27/10/2008

Fanfic Arquivo X: Um curativo para o coração

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Fox Mulder não acreditava que ela pudesse ter feito outro estrago em sua vida. Phoebe Green era uma mulher na qual não se podia confiar. Chegou em casa e deitou no sofá. Queria esquecer os últimos acontecimentos e, novamente, negar seu medo de fogo.
Alguém bateu na porta. Não queria ver ninguém, mas algo lhe dizia que seria uma boa surpresa. Levantou-se e foi abrir. Era Dana Scully.
- Tudo bem? – ela perguntou com os olhos preocupados.
- Estou bem. Entre. – Mulder deu passagem a ela – Não repare na bagunça.
- Não vou reparar. – ela sorriu enquanto ele fechava a porta – Não consegui dormir e espero não estar te incomodando.
- Em absoluto. Sente-se e fique à vontade. Seremos duas pessoas sem sono e solitárias na noite.
Os agentes sentaram-se lado a lado no sofá e ficaram em silêncio por alguns minutos.
- Mulder, eu preciso falar com você.
- Diga.
- Eu não tenho nada a ver com sua vida pessoal, mas eu não...
- Olha, eu não me importo em falar. Você pode falar sua opinião a respeito da Phoebe, mas eu estou machucado e frustrado.
- Eu não gostei da maneira que ela te usou. Desculpe por ter expressado isso dessa forma.
- Não, tudo bem, Scully. Quer um café?
- Não, obrigada. Já te perturbei o bastante. – Scully levantou do sofá e fez menção de ir embora.
- Fique. – Mulder segurou-a com força pelo braço – Desculpe. – disse soltando-a.
- Certo. – ela sentou ao lado dele e deixou as pernas se encontrarem.
- Você tem alguém?
- Tinha, Mulder.
- Quando se separou? Recente?
- Logo depois que te conheci. Ele não gostou das minhas ações. E você?
- Só tenho você. Meus pais são separados e eu não tenho a Samantha. Você tornou-se tudo o que eu tenho. Espero que...
- Hei, eu não sabia que me tornei tão importante para você.
- Sim, tornou-se, Scully. Obrigado por tudo o que tem feito.
- De nada, Mulder. – Scully lutava contra as lágrimas.
- Posso te pedir um abraço, Dana? – Mulder disse com os olhos cheios d’água.
- Claro. E precisa pedir, Mulder?
Abraçaram-se e deixaram as lágrimas correrem por seus rostos. Ficaram assim até que Scully sussurrou:
- Posso te pedir um beijo, Mulder?
- Pode. Quantos quiser. – Mulder beijou-lhe o pescoço e a testa.
- Você tem sido um grande amigo. – Scully beijou-lhe o canto da boca e deitou a cabeça no ombro dele – Posso ficar aqui? Assim?
- Claro. Também estou precisando de colo. Fique à vontade.
Mulder e Scully adormeceram. Acordaram apenas com o barulho insistente do despertador de Mulder.
- Que saco! – Mulder exclamou batendo no relógio.
- Já, Mulder? – Scully bocejou.
- São 6 horas. Bom dia. Dormiu bem?
- Sim.
- Está dolorida?
- Não e você?
- Não. Nunca dormi tão bem.
- Foi uma noite bem gostosa. Estou me sentindo muito leve, Mulder. Bom, eu vou passar em casa e encontro você no trabalho.
- Espere. Eu vou tomar banho e já te levo para casa.
- Mulder, estou de carro. Não se preocupe. – Scully beijou-lhe demoradamente o canto da boca e despediu-se: - Até mais tarde.
- Até mais tarde. – Mulder viu a amiga sair de seu apartamento.
Quase três horas depois, Mulder chegava ao FBI. Encontrou Scully vestindo um tailler vermelho e sentada em sua mesa.
- Algo de novo, Scully?
- Você fica bem de camisa azul e terno preto. O degradê da camisa e da gravata estão na última moda.
- E você está combinando seu tailler com seu cabelo?
- Sim. O que achou?
- Fashion. Não temos nada a fazer?
- Não. Tem novidades?
- Não.
- Quer café?
- Quero.
