoje. Existe alguma errada com essas pessoas.

Realizei o encontro com os crismandos, com medo de que os irmãos protestantes invadissem o nosso local. Que bom que foi um encontro só para terminar o ano! Estava muito incomodada com as atitudes dessas pessoas que deveriam ser cristãs como eu.

E a descriminação não parou por aí. O ponto de ônibus estava lotado. O meu ônibus que eu sempre tomo chegou e, quando fui subir, uma mulher disse que aquele ônibus era só para gente da igreja. Eu olhei a placa do ônibus. Tinha certeza de que era a linha que sempre pego e eu estava certa! Parque Belém! O motorista logo me falou: "Moça, pode subir. É público este transporte." E o olhei consternada com seu olhar assustado e desejei que tivesse um bom trabalho e cuidado. Além disso, presenciei uma horda repugnante de pessoas no ponto de ônibus a reclamar do local, das casas, das pessoas e não deixando que as pessoas circulassem pela calçada.

Cansada e sob sol forte, resolvi ir à pé até um ponto que pudesse pegar um transporte público, pelo qual pago passagem e pudesse chegar em casa.

Fiquei revoltada sim! E não sou eu que sou intolerante! Sou uma pessoa bem tolerante e não tenho preconceito! Exijo respeito! Não entro na casa dos outros para insultá-los e falar bobagem!

Exijo respeito como eu respeito os irmãos de outras religiões! Eu prego isso aos meus catequizandos e nas minhas atitudes!

Exijo que possamos ser respeitados! Ainda mais na pluralidade cultural que é este país!

Desculpem o desabafo, mas fui violentada, fui vítima no Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a Mulher, na Mooca!



Nenhum comentário:

Postar um comentário