Scully desceu da mesa e foi até a cafeteira. Pegou duas xícaras e voltou para onde estava seu parceiro, que havia tirado os sapatos e o terno. Disse:
- Aqui está. O que significa isso?
- Um dia de folga, Scully.
- Eu também quero.
- Feche a porta e relaxe.
Scully colocou as xícaras na mesa e foi fechar a porta do escritório. Voltou e sentou em frente ao parceiro. Tomaram café em silêncio.
Mulder tirou a gravata e desabotoou os primeiros botões da camisa.
- Scully, tire seus sapatos. Ponha as pernas para cima.
- E se alguém precisar falar conosco? E se o Skinner aparecer?
- Relaxe, Dana Katherine Scully. – Mulder abaixou e pegou o pé direito dela. Tirou-lhe o sapato e massageou os dedos.
- Hei, Mulder, estamos no FBI.
- Dane-se. – Mulder pegou o outro pé e tirou o sapato dela – Vou fazer uma massagem completa, Scully. Tire sua meia.
- Sem salto, eu fico tão baixinha.
- Fica natural. Vamos, Scully.
- Ok. – ela levantou-se e puxou a saia um pouco para cima. Sentou-se novamente e esticou a perna. – Tire a meia você. E comece a massagem.
- Com licença. – Mulder tirou a meia dela e começou a massagear-lhe um pé. Estimulou todos os pontos. Depois, pegou o outro pé e repetiu a operação.
- Sabe, Mulder, estou com sono.
- Olha, esta cadeira não é confortável como o sofá lá de casa...
- Posso dormir um pouco?
- Pode sim. Você está menos tensa agora?
- Estou. Preciso retribuir.
- Não, de maneira alguma. Já cuidou demais de mim no último caso.
Scully fechou os olhos e cochilou. Quando acordou, estava coberta pelo terno de Mulder e sua cabeça estava apoiada num travesseiro.
- Mulder?
- Estou aqui. – ele estava sentado no chão limpando o arquivo – Tudo bem?
- Eu dormi.
- Que bom. Gostaria de ter essa mesma facilidade. Vou te levar para almoçar.
- Tudo bem. Vou me recompor e já saímos.
- Espero que não se importe. Eu coloquei suas meias e sapatos.
- Não. Obrigada, Mulder. E o travesseiro?
- É meu. Sempre carrego comigo.
- Obrigada.
- De nada, parceira.
- Já venho. – Scully entregou o travesseiro e o paletó ao parceiro.
Alguns minutos depois, Scully voltou maquilada e com o cabelo penteado.
- Estou pronta e você também, pelo que vejo.
- Quer ir almoçar em qual restaurante?
- Hoje, pode ser comida chinesa.
- Certo, Scully.
- Mulder, você merece um abraço. Posso?
- Claro. – Mulder abraçou-a e tirou-a do chão.
- Nossa. – Scully agarrou-o pelo pescoço.
Abraçaram-se com força e, quando foram separar-se, seus lábios encontraram-se num selinho.
- Esse foi o beijo que te pedi ontem, Mulder.
- Eu posso fazer melhor, Scully. – Mulder pegou-a no colo e beijou-a intensamente.
- Nossa! – Scully disse após separaram-se ofegantes – Muito melhor.
- Tem certeza que quer voltar depois do almoço?
- Quero estar com você. – Scully falou enquanto Mulder a colocava no chão.
- Podemos esticar num lugar mais confortável.
- Mulder, eu quero apenas ficar com você.
- Ok. Vamos. – Mulder pegou os casacos e abriu a porta.
O casal almoçou num simpático restaurante chinês em Georgetown. Após, foram para o apartamento de Scully.
- Olha, eu estou tão feliz por estarmos juntos. – Dana falou sentando ao lado de Mulder no sofá.
- Eu também. Estou tão apaixonado.
- Eu também. Vai ficar comigo, não é?
- Para sempre, Scully. Se não puder ficar ao seu lado, estarei pensando em você.
O casal ficou namorando o resto do dia.

Um comentário:

  1. Eles não são lindos juntos??? Amei a fic pós "o incendiário"...A parte em que Mulder fala que Scully é tudo o que ele tem é maravilhosa...
    Um happy halloween para você também...

    X-beijos

